O Garoto da Última Casa escrita por Bruna Ribeiro


Capítulo 40
Capítulo 39


Notas iniciais do capítulo

Hey, hey.
Como estão? Sim, estou ótima.
Bem, queria dizer que amanhã postarei o próximo capítulo, o número 40, que será o capítulo bastante esperado, mas que relembrando, isso não vai acontecer muito, pois eu vou começar a postar de sexta em sexta.
Obrigada a todos e boa leitura.



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CAPÍTULO 39 - QUEM É WILLIAM, NA VERDADE?

–Por quê? – foi tudo o que eu consegui perguntar a Georgia, quando Ashley pediu para que apenas nós três permanecêssemos na sala – Por que eu? – Georgia, que estava sentada ao meu lado, se remexeu desconfortável em sua cadeira.

Minhas mãos tremiam sobre a mesa e minhas dúvidas só aumentavam. Se eu voltasse para casa assim, Olaf estranharia. Foi complicado pedir a ele para me deixar passar a noite com Ashley – o que na verdade, queria dizer que eu passaria a noite na casa de William, com os outros. Ele parecia muito estressado e eu sabia que tinha a ver com Jade, mas me mantive quieta sobre esse assunto e insisti com o meu pedido, o qual no final acabou sendo acatado. A única coisa que eu tinha que me preocupar em relação a Olaf, era não aparecer perto de nenhuma janela e coisas assim, para que ele não me visse ali. Nossas casas – de minha família e William – eram consideravelmente perto uma da outra, o que poderia criar uma confusão.

–O sangue mais novo de uma família é muito poderoso – ela disse – Quanto mais nova a pessoa, mais puro o sangue é. Eu só não sabia que a magia dele poderia quebrar essa Maldição. A resposta estava em nossa frente o tempo inteiro.

–Eu não posso doar um pouco do meu sangue ou algo assim?

–Você precisa estar morta, querida. O Livro deixa isso bem claro. O sangue só funcionará se você não respirar mais.

–Eu posso prender a respiração por alguns segundos.

–Alexis – Ashley chamou, se sentando em minha frente. A garota tinha abandonado completamente o sorriso aliviado e agora carregava uma raivosa expressão. Seus olhos estavam escuros e pareciam indecifráveis. – Pare de fazer brincadeiras, isso é sério.

–Ashley, não estou brincando. Estou revendo minhas opções e até agora eu não tenho muitas. A única é a morte.

–Não vamos deixa-la morrer.

–Eu não quero morrer também, Ashley, mas tudo ao meu redor parece querer isso. Cada coisa que eu faço, cada coisa que sou, me leva a morte.

–Alexis, não vamos usá-la como sacrifício para salvar os Hãnsel. Precisamos de um novo plano.

–Olhe para si mesma, Ashley. Não temos nenhum plano. O único plano que tínhamos era quebrar a Maldição e agora temos a solução. Posso ver nos seus olhos que gosta muito de William, para não fazer o que for preciso.

–Você não escutou o que eu escutei? Você precisa estar morta!

–Vocês estavam dispostos a matar antes.

–Não iremos deixar. Nem tente. Você não vai morrer.

–Ashley, não me entenda mal, eu não quero morrer. Mas e a cidade? E as pessoas? Cada dia mais e mais a cidade parece seca e o ar úmido. Gabriel disse que talvez as pessoas morram com o ar poluído, quando a Maldição chegar em seu ápice.

–Ninguém morrerá, eu prometo.

–Isso é uma promessa, que não está em suas mãos.

Arrastei a cadeira para trás e me levantei. Tudo o que Ashley conseguiu fazer foi me olhar sair pela porta, sem dizer uma palavra. Nos duas sabíamos que eu tinha razão. Nos duas sabíamos desde o começo que alguém teria que morrer para que essa Maldição terminasse, só não sabíamos que esse alguém seria eu.

Enquanto caminhava pelos corredores vazios da casa de William Hãnsel, eu pensei no que Olaf diria sobre isso. O Olaf que eu achava que conhecia, não o que eu duvidava. Talvez ele impedisse, mas não acho que também estaria em suas mãos. Estava apenas nas minhas. Se eu morresse, então a cidade tinha uma chance de se reerguer e William também. E se fosse o contrário, bem, isso não seria muito bom.

Quando eu cheguei em Owens, os poucos habitantes pareciam tão tristes e cabisbaixas e tudo o que podia imaginar era que o lugar ficava tão no fim do mundo, com uma temperatura tão baixa, que não havia motivos para sorrisos. Acontece que o real motivo, era que a Maldição fazia isso com as pessoas. As tornava tristes, porque Sarah havia ficava completamente devastada com a morta da irmã. Agora eu estava em um empasse. Mesmo podendo fazer um xeque-mate no Rei de minha tia, eu ainda sairia derrotada. Eu perderia de qualquer maneira. E também tinha o fato de que não queria morrer. Eu queria fazer faculdade de alguma coisa que eu não sabia, queria conhecer vários lugares no mundo e sair totalmente desse universo estranho em que eu havia me metido. Havia tanto pelo que lutar e pouco o que fazer.

Dobrei em um corredor a direita e encontrei o quarto que William havia me ‘’emprestado’’, por uma noite. A porta estava aberta, então quando rodei a maçaneta reluzente, eu entrei sem dificuldade. A porta fez um click e se abriu, mostrando um quarto muito bem cuidado. A cama estava em perfeitas condições, o guarda-roupa estava ao seu lado e o criado mudo também.

Eu suspirei aliviada.

Eu sinceramente achava que William poderia me empurrar para um quarto velho e cheio de poeira. Pelo jeito frio que ele me deu as instruções do lugar, sem dúvida era de se esperar algo assim. Mas como sempre, William Hãnsel não era previsível e me surpreendeu.

Eu não deveria deixar William invadir meus pensamentos, naquela hora, mas era algo difícil de controlar. Seu aniversário estava chegando, seria á um mês e alguns dias e então a Maldição despertaria em algum lugar dentro dele também. Ashley me disse que tinha grandes chances dele não falar coisa com coisa, quando isso acontecesse, ou ser violento de uma forma nunca visto antes, tinha grandes chances dele também agir com total impulso, sem medir palavras ou atos. Ashley acrescentou que isso variava de caso para caso, mas que tudo era possível.

Era estranho pensar que talvez em um mês, William Hãnsel deixasse de existir e assumisse uma nova personalidade. A Maldição poderia demorar para mata-lo, talvez dois ou mais anos, o tempo que ele teria para se apaixonar por qualquer uma e ter um filho homem, mas ele morreria e sofreria até lá e de qualquer jeito. Mas ainda tinha coisas piores com que me preocupar. Havia o fato de que depois do aniversário de William, as Bruxas pretendiam invocar Sarah e que a Bruxa não tinha alma. Oh, Céus. Imagine o que uma mulher que quer que várias pessoas descentes de uma família, inocentes, morram por um erro tão antigo, poderia fazer com uma mulher tão poderosa quanto Sarah. E tinha eu no meio de tudo aquilo.

Mesmo sendo magra, com altura mediana e uma disposição inexistente para corrida, eu poderia dar um fim aos problemas de todo mundo. Eu poderia acabar com a Maldição e poderia estragar os planos de invocar Sarah. No entanto, pela milésima vez, eu não queria morrer. Não estava pronta, se é que isso existe.

Assim que me sentei na cama, com o único desejo de dormir e não acordar tão cedo, três batidas na porta me impediram de fazer isso.

Para minha surpresa, quando eu gritei um ‘’Pode entrar’’, foi Jessica quem entrou no quarto.

–Sim? – perguntei.

Ela não me respondeu, apenas ficou ali, imóvel e com os olhos fixos em mim, como se olhasse para um inseto que não conseguisse lidar.

–Tem que fazer isso – foi o que disse finalmente.

–Desculpe, o quê?

–Tem que morrer.

Tudo bem, isso foi como um soco no meio da cara. Eu nunca havia recebido um soco de ninguém, mas deveria doer. E isso, embora eu não fosse tão fã de Jessica, doeu do mesmo jeito.

–O qu...

–Alexis, pense comigo – ela me interrompeu e deu um passo em minha direção, apenas um – É isso que ‘’Ser a Híbrida da Maldição’’ quer dizer. Você realmente pode salvar pessoas, pode salvar William, apenas tem que morrer.

–Apenas? – ri sem humor – Jessica, eu tenho que morrer, sem apenas. Isso é muita coisa. Eu teria que deixar meus planos, minha vida, Olaf, tudo.

–Você é tão egoísta – ela falou, entredentes, enquanto começava a andar de um lado para o outro, claramente raivosa.

–Egoísta? – repeti a palavra, sem acreditar – Não estou negando um favor ou uma ajuda, estou negando a minha vida. Eu faria tudo para salvar essas pessoas, mas não tenho certeza se daria minha vida por isso.

–Não vê que crianças podem morrer? Você quer um futuro? Você tem planos? – ela aumentou o tom e a raiva – Lá fora, está cheio de crianças que também querem isso. Está cheio de gente inocente que quer continuar respirando! Quando a cidade ceder, eles irão para o buraco junto com ela e nem ao menos sabem disso! Você pode mudar isso, então faça algo de útil uma vez na vida. Você nasceu para isso.

–Eu nasci para morrer? Eu nasci para isso? Tem certeza?

–Você é um erro, acho que bem no fundo sabe disso.

– O que quer dizer com erro?

–Nunca deveria estar viva – ela respondeu – Uma híbrida é algo que não deveria existir nesse mundo. Bruxas não deveriam se juntar com mundanos. Nunca. Jamais. Mas seu tio idiota se juntou com a bruxinha apaixonada e agora você está ai. Então, faça um favor a todos nós. Pegue esse erro e transforme em algo útil.

Ela se virou rapidamente e antes que pudesse sair pela porta, eu falei:

–Você gosta dele.

Por um minuto ela não disse nada e nem mesmo virou em minha direção.

–O que disse, garota? – ela então se virou, com os olhos cerrados.

–Você não está preocupada com a cidade, está? – ela se manteve calada e então continuei – Até alguns dias atrás, você poderia até querer acabar com a Maldição, mas não parecia ligar muito para as pessoas. Você ainda não liga, pelo menos, não muito.

–Como ousa...

–Tudo o que você tem na cabeça é William. Quer salvar ele, porque o ama. Ou acha que sim. Veio aqui por isso, não veio?

–Como assim acha que o ama?

–Isso pode ser coisa da sua cabeça, pior, pode ser coisa da Maldição. Você era totalmente indiferente a William e de repente o beija e gosta dele? Isso é no mínimo estranho.

–Você não sabe de nada, Alexis! Acha que sabe, mas não sabe. William e eu nos apaixonamos e não podemos nos separar.

O jeito desesperado com que falou aquilo, me fez ter quase certeza de que talvez realmente aquele sentimento que ela acha sentir por ele, fosse apenas Sarah e sua Maldição agindo.

–William não parece sentir isso – eu disse.

–Ele sente, sente isso. – ela rebateu – Mas ele não quer machucar você.

–Me machucar?

–Ah, vamos lá, todos sabemos que você gosta de William, só o babaca do Henry que ainda não percebeu. Seus olhos seguem ele pela sala, você não consegue olhar nos olhos dele por muito tempo e tudo é motivo para ficar estressadinha. Ele não gosta de você, Alexis, e acho que deveria aceitar isso. Quer que ele morra por isso, não é?

–Você está maluca? Olhe o que está dizendo – eu disse a ela, totalmente indignada pelas palavras – Eu quero tanto quanto qualquer um, que essa Maldição deixe de existir e se fosse assim tão fácil, eu faria.

–É fácil.

–Jessica, é minha vida!

–Deveria se envergonhar por não aceitar fazer algo assim– ela disse – Todas as mortes, todos os choros, toda a dor, ficará em suas costas.

Antes que eu pudesse retrucar mais alguma coisa, ela saiu pela porta.

Me joguei na cama e fiquei repassando suas palavras por alguns minutos. Sem dúvida, seu comportamento parecia quase estranho e obsessivo. Eu iria falar sobre isso com Ashley, amanhã. Jessica não estava mais em si e talvez isso pudesse piorar.

Depois do que me pareceu horas, eu comecei a ouvir barulhos de vários passos e portas batendo ao meu redor. Todos estavam indo dormir, pensando que talvez seus problemas pudessem chegar ao fim.

Quando os barulhos pararam, eu realmente me senti sozinha. Era como se o silêncio fosse tão afiado quando uma adaga e tão mortal também. Meus pensamentos variavam entre crianças brincando na rua e sangue por todos os lados.

Isso realmente estava me matando.

Eu não poderia decidir algo assim, eu não poderia fazer isso comigo mesma, eu não tinha coragem. Mas e as pessoas...?

Me levantei da cama rapidamente e decidi que qualquer coisa que eu fizesse poderia me tirar aqueles pensamentos.

Abri a porta com calma e andei pelos corredores. Eu ainda não estava certa sobre o que eu queria fazer e só continuei andando.

Quando entrei em um corredor pouco iluminado, pude ver que a última porta ali, estava com a luz acessa. Caminhei em sua direção, para fechar a luz que haviam esquecido ligada. A tomada ficava logo ao lado da porta e por isso, só quando eu desliguei a iluminação e ouvi um gemido de reprovação, que percebi que tinha alguém ali.

Mesmo ainda com a luz desligada, sua silhueta era familiar. Sua postura relaxada, seus cabelos que pareciam ter sumido em meio a escuridão, tudo.

Liguei rapidamente a luz novamente e William apenas olhou em minha direção. Ele estava sentado, com as mãos em cima da mesa e carregando um olhar cansado.

–Me desculpe – eu disse – Não vi você.

–Tudo bem, Alexis – ele apenas disse, encostando a cabeça na mesa. Eu fiquei paralisada por alguns momentos. William nunca tinha falado uma frase sem segundas intenções ou até mesmo meu nome. Era sempre ‘’Miller isso’’ e ‘’Miller aquilo’’, nunca Alexis.

Era até engraçado ouvir ele falar meu nome.

–Você me chamou de Alexis – comentei.

–Acho que quando sua mãe colocou esse nome em você, tinha esse objetivo – sua voz estava abafada pela mesa – Ela queria que as pessoas te chamassem assim, mas eu só acho.

Tudo bem, William tinha voltado. Pelo menos, um pouco.

–Mas você não pareceu ligar para isso antes. Sempre me chamava de Miller. – eu disse, entrando no que me parecia uma pequena biblioteca. Havia umas estantes em um dos lados da sala e apenas uma mesa, com seis lugares, no centro. Não era um espaço muito grande, mas parecia um grande refúgio, bem a cara de William Hãnsel.

–Gosto de ter opções – ele falou, ainda sem levantar a cabeça. Devagar, sentei em uma cadeira em sua frente. Mesmo com o barulho que a cadeira fez, em contado com o chão, ele continuou a falar – E você não tem cara de Alexis para mim, nem de Alexandra. Tem cara de Miller.

–As pessoas tem cara de nomes?

William levantou a cabeça e sorriu, mesmo ainda com os contornos pretos envolta de seus olhos azuis demostrarem que ele deveria estar dormindo.

–Sim, Miller. Cada pessoa tem uma cara de um nome. Ashley tem cara de Ashley. Gabriel de Gabriel. Brad tem cara de Ricardo. Henry tem cara de babaca, o que não é um nome, mas...

Eu sorri com aquilo.

Nunca havia pensado nisso antes.

–E você?

–Bem, isso é uma pergunta bem interessante. Mas não falarei para você que cara eu tenho, de qualquer maneira.

–E por que não?

–Você provavelmente me chamaria de metido e convencido, o que não é verdade. Apenas sou sincero.

–Claro, sincero – repeti, quase sorrindo.

Ele juntou as sobrancelhas e olhou sério.

–Está duvidando de mim, Miller? Ah, que audácia.

Enquanto ria de suas palavras, observei mais uma vez o lugar ao meu redor. Parecia velho e antigo, mas muito bem cuidado.

–Esse lugar é legal – comentei.

–Era do meu pai – William disse – Ele gostava de vir aqui, segundo Miranda, e de alguma forma isso passou para mim também. Quando há algo que eu não consigo resolver, venho para cá, pensar um pouco.

–E o que não consegue resolver?

Ele se limitou a me olhar e eu entendi.

–Eu sei o que está pensando – falei – William, essa decisão é minha. Talvez morrer seja o meu destino e talvez não. Eu ainda não tenho certeza.

–Não pode fazer isso, Miller – ele me olhou de forma penetrante, como se quisesse, com seus olhos azuis, colocar aquelas palavras em minha mente e fixa-las ali. –Não vou deixar que morra para me salvar, não vou deixar que ninguém faça isso.

–Não se trata só de você. Se trata das pessoas dessa cidade também.

–Quando a Maldição terminar comigo, passará para meu filho. A cidade certamente ainda não terá acabado até lá. Ashley pode fazer alguma coisa.

–E Sarah?

–Podemos impedi-la.

–William seu aniversário é daqui a um pouco mais de um mês!

–Eu sei contar, Miller, ainda mais quando se trata disso.

–Eu estou revendo todos os meus conceitos, mas até agora a melhor alternativa se resume a isso.

–Com isso, você quer dizer morrer? – ele perguntou e eu me mantive quieta – Eu não vou deixar que seu sangue fique em minhas mãos, muito menos Ashley. Sem chance.

–Eu posso conseguir os meus meios, sem a ajuda de vocês.

–Você não fará isso!

–Não depende de você!

–Mas me envolve, droga. E isso é o bastante.

–E ainda tem Jessica – contei, ignorando seu último comentário.

–O que tem Jessica? – ele perguntou, claramente confuso pela menção do nome da garota, no meio da conversa.

–Ela está claramente sendo guiada a gostar de você, pela Maldição.

William fixou seus olhos em mim por alguns instantes, me avaliando, e começou a gargalhar depois. Sua risada não parecia completamente verdadeira, mas ele havia atingido seu objetivo. Discordar de mim.

–Essa foi boa, Miller – ele disse, enquanto tentava se controlar – Uma boa piada em uma noite fria e triste é sempre bom. Não faço ideia quem me disse isso, mas é verdade.

–Não é uma piada, é a verdade. - rebati

–Então, segundo você, Jessica só gosta de mim, por causa da Maldição? – concordei com a cabeça – Será que é tão difícil para você achar que alguém gosta de mim de verdade?

–Não acho isso, só estou dizendo...

–Acho que deveria ao menos respeitar, sabe. Ainda mais com o tio que tem.

– O que tem Olaf?

–Ora, Miller, não seja tão idiota. Seu tio é um espiãozinho barato que se faz de doce e gentil para enganar a todos e mesmo assim gosta dele. Você pode até confiar nele, Ashley e os outros também, mas eu não confio! E se eu pudesse acabava com isso agora mesmo.

–O que quer dizer?

–Que você teria que comprar um vestido preto e eu teria um problema a menos.

–Você quer dizer que poderia mata-lo?

–Com a certeza que tenho em relação a ele, sim, eu poderia. Seria rápido e indolor até, se você quisesse.

Me levantei rápido da cadeira, fazendo-a cair para trás.

Meu rosto deveria demonstrar toda a surpresa e o susto que eu estava sentido, porque esses sentimentos estavam tão fortes dentro de mim, que sem dúvida transbordavam.

–Quem é você? = perguntei, por fim.

–William Hãnsel – ele deu de ombros, ainda não entendendo minha pergunta.

–Você, sem dúvida, não é mais o William.


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Notas finais do capítulo

Oh, Céus.
O que acham? Adoraria saber, obrigada.



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