New York, Jungle of Love. escrita por Clary07pmore


Capítulo 3
Capítulo 3- Será? Acho que não.


Notas iniciais do capítulo

Oioi! Como estão? Então, aí vai o 3 capítulo huhu! Muito obrigada a todos que acompanham minha história, isso significa tanto, mas tanto! Espero que estejam gostando, comentem por favor!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/472194/chapter/3

A manhã chegou e a luz se espalhava pelas janelas na casa dos Jackson. Sally e Paul já aviam acordado, por que assim como nosso querido astro rei, acordar tarde para eles seria em torno das 6 horas.

– Ah, ontem foi um desastre. – Lamentava Sally. Ela se referia, é claro, ao fiasco de jantar de boas-vindas a nova moradora da casa, Annabeth. Não que fosse culpa dela, e não foi, mas Sally conhecia o filho e sabia que ele não costumava ser assim, e que ele deveria pedir desculpas.

– Quer que eu vá chama-lo? – Perguntou Paul carinhosamente passando as mãos no ombro de sua esposa. Sabia o quanto ela estava aflita então talvez fosse bom se dessa vez ele fosse. – Você acorda Annabeth e nos encontramos lá em baixo para tomar o café, juntos, está bem? –

– Muito obrigada querido. – Sally estava realmente muito grata, então foi ao banheiro para fazer seu ritual matinal.

Chegando ao quarto de Percy, Paul teve a mesma visão de sempre: Um quarto arrumado, porém lotado, com uma cesta de basquete de brinquedo na parede, um quadro com fotos de Percy e seus amigos, e numa cama toda azul, um garoto deitado totalmente desleixado ocupando uma cama de casal inteira sozinho.

– Percy, filho. Está na hora de levantar, se não vai se atrasar para escola. – Paul se aproximou e tirou a coberta de cima de Percy.

– Ahh, me chama daqui a uns três dias pai... – Percy virou-se e colocou o travesseiro na cara.

– E desde quando você hiberna rapaz? – Paul riu. – é o primeiro dia de aula Perce. Você precisa ir.

– Quer saber de outra coisa que eu preciso? – Disse ele se dando por vencido e levantando. – 24 horas por dia de sono.

Seu pai pegou a bola que estava na escrivaninha e mandou-a para Percy, que fez uma cesta direta e fez como se estivesse sendo aplaudido por uma plateia imaginária.

– Quer saber o que mais você precisa? Pedir desculpas a Annabeth. – Ele de repente enrijeceu-se.

– Não está falando sério não é? – Falar sobre aquilo deixava Percy muito irritado. – Nós conversamos ontem! Eu falei que foi sem querer, não tive a intensão de magoa-la nem nada...

– Percy, Agora. – Ele realmente não estava brincando e Percy parecia ter entendido o recado.

– Tá bom. Eu falo com ela assim que me vestir o.k.? – Percy entrou pisando forte no banheiro.

– Assim está melhor. – Paul levantou-se e foi se trocar para o trabalho.

Um tempo depois, Percy havia acabado de se vestir. Usava a blusa social branca, a gravata vermelha e as calças pretas do uniforme de sua escola. Terminou de se calçar e foi muito receoso, ao quarto de Annabeth. Chegando perto da porta, Percy parou para observar o ambiente. Estava muito diferente. Annabeth tinha pendurado vários quadros de monumentos como a Muralha da China e O Partenon, o que ficou muito bonito com as cores claras da parede. Mais adiante, via-se a cama de casal, toda arrumada e bem forrada com uma coberta roxa com detalhes em preto. Mais a frente, uma cômoda com varias fotos de uma pequena menina loira, terminando em um grande espelho com aquela mesma menina loira na frente, porém bem maior. “Uau” pensou Percy. Na noite anterior, estava inconformado de mais com a ideia de outro morador que não percebeu isso, e muito menos depois, por que estava com raiva do modo que ela agiu. Ele não poderia culpá-la, pensou, pois ele que havia começado. Ele tentava mudar de pensamento, mas tudo agora girava em torno da menina que ele olhava pelo reflexo do espelho. Não muito alta Annabeth possuía cabelos loiros e que começavam lisos, mas bem na ponta se abriam em enormes cachos presos em um rabo de cavalo. Usava o uniforme feminino de Dalton, que era uma saia de pregas azul marinha, com uma blusa branca e a gravata vermelha. Para uma menina de 15 anos, ela tinha um corpo muito bonito e desenvolvido. “Seu idiota”, Percy se agredia mentalmente por pensar algo assim. E o que mais se destacava nela: Os olhos. Era difícil explicar, mas quando ele os viu pelo espelho, era como se estivesse vendo uma tempestade, mas não uma ruim (se é que isso era possível), uma que te atraía a ver algo profundo, misterioso e lindo.

– Ahn, com licença? – Foi tirado de sua mente ao notar que ela o vira ali. – O que você quer aqui?

– Eu... É... – Como assim? Por que estou gaguejando? Percy estava se achando um grande bobo naquele momento. – Eu vim pedir desculpas.

– Hum... – Annabeth o analisava de forma intimidadora. – Você não aparece arrependido do que disse.

– E nem você. – Por um momento ele esqueceu o porquê de estar ali e estava pronto para ficar em uma discussão com ela por anos.

– Olha se está aqui pra me odiar mais, pode se retirar. – Ela era muito mais firme que ele, isso era inegável.

– Eu não estou aqui pra brigar. – Por um momento ele demonstrou bom senso, e estava tão surpreso quando ela parecia. – Só vim me desculpar, agi errado e sinto muito. – Annabeth parecia ter ficado encabulada. Parou e pensou por um tempo quando finalmente quebrou o silêncio.

– Tudo bem. Sem ressentimentos. Eu peço desculpas também, não deveria ter falado daquele modo com você... – Ela parou abruptamente, como se algo a tivesse atingido e ela olhava fixamente nos olhos de Percy, o que o deixou um tanto sem graça. – Posso até te ajudar com os estudos, se você quiser...

– Ah não, eu não preciso de ajuda... –

– Eu desisto! – Annabeth bufou. – Que seja reprovado então, esperto. – Ela então se virou e saiu do quarto, deixando Percy lá parado sem saber o que dizer.

Percy estava acostumado a ter tudo que quisesse de modo fácil. Conhecendo Annabeth, tudo pareceu tão distante de seu alcance. Até que ele se lembrou de que veria Rachel hoje, a menina com qual seus amigos queria que ele saísse... Annabeth... Não, esse pensamento não, disse ele a si mesmo.

– Percy! Venha tomar café! – Acordou então de seu transe momentâneo com o grito de sua mãe e percebeu o quanto estava faminto, e desceu para o café da manhã.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "New York, Jungle of Love." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.