POV Ally

Quem diria que o quinto mês de shows passaria em piscar de olhos. Todos os shows foram marcados na Itália, na seguinte ordem:

ITÁLIA

Roma

Florença

Napoli

Veneza

Nós nos divertimos muito no começo já que nenhum de nós fala italiano. Mas, como são cidades acostumadas com turistas eles já estavam acostumados a falar inglês também. Então tivemos que nos contentar com o inglês. Mas, mesmo assim, era realmente divertido tentar entender italiano.

Nós passamos uma semana em cada cidade então tivemos bastante tempo de aproveitar cada lugar. Roma foi um encanto para nós, pois parecíamos estar na Roma antiga e ao mesmo tempo na Roma atual. Eu adorava isso. Provavelmente o documentário terá uma parte em que todos nós corremos loucamente pelas ruas de Roma chamando atenção da cidade inteira.

Já em Florença, é definitivamente um lugar cheio de história. Tudo na cidade era mais lindos ainda pela noite. O rio que cortava a cidade todo iluminado foi o cenário quando saímos do show. Além disso, as cidades de Roma pareciam deixar tudo romântico. Parece estranho, mas até mesmo Trish e Dez estavam agindo como um casal. Coisa que eu desconfio que sejam.

Napoli foi uma cidade que entrou para a lista de lugares surpreendentes. A semana foi uma das mais tranquilas desde que entramos em turnê. O lugar era incrivelmente silencioso e depois de tantos shows, nós adoramos isso.

E por último, Veneza, a cidade que estamos no momento. A famosa cidade onde se passeia de barco. E ninguém duvida que nós iriamos fazer isso, não é?

– Austin me ajuda aqui – pedi tentando subir no barco estreito. O loiro riu e me ajudou até eu estar sentada ao lado dele.

Trish e Dez estavam ao nosso lado em outro barquinho. Carter e Rydel já estavam um pouco mais longe. Austin passou seu braço em minha cintura quando começamos a nos movimentar. Dez tinha sua câmera virada para nós. Mostrei minha língua para a câmera e Dez retribuiu.

Estava escurecendo então a paisagem ficou mais linda do que o imaginável. A água parecia iluminar o lugar de tão clara que era.

– Esse lugar é incrível – observei e Austin concordou.

– Todos os lugares que estamos passando nos mostram surpresas tão diferentes – ele falou e não podia deixar de concordar.

– Essa turnê é algo que eu nunca esperei – confessei.

– Nem mesmo eu esperava isso. Está sendo muito melhor do que eu imaginei. Não posso imaginar como teria sido sem você – esse disse e sorri.

– Faço de suas palavras as minhas – falei fazendo Austin rir.

Austin me beijou e nós nos afastamos rindo quando ouvimos uns gritos.

– Vão procurar alguma coisa para fazer – gritei. Se alguém nos observasse seria capaz de constatar que nenhum de nós tiraria o sorriso da cara tão cedo.

– Estou fazendo meu trabalho – Dez retrucou ainda segurando a câmera. O dia todo ele e Trish passaram em um clima de romance perfeito e eu estava feliz por isso.

– Não ouse colocar isso no documentário – falei alto para ele ouvir. Dez riu e me olhou como se me desafiasse.

– No final, vamos ver quem ganhou – ele disse ainda rindo e eu revirei os olhos. – De bônus teremos o casal irmão do casal principal – ele acrescentou virando a câmera para Carter e Rydel. Os dois estreitaram os olhos e viraram o rosto.

– Trish faça um favor... – Austin começou a pedir, mas nem precisou terminar porque a garota entendeu tudo. Trish arrancou a câmera da mão de Dez e como nossos barcos estavam perto ela jogou para o loiro.

– Agora temos um segundo bônus – falei rindo enquanto Austin filmava a cara de revoltado de Dez.

– Vocês nem filmam tão bem quanto eu – Dez reclamou. Ri e Austin virou a câmera para mim.

– Sem chances. Acho que já está bom de filmagens hoje – falei fechando a câmera e Austin protestou.

Nós ficamos apenas mais um pouco admirando a cidade enquanto escurecia, mas logo saímos dos barcos.

– E claro que nós não podemos passar um mês na Itália sem fazer uma coisa – Austin falou enquanto nós andávamos.

– Pizza – Carter e Dez adivinharam juntos.

– Isso é verdade. Seria terrível – Trish falou seriamente.

– Ok. Então vamos achar uma pizzaria – falei e nós olhamos em volta.

Nós estávamos em uma das únicas partes onde não tem água. Mas, tudo em volta precisava de barcos novamente. Logo achamos uma pizzaria. Na verdade, era apenas um restaurante, mas sua maior especialidade era pizza. A parte da frente do restaurante ficava no concreto. Mas, assim que acabava ele começavam ruas cheias de água. Por esse motivo o restaurante era praticamente todo aberto.

Nós juntamos uma mesa e sentamos. Tudo era tão delicado, flores, decoração praticamente toda em branco. Uma cidade perfeita para o amor. Tinha até mesmo uma vela na mesa.

– Olha isso – Rydel disse pegando uma rosa dos vasos que estavam ao nosso lado.

– Estou começando a amar cada vez mais esse lugar – falei encantada pelo lugar.

– Realmente. Um dos lugares mais lindos que vimos até agora – Trish falou.

– E também estou amando porque tem pizzas em todos os lugares – Dez disse.

– Isso também – Carter concordou.

– Além disso, o show da noite passada foi perfeito – Austin falou e eu concordei.

– Não dá pra acreditar que é nosso ultimo dia aqui – resmunguei e Austin riu.

– Teríamos que voltar para os Estados Unidos em algum momento – Austin disse ainda rindo por minha tristeza. Dei ombros, mas não falei nada porque logo um garçom trouxe nossos pedidos.

Cada casal se envolveu em uma conversa diferente.

– Acho que a volta para os EUA não vai ser tão ruim – Austin disse e eu concordei.

– Sim. É só que, já imaginou que provavelmente tudo isso não acontecerá novamente não é?

– Quem disse? Há muita coisa para acontecer ainda Ally – Austin prometeu sorrindo. Não havia como desconfiar desse sorriso.

Eram tantas as coisas que tínhamos que resolver com o fim da turnê, mas no momento nenhum de nós queríamos nos preocupar com isso e com certeza esse momento não deixava espaço para nos preocuparmos com algo.

Nós chegamos ao hotel já passava da meia noite. Mas, ninguém se preocupava com isso, afinal o sorriso estampado em nossos rostos era imenso. O quarto de Dez e Trish eram no segundo andar então eles se despediram de nós antes. Carter, Rydel, Austin e eu subimos um andar a mais.

Assim que chegamos à frente dos quartos Rydel trocou olhares para mim. Rydel ficou com Carter no quarto em que dividíamos e eu fui para o de Austin e Carter junto com o loiro. Carter estreitou os olhos.

– Ei – ele resmungou ao ver Austin rindo e abrindo o quarto.

– É Veneza, Carter – gritei rindo de felicidade. Enquanto entravamos nos quartos nós quatro rimos como se estivéssemos embriagados pela felicidade e talvez estivéssemos.