Era apenas uma turnê... escrita por Lena Potter Howe


Capítulo 1
A notícia


Notas iniciais do capítulo

Bem gente, outra Fanfic, espero que leiam e gostem.
Boa leitura!



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– Ally a Sra. Sever está te chamando na sala dela – Uma garota magra e loira me avisou. Ela era a assistente da Sra. Sever. Suponho que não deva ser um trabalho muito legal. Entenda, a professora Sever é uma pessoa muito legal, mas é muito mandona. Você não pode contestar nada que ela diz se não ela faz sua vida um inferno. E como eu sabia muito bem disso, sou uma de suas alunas preferidas.

Assenti para a garota e ela saiu andando rapidamente. Fui em direção às escadas que eu passava ao menos três vezes por dia. Esse é o começo do meu segundo ano de faculdade. Uma faculdade bem conhecida, Columbia University, com certeza ouviu falar dela. Ganhei uma bolsa no meio do meu ultimo ano na escola e quando terminei comecei imediatamente a universidade.

Essa bolsa foi uma das melhores coisas que aconteceu em minha vida. Minha família não é muito rica, portanto meus pais ficaram muito felizes por mim. O único problema foi decidir onde eu iria morar. Na universidade tem dormitórios, mas meus pais não me deixaram dormir com uma “desconhecida”. O resultado foi um apartamento que divido com meu irmão.

Meu irmão se chama Carter é três anos mais velho que eu, tem 20 anos e eu 17. Morar com ele foi uma verdadeira alegria para mim, já que somos muito ligados. Além disso, consegui me afastar um pouco dos cuidados super protetores dos meus pais, mesmo estando na mesma cidade. Eu e Carter moramos em um apartamento não muito grande perto da universidade e longe de meus pais.

Ele também estuda aqui. Faz arquitetura há dois anos também. Ele entrou um pouco tarde na faculdade, pois não sabia o que fazer. Acabou se decidindo por arquitetura e é muito bom no que faz. Mesmo assim, não tem bolsa. Portanto, passa grande parte de seu dia trabalhando em projetos com professores. O dinheiro que consegue é o bastante para pagar a faculdade e comprar algumas coisas para nossa casa.

Nossos pais nos ajudam um pouco com seus salários. Sempre insisti para Carter que poderia trabalhar, mas ele sempre nega. Então aqui estou eu, andando pelos corredores dessa faculdade enorme. Parei na frente da sala da Sra. Sever. Eu nem imaginava o que ela queria, podia jurar que entreguei todos meus trabalhos. Bati levemente na porta e recebi um “entre” rapidamente. Abri a porta e entrei rapidamente.

Olhei para a sala e a Sra. Sever estava sentada em sua mesa com vários papeis espalhados. Eu gostava muito de sua sala, tinha vários instrumentos. E as carteiras da sala estavam organizadas em circulo. Bem acho que não contei o curso que faço não é? Musica. A única coisa que eu queria para minha vida era a musica e estava disposta a conquista-la. Sei que não é muito fácil fazer esse curso hoje em dia. Mas, tenho me esforçado, pretendo dar aulas.

- Allyson – A Sra. Sever gritou animada. Aquilo não era bom sinal. Ela sempre me chamava de Allyson (mesmo eu odiando), mas nunca falava alegremente.

- Sra. Sever – Falei com um mínimo sorriso. Minha professora ajeitou seus óculos. Ela nunca tirava esses óculos, acho que era para o bem de todos, já que ela era quase cega. Sra. Sever não é muito velha, tem em torno de 50 anos. Mas, nunca revelou a ninguém. Ela não é muito alta, nem muito baixa, tem a altura perfeita. A qual eu infelizmente não tenho. Seus cabelos são castanhos e arrisco dizer que tem muito fios grisalhos. Ela é casada, mas nunca vi seu marido aqui na faculdade.

- Sente – Sua voz me despertou da observação. Obedeci-a imediatamente. Fui até a carteira na sua frente de sua mesa e sentei. Tirei minha bolsa do ombro e coloquei em cima da carteira. Ela me observava atentamente, ainda com um sorriso. Eu já estava ficando com medo.

- É alguma coisa com meu trabalho, professora? – Perguntei cautelosa e ela negou.

- Está tudo perfeito – Ela falou e suspirei aliviada – Eu te chamei, pois quero fazer uma proposta – Na linguagem dela: Quero manda-la fazer algo.

- Pode fazer – Concordei relutante.

- A senhorita conhece Austin Moon? – Ela perguntou com um sorriso enorme. Eu deveria conhecer? Pois não faço a mínima ideia de quem seja. Apertei a os olhos tentando lembrar. Ele estuda na minha sala? Não, conheço todos. Na verdade, é obrigatório conhecer todos da sala.

- Eu não estou lembrando Sra. Sever. – Respondi educadamente.

- Eu esperava isso, mas deveria conhecer mais, Allyson – Ela falou um pouco mais séria. Porque ela insiste nesse nome? E o que eu deveria conhecer mais?

- Desculpe-me, mas ainda não entendi – Falei envergonhada.

- Tudo bem. Austin Moon é um novo fenômeno do mundo artístico. Ele lançou um álbum que eu pensava que todos conheciam – ela me olhou sugestivamente – E agora esta saindo em turnê – Ela explicou. Bem, acho que conheço esse nome, mas nunca ouvi nenhuma musica. Não sou de estar muito ligada nas noticias, mesmo que seja sobre musica.

- Entendo, mas o que tem haver comigo? – Perguntei tentando não ser grossa.

- Querem um documentário sobre a turnê de Austin Moon. Já está tudo organizado, inclusive a equipe. Entretanto, querem fazer uma experiência. Essa experiência seria colocar jovens da mesma idade que Austin para estar junto com ele o tempo todo – Eu tinha vontade de gritar: Qual é a diferença disso em minha vida? – Sua produção escolheu nossa universidade para escolher esses jovens – Oh, não – Foi designado a mim esse trabalho já que trabalho com musica. Preciso de no máximo cinco jovens. Esse foi o motivo de eu ter te chamado. Você é uma das alunas mais inteligentes que tenho aqui, mesmo sendo tão nova. Tem capacidade para fazer algo nessa proporção. Portanto, estou escolhendo você para ir à turnê de Austin Moon – Ela terminou animada. Sabia que não era algo bom. Ao menos, para mim não era. Ir a uma turnê? Não muito obrigada. Por isso, minha reação foi essa:

- Como? – Gritei com os olhos arregalados. A professora a minha frente me encarou divertida.

- Vou repetir, você Ally Dawson – Bem, esse é meu nome inteiro – Ira à turnê de Austin Moon fazer um documentário. Escolhi mais dois jovens para te acompanhar, será Dez e Trish – Meus melhores amigos – Eles tem uma grande afinidade com você e também são inteligentes – Ela falou sorrindo.

Meu coração estava descompassado. Como uma menina de 17 anos é convidada a ir a uma turnê do grande Austin Moon? Porque comigo? Tem tantas garotas loucas por esse garoto, diferente de mim. Eu queria apenas me formar e dar aulas, não fazer um documentário.

- Mas, eu tenho apenas dezessete anos – Falei quase como se estivesse sofrendo, era provável que eu estivesse.

- Não será problema. Um responsável irá acompanhar vocês três – Ela falou sorrindo. Eu queria tanto que parasse de sorrir. Ela nunca sorriu, porque tinha que ser agora?

- Quem? – Perguntei em um fio de voz. Não é a senhora, não é a senhora, repeti diversas vezes.

- Infelizmente não poderei ir. Portanto será um parente de vocês. Talvez seu irmão? – Ela perguntou curiosa e um pouco triste por não poder ir. Suspirei aliviada. Pelo menos teria meu irmão.

- Acho que sim. Mas, preciso pensar. Não sei se meus pais irão deixar – Não eles não vão, são muito protetores para me deixar sair em uma turnê.

- Vou conversar com eles – Ela disse insistente. Assenti e afundei na cadeira.

- Trish e Dez já sabem? – Perguntei esperançosa.

Primeiro vou explicar. Trish é minha melhor amiga desde criança. Ela é baixinha, tem cabelos longos pretos e enrolados. Ela é muito carinhosa, a única exceção é quando Dez está perto. No primeiro dia que pisei na universidade Dez veio me oferecer ajuda. Ele é cara bem engraçado e atrapalhado. Dez é bem alto e é ruivo, uma coisa difícil de achar. Trish assim como eu tem bolsa e estuda jornalismo. Ela tem a mesma idade que eu e faz estagio em um jornal da cidade. Dez é um ano mais velho que nós e está um ano a mais na faculdade. Ele faz cinema. Ele quer fazer filmes e clipes em toda sua vida. E é conhecido por andar com uma câmera o tempo todo.

- Sim, saíram da minha sala antes de você entrar – Ela concordou e me olhou seriamente – Ally preciso que entenda que isso nunca mais vai acontecer em sua vida. É uma oportunidade única em seu currículo. Como ficará muito tempo fora, o documentário seria a nota para vocês passarem de ano – Oh, Deus.

Era impossível recusar isso. Minha vida estaria destruída se eu negar. Mesmo assim, eu nunca pensei em ir a uma turnê. Ainda mais, com um fenômeno musical. Respirei fundo e olhei para a professora ansiosa.

- Quero muito agradecer a oportunidade, professora. Vou falar com meus pais e volto amanha para falarmos com a produção do documentário – Falei com esforço. Ela sorriu alegremente e levantou.

- Vou marcar uma reunião para amanhã, Allyson – Ela falou ainda sorrindo. Levantei pegando minha bolsa.

- Até amanhã – Falei com um sorriso forçado e ela acenou.

Praticamente corri para fora da sala. Fechei a porta cuidadosamente e corri para as escadas. Na minha mente rodava as palavras: turnê, documentário, Austin Moon. Fazer um documentário sobre a turnê de Austin Moon? Isso era uma grande chance, mas também uma grande chance de dar errado.

Cheguei ao final das escadas e parei de correr. De longe avistei um cabelo ruivo. Andei rapidamente até ele. Ele estava de frente para mim conversando com Trish que estava de costas para mim.

- Allyzinha – Dez gritou. As pessoas deveriam usar apenas Ally.

- Oi – Falei um pouco ofegante.

- Como foi? – Trish perguntou e dei ombros.

- Assustador – Respondi e Dez riu.

- Também achei. Mas, uma turnê? Poxa – Ele falou surpreso.

- O que respondeu para ela? – Trish perguntou curiosa.

- Até amanhã – Repeti ainda assustada.

- Nós vamos? – Dez perguntou ansioso.

- Se não irmos irá destruir nossas vidas – Respondi encostando-se à parede ao nosso lado.

- Digo o mesmo – Trish concordou.

- Alguém conhece Austin Moon? – Perguntei confusa e Dez arregalou os olhos.

- Quem não conhece? Sua musicas são demais – Dez respondeu animado.

- Grande coisa – Trish deu ombros.

- Apenas eu não conheço? – Perguntei incrédula.

- Ouvi falar dele apenas algumas vezes – Trish respondeu indiferente.

- Adoro seus vídeos – Dez disse olhando para o nada.

- Temos que falar com Carter – Falei passando as mãos no cabelo nervosamente – Vamos logo – Falei rapidamente e agarrei a mão de cada um os arrastando logo em seguida.

Porque eu tenho a impressão que um trabalho pode mudar minha vida inteira?


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Notas finais do capítulo

Alguém leu? Comente! E se gostou me convença a continuar *u*