Love Story escrita por AnnieJoseph


Capítulo 23
Claro que amo. Você é meu melhor "amigo".


Notas iniciais do capítulo

Por mais que não está bonzinho, dedico a todo mundo que lê, e que me dá forças por tudo *-*



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Enfim, a casa de Michael no rancho Neverland, podia ser vista por mim. É claro que eu já tinha visto ela por fotos e vídeos mas... Nada se compara de perto ! Incrívelmente linda ! Todos os detalhes, eu sabia que Michael tinha a escolhido. E, isso me fascinava mais ainda. Ele tem muito bom gosto !

– Ela é linda. – Disse sobre a casa. – Aliás, tudo aqui é lindo. – Minha respiração estava longa, não entedera o por quê.

– Você acha que consegue andar direito amanhã ? – Ele diz, apoiando sua cabeça no meu ombro. Parecia deitar em cima de mim, mas ao mesmo tempo me carregava. Obviamente por ser maior que eu.

– Sim. Tenho certeza que sim. Foi uma bobeira isso aqui. Eu me sinto bem. – Subi minha mão que estava na cintura dele e, acariciei as costas dele.

– Então, agente podia dar uma volta por Neverland. Estar aqui é sinônimo de diversão. Tem que conhecer tudo. Essa é a regra ! – Ele riu levemente. Sua voz ecoou dentre as árvores.

– Tudo bem, eu vou adorar... – Sorri. – Só preciso de um bom banho e um lugar pra deitar.

– E vai ter. – Sorriu.

Enfim chegamos á uma entrada linda. Eu não sei se é a entrada principal, já que essa casa é gigante, mas é muito lindo.
Michael abriu a porta com a sua mão livre. Estávamos numa espécie de salão, eu podia ver a sala ao norte. Um homem e uma mulher estavam em pé, perto de uma gigantesca escada. Eu sorri, me sentindo um pouco desconfortável com a situação. Não que tivesse medo do que as pessoas aqui poderiam pensar mas, eu pensava que ver Michael com uma garota nos braços, com um vestido de festa, tipóias e etc não era normal de ser ver por aqui.


– Olá. – Respondi sem jeito as duas pessoas que ficaram me observando curiosas.

Nós passamos por ela, indo em direção a escada. Michael parecia estar com pressa em me fazer descansar. Começamos a subir a escada e logo percebi as duas pessoas ao nosso lado.

– Precisa de alguma coisa sr Jackson ? – A mulher disse. Com certeza, ela era uma empregada daqui, pelos seus trajes. Assim como o homem também.

– Bem, essa é Annie. Uma grande amiga. Eu queria que arrumasse um roupão extra, e leve no meu quarto. – Michael disse sem olhar para a tal mulher, seus olhos estavam fixados em meus pés, onde me ajudava a andar.

– Sim senhor. – O homem disse.

Eles pararam de nos acompanhar e desceram as escadas novamente.

– Essa casa é muito grande. Eu posso me esconder aqui e, duvido que me ache.

– Essa casa é menor que a principal... Digamos que, eu acho legal você  ficar aqui pra se sentir mais em casa, e não se... Perder – Ele debochou.

Andamos um pouco pelo corredor inteiramente decorado e eu realmente não sabia em qual dessas milhares de portas era o quarto dele. Minha curiosidade acabou assim que ele abriu uma porta a direita do corredor. Sim era o quarto dele.
Não precisei nem dizer á ele que era lindo, pois tenho certeza que ele sabe disso. Grande e lindo. As janelas eram bem grandes, e no momento estavam abertas. Cortinas brancas estavam presas ao lado. Eu podia ver também uma entrada, que acho que era a varanda.

– Sente-se aí, eu vou pegar uma toalha e uma camisa minha. – Ele disse já me sentando na cama. Como se eu não pudesse fazer isso sozinha !

Que cuidados excessivos ! Eu prendi um sorriso dentro de mim enquanto o via caminhar até o banheiro. No caminho, ele tirou os sapatos com rapidez enquanto andava. Olhei em volta com as mãos escoradas na cama. Não estava respirando direito por causa desse vestido colado demais. Ignorei isso, tinha coisa melhor pra se pensar agora. Segundos se passaram e Michael apareceu com uma toalha e uma camisa de botão, preta.

– Eu acho que você não vai querer dormir com esse vestido. – Ele sorriu – Então eu acho que essa camisa vai te ajudar... Bem, é que eu não tenho roupa de mulher aqui e... – Ele corou.

Eu ri, e me levantei meia cambaleante. Ele me segurou.

– Tudo bem. – Eu sorri – Eu estou bem. E, obrigada pela camisa. Eu realmente não ia dormir com esse vestido não me deixando respirar.

Segurei a mão dele, passando segurança de que estava bem e conseguia andar. Caminhamos até a porta e ele apagou a luz enquanto isso. Ele me guiou ao próximo quarto, do lado do seu. E é claro que o quarto era lindo também. É daqueles que parece ser cuidado todo dia, então, visita de ultima hora não precisava se preocupar com nada, e nem ele é claro.
Ele acendeu a luz, e me deixou andar alguns metros sem ele ao meu lado. Eu fiz um biquinho, de costas pra ele. Ele estava escorado na parede perto da porta, me observando andar.

– Eu vou te deixar avontade. Daqui a pouco, vamos comer alguma coisa ? – Ele disse, me fazendo virar em sua direção.

– Oh Michael, eu não estou com fome. Aceito somente uma água ok ? Mas posso te fazer compania.

– Tudo bem. – Ele sorriu – Vou tomar banho também e venho te chamar.

– Oh sim, acertou em cheio. Eu ia me perder nessa casa se fosse sozinha pra cozinha.

Ele riu, e mordeu o lábio inferior. Dei a desculpa de colocar o sapato no chão, pra ter certeza que não ia cair agora.

Michael saiu e fechou a porta devagar.
Dei um suspiro que não sabia o por que dele. Aproveitei pra me jogar no chão e deitei olhando o teto fixamente, prestando atenção na minha respiração. Estava refletindo sobre tudo, e também sobre saber que Michael viria aqui me buscar pra ir "comer" algo. Não podia demorar. Me levantei com um certo cuidado e comecei a explorar o quarto. Olhei pra cama e percebi que havia um roupão ali em cima. Peguei-o e me dirigi para o banheiro.

É imenso, claro. Muito luxuoso. Já tinha tudo preparado pra um banho bom e relaxante. Em vez da banheira, preferi o chuveiro mesmo. Não estava acostumada a banhos de banheira. Tirei meu vestido com uma certa dificuldade, seguido da tipóia chata.
Entrei no banho, deixando a água cair sobre meu corpo nú. Por alguns instantes, fechei os olhos sentindo a água no meu coro cabeludo. Tanto meu pulso como minha perna está perfeitamente bem, eu só sinto uma leve incomodação. Isso é muito bom, já que Michael me chamou pra conhecer Neverland amanhã. Preciso estar boa pra correr árvores a dentro.

Desligo o chuveiro, me secando rapidamente. Enquanto secava os cabelos, fixei meus olhos na toalha em cima da grande pia de mármore preto. A camisa de Michael.
Sorri imensamente, largando a toalha. Peguei a camisa entre as duas mãos e a levei nas narinas. O cheiro dele ! O cheio feito especialmente pra ele, como diz Serena. Fecho os olhos, apertando-a contra mim. Eu posso me imaginar cheirando-a a noite inteira !
Mas agora deveria ir. Não quero fazer ele esperar, assim como eu quero ver-lo o mais rápido possível.
Passo a camisa pelas costas, fechando botão por botão. A manga cumprida dá um ar engraçado em mim. Me sinto como uma esposa...
Como Michael é alto, a camisa bate na metade de minhas coxas. Mesmo assim, vesti o roupão sem colocar os braços nas mangas. Está um tanto quanto calor hoje.

Dou uma última olhada do espelho, pouco me importando com o cabelo molhado e sai do banheiro. Michael não estava no quarto. Joguei meu olhar na porta, e na janela ao meu lado. Caminhei lentamente até ela, e olhei o tempo. Calor, céu estrelado. Perfeito ! Dou o último respiro pra captar todo ar e vou em direção a porta. Michael ainda não veio me chamar, mas eu quero mesmo dá uma espiadinha no corredor.
Puxei a porta destraida com o chão perfeito e assim que levanto o olhar. Michael está escorado na parede a frente. Arqueei minhas sobrancelhas, surpresa.

 
– Por que não me chamou seu bobinho ? Se eu fosse menos curiosa, você ia ficar ai me esperando até amanhã. – Me pus a sua frente com um sorriso pequeno nos lábios, pegando sua mão a minha esquerda.

Ele balançou a cabeça negativamente, com um ar de riso e tirou seu corpo da parede. A famosa blusa branca, estava substituida pela cor vermelha, com a famosa calça preta, básica. Seu cabelo estava molhado, e dessa vez solto. Suspirei tremendo meu corpo. Ele é lindo, oh Deus.

– Vamos, se sinta em casa.

– Bem, estou tentando. Percebi que, aqui se parece uma casa mais... "normal". Tipo, quero dizer, uma casa.. err...

– Cotidiana. De uma pessoa, sei lá, normal ? – Ele riu. Estávamos descendo as escadas a essa altura.

– Bem, acho que é isso mesmo. – Eu ri também.

– Eu sei o que quer dizer, eu só não sei como explicar. Mas eu entendi. Eu gosto disso. Sem empregados, cozinha com coisas pra mim mesmo fazer.

– Engraçado.

– O que ?

– Não sei, você me parece tão... Ah... Eu não sei explicar. – Por mais que não soubesse explicar, ele me não me parecia ser Michael Jackson. Apenas um ser humano incrível.

– Ah Annie, vai me deixar curioso ?

– Desculpa amor, eu... – Levei a mão a boca. – Desculpe.

Ele riu, me observando.

– Nunca me chamaram assim.

– Oh, desculpe mesmo. Eu tenho essa mania á tempos.

– Você me ama ? – Ele me encarou normalmente.

Prendi a respiração. Como assim ?

– Hm, é claro que amo. Você é meu melhor amigo. – Disfarcei. Na verdade, eu o amava de todas as formas. Essa era uma delas. Então tá valendo.

– Então não foi um erro. Aliás amor, eu também amo você. – Ele riu levemente, com um sorriso.

Sai de órbita por 3 segundos. Eu sei que ele falou isso no embalo da brincadeira mas... Escutar isso dele é tão... Oh meu Deus !
Eu precisava agir normalmente, ou ele ficaria com vergonha e nunca mais o falaria. Com uma certa dificuldade, me aproximei dele e me controlei pra não beijar-lo na boca. Dei um pequeno beijo na sua bochecha, me sentindo tonta. Tentei não deixar isso visível. Acho que consegui. Somente agora tinha percebido que estávamos na cozinha.

Me sentei no banquinho em fente ao balcão enquanto Michael ia a geladeira. Mal tinha percebido que minhas mãos estavam trêmulas. Tentei me distrair. Afastei alguns objetos do balcão pra que Michael pudesse comer.

– Você tem certeza que não quer ? – Ele estava com olhar fixo na geladeira, mas olhou pra mim assim que disse.

– Não mesmo, obrigada. Eu só aceito uma água.

Ele ficou pensativo. Olhou novamente para a geladeira.

– Você gosta de suco de maracujá ?

– Sim.

Ele começou a pegou uma jarra amarela, e eu ja imagina que seria o suco. Com a outra mão, ele pegou um prato que continha dois sanduíches.
Se sentou ao meu lado, colocando o prato e a jarra em cima da balcão. Eu o olhava atentamente, como uma idiota.
Peguei dois copos que já estavam no balcão e coloquei ao lado do prato dele. Ele sorriu, pegando a jarra e servindo os dois copos.

– Percebi que está sem a sua tipóia. Isso é sinônimo de diversão amanha. – Ele sorriu imensamente pra mim, com o sanduiche perto da boca. Deu a primeira mordida, ainda me encarando. É claro que meus olhos estavam na sua boca, que mastigava a comida devagar.

– Sim, não sinto dor nenhuma. Eu quero muuuuito conhecer Neverland nem que for um pouco. Amanhã vai fazer sol, está quente e a noite tá estrelada. – Decidi tentar me destrair, dando uma golada no suco. Fixei minhas mãos no copo, de nervoso.

– Uhum – Ele fez uma pausa pra terminar de comer. – Já até sei o que podemos fazer amanhã.

– O que ? – Voltei a olhar-lo.

– Isso depende da hora que vamos acordar – Ele mordeu o lábio inferior – Eu quero assistir TV no seu quarto. Será que eu posso ? – Ele fez uma carinha dengosa, de pidão.

Como se fosse possível recusar.

– Claro que sim, o quarto não é meu ! – Sorri – Mas ok, você está me mimando. Não reclama depois ! – Fiz biquinho.

– Você nem viu o que é mimo de verdade – Ele gargalhou, jogando a cabeça pra trás. Voltou a me olhar. – Eu sou travesso garota.

– Disso eu sei bem. – Sorri. Estava assustada com as palavras dele. uui

Michael se levantou, e eu o segui com o olhar. Ele se abaixou e pegou o roupão do chão.
Ei, perai, aquele é o meu roupão ?! Pior que sim. Eu não percebi que ele caiu. Ele segurou o roupão nas mãos, se sentou e o colocou no colo enquanto comia. Fiquei com receio de pedir. Não que "minha" blusa tivesse curta demais, só me sentia um pouco.... Desconfortável.

– Engraçado que, vendo você assim com essa blusa, me faz parecer que você é casada comigo. – Ele riu baixo. Observou a sua camsa preta, com cuidado de não parecer vulgar.

Eu corei, e descruzei minhas pernas devagar pra ele não perceber que estava com vergonha.

– Engraçado, no banheiro, eu pensei a mesma coisa. Er, no caso... Pensei que... Eu era casada. – Me atrapalhei, e dei uma golada grande no suco.

– Parece sim.

– Michael, coma isso, para de enrrolar ! – Eu ri sem vontade, estava nervosa, disse rápido. – Desse jeito não vamos acordar amanhã. Ainda vamos ver TV, não é ?

Ele sorriu, parecendo entender.

– Ok senhorita Annie, é pra já. – Mordeu seu sanduiche com mais vontade. Já estava quase no fim.

Eu o observei durante poucos segundos, e apoiei meu tronco no balcão. Estava um pouco envergonhada. Tomei o último gole de suco, e o coloquei no balcão sem olhar-lo assim que pude ver o fundo do copo.
Me concentrei apenas em olhar para a porta, imaginando que daqui a pouco essa vergonha sumiria de mim. Michael já estava acabando o sanduíche e iríamos ver Tv, amanhã vai ser um longo dia e...

– Terminei. – Ele disse se levantando com a jarra e o prato com o sanduiche que não comeu. Pude observar sem receio agora. Seu cabelo permanecia molhado, dando um jeito incrívelmente ainda mais sexy.

Ele guardou as coisas na geladeira, enquanto eu levantava logo atrás dele, e levava os copos a pia. Destraida, não percebi que ele me olhava.
Parei de lavas os dois copos e o observei ainda mais receiosa.

– O que foi Mike ?

– Nada. – Ele segurou o riso.

– Pára ! Diz, diz ! – Insisti. Ainda estava com os copos ensaboados nas mãos. Desliguei a torneira sem olhar para a mesma.

– É que... – Ele abriu a boca, hesitante. Fechou a porta da geladeira e continuou – Lavando o copo assim... Você me parece mais dona de casa. E ainda mais minha mulher. – Ele prendeu o riso, mas não conseguiu segurar. Caiu na gargalhada, chegando a fechar os olhos, com as mãos na barriga.

Eu larguei os copos o olhando boquiaberta. Isso podia ser uma brincadeira, mas meu pensamento fértil viu uma coisa demais do que a realidade poderia realizar. Estava constrangida por não saber o que responder, e surpresa por ele continuar com o assunto de " Sua esposa ".
Ele continuou rindo, e por fim abriu os olhos. Parecia estar sem fôlego. Se aproxima da pia, abre a torneira e lava minhas mãos. Eu ainda estava sem palavras, olhando-o. Seu sorriso estava estampado no rosto. Era lindo, e perfeito assim de perto.

– Own esposa, ficou contrangida ? Me desculpa ? – Ele ainda sorria, e pegou minhas mãos, secando-as na sua camisa.

Indo no céu e voltando.

Senti a estrutura de seu corpo, por mais que estivesse forrado por um pano. Isso pode parecer tão normal quando não se ama. E pode parecer até estranho dizer isso. Mas quando se ama, qualquer toque, qualquer respiração, qualquer sorriso se torna tão importante ! E sentir seu corpo, assim, é a coisa mais... Oh meu Deus, controle-se por favor... Antes mesmo que pudesse cair a qualquer momento, sorri sentindo meus dentes tremendo. Fechei a boca pra ele não perceber e o abracei apenas. Sim, não é de lado, e nem de frente. O abracei por trás, com a rapidez que conseguia.

Ele pareceu ficar surpreso, mas sorriu lindamente. Comecei a andar com ele, tendo cuidado pra não tropeçar nas passadas dos pés. Chegamos a sala em silêncio, e começamos subir. Ele pareceu travar o pé, me fazendo sentri ainda mais as formas de seu corpo. Soltou uma risada gostosa, segurando meus braços com suas mãos. Minha mão está apoiada em seu peito.
Ri levemente, o apertando como se estivesse o repreendendo. Eu não quero cair. Tudo bem que cair em cima dele não é uma má idéia mas, ele podia se machucar.

– Ei ei, a gente vai cair assim ! – Fechei os olhos, estou flutuando. Ele é muito... gostoso.

– Tudo bem, vamos. – Sua voz soou divertida, como se iria aprontar alguma coisa.

No meio da escada, ele puxa minha perna pra cima, quase me fazendo cair. É de um modo que me segurasse pegas costas, com os pés presos na sua cintura. Por impulso, acabei cedendo enquanto ria e ao menos tempo, a vontade era de seguir além.

– Michael ! Eu vou cair !

– Não vai não, eu sou profissional ! – Ele riu e saiu correndo escada a cima comigo nas costas.

Eu gritei em meio a risos, enquanto o olhava. Não posso ver seu rosto de frente, mas de lado, parecia completamente feliz e travesso.
Ele terminou de subir as escadas voando, e eu passei as mãos por seu pescoço, de um modo que não o machucasse. Chegamos a porta do "meu quarto" Ele parou de correr um pouco, pra abrir com os pés, já que a mesma está encostada... Sua respiração não estava nem um tanto ofegante, já a minha, estava por vários motivos. Medo de cair, surpresa e com certeza por...
Não sei por que, me sinto um pouco triste. Queria ficar com ele assim até cansar. Até ele cansar, aliás.

– Ponto final. – Ele se aproximou da cama, e subiu com os joelhos. Suas mãos ainda seguravam minha perna, ele parecia tombar pros lados, mas não caiu. Paramos, ele riu novamente, e se sentou comigo ainda nas costas. Conforme ele foi dentando, é como se estivesse o abraçando por trás enquanto ele está deitado. Eu podia ver ser rosto, com os olhos fechados num sorriso lindo. Ele largou as mãos na minha perna, e as colocou na barriga. Sua cabeça se escorou em meu peito.

Observei sua feição, agradecendo a Deus por ter esse momentos. Ele assim, por cima de mim. Oh Deus, não tem coisa melhor.
Além ter-lo comigo, eu amo ver ele feilz. Amo ver ele rindo, fazendo seu corpo se mexer. Assim como meu tronco se mexia, com a respiração ofegante.
Ele se sentou, ainda entre minhas pernas e finalmente abriu os olhos. Ainda sorria.

– Vou ligar a TV. – Se levantou com cuidado, se arrastanto até a ponta do colchão macio, e deu um pulo assim que não o tinha mais.

A TV está a frente da cama, numa posição que fosse elegante ao quarto, em cima de uma estante de mógno trabalhada a mão. Ele procurou o botão, tateando a TV pois a luz do quarto estava apagada. Assim que achou, aos poucos a luz da TV foi aparecendo na tela e ele voltou. Deu um pulo, e mesmo assim não caiu em cima de mim, pois eu me desviei, sorrindo.

– Vai ter revanche garoto travesso. – Eu falei, o aconchegando em meus braços.

Ele sorriu, escorando a cabeça em meu peito. Não estava virado pra mim, pois ele começou a assistir a TV. Mas eu, sentia a parte de trás de seu corpo encostada a minha sem medo nem receio. Ele estava avontade, assim como eu estava. A camisa preta, parecia nem estar ali mais, pois eu mesma tinha perdido a vergonha idiota. Ela é grande o suficiente pra mim. E pra ele não ver nada demais !
Ajeitei minha franja, vendo a respiração dele. É engraçado falar isso, mas é tão lindo ver a respiração se formando. A reação que ela dá no torax, fazendo contrair e relaxar. E até isso, me deixava encantada. Eu sou tão boba, mas... É impossível não ser...

– Eu amo você. – Ele soletrou. Ainda mantia os olhos na TV, mas desviou pra mim.

– Eu amo você também. – Disse tentando parecer normal. Parecia que meu corpo está em choque. Podia sentir cada terminação nervosa. Sabe o quanto esperei pra ouvir isso ? Pensei que nunca ouviria. Pensei que nunca iria ver-lo. E eu sei que ele me ama, por mais que seja como amigo, eu agradeço a Deus por isso.

Ele continou a me olhar de um jeito diferente. O encarei ainda mais, tentando me adptar a sua beleza. Ele sorriu, e estendeu a mão, tocando minha bocheca. Fechei os olhos, respirando longamente. Seu perfume estava a todo canto.
Abri os olhos novamente, e procurei seus olhos. Estavam em mim, ainda do jeito diferente. Estão brilhando, ele parece diferente, surpreso ou ao menos... Feliz.
Sorri novamente, e o abracei melhor. Ele tirou a mão do meu rosto, ainda sorrindo e se virou pra TV novamente. Suspirei tremidamente, minha vontade é de gritar.
Olhei para a TV, e tentei me controlar. Eu estava aqui com ele, o amava, e por mais que nunca fosse percebida... Eu vou ser eternamente grata. Eu paço o preço de viver amando ele, pra ver ele sorrir pra mim. Fechei meus olhos, já estavam pesados. E os fechei, pra espantar a lágrima que me pegou de surpresa. Ela pousou sobre meu rosto, e escorreu. Logo, adormeci, sentindo as caricias de Michael na minha mãos, que no abraço, segurava a dele escorada em seu peito, com o coração palpitante.


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Notas finais do capítulo

Desculpa qualquer erro, acabei de escrever esse final. Obrigada por tudo *-*