I Am Watching You escrita por laah-way


Capítulo 13
Em meu favor


Notas iniciais do capítulo

Não me matem, maaaaaaas. A fic tá chegando ao fim, gente x_x Não sou de fazer fics grandes, então... er. Obviamente, esse não é o último capítulo, mas só posso prever uns 3 capítulos a mais. NÃO - ME - BATAM - POR - FAVOR. beijos!

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- Não! – Levantei de um pulo. – Não me peça para fazer isso, Nath.

- Você tem que fazer. Só você pode, você é a única próxima o suficiente...

- Mas eu quero deixá-lo com seus segredos, eu gosto dele assim.

- Gosta ou ama? – Ela não deixou esse deslize passar despercebido.

- Não importa. O que importa é que eu não vou fazer isso.

Natalie se levantou e segurou minhas duas mãos.

- Por favor. Faça isso, se não por mim, por você mesma. Você sabe que...

- Eu sei, eu sei. Ele pode ser perigoso e blablablá...

- É sério.

- Eu sei que é. Mas se ele for mesmo perigoso, você não estaria me mandando para uma cova dos leões? Mandando que eu invada o “quarto secreto?”

- Eu sei... Me sinto horrível, mas acredite, se eu pudesse fazer por você, eu faria.

Suspirei. Não tinha jeito.

- Vou dar o meu melhor, Nath. Prometo. – E naquele momento, tive um acesso súbito de coragem que até hoje não sei explicar.

-x-

Tinha ligado para Henry e ele me esperava em sua casa. Hesitei antes de bater na porta. Mal acreditava no que estava prestes a fazer. Sentia-me prestes a traí-lo. Ele abriu, beijei-o carinhosamente, e ele perguntou se eu queria sair para algum lugar. Disse que estava cansada da tarde com Natalie – o que fez ele me olhar estranhamente, não sei o motivo – e que preferia assistir um filme.

Na metade do filme, olhei para ele e vi que estava bastante entretido, então disse que ia ao banheiro e levantei. Liguei a luz do banheiro e, ainda do lado de fora, fechei a porta. Fui até o fim do corredor e suspirei. Não era hora para pensar, era hora para agir. Girei a maçaneta.

Trancada.

Amanda Carter, você é a pessoa mais idiota que existe na face da terra. É óbvio que estaria trancada, é o “quarto secreto”, certo? Não seria tão simples como girar uma maçaneta. Voltei para o banheiro, lavei as mãos e voltei para o sofá. Como eu faria isso?

Depois que o filme terminou, depois de muita pipoca e refrigerante, Henry insistiu para que eu dormisse lá. Prometi que na outra semana dormiria, porque eu teria folga no sábado, mas nessa semana eu teria que trabalhar.

Quando estava me retirando, vi Henry colocar a chave do apartamento em uma gaveta em cima de um móvel na sala de estar, que deveria conter umas duas dezenas de chaves. Fiquei abismada e disse:

- Nossa, pra quê tantas?

- Ah. Outro vício meu. Sou muito esquecido, você sabe. Aí tenho essas cópias de cada cômodo da casa, caso perca.

Ok. O universo estava em meu favor, ou sei lá. Muito conveniente. Logo agora, que tudo o que eu precisava era de uma chave. Bom, não ia reclamar. Obrigada a Deus, cosmos ou qualquer coisa. Mas há um vento forte soprando ao meu favor e eu estava achando ótimo. Fiz o possível para não sorrir e disfarcei colando nossos lábios por algum momento, depois o olhei intensamente e disse:

- Vou te ver amanhã?

Ele coçou a cabeça, como se estivesse pensando e disse:

- Não vai dar, tenho que sair amanhã.

Passei os braços em volta do pescoço dele e o beijei mais uma vez.

- É? E posso saber pra onde você vai? – Disse sem parecer ríspida, ainda brincando com ele, falando docemente, brincando com seus lábios de vez em quando.

- Um amigo me chamou pra ir pro apartamento dele, fazer coisas de homens, sabe.

- Ah, espero que não envolva nenhuma mulher nessas “coisas de homem”. – Disse ainda num tom de brincadeira.

- Assim você me ofende. – Ele sorriu, e eu ri. – Você sabe que é a única mulher de meus pensamentos.

- Sou?

- Sim. Aliás, comprei uma coisa pra você. Só um instante.

Juro que depois que toda essa história do Henry passasse, eu ia entrar numa igreja e me converter. Não acreditava, tudo estava indo a meu favor, Deus gostava muito de mim, só podia ser. Corri para a gaveta e procurei a chave da porta da frente. Ótimo, achar a chave ali, é que ia ser moleza. Ironia. Pensei em pegar a que Henry acabara de jogar, estava mais em cima e afastada, eu sabia qual era por causa do chaveiro. Mas ele ia perceber. Ouvi Henry gritando:

- Só um minuto amor,estou embrulhando o presente.

Primeiro pensamento: Não precisa de embrulho, querido.

- Ok, amor, não tem pressa. – Estava ofegante, em pânico. Se Henry chegasse agora, sabe lá o que aconteceria.

Então eu só precisava procurar uma chave exatamente igual à do chaveiro. Foi fácil, era o grupo de chaves no canto esquerdo. Tinha que ser essa. Peguei uma, fechei a gaveta e voltei para onde estava. Quando Henry voltou para a sala, com as mãos atrás das costas, eu estava colocando a chave na bolsa, ainda ofegante e assustada. Fechei a bolsa rapidamente e olhei para ele, sorrindo, tentando me acalmar.

- O que houve?

- Aan, nada, só o celular que tocou me assustando. – Tentei rir, mas foi um fracasso.

- Não ouvi o celular tocar.

- Tocar? Eu disse tocar? Ah, desculpa, er... – Eu definitivamente precisava entrar numa escola que ensinasse a mentir  -  Eu quis dizer vibrar. – Coloquei uma mecha de cabelo atrás da orelha, visivelmente nervosa – Vibrar, isso.

Ele franziu o cenho, mas não disse nada sobre o assunto. Rapidamente, tirou o presente de trás das costas e disse:

- Espero que goste.

E colocou um grande embrulho verde na minha mão, cuidadosamente embrulhado com um fita branca na parte superior. Abri cuidadosamente e vi um ursinho de pelúcia, eu adorava bichinhos de pelúcia. Logo um urso panda. Henry sabia o quanto eu amava pandas.

- Ah meu amor, ele é tão fofo! – Sorri, e beijei-o suavemente. – Vai se chamar Henry. Obrigada.

Ele me olhou, sem dizer nada, tirou o ursinho Henry da minha mão, colocou-o em cima do móvel e me beijou possessivamente, aumentando o ritmo do beijo... e como já era quase um costume nosso, ele me encostou na parede, mas dessa vez ele pôs uma mão embaixo de minha coxa e encaixou minha perna em sua cintura. Apoiei-me nele e passei minha outra perna em volta de sua cintura enquanto o beijava, até que ele sussurrou em meu ouvido:

- Fique aqui comigo esta noite.

Sorri.

- Não posso. – E delicadamente, soltei-me dele e fui em direção à porta, dando-lhe um último olhar antes de ouvi-lo sussurrar: “Amo você.”. Sibilei de volta “Eu também.” e fui embora. Fechei a porta atrás de mim e lembrei-me da chave em minha bolsa. Amanhã seria o grande dia. Sorri, triunfante, como se tivesse ganhado um prêmio.

 


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Notas finais do capítulo

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Olá pessoas! Não que isso faça alguma diferença, mas hoje (06/12/2009) é meu aniversário E tô aqui postando um capítulo pra vocês b29; Obrigada por terem lido Isso já é um presente enorme, mas se posso pedir mais uma coisa: reviews? opksaokpasokpas, como se eu já não pedisse isso sempre né