Amor ou Amizade ? escrita por Vanessa


Capítulo 2
A primeira noite na república.


Notas iniciais do capítulo

'' No banquete da vida a amizade é o pão, e o amor é o vinho.''
( Paolo Mantegazza).
=)



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eu me mudei para a república no sábado. então teria o domingo livre para conversar com a galera e me acomodar bem por lá.

o fim de tarde já havia chegado. Samira foi quem fez a janta, ela até que não cozinhava tão mal assim. mas a galera tirava um sarro dela e eu achava engraçado.

– por que vocês não cozinham então? -ela retrucava mau-mau e ricardo.

tadeu, eu e Bruna ficávamos apenas observando e rindo da situação.

– tudo bem, vai. não está tão ruim, a gente se contenta com isso! -mau-mau tentou acabar com a brincadeira.

– quem não quer comer faça o favor de não comer! -todos rimos, menos ela.

então eu me meti na conversa, não aguentava mais ficar quieta.

– ta ok gente. parem com isso agora, a Samira já deve estar ficando brava. se eu fosse ela, dava um tiro em cada um de vocês e fazia vocês comerem à marra!

depois de alguns segundos rindo. o povo ficou quieto e jantamos em paz. depois, eu e Bruna ajudamos Samira a lavar, secar e guardar a louça. Ricardo foi dormir Tadeu foi estudar em seu quarto, e mau-mau deitou-se no sofá e ligou a TV.

– eles não ajudam com a louça não? -perguntei.

– é porque hoje é sábado, e a gente dá uma folguinha a eles. mas nos dias de semana, cada um lava a sua louça e o restante da louça que é 'social' como panelas, a gente se divide. - Samira ia me explicando. - na segunda quem lava a louça social é o Tadeu, na terça a Bruna, na quarta eu, na quinta Maurício, na sexta Ricardo, nos sábados é sempre eu e Bruna. e nos domingos são eles.

– mas e eu? -perguntei.

– você pode ficar com o sábado se quiser. -rimos. - assim eu e Bruna tiramos uma folga.

– tudo bem para mim. -respondi.- porém, eu não vou estar todos os sábados na república, irei para a casa de meus pais com frequência.

– nem todos ficam na república nos fins de semana, os únicos somos eu,Bruna, e Tadeu. Ricardo sempre vai para a sua casa, ele mora com a sua avó. e o Maurício mesmo que não vá para a casa dos pais, sempre sai para festas e acaba chegando tarde.

– mau-mau sai muito é?

– sempre!

isso me surpreendeu, tá aí uma coisa dele que eu não sabia. ele sempre se passava por um garoto tranquilo, caseiro! haa essa história ele teria de me contar!

assim que acabamos a louça e terminamos de arrumar a cozinha, Bruna foi para o banheiro, e Samira foi direto para o quarto dormir. eu me sentei em cima de mau-mau que estava espichado no sofá.

– aaí!

– ninguém mandou ocupar o sofá todo.- avisei.- eu também quero sentar!

– podia sentar na poltrona ali do outro lado!

– mas eu quis sentar aqui, ora!

– caralho, você é muito chata!

– cala a boca, babão!

ele resolveu se sentar dando espaço para mim. então Bruna passou indo em direção ao seu quarto dando um ' boa noite ' para nós. assim que respondemos, ela subiu a pequena escada e sumiu.

mau-mau estava atento à Tv. assistindo CSI-MIAMI. eu me aproximei dele joguei minhas pernas em cima das dele que não reclamou, isso era completamente normal para nós. depois de um tempo, ele começou a massagear o meu pé como de costume.

– mau-mau. soube que você anda saindo muito, por que não saiu hoje? porque eu estou aqui?

– que história é essa?

– Samira me disse que você sempre sai para festas e volta tarde, porque nunca me disse?

– primeiro, porque eu não saio SEMPRE. segundo porque nem sempre são festas. e terceiro porque eu achei desnecessário te contar.

– e quando não são festas é o que então?

– eu caminho pela cidade, sento-me nos bancos e observo as nuvens escuras, as estrelas, a lua. enfim, o céu! você sabe que ele me fascina.

– eu sei que você é encantado pela noite e pelo céu escuro. mas porque achou desnecessário me contar?

– tem coisas que você simplesmente não precisa saber. ou que são tão simples que eu não acho necessário te contar.

isso não caiu muito bem. havia me incomodado de alguma forma. e eu não sou uma garota de guardar rancor nem nada disso.

– eu sempre conto tudo pra você mau-mau. achei que você fizesse o mesmo!

– por acaso você me diz que horas vai ao banheiro?.... ora mari, tem coisas que não são precisas.

– tudo bem então. mas eu confesso que não gostei muito disso!

– não seja tonta, mari. as coisas importantes você sempre saberá.

assim que ele terminou de falar, se espichou até mim e mordeu minha orelha.

– aí! seu viado!

– não fique brava comigo. eu amo você marrenta.

– também te amo, viadão.

então nos abraçamos e ficamos em silêncio assistindo Tv. depois de um tempo, me deitei sobre seu colo e adormeci.

acordei enquanto ele tentava me carregar até meu quarto.

– pode continuar me carregando! -sorri.

–mas você é folgada mesmo!

– até parece que não me conhece! -rimos baixinho já no corredor dos quartos.

– pronto. está entregue!

–mau-mau, não desligue a luz. eu tenho medo!

– deixa de ser medrosa e durma. eu estou no quarto ao lado, está tudo bem.

eu sei que parecia uma menininha com medo do escuro. mas é tipo uma fobia minha, um trauma desde que eu era pequena. mau-mau beijou minha testa , murmurou ' medrosa ' em meu ouvido, apagou a luz e saiu.

confesso que fiquei uns dez minutos embaixo das cobertas com medo. mas como estava muito quente, eu estava cozinhando lá embaixo. e resolvi me descobrir. fiquei mais dez minutos deitada sob minha cama e não consegui dormi. então levantei-me rapidamente e liguei a luz de meu quarto. assim que a desliguei, corri nas pontas dos pés até a porta do quarto do mau-mau rezando para que a porta não estivesse trancada.

na minha casa, ou quando eu dormia em outro lugar, como a casa de amigas, ou na casa de mau-mau, a gente deixava a luz acesa e eu dormia a noite toda. confesso que dormir com mau-mau era bom, e não precisava ser com a luz acesa. e ele sabia disso, que ao seu lado eu conseguia dormir no escuro.

peguei com cuidado e girei a maçaneta da porta para não acordar os outros que já estavam dormindo. eu ouvia roncos e isso me deixava com mais medo, provavelmente esse ronco vinha do quarto de Ricardo ou Tadeu. pra minha sorte, mau-mau não roncava.

abri a porta e com a luz da lua que entrava no quarto de mau-mau, fui até a sua cama. ele já estava dormindo. com um calção de malha que ele sempre dormia, e estava totalmente descoberto, seu cobertor estava caído ao chão e ele estava bem espichado na cama.

– mau-mau! -sussurrei.

– mau-mau acorde! -agora eu o sacudia.

– mari? -ele murmurou abrindo um olho só.

– deixa eu dormir com você, estou com medo!

– venha. -ele se virou para o lado dando espaço para mim, então eu peguei o cobertor caído e levei para a cama junto comigo. deitei de costas para mau-mau e ele me abraçou por trás. acho que era por isso que eu não sentia medo. porque ele me abraçava e eu sabia que não estava sozinha.

apesar de ser uma noite quente, era sempre confortável dormir agarradinha com mau-mau. bem no fundo, acho que ele também gostava de dormir comigo.


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Notas finais do capítulo

amores meus, comentem! quero muito comentarios.
pra vcs, é só amizade mesmo? mordidas e dormir agarradinhos! rsrs'
não deixem de acompanhar!
amo vcs *-*



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