A Última Filha de Perséfone escrita por Miss Jackson


Capítulo 1
Coisas loucas acontecem em um dia aleatório




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Oi, aqui é Andrômeda Walter, muito prazer. O.k, é o seguinte: Se você, durante os capítulos dessa fanfic, se identificar com alguma coisa, eu acho melhor você fechar essa janela e fingir que tudo isso é pura ficção, ou se você ao menos achar que é ficção, eu apenas o invejarei por isso. Ser semideus é uma coisa perigosa, e às vezes acaba em merda. Se você insistir em ler isso aqui e se qualquer hora você for atacado por um monstro... Bem, não diga que eu não avisei.

Tenho dezesseis anos, cabelos longos, negros como o breu e cacheados nas pontas, olhos cor de âmbar e uma enorme cicatriz que atravessa todo o meu braço direito. Você vai entender melhor se ler a fanfic.

Boa sorte.

. . .

Eu encarava nervosamente a porta que dava para a diretoria, estava me segurando para não roer minhas unhas grandes pintadas por um preto descascado. Seria até um pecado se eu as roesse.

Coloquei uma mecha do meu cabelo negro para trás da orelha e ouvi minha melhor amiga, Natalie, gritar:

– Já chega!

Logo em seguida ouvi o barulho de algo se quebrando. Eu não iria aguentar mais ficar nem um segundo ali, plantada naquele banco que já estava me dando dor nas costas, sem fazer nada!

Me levantei e dei um jeito de arrombar a porta, arrependendo-me em seguida, pois me deparei com uma cena totalmente inesperável. Natalie estava segurando uma espada de coloração meio amarelada, e a Sra. Lilith, a diretora da escola... Ela havia sido substituída por uma mariposa gigante. Literalmente. Sra. Lilith não era humana. Era uma bruxa má e enrugada, com asas e garras de morcego e com uma boca repleta de presas amareladas – que em poucos segundos poderia transformar Natalie em lanchinho de mariposa gigante. E daí que ela tivesse feições de morcego? Parecia uma mariposa!

Natalie e Lilith-Mariposa me olharam, assustadas. Natalie aproveitou a distração de Lilith-Mariposa para dar-lhe um perfeito golpe com a espada, que a fez dissolver-se em cinzas.

– O quê...? – Natalie me interrompeu.

– Precisamos dar o fora daqui, é uma emergência.

Joguei minha mochila sob as costas e corremos para fora da escola, ignorando as pessoas gritando e os guardas apontando as armas para nós duas.

Saltamos para fora da escola e fomos correndo até a minha casa, que não era tão longe, só ficava duas esquinas depois da escola.

– Sr. Walter! – chamou Natalie assim que entramos em casa. Meu pai veio correndo para a sala, apressado.

– Eles a acharam? – perguntou ele desesperadamente, Natalie assentiu. – Ah, não acredito...

Depois disso tudo foi uma correria. Meu pai socou algumas coisas que eu nem tive tempo de ver dentro da minha mochila, jogou meus materiais para cima do sofá e me abraçou.

– Por favor, mantenha contato – sussurrou ele, empurrando-me delicadamente para trás, e olhou para Natalie. – Proteja-a, Natalie. Está na hora de chamar o táxi.

Natalie suspirou.

– Odeio as Irmãs Cinzentas.

– Ande logo! – mandou meu pai, empurrando-nos para fora de casa. Natalie tirou do bolso do seu short jeans uma moedinha de ouro e jogou-a na rua, murmurando algumas palavras que eu não consegui entender. Ao invés da moedinha ter ficado ali, ela entrou para dentro da estrada (n/Autora: Nossa, entrou pra dentro, beleza então manolo), e em poucos segundos ali havia um táxi. – Vão, vão!

– Pai! – gritei, mas Natalie me empurrou para dentro do carro. Três mulheres se viraram para nós e eu tive que me segurar para não começar a gritar e espancar o carro feito uma retardada. Elas eram feias, muito feias. Apenas uma delas tinha um único olho, o resto dos lugares onde os seus olhos deveriam ficar estavam pretos.

– Destino? – perguntaram as três em uníssono.

– Acampamento Meio-Sangue – respondeu Natalie, entregando para as mulheres um monte de moedinhas de ouro. – Podem ficar com todas as dracmas, apenas vão, o mais rápido possível.

– Dracmas! – exclamou a que tinha o olho, pisando fundo no acelerador. – Lá vamos nós, Acampamento Meio-Sangue!

– Tempestade, será que eu não poderia ficar com o olho dessa vez? – perguntou uma delas.

– Não, Ira – respondeu Tempestade.

– Tempestade, entregue-me o olho – pediu outra.

– Já disse que não, a motorista deve ficar com o olho!

– Não, eu sou mais útil! – protestou Ira.

– Eu é que sou! – protestou a outra.

– Calem a boca, Ira e Vespa – disse Tempestade. O táxi ia em alta velocidade e eu estava quase vomitando. Olhei desesperada para Natalie, mas ela apenas parecia se divertir com tudo.

– Será que dá pra me explicar o quê está acontecendo e por quê a Sra. Lilith se transformou em uma mariposa gigante? – perguntei.

– Não há tempo – respondeu ela simplesmente. Dentro de uma meia hora o táxi parou em frente a uma colina. As portas se abriram e eu e Natalie fomos literalmente cuspidas para fora. Foi quando ouvimos um rugido. – Honestamente, eles não dão uma trégua.

– Eles quem, caramba?! – perguntei, mas Natalie não respondeu. Ela olhou para a minha direção e arregalou meus olhos.

– Pra baixo! – gritou ela, me empurrando de encontro ao chão. Um leão do tamanho de uma picape passou por cima de nós. Natalie rolou e se levantou, eu fiz o mesmo. – Anddie, arrebente sua pulseira.

Olhei para minha pulseira acinzentada com um pingente de rosa negra. Era a única lembrança que eu tinha da minha mãe.

– Eu não...

– Arrebente! – ela tornou a gritar, eu apertei os olhos e arrebentei a pulseira, e quando eu abri novamente os olhos eu estava com uma espada de um ferro acinzentado e com detalhes de rosas nas mãos.

– Ai, meu Deus... – murmurei.

– Meus deuses – corrigiu Natalie. O leão rugiu e se virou para nós, balançando sua cauda de um lado para o outro e olhando fixamente para mim. – Anddie, corre...

Mas eu não corri. O leão saltou para cima de mim e por pouco eu não virei "Andrômeda em cascas". Ele rugiu estressado e recuou para trás, mas antes disso cravou as garras justamente no braço que já estava doendo pra caramba. O meu braço direito, da qual tem uma enorme cicatriz. Eu gritei de dor e minha visão começou a ficar embaçada. Eu sabia que aquela cicatriz sempre fora mais do que uma cicatriz, mas nunca tivera a capacidade de entender o porquê de ela estar ali desde meus cinco anos, e eu não lembrar de nada que acontecera comigo dos dez anos pra baixo.

Ouvi pessoas gritando na parte de cima da colina e um cão Mastiff gigante desceu a colina correndo e atacou o leão. Em cima do Mastiff estava um garoto com vestes negras, cabelos negros e uma espada de ferro... Negro. Não pude ver a cor de seus olhos pois o leão já estava afastado. E também porque eu desmaiei em seguida.


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