Modern Magic - Interativa escrita por triz


Capítulo 24
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

Hey hey hey o/
Como vão vocês? Eu vou bem. Eu nem demorei demais dessa vez né? Na verdade, na verdade, esse capítulo ficou pronto no mesmo dia em que a one saiu xP
Ou seja, fazem uns quatro dias. Eu fiquei bem feliz de ver que vocês não me esqueceram c: Mesmo que só quatro leitores tenham comentado, eu fiquei feliz. Muito feliz na verdade. Esse capítulo é especial para a Bia, que não esqueceu de mim e me ajudou com a one. Se não fosse ela, talvez eu ainda não tivesse postado. Agradecimentos também para a Luna-chan, a Calling e a Little Dreamer. Obrigada de coração okay?
Enjoy ~



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Branco. Uma imensidão clara como o dia, infinita como o universo. Não importava para que lado andasse ou o quanto corresse, Josh nunca encontrava uma parede, um obstáculo. Suas roupas estavam em farrapos da luta que travara com Jaco e havia sangue seco em várias partes do tecido e de sua própria pele, entretanto, ele nada sentia. Por mais deplorável que sua aparência pudesse estar, ele não sentia dor alguma. Não lembrava-se de como parara ali, apenas acordara naquele lugar. Ele parou e respirou fundo.

– Quer saber? Eu desisto. – ele disse sentando-se no chão. – Isso aqui é loucura.

– Às vezes, a loucura é a parte mais sã da nossa mente. – ele ouviu uma voz suave vindo de trás de si. Levantou-se num sobressalto, assustado. – Não há com o que se assustar garoto. – a voz deliciou-se numa risada melodiosa. Virando-se de costas ele procurou a dona daquela voz, mas não a encontrou. – Nem tudo pode ser encontrado com os sentidos, meu jovem. Por mais tolo que possa soar, às vezes é necessário seguir seu coração.

Derrotado, ele voltou ao chão, deitando-se. O que raios estava acontecendo naquele lugar? Aliás, que lugar era aquele? Fechou os olhos e suspirou pesadamente. Será que estava morto?

– Calma criança, suas perguntas serão respondidas. – a voz disse.

– Sai daqui. – ele falou cobrindo os olhos com um braço. – Já estou de saco cheio disso. – jogou o braço numa tentativa de afastar aquela presença invisível. Foi uma grande surpresa quando sua mão tocou uma mecha de cabelo. Abriu lentamente os olhos. De pé ao seu lado, estava uma garota. Tinha longos cabelos castanhos caindo-lhe aos ombros como perfeitas cascatas de mechas levemente encaracoladas, chegando-lhe aos calcanhares. Vestia uma longa túnica branca que cobria-lhe os pés, como uma antiga deusa da mitologia grega. Erguendo o olhar, Josh encarou a figura. A pele era pálida como mármore, imaculadamente branca, quase como sua túnica. As maças do rosto levemente rosadas e um sorriso aconchegante como uma lareira formavam uma feição completamente angelical. No entanto, o mais intrigante eram seus olhos. Eles pareciam furtar as cores ao seu redor. Enquanto encarava o rapaz, eles adquiriram uma tonalidade esverdeada, mas assim que ela encarou-o nos olhos, eles assumiram aquele mesmo tom âmbar que o fizera receber o apelido “olhos de gato”. Ela parecia poder enxergar até seus segredos mais obscuros com aquele olhar.

– De pé, criança. – ela disse. Ele sentiu seu corpo preso no lugar. A presença dela era esmagadora, ele sentiu-se imediatamente envergonhado dos trapos que usava e de sua sujeira. Sentia-se como se não devesse olhar diretamente para ela, mas mesmo assim, ela insistiu. – De pé, não há o que temer. – ele finalmente levantou-se.

A primeira coisa que notou, foi que era muito mais alto que ela. Ela não parecia ser muito mais do que uma criança. Mas sua expressão parecia ter séculos de idade, pois ele jamais vira tanta sabedoria reunida em um único olhar.

– Você cresceu muito Joshua. – ela riu consigo mesma. – Eu costumo perder a noção de tempo por aqui.

– Hm... Eu deveria te conhecer? – ele perguntou confuso.

– Não. – ela deu ombros. – Mas eu lhe observei durante certo tempo. Assim como fiz com o Adam, a Fleur e alguns outros. Vocês eram meras crianças. Almas puras e inocentes. – ela começou a subir por degraus invisíveis, até que ficou da mesma altura que ele. Sentou-se preguiçosamente e começou a balançar as pernas.

– Sei que pode parecer rude, mas quem é você afinal? – ela apenas riu da pergunta. – Digo, qual é o seu nome?

– Meu nome? – ela indagou docemente. – Nomes... Tenho tantos deles que fica até difícil. – a garota parecia confusa. Ficou pensativa por alguns momentos. – Yume. De todos esse é o que eu mais gosto. Pode me chamar assim.

– Então... Yume, que lugar é esse? – ele disse com um gesto abrangente.

– Lugar nenhum. – a simplicidade com a qual ela dizia isso tornava tudo mais estranho. – Mas pode ser qualquer lugar. Tudo aqui depende de sua imaginação.

– Qual é a razão de eu ter vindo parar aqui?

– Em poucas palavras, por que eu quis.

– Por que você... Quis?

– Sim. Eu queria te dar uma escolha. Seguir em frente ou parar aqui. – o rapaz pareceu confuso, então ela prosseguiu. – Joshua Hellscythe, você foi presenteado com a oportunidade de escolher seguir vivendo ou ir para o paraíso.

– Eu morri?

– Apenas se assim desejar, meu querido. – ele abriu a boca para falar algo, mas antes que qualquer som saísse, a garota esticou a mão e tocou seu rosto. Sua mão era macia e o toque foi suave. Uma brisa fresca atravessou seu corpo. Uma onda de lembranças encheu sua mente, lembranças que há muito haviam sido distorcidas em sua mente conturbada. – Vá em frente criança, - a garota disse. – tudo o que precisa fazer é atravessar a porta.

*

Caos. Era assim que se encontrava a casa onde os magos estavam abrigados. Primeiro Connor, Kris e Charlie chegaram com o corpo moribundo de Josh, depois Fleur praticamente se desfizera em lágrimas e para piorar a situação, Sean acabara de cair desmaiado no chão. Aparentemente, havia se esforçado mais do que deveria. A única pessoa que parecia ainda gozar de bom senso debaixo daquele teto era Maya.

Em algum momento durante a confusão, a loira desaparecera. Provavelmente estaria em algum lugar escondido da casa, o que dava à Maya a tarefa de procura-la depois. Pelo que conhecia da amiga, ela sabia que estava em qualquer lugar da casa em que pudesse ficar sozinha. Ela detestava chorar na frente de pessoas.

Assim que tocou na pele do garoto, a morena teve a impressão de que ele estava em chamas. Ele tremia. Era uma vã tentativa de seu organismo frágil de mantê-lo aquecido. Pegando a criança nos braços, ela foi ao encontro de Kris. A garota estava em estado de choque, mas no momento, era a única opção além da própria Maya, que não levava muito jeito com crianças.

– Kris, eu sei que você passou por muita coisa, mas preciso que me faça um favor certo? – a garota assentiu. – Prepare uma compressa para o garoto, a febre alta pode ser muito perigosa, ainda mais para ele. – voltando-se na direção dos rapazes, ela foi autoritária. – Erudon e del Luce, levem o Hellscythe lá pra cima. O sofá definitivamente não é o melhor lugar para alguém se recuperar. Charlie ajude a Hafno.

Ao terminar, ela saiu a passos apressados em direção ao porão.

– O que vai fazer? – perguntou Charlie.

– Colocar ordem nesse circo. – ela respondeu descendo as escadas. No interior do porão-dormitório, ela fez uma rápida varredura até encontrar a cabeleira branca de Dietrich. Ele estava abraçando fortemente a garota ruiva que trouxera com o garotinho. Sem cerimônia, ela deu um tapa forte na orelha do rapaz. Ele levantou-se rapidamente, assustado.

– O que raios você pensa que está fazendo Falker? – ele perguntou indignado.

– O que eu penso que estou fazendo? O que você pensa que está fazendo? – ela estava à beira de um ataque nervoso, e praticamente gritava. - Enquanto você bancava o Romeu, um verdadeiro apocalipse acontecia lá em cima.

– Não exagere...

– Exagerar? – ela agarrou o colarinho da camisa dele e jogou-o contra a parede mais próxima. - Para sua informação, seu grandessíssimo filho de uma puta, eu tenho um tenente à beira da morte e um garoto ardendo em febre lá em cima. Até a fortaleza da frieza que é a Fleur desmoronou e está chorando como uma criancinha. Aquele garoto, o Charlie, chegou em estado de choque e até o sem expressão do Connor parecia abalado com o que acabou de acontecer. – os gritos de Maya acabaram por acordar Risuka, Amaya e Myra, que dormiam do outro lado do cômodo. Summer estava sentada assistindo a cena, em choque.

– O quê? – ele perguntou assustado.

– Isso mesmo, Don Juan. Enquanto você se aproveitava da ruivinha inocente, o garoto tentava salvar a vida do Josh e acabou exaurindo as próprias forças. E onde estava você? Dormindo.

No piso superior, Charlie e Kris escutavam os gritos de Maya enquanto colocavam panos úmidos contra o corpo de Sean.

– Sabe, eu ainda não consigo acreditar no que aconteceu. – o rapaz falou.

– Eu também não. – ela respondeu. Seus olhos verde musgo estavam vermelhos. – Foi apenas... Rápido demais.

– Se eu soubesse que um dia iria precisar cumprir aquela promessa, eu nunca a teria feito. – ele lamentou.

A garota estava prestes a falar algo quando alguém bateu à porta. Ela levantou-se do sofá sem muita empolgação e abriu-a. Seu rosto empalideceu, diante dela estavam Adam e uma garota que ela não conhecia. Seus olhos fizeram uma pergunta silenciosa. Ele suspirou e olhou tristemente para ela. Se Charlie não estivesse por perto para segura-la, ela teria caído. Subitamente, suas forças se esvaíram. Não podia acreditar no que estava acontecendo. Não, não era possível. Ela não perdera apenas Alice, mas Yumiko também? O rapaz moreno puxou-a para um abraço. Foi quando a realidade despencou sobre seus ombros. Tudo aquilo realmente estava acontecendo. Aki, Alice, Yumiko, Jin... Todos eles. Ela havia os perdido.

Do outro lado do cômodo, Dietrich pegava o garoto ruivo nos braços e subia as escadas, seguido de Summer. Maya podia ter todos os defeitos do mundo, mas naquele momento ela estava certa. Onde estava ele quando Sean havia precisado?

– Calma, a culpa não é sua. – Summer falou.

– Como...

– Você fez a mesma cara de cachorrinho perdido no trem. – ela riu. Como ela podia rir num momento daqueles? – Não se preocupe, vai dar tudo certo. – ela disse enquanto ele colocava o menino numa das camas do quarto de visitas.

– Como pode ter tanta certeza?

– Eu sinto, bem aqui. – ela colocou a mão sobre o coração dele.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Tem algumas tretas vindo por ai ASHUASHUASHUASHUASH
Palpites? Teorias da conspiração? Quero ver todos. E sim, não menos importantes, os ships de vocês ASHUASHUASH' Quero ver a quantas eu ando. Os casais estão mais ou menos decididos até agora, mas nunca se sabe né?
ASK - Pergunte aos personagens!
ask.fm/interativasdayumi
Beijos e até o próximo capítulo o/



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