Modern Magic - Interativa escrita por triz


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas õ/ Eu disse que ia demorar não disse? Pois é, acontece que eu consegui postar logo XD
Eu viajei, e nesse momento eu me encontro num acampamento. Porém deixei o capítulo programado para saciar a curiosidade de vocês. Ao menos em parte XD
Então, esperem que aproveitem e não queiram me matar XD
Enjoy ~



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– O que aconteceu com ele? – perguntou Summer quando ela e Di estavam sozinhos com um Sean adormecido na cabine.

– Com ele quem?

– Seu irmão. – ela disse inocentemente. O semblante dele entristeceu-se.

– O pirralho não te contou? Ele morreu.

– Eu sei disso, mas como? – ela parecia não ter muita noção de estar cutucando uma ferida aberta.

– Bem, isso foi há cinco anos. – ele começou. A respiração pesada delatava que era muito difícil contar essa história. – Como você já deve ter notado, eu sou alemão. Minha família morava longe da cidade, numa área bem arborizada com um campo simplesmente maravilhoso. Quando eu tinha cinco anos, ele nasceu. Seu nome era Digory. Ele era meu melhor amigo, meu companheiro. Sempre fomos muito unidos, não éramos do tipo que brigava um com o outro por qualquer besteira, aliás, não me lembro de sequer termos brigado. Nosso passatempo favorito era brincar perto de casa sabe? Sempre apostávamos corrida e por incrível que pareça, ele ganhava. Sempre foi mais rápido que eu. Foi depois do meu aniversário de dez anos que percebemos que éramos diferentes de nossos pais. No começo foi difícil entender, mas sabíamos que deveríamos manter segredo. E então... – ele respirou profundamente colocando as mãos sobre os olhos, sua voz ficou embargada. – No aniversário de oito anos dele, nossa casa foi invadida. Nós não entendemos como nem por quê. Havíamos sido tão cuidadosos. Mesmo assim, acontecendo. Eu lutei com todas as minhas forças, fiz tudo o que podia e o que nem sabia que conseguia fazer, mas mesmo assim, - as lágrimas escorriam por entre seus dedos, por mais que tentasse controla-las, não conseguia, era duro demais. – não foi o suficiente. Ele morreu por que eu fui fraco. Por que não pude protegê-lo, nem à meus pais. Se eu tivesse treinado mais, se tivesse me esforçado mais... - ele soluçava. Mal conseguia articular suas palavras em meio ao choro. Ela pousou a mão no ombro dele, e ele entendeu que era o suficiente. Ela não queria fazê-lo chorar, jamais fora a sua intenção. – E foi por isso que eu prometi, prometi que se um dia tivesse filhos, seria o melhor pai do mundo. Seria como um irmão para eles e faria o que não pude fazer pelo Digory. Que protegeria quem é importante para mim com minha vida se fosse preciso, e que nunca mais, nunca mais, iria perder alguém que amo novamente.

Summer estava comovida com a determinação e com a história dele. Puxou-o para um abraço meio sem jeito, que ele correspondeu. Tudo que ele estava precisando agora era consolo. Enterrou a cabeça no ombro da garota e chorou amargamente. Mesmo que muito tempo houvesse se passado, aquilo ainda o destruía.

*

– Você não merece a marca que tem no braço. Alguém que trai o seus amigos é a pior escória. – Josh falou sombriamente.

– Em algum momento eu disse que vocês eram meus amigos? – Jaco gargalhou. – Não existem amigos nem inimigos na guerra, apenas o melhor lado para se estar. E depois, o Louis paga melhor que vocês.

– Louis? – Alice perguntou. Aquele nome não lhe era estranho

– Calada sua idiota. A conversa ainda não chegou ao puteiro.

Josh se enfureceu. Primeiro a traição, depois ele ofendia seus amigos. Ele merecia a morte. Com seu sempre fiel martelo, ele partiu para cima do moreno, que apenas riu. O primeiro golpe dele errou o ombro do menor por pouco, o que fez com que tudo perdesse a graça. As mãos de Jaco foram envoltas em chamas negras e ele desferiu um golpe na direção da perna de Josh, porém no último segundo o punho em forma de garra subiu ao ombro do mago de cabelos verdes, penetrando fundo em seu ombro. Ele hesitou por breves milésimos de segundo, o que fora suficiente para o menor ataca-lo nas costelas. Alice pôde ouvir o barulho de ossos se quebrando.

– Por que não desiste? – ele riu sadicamente. – Ou melhor, por que não me ataca com sua magia?

– Eu não quero machucar ninguém. Posso estar ferido, mas ainda estou de pé. Enquanto eu ainda tiver fé no que acredito, vou me levantar quantas vezes for preciso. – ele falou com dificuldade. – E em algum momento, esta dor vai passar. Eu me curarei ou morrerei. Mais valem as lágrimas de um derrotado do que estar de pé sem ter tentado.

Mesmo machucado, mesmo em desvantagem, ele partiu para cima de seu inimigo. Ele atacou sem sucesso e a cada brecha que enxergava, Jaco atingia-o em um novo lugar, até que ele finalmente caiu. Haviam cortes fundos em seu rosto, seu braço estava torcido num ângulo que parecia errado e sua calça estava empapada de sangue. Mesmo assim, ele estava sereno. Como se aguardasse a morte. Felizmente, essa não seria a sua hora. Não ainda, não ali. Jaco se preparava para o golpe final quando Alice se manifestou.

– Você não vai mata-lo. – ela falou com lágrimas nos olhos. – Não enquanto eu estiver viva.

Seus colegas assistiam sem reação. Com exceção de Connor, ninguém compreendia o fato de Josh não ter usado magia. Acontecia que ele próprio tinha ciência das coisas ruins que aconteciam quando ele a usava, e achava perigoso arriscar a vida de seus companheiros.

– E quem vai me impedir? – Jaco riu. – Uma vadiazinha ruiva?

Fire Wall.

Uma enorme parede de fogo foi em direção ao moreno, que não se incomodou. Ele sugou todo o ataque e riu.

– Nem vou me dar ao trabalho de usar magia com você garota. Apenas os meus punhos serão o suficiente.

Ele avançou na direção dela, que lançava ataques elementais em sua direção. Ele esquivava com facilidade, como se já conhecesse o padrão. Ele agarrou os cabelos da ruiva e bateu a cabeça dela com força contra o chão. O sangue escorreu pelo lado direito de sua cabeça, mas mesmo assim, ela se pôs de pé. Seus olhos brilhavam como o mais puro ouro. O prédio inteiro começou a tremer, mas ela já não controlava seu próprio corpo.

*

Alice se encontrava numa caixa branca, enorme e vazia. Ela olhou ao redor e não viu nada nem ninguém.

– Filha. – uma mulher vestida com uma túnica marrom aparecera em sua frente.

– Mãe? – ela perguntou desconfiada. Nunca falara com ela, muito menos se lembrava de sua progenitora.

– Sim. Nascida dos elementos, tu vieste a este mundo para trazer o equilíbrio, e neste momento eu estou aqui para te dizer que orgulho-me de ti. Lhe foi dada uma difícil escolha. A vida de teus amigos, ou a tua morte. Gostaria de poder dar-te ambos, mas não me é possível. Neste momento tu não controlas teu corpo. Se voltardes a ele, teus amigos morrerão. Porém se ficardes comigo, eles viverão. Ao menos alguns deles.

– Eu escolho a minha morte. – ela disse sem hesitar.

– Então acompanhe-me filha. – a mulher disse estendendo os braços. – Mostrar-te-ei um mundo completamente novo. Não te preocupes, pois em breve, teu amado também virá.

*

Jaco estava bastante machucado quando o corpo de Alice caiu sem vida no chão. Todos estavam em choque, porém um ódio descomunal se apossou de Jin. Primeiro ele machucara Josh, e agora matara Alice. Além de ter traído a todos.

– Charlie, espero que possa cumprir a sua promessa. – ele disse.

– Queria não ter que fazê-lo. – o moreno respondeu.

Subitamente, Jin tremulou. No lugar do anjo, surgira um demônio sedento por sangue e vingança.


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Notas finais do capítulo

R.I.P. Alice ;^;
Eu prometi que o Josh ficaria vivo, mas não que sairia inteiro ok?
Na realidade eu não prometi, mas quem ganhou a votação foram o Josh e a Kris. Então né...
Di todo sentimental ;3;
Alice morreu com honra, e quem adivinhar quem é o amado dela ganha um doce. Mentira, ganha não por que eu não tenho dinheiro, mas duvido vocês acertarem -q
Eu provavelmente demorarei para ler e responder os reviews, mas se vocês não comentarem eu bato na cara ok?
Beijocas para vocês, suas pipocas.



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