New Age escrita por Rafaela


Capítulo 14
Capítulo 13- Amizade


Notas iniciais do capítulo

Desculpem estar postando uma vez por semana, mas vai ser assim até as férias de Julho ou quando tiver feriado -tipo na Páscoa- então... Eu não sabia como escrever esse mas acho que não ficou ruim, espero que gostem e desculpem se houver erros.
Fiz esse capítulo para os acontecimentos não ocorrerem tão rápido, então esse é meio parado. mas está ai, xoxo



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Depois de deixar a água quente do banho descontrair meus músculos fui para o quarto e me coloquei em baixo das cobertas, estava exausta e o sono foi bem vindo.

A semana estava acabando, tínhamos o fim de semana para escolher fazer o que quiséssemos, se era trainar ou ficar de bobeira era nós que escolheríamos.
–Compras! -Lia comemorou, acordando-me. Eramos as únicas no quarto, acho que todos já haviam saído para suas atividades.
Lembrei-me então que Lia havia dito que em nosso primeiro tempo livre iriamos comprar roupas para mim.
–Vamos dorminhoca, acorde. Temos de tomar café. -Ela estava sorrindo! Era a primeira vez que via Lia sorrir desde... Bem, desde Sam.
O dia anterior não foi tão cansativo como os outros mas eu me esgotei essa semana, estava acabada e sem vontade de sair da cama. -Vamos, Candy, por miim. -Ela fez beicinho e eu enfiei a cara no travesseiro. -Candyy! -Resmungou.
Grunhi e me levantei, descendo as escadas do beliche e indo até minha mala pegar as roupas enquanto ela batia as mãos como uma foca. Revirei os olhos enquanto trocava as roupas, eram identicas, mas em todo o caso...
Prendi meu cabelo em um rabo de cavalo.
–Você está louca?! -Exclamou a loira.
–Ué, por quê?
–Como você vai passar o fim de semana com a roupa de treino? -Lia já estava com a cabeça enfiada na minha mala procurando por roupas e grunhindo ao não encontrar nenhuma de que gostasse.
–Do mesmo jeito que passei os dias normais, Lia. -Falei exausta, ainda estava com sono. Lia grunhiu.
–Dane-se, nós vamos comprar roupas para você hoje mesmo. -E saiu pela porta, fazendo com que eu me apressasse atrás dela.

–É só essa roupa que você tem, Cabeça? -Questionou uma garota, fazendo outras pessoas em volta rirem.
–Eu falei pra não vir com essa roupa. -Sussurrou Lia, estávamos nos sentando na mesa. Nem Thiago e nem Everton se encontravam conosco.
Sentei-me como se não tivesse ouvido nada, como se não fosse comigo. Tomamos nosso café e logo em seguida Lia me puxou da mesa, arrastando-me pelos corredores.

–Achei uma loja ma-ra-vi-lho-sa! -Ela falou saltitante, ri e então ela me puxou para dentro de uma loja. Era pequena, mas aconchegante. Nunca havia ido á uma loja de roupas, na minha Província elas eram feitas especialmente para nós e entregues em mãos.
–Olá, em que posso ajudá-las? -Perguntou uma mulher de cabelos castanho escuro crespo batendo no queixo, piercing na sobrancelha de pele um pouco escura e batom vermelho.
–Ah, só estamos procurando roupas. Qualquer coisa eu chamo, obrigada. -Respondeu Lia indo em direção a uma arara de roupas.
A garota abriu a boca em um O e olhou para mim puxando um vestido preto com lantejoulas na parte de cima.
–Oh, não. -Neguei com a cabeça.
–Oh, sim. Vá esperimentá-lo. -A gatota empurrou o vestido contra meu peito e me empurrou para dentro do provador.
Com um suspiro fechei a cortina vermelho escuro -assim como quase todo o local- do provador e retirei minhas roupas, ficando apenas com as peças íntimas, e logo larguei o vestido por cima. Ele tinha um decote em V atrás e ia só até metade das minhas coxas.
Não posso negar que gostei de me ver com ele, mas ao mesmo tempo me senti nua.
Suspirei mais uma vez e sai do provador. Os olhos da menina loira brilharam.
–Uou, que gata! -Ela fez um assovio e eu me encolhi.
–Estou me sentindo nua. Isso precisava ser tão colado. -Falei puxando o tecido do corpo para ver se descolava. Ela riu.
–Boba! Vamos levar esse mesmo e... -Ela se virou para outra arara cheia de saias e blusinhas. A garota fez outro assovio e retirou uma saia preta com uma blusinha regata branca. É, talvez mais descente que o vestido.
Segurei os dois e voltei para o provador, eu teria que levá-los mesmo. Em guerra com Lia eu sempre perderia.

–Você ta uma gata, pobre daqueles que te julgaram antes de verem essas coxas. -Ela riu e eu revirei os olhos, ainda me achava magra demais. -Toma, hoje a noite vai estar frio. -Ela me entregou uma jaqueta de couro preta que ia até a minha cintura.
–Lia, nós não sabemos nem como vamos pagar isso tudo. -Sussurrei perto de seu ouvido.
–Eu vou pagar, considere um presente. Agora pare de reclamar que eu vou procurar roupas para mim, pode ajudar se quiser.

Saímos da loja com duas sacolas vermelhas, uma pra mim e outra para Lia. Ela comprou uma jaqueta de couro e um vestido vermelho.
–Agora é hora dos acessórios. -Ela correu até uma loja e começou a ver os cintos. Cheguei depois, não estava a fim de correr. Lia vestia uma saia longa que não fazia o seu tipo e uma blusa regata básica. -Esse cinto combina com o meu vestido, não acha? -Era um cinto de couro preto e grande. De onde eles tiravam essas coisas? Nunca vi algo parecido!
–É bonito. -Falei franzindo a testa. Era, mas para mim também era estranho.
–Eu sei, vou levar! -Ela fez uma pausa e logo prosseguiu. -O seu vestido não precisa de cinto, ele já é bem justo, então depois que eu pagar isso nós iremos ver os sapatos. -E então ela foi em direção ao caixa da pequena loja. Ao contrário da outra que era completamente em tons diferentes de vermelho, essa era branca e preto.
Fiquei na porta, onde ficavam os cintos, e esperei Lia sair. Enquanto isso via as pessoas passando pelos corredores e imaginando onde estaria Thiago.
Por quê? Por que eu pensava nele? Estava na cara que ele não gostava de mim. E por que eu me importava?

–Vamos, demoro mais em lojas de sapatos do que em roupa. Corra se quiser almoçar. -Ela falou e desandou a caminhar na minha frente, dei passos rápidos para alcançá-la. A loja de sapatos ficava no outro corredor.

Ao chegarmos Lia literalmente correu para dentro da loja onde viu uma bota de couro marrom de salto. Sentei-me em um dos banquinhos para experimentar os sapatos.
–O que está fazendo aí? Levante-se e procure um para você. -Ela falou. -Só espere um minuto. -E saiu correndo até uma mulher, abraçada nas botas. Elas falaram algo e a mulher já colocou as botas dentro de uma sacola branca -assim como toda a loja-.

–Ah, esqueci de dizer. Thiago esteve lá mais cedo e deu nossos tickets para gastarmos, peguei os seus. Tome. -Ela me deu vários papeisinhos pequeninos do tamanho do meu dedo indicador, todos eles marcavam preços.
–Cada um de nós vai receber pelas tarefas que fizeram na semana, ele explicou só para quem estava acordado e era para repasarmos para os outros, mas que ele iria explicar de novo. Você e Enzo são os que mais tem, porque foram treinar quando os outros não foram.
Fiquei surpresa.
–E por que pagou as roupas por mim?
–Porque você cuidou de mim quando ninguém mais podia. -E se voltou aos sapatos. Eu não sabia o que falar.
–Somos amigas, é isso que amigos fazem. -Sorri.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Vi que temos leitores novos, sejam bem-vindos e comentem, indiquem, favoritem. É importante e me deixa feliz (:



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