Josh

Dois homens brigando feito crianças. Quarter falava irritada. Dezoito anos na cara e rolam pelo chão por causa de que? De uma garota! Eu não admito esse tipo de comportamento. Não no meu acampamento!

Mãe, este garoto deu um tapa na cara da menina. Quarter me encarou com a sobrancelha sobressaltada enquanto Thomas falava. Eu só defendi. Ou você preferia que eu deixasse ele bater nela?

Não exagere, Thomas! Joshua nunca seria capaz de tal ato. ela olhou para mim novamente, depois de ter voltado o olhar descrente para Thomas. Não é mesmo?

Claro que não. Que tipo de homem, seria eu, se ousasse bater na cara de mulheres? Thomas olhava com um sorriso sínico nos lábios.

Vai acreditar nele e não em mim, mãe? Seu filho! Quarter virou a cabeça para sua direção o metralhando com o olhar. Deu medo.

Aqui, neste momento, eu sou a Diretora Quarter e não a sua mamãe, Thomas. Acreditarei no que eu quiser e ai de você se reclamar.

Ele bufou irritado e ela voltou-se para mim. Acho que ele respeitava bastante a própria mãe para não respondê-la.

Então vejo que o único motivo para a briga tola de vocês é o fato de Elenina estar os provocando. ambos a olhamos com o cenho franzido, mostrando não ter entendido nada do que ela havia dito Thomas, você é novo e se encantou pela menina, enquanto Joshua é um veterano e já possui um certo relacionamento com a mesma. E então, os dois brigaram. E por isso e pra poder chamar isso de "sorte de principiante" ela se referia a Thomas , não os punirei. Apenas os quero um longe do outro. Ou Thomas passará o fim das férias com o seu pai e Joshua visitará sua mãe mais cedo. Entenderam? perguntou, juntando suas mãos em cima da mesa de madeira.

Entendemos. falamos em uníssono. Agora podemos ir? perguntei, entediado.

Podem. me levantei apressado e Thomas ao mesmo tempo, o que nos fez trombar um no outro. Até pensei em depositar um soco na sua cara mas não quero voltar pra casa tão cedo e conhecer nosso novo "papai".

Ele saiu na frente apressado e sem muitas palavras e eu o vi entrar na cantina, o que me fez repudiar o lugar e seguir pra minha cabana de uma vez, afinal meu rosto está sangrando.

Elenina

Chloe tentava me distrair enquanto eu batia ansiosa com a caneca vazia na mesa; não queria que Thomas fosse culpado por alguma coisa que foi causada unicamente por minha culpa.

Balas de café são tão estranhas. Chloe disse, analisando uma em suas mãos. Tem gosto de café. E balas foram feitas para serem divertidas. Quem quer uma bala de café? franziu o rosto e eu vi Diamond suspirar irritada.

Algumas pessoas gostam de café, Chloe. E gostam de balas. Então elas comem balas de café. Chloe pareceu irritar-se.

Dane-se. É ruim. Não acha, Nina? levantei a cabeça, apenas negando a vendo enfiar a bala na boca, franzindo o rosto com o gosto que ela repugnava.

Lá vem o cavaleiro misterioso. Diamond murmurou, olhando para a porta para onde eu virei, vendo Thomas entrar e entrar direto na cozinha.

Me levantei da mesa sem nem olhar para trás e me despedir das duas, que pareceram entender e segui atrás dele o vendo apoiado sobre uma mesa de metal da cozinha com uma bolsa de gelo sobre o olho. Caminhei até ele calmamente e peguei a bolsa, eu mesma pressionando-a no rosto. Ele apenas moveu os lábios mostrando um sorriso fraco.

Você já vai embora? perguntei, um tanto medrosa esperando a resposta.

Pra minha sorte não. murmurou, gemendo por eu ter pressionado forte demais.

A Quarter é tão legal assim como mãe? movi a bolsa indo para mais baixo; na área da bochecha.

Mais legal que o meu pai, mas não tanto.

Parece odiar seu pai.

Ele é militar. Viver com ele é um quartel vinte e quatro horas por dia. disse, me analisando.

Filho de um militar e uma diretora. ri Coitado de você.

Você não está esculachando o menino que mesmo sem saber nem o seu nome, te defendeu e enfrentou uma chance de uma possível expulsão mesmo sem ser um campista de verdade? soltei um sorriso torto.

Meu nome é Elenina. Me chame de Nina. E você é Thomas Daniel, e eu te chamarei de Thomas ou Tom.

Você é rápida. tirei a bolsa de gelo do seu rosto e soltei sobre a pia, largando os gelos já transformados em água. Gosto de meninas rápidas.

Que ótimo. murmurei, limpando minhas mãos do sangue seco que havia no rosto dele.

Podemos sair dessa cozinha? perguntou. As cozinheiras estão me olhando estranho por causa do meu cabelo. qualquer cozinheira que é obrigada a usar uma touca para não cair cabelo na comida odiaria ver um garoto com um cabelo que chegava quase aos ombros.

Podemos. falei, o seguindo para fora vendo a cantina já vazia e sentir um vento cortante ao sair da mesma. Ele colocou as mãos no bolso e eu sem bolsos apenas cruzei os braços, me encolhendo o máximo que podia, ele não parecia querer me oferecer seu casaco.

Quer que eu te leve até a sua cabana? perguntou sugestivo, seguindo para a direção da cabana aonde sua mãe dormia.

Gostaria. Mas se estiver com muito frio pode ir dormir. Deve estar cansado.

A mata é muito escura a essa hora para uma dama como você andar por aí sozinha.

É tudo iluminado aqui. Tem seguranças no meio do mato e eu não sou nenhuma dama. riu.

Assim você acaba com os meus galanteios gentis.

Quem diabos, fala galanteios? soltei uma gargalhada fraca.

Esqueceu dos pais severos e com um linguajar formal?

Ah sim, havia esquecido dessa parte. Nunca teve ter ouvido uma gíria na sua casa.

Minha casa é uma mansão rústica de dois andares e sabe-se lá quantos metros de extensão. Eu não costumo ouvir nada. pareceu um tanto egocêntrico da parte dele falar assim.

Vai me dizer agora que é o garoto mal entendido e que é rebelde só para chamar a atenção dos pais que ligam mais para o trabalho do que para você? continuávamos caminhando olhando aos arredores do camping vazio.

Estas palavras me definem muito bem.

Falamos sobre um monte de coisas menos sobre você. disse.

O que quer saber sobre mim? Não sou das mais interessantes.

Quero saber porque o tal do Josh bateu em você e como eu me meti nisso tudo.

Olhei para ele com um sorriso bobo.

Chloe

No mínimo ela se perdeu na mata e vai ser devorada por homens da floresta. murmurei, olhando apreensiva a visão da janela. As árvores iam e vinham com o vento forte e não tinha mais ninguém lá fora.

Cala boca, Chloe! Ela no máximo tá se pegando com o tal do Thomas no meio do mato e eu te garanto que ele não vai deixar ela ser devorada. Acalma o coração!

Lembro que a um mês atrás você era só uma garotinha mal-arrumada para não dizer otária que ficava encolhida na cama chorando e agora está sendo capaz de mandar eu me acalmar? riu sem expressar muito divertimento.

Agora sou uma nova versão da Diamond; sou a mini-Andrew.

Você tem que me prometer que sairá desse acampamento e vai chegar na escola com a cabeça erguida mandando todas as garotas que com certeza fazem bullying com você a merda. Okay?

Mas eu terei você para fazer isso pra mim. abaixei o olhar. Não terei?

Diamond mora no outro lado da cidade, ela e Andrew. Josh vai lá toda hora porque já tem carro e pode ir e vir quando quiser, mas eu, sou apenas uma garota de dezesseis anos com uma mãe que acha que o volante é muito grande para as minhas mãozinhas de criança resumindo, não pretendo ganhar um carro tão cedo.

Estudamos em escolas diferentes. Se duvidar moramos em cidades diferentes.

Nada a ver! exclamou Ou está pretendendo acabar com a nossa amizade quando o tempo aqui acabar?

Não, claro que não. Apenas sei que não nos veremos todo dia como nos vemos aqui e você precisa se defender por si mesma. murmurei a vendo me fuzilar com o olhar e se virar pro outro lado da cama, parecendo ir dormir. Só não quero que te machuquem. De novo.

Eu sei, Chloe. Eu sei. murmurou e eu bufei.