Trouble escrita por Florence


Capítulo 17
Capítulo 16.


Notas iniciais do capítulo

HEYYYY MORESSS I'M BACK ok ok, sei que vocês não querem saber disso, querem saber da fic, então aqui ela está. Vocês me perdoem pela demora, foi difícil de criar esse cap, e eu estava empolgada escrevendo os próximos, então ele foi ficando... ficando.... ate que finalmente eu o terminei. Perdoem-me as falhas... E Enjoy!



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Bella’s POV

Eu não sei qual foi minha expressão, mas a dele não mudou. Ele continuava com ódio, seus olhos verdes que eu tanto amava, que me olhavam com carinho, agora estavam dominados pela raiva. Eu não queria isso. Eu queria ajudar Edward, eu queria saber o que tinha acontecido, eu queria saber quem aquela mulher era, e o que ela tinha feito para eles. Não havia gostado dela no momento em que meus olhos pararam em cima dos dela, aquela mulher não era boa, e saber que ela tinha feito mal para o homem que eu amava já me fazia ter uma raiva súbita dela.

Eu continuava a encarar um Edward frio, e eu parecia que estava paralisada, como se mexer qualquer músculo do meu corpo fosse uma grande dificuldade. Eu nunca tinha o visto assim e muito menos chorar, eu senti uma vontade tão grande de reconforta-lo, e ao mesmo tempo gritar com ele, eu queria que ele falasse comigo, eu queria explicações, aquela mulher havia me confrontado disse coisas que eu não desejei em nenhum momento ouvir. Quando eu tentei me aproximar dele, ele levantou a mão para que eu parasse.

–Por favor, Bella não. –ele disse muito sério.

Mas que diabos? Eu entendia que talvez ele achasse que precisasse de um tempo sozinho, mas eu precisava falar com ele, precisava tentar entender, ele estava machucado, mas eu também estava as palavras de Tanya foram como lanças sendo cavadas em minha pele. Eu tinha medo de dizer ou fazer qualquer coisa... Parecia que eu estava pisando em um campo minado e qualquer atitude que eu tomasse explodiria tudo.

–Você esta bem? –foi a pergunta mais idiota que eu já fiz em toda minha vida, mas foi a única que formulei.

–Eu tenho cara de quem esta bem? –ele disse rancoroso. Eu abaixei a cabeça.

O que eu iria fazer? Não poderia deixa-lo aqui. Sentei-me no sofá da sala, e coloquei minha cabeça entre as mãos. Os segundos passavam, parecia que meu coração estava martelando em meu ouvido. Assustei-me com o barulho de vidro sendo estilhaçado e levantei a cabeça de imediato, Edward num ato de estupidez quebrou todos os ornamentos que havia sobre a mesa de canto. Arregalei os olhos, mas isso me fez correr até ele, segurei seus braços na tentativa de chamar sua atenção para mim.

–Pelo amor de Deus Edward, pare! –eu disse desesperada.

Ele olhou para mim, seus olhos estavam escuros, e quando meus olhos encontraram os seus, e eu peguei em sua mão, senti que a nuvem preta que ele parecia estar enxergando, não estava mais ali. Sua mão estava cortada, ele estava machucado e eu diria que o machucado em sua mão não era nada perto do que Tanya lhe causara.

–Bella você pode subir para o quarto ou se quiser ir embora chamarei o motorista, eu vou cuidar disso... –ele disse com a voz baixa, se livrando do meu aperto em sua mão.

–Eu não vou embora, eu vou cuidar de você. –disse com firmeza, ele me olhou.

–Você não esta pensando com clareza você deveria ir embora ou eu...

–Ou o que Edward? Por que você esta me expulsando daqui?

–Eu não estou te expulsando Isabella, eu só acho que você precisa descansar depois de tudo isso. – ele gaguejou e eu cerrei os olhos para ele.

–Você certamente não sabe do que eu preciso. Eu não quero descansar. Vem me deixa cuidar disso. –eu disse sem esperar uma resposta.

Puxei sua mão, ele hesitou no começo, mas depois cedeu, e então fomos para o segundo andar, e entramos em seu quarto. O forcei a sentar na beirada da cama, e fui ao banheiro atrás do kit de primeiros socorros. Um medico certamente teria um, não? Quando finalmente achei, voltei para o quarto, Edward estava analisando a sua mão. Sentei-me ao seu lado, e peguei sua mão com cuidado, verifiquei todos os cortes, e a sorte dele que nenhum foi profundo. Durante todo o tempo que cuidei dele ficamos em silencio, e só quando eu terminei que voltei a olha-lo.

–Edward eu devia me sentir intimidada por aquela mulher? –as palavras simplesmente saíram.

–Intimidada? –ele me olhou confuso.

–Sim, ela ainda faz parte da sua vida? –sua expressão era cansada.

–De jeito nenhum. Você não deve se sentir intimidada nem por ela, nem por qualquer outra mulher desse mundo. –acho que soltei um suspiro de alivio.

–Quem é ela, Edward? –ele olhou para mim, mas não respondeu. –Quem é Tanya?

–Bella, por favor... –ele implorou. –Eu preciso... –ele não terminou.

Eu suspirei cansada, ele não queria falar. Eu respeitaria isso, eu o respeitaria. Quando ele finalmente estivesse pronto para falar, ele simplesmente me diria toda a merda. Agora ele só precisava de um tempo, eu poderia dar, não? Tentei pensar sobre isso, quando tomei minha decisão.

–Eu vou te deixar sozinho, assim que você quiser falar comigo estarei no outro quarto.

Seus olhos eram verdes escuros, havia uma mistura nele de raiva, ódio e dor, principalmente dor. Ele segurou firme em minha mão como se não quisesse me deixar ir, depois de um breve intervalo de tempo ele me soltou.

Levantei-me de sua cama, e sai do quarto, o deixando sozinho, a ultima imagem que eu tive foi de um homem totalmente quebrado, em um dilema interno.

Entrei no quarto ao lado, ele também era todo mobiliado, e bastante confortável. Tirei a roupa que eu estava, e deixei no chão mesmo, eu precisava ficar o mais confortável possível. Arrastei meu corpo para debaixo do edredom fofo que estava na cama, sozinha ali no escuro eu percebi que também precisava ficar sozinha, e então comecei chorar. Liberei toda a merda para fora de mim. Aquela era Tanya, a mulher que fodeu com a vida dele e de toda sua família. Eu me recordara dela, Edward havia dito algo sobre ela, eles namoraram por algum tempo e que ela era amiga de Rosalie, mas então tudo terminou e eu não sei porque. Eu tive medo, como nunca tive antes. Eu sabia que ela era uma ameaça real, mas por ele eu não deixei transparecer meu medo. Ela precisava saber que agora Edward estava comigo, e ele era meu. Ele era certo? Merda. Eu podia sentir que assim como eu era dele, ele também era meu, mas nada como ouvir isso dele. Tanya tinha uma raiva tão intensa nos olhos, eu poderia jurar que ela tinha um olhar assassino, um arrepio percorreu por minha espinha. Por que nós não poderíamos simplesmente viver sem nenhum problema? Alguma hora tudo isso teria que acabar. Mas e se acabasse afetando o nosso relacionamento? Meu peito doeu, eu não poderia me imaginar longe do homem que eu amava, eu o queria para sempre, queria uma família com ele, queria que James e Tanya sumissem. Eu não deixaria ela nos abalar, eu daria tempo a ele e permaneceria do seu lado, eu lutaria por ele. As palavras de Sue vinham como jorradas na minha memória: “Você vai encontrar forças, mesmo se achando fraca.”, por alguma razão só agora eu percebi que era verdade.

O tempo passou, mas eu perdi a noção, não sabia se havia sido horas, ou minutos, só sabia que eu havia chorado como uma criança. Eu estava desolada e precisava de Edward, mas ele queria ficar sozinho... Ele não me queria por perto... Eu queria poder ter Nessie perto de mim nesse momento. Renesmee... parecia que tudo ficava melhor quando eu me lembrava dela, do seu sorriso doce, do seu jeito meigo, do seu carinho, eu desejei imensamente ter ela em meus braços agora.

Um baque na porta me assustou, um feixe de luz iluminou o quarto totalmente escuro apenas por segundos, enquanto a figura de Edward apareceu e desapareceu. Ele veio em direção a cama, e eu senti o colchão afundando quando ele se deitava ao meu lado, Edward passou o braço em minha volta e me puxou para ele. Enterrei minha cabeça no vão do seu pescoço, e eu voltei a chorar, mas agora não sabia exatamente porque, mas eu precisava desse alivio. Edward estava aqui, e ele não me dizia para me acalmar, ele apenas esperou para que o choro cessasse, apenas ficou comigo, suas mãos descendo e subindo pela minha costa me confortando. Isso era uma das coisas que eu mais amava nele, Edward não era aquelas pessoas que dizia mil palavras de conforto para tentar te deixar bem, -embora eu gostasse disso também-, ele tinha seu jeito próprio, ele apenas deixava fluir, se eu precisasse de palavras ele diria, mas incrivelmente ele sabia quando eu precisava apenas de seu abraço.

Quando tudo finalmente parecia ter acabado, eu sentia como se quilos tivessem sidos tirados do meu ombro. Edward provavelmente já havia dormido, levei a minha boca até seu pescoço e deixei um beijo suave ali.

–Bella? –ele sussurrou.

–Pensei que você estivesse dormido.

–Não, eu apenas estava esperando. –ele me apertou mais em seu abraço e beijou o topo da minha cabeça.

–Desculpa por isso... E obrigada.

Enquanto eu falava, Edward procurou minha boca me beijando profundamente.

–Não peça desculpas sem motivo, eu te peço desculpas pela forma como agi, eu só precisava de um tempo, eu irei te explicar tudo, mas não agora... –ele se virou e ficou em cima de mim. Estendeu o braço e ligou o abajur que ficava do lado da cama. –Assim esta melhor, eu preciso te ver, eu preciso de você, agora.

Eu entendi sua necessidade, precisávamos estar conectados, passamos por coisas desconhecidas nessa noite, mas assim como ele, eu precisava estar com ele. Precisava senti-lo dentro de mim, me consumindo por inteira, precisava que ele me fizesse sua, inteiramente sua. Sua boca cobriu a minha por inteiro, e sua língua invadiu minha boca, minhas mãos abaixaram sua boxer e ele terminou de retira-la. Meus dedos viajaram em sua costa, até que eu prendi meu braço em sua volta não querendo o soltar nunca mais, enquanto ele mordiscava e beijava meu pescoço, subi uma mão para seu cabelo. Edward desceu sua boca para meus seios, no momento do toque eu arqueei em sua direção.

–Oh, Edward... –eu gemi.

Ele chupou, e mordeu de leve um dos mamilos para depois fazer o mesmo trabalho no outro, mas aquilo estava tão urgente, tão desesperado e rude, me causaria algumas marcas depois, mas eu não conseguia para-lo, eu estava desesperada por ele também. Quando sua boca voltou na minha, eu puxei seu lábio entre meus dentes lhe arrancando um gemido, Edward se excitou ainda mais, e me devorou com a boca, ele nunca havia me beijado daquele jeito, passei minhas unhas em sua costa tentando me controlar, mas era impossível. Senti sua ereção entre minhas pernas, roçando em meu sexo, eu precisava urgente dele.

–Agora, eu preciso de você agora! –eu praticamente implorei me contorcendo.

Ele não esperou nem mais um segundo, e se enterrou forte em mim, gememos juntos, ele se retirou e me estocou novamente, gemi de novo, então ele começou seu movimento, sobe e desce, com força, enrolei minhas pernas em volta da sua cintura dando a ele espaço para ir mais fundo, minhas unhas estavam cavadas em suas costas, mas ele não reclamou pelo ao contrario isso pareceu o estimular ainda mais. Sua boca saiu da minha e foi para meu pescoço, ele fez a linha do lóbulo da minha orelha até minha clavícula, passando por minha garganta e indo para o outro lado, mordendo e chupando, ele se estimulava cada vez mais com meus gemidos, e seu ritmo não diminuiu... cada vez mais forte, mais intenso. O sexo com ele era inacreditável, mas tinha algo mais hoje, era um desespero, ansiedade, uma necessidade, eram mil palavras não ditas, e era também uma forma de dizer que um pertencia ao outro, ele me beijou de novo, mas depois pendeu seu corpo em cima do meu, olhando em meus olhos. Verde queimando o castanho.

–Você é tão linda... –levei uma mão para seu rosto.

–Eu sou sua.

–Minha.

Ele me beijou novamente, meus sentidos estavam se perdendo, eu estava me perdendo em volta do seu calor. Suas mãos estavam segurando minha cabeça, e as minhas seguravam em sua costa. Edward se enterrou em mim tão profundamente que eu gritei, mas não foi de dor, foi de surpresa misturada com prazer. Eu podia sentir o familiar formigamento em meu ventre, e senti que ele também estava próximo.

Eu era desse homem, ele era minha casa, meu porto seguro. Ainda que viessem as dificuldades nós enfrentaríamos juntos, lado a lado como um casal de verdade. Porque com ele tudo era real, o amor era real, minha felicidade era real, eu me sentia inteira e completa, me sentia realizada como nunca antes.

Ele olhou no fundo dos meus olhos, eu podia ver todo o amor que ele sentia por mim ali, e isso foi concretizado quando gozamos junto, um suspirando pelo nome do outro. Eu estava saciada, e ele também. Depois de recuperar o fôlego, ele me beijou docemente, eu poderia beija-lo para sempre, segurei em seu cabelo, a maciez de seus fios eram incríveis, ele parou o beijo com vários selinhos pelo meu rosto. Seus olhos verdes não eram mais necessitados, mas eram calorosos.

–Isabella. –sua voz soou tão intensa, carregada de emoções me impossibilitando de respirar por alguns segundos.

Ele olhou novamente profundamente em meus olhos que eu perdi a linha do raciocínio. Edward me afetava muito, e acho que isso nunca passaria porque eu o amava.

–Você tem sido tão boa comigo... Você foi a melhor coisa que me aconteceu. –meu coração parou.

–Edward...

–Shhh. –ele me impossibilitou de falar. –Eu preciso falar para você, que você é a pessoa mais importante da minha vida.

Oh Céus... Eu era a melhor coisa que aconteceu para ele, eu era a pessoa mais importante da vida dele, e eu iria desmaiar.

–Eu vou te contar tudo o que aconteceu, mas antes eu quero que você saiba que você mudou a minha vida completamente, você fez com que eu acreditasse novamente no amor. Você me salvou de mim mesmo, e o que eu mais fico deslumbrado é que você fez tudo isso comigo sem nenhum esforço, apenas sendo você mesma. Amou-me e não pediu nada em troca.

–Você sendo meu é tudo o que eu quero.

Ele sorriu, um sorriso tão lindo e natural que me fez sorrir também. Edward saiu de cima de mim, e se sentou em meus pés, puxando minha mão para que eu pudesse ficar em sua frente.

–Bella, eu te daria o mundo se você me pedisse, mas você me confundiu. Todas as mulheres que se aproximaram de mim estavam em busca de dinheiro, mas você... Desde aquelas semanas que nós passávamos almoçando no hospital eu já notei algo diferente em você, e era esse algo que eu queria descobrir. Tinha uma força que me puxava para você, eu não pude pensar em te evitar eu não pude pensar em não ter você para mim. Eu te quis desde o primeiro momento.

Então fechei os olhos. Meu coração estava tão acelerado que eu pensei que não iria aguentar. Abri os olhos, e encontrei os seus pares verdes me encarando, sua expressão agora era suave, calma, aliviada, ele olhava para mim como se estivesse me reconhecendo, seu olhar era tão intenso que chegava a me intimidar. Ele não se mexeu e nem eu. Tive medo de respirar e ele desaparecer, e tudo o que aconteceu não passar de um sonho.

–Por que você me olha como se me conhecesse?

–Porque eu te conheço, você é a mulher que eu sempre procurei, a mulher da minha vida.

–Você quer me matar. –eu puxei todo o ar que cabia em meus pulmões.

Minha respiração estava tão acelerada que o ar me faltava. Escondi meu rosto com as mãos, Edward puxou minhas mãos e me forçou a olhar para ele, seu rosto estava todo iluminado com seu sorriso, mas quando ele começou a falar seu tom se tornou intenso.

– Bella... Eu não consigo sem você. Não mais. Eu sei que fui um idiota em relação a hoje e admito, mas, por favor, não vá embora, nunca. Eu só sou seu, só seu. Eu preciso de você como ar, eu quase fiquei louco sem você comigo, mesmo que foi por um breve espaço de tempo, eu tive medo que quando você voltasse às coisas mudariam... Eu sei que você merece alguém melhor que eu, alguém que nunca te faça sofrer, alguém que não faça derramar uma lagrima se quer de você, eu tentei ser esse cara e facrassei, talvez ele esteja por ai te procurando, e quando te encontrar vai ser impossível não se apaixonar por você e seu sorriso capaz de acalmar qualquer pessoa. Mas eu não vou deixar que isso aconteça, não que eu vá te prender em casa para que ninguém te veja, mas por que eu sou egoísta demais para deixar que alguém se aproxime de você, sou egoísta demais e seu coração é meu, nem que você não me de ele, eu vou lutar por ele, para conquistá-lo. Eu sou um idiota e inconsequente, mas eu não vou ser louco a ponto de perder a mulher da minha vida. Eu encontrei uma razão para mim, a razão é você, e eu não vou te perder. Eu te amo, Bella, eu te amo tanto, que chega a doer.

Eu não conseguia me mexer, e fiquei estática no mesmo lugar. Não conseguia falar. Eu estava entorpecida pelas suas palavras, as palavras que eu sonhei em ouvir. Elas vieram todas juntas, e saíram da boca dele, meu coração estava acelerado ainda, e eu quase que não respirava mais. Seus olhos eram ansiosos nos meus e imploravam por uma ação minha, eu pisquei algumas vezes rapidamente. Ele realmente disse tudo isso mesmo ou eu estava ficando maluca? Não, eu não estava. Edward estava aqui em minha frente, me olhando com os olhos mais lindos do mundo e ele me amava. Era real.

–Edward... Eu não vou embora. Por Deus nunca pense nisso, porque eu simplesmente não consigo viver longe de você. Eu também sou inconsequente demais, sou egoísta demais para te deixar, quando eu vi aquela mulher eu fiquei louca, eu tive medo, muito medo, mesmo não sabendo quem ela era, mas as palavras dela me doeram. Só de imaginar um segundo que seja sem você, não dá, dói. E você é um idiota por dizer essas coisas de que não é o cara perfeito. Quem disse que eu quero o cara perfeito? Eu quero você. O cara perfeito, não teria o seu sorriso torto, não teria seus cabelos bagunçados, e nem seus olhos verdes, ele não seria bobo, e nem me faria rir como você. Ele seria tão perfeito que não me surpreenderia como você, porque eu estaria ciente de suas atitudes perfeitas, era só eu pegar um livro de príncipe qualquer, mas você não. Eu não posso te encontrar em lugar algum ao não ser você mesmo. E ele não teria o principal de mim, o meu coração, porque meu coração é seu, a partir do momento em que ele bateu mais forte por você, percebi que ele nunca mais seria meu de novo. Você não vai me perder, e eu também não vou te perder. Eu te amo, loucamente, inconsequentemente, mas amo, puramente, incondicionalmente.

Ele sorriu, genuinamente, apaixonadamente, lindamente, segurou meu rosto entre as mãos, e me beijou.

–Vai dar tudo certo, não vai? –eu perguntei.

–Eu e você? –fiz que sim com a cabeça. –Não será fácil, temos muitas coisas para passar, mas se tivermos dispostos a fazer isso certo, fazer a dar certo, vai dar. Alias, já esta dando. –ele sorriu torto.

Meu sorriso preferido, eu sorri também e joguei os braços em volta do seu pescoço o beijando.

–Eu estou certa de que te amo, Edward.

–Eu te amo, Isabella.

.

.

–Edward por Deus, pare de gemer.

Ele bufou em desaprovação para mim. Eu estava em frente o espelho da porta que dava acesso ao closet, me dando uma visão de Edward deitado na cama que me olhava como se eu tivesse duas cabeças.

–Eu arruinei sua pele. –ele disse escondendo o rosto no travesseiro.

Edward se referiu as marcas vermelhas que ficariam roxas com o passar dos dias, que ele havia causado em meus seios e pescoço.

–Acho que eu não fui nada carinhosa com você também, já deu uma olhada nas suas costas? –ele tirou o travesseiro do rosto para me olhar.

–É diferente.

Eu me virei para ele com as mãos no quadril, balançando a cabeça tentando reprimir o riso enquanto rolava os olhos.

–Você definitivamente não rolou os olhos para mim, não é?

–Não é diferente meu amor, nós nos empolgamos demais ontem e essas marcas vão sumir, eu realmente sinto pela sua bela costa.

–Eu não sinto por mim, eu sinto por você. –ele disse muito fofo.

–Como eu disse, nós nos empolgamos.

–Está anotado, nunca mais irei me empolgar com você. –ele se virou ficando com a costa virada para cima.

Eu sorri, Edward ás vezes era tão protetor que se tornava impossível. Andei até a cama, e subi nela mantendo meu corpo em cima do de Edward, trilhei beijos por toda sua costa, enquanto passava a ponta dos dedos de leve, sua pele se arrepiou, e ele virou o rosto para me olhar.

–Você não esta me provocando, esta?

–Por quê? –eu disse sedutoramente e chupei sua orelha.

Ele segurou minha coxa e se virou de barriga para cima, me mantendo em seu colo.

–Porque não vai funcionar. –ele disse desviando os olhos de mim, eu ri. –Você sabia que eu amo isso né?

–Eu te provocando? Qual é o homem que não gosta disso?

–Tire essa merda de você Isabella, eu amo o som da sua risada.

–Você nem ouse. –eu disse séria.

–O quê? –ele olhou para mim fingindo inocência.

–Me distrair com falas românticas. –ele gargalhou.

–Isabella, você é a melhor pessoa que eu já conheci.

–Tire essa merda de você, Cullen. –eu repeti suas palavras anteriormente.

–Vá em frente no seu ato de forçar seu namorado a fazer sexo. Isso é crime sabia?

–Não sabia que forçar uma pessoa a fazer sexo, mesmo ela querendo fazer é crime.

–Quem disse que eu quero?

–Seu amiguinho aqui embaixo de mim.

Abaixei-me sobre meu tronco, e beijei seu pescoço, descendo para seu peito largo e musculoso, beijei sua barriga, dei um leve chupão e ouvi-o gemer. Segurei em suas coxas, e passei minha língua pelo V da sua virilha, Edward segurava tão forte o lençol embaixo de si que seus dedos estavam ficando brancos, peguei sua mão e a levei ate meu cabelo dando autorização para ele se segurar, Edward grunhiu quando eu espalmei seu sexo, e depois subi de volta fazendo o mesmo caminho, até chegar em seu lábio inferior onde eu puxei com meus dentes.

–Provocadora da porra. –ele rosnou e eu ri. Sentei-me sobre ele, e deixei minhas mãos sobre seu peito. –Não vou foder você novamente Isabella, nem tente.

Soltei um riso, arqueando a sobrancelha para ele, me mexi em seu colo fazendo com que sua ereção entrasse em atrito com minha intimidade.

–Por que eu duvido seriamente disso, Edward?

–Você não deveria duvidar, é a verdade. –ele disse entre os dentes tentando manter o controle.

Eu apenas assenti, me inclinei novamente sobre seu corpo, fazendo uma trilha de beijos e mordidas da sua orelha até seu pescoço, Edward gemeu enquanto eu rebolava em seu colo, ele agarrou minha cintura com força, chamando pelo meu nome, mas eu o interrompi cobrindo sua boca com a minha, minha mão cobriu sua extensão novamente e sua respiração engatou.

–Eu. Estou.Tentando. Ter.A.Porra.Do.Autocontrole. – ele rangeu.

–Não tenha. –eu sussurrei em sua boca. Olhei em seus olhos intensamente, o desejo e a luxuria estavam nos olhos dele assim como no meu, ele estava tentando ter controle sobre a situação, mas eu sabia que não duraria muito.

–Edward, foda-me.

Dizendo isso, seus olhos ficaram pretos e perigosos, ele me jogou de costas para a cama e montou em mim.

–Foda-se o autocontrole.

.

.

–Edward, você não vai dirigir? –perguntei muito confusa.

–Não, a partir de hoje teremos um motorista e a Carie como governanta. –olhei para ele com os olhos saltando da cabeça e ele apenas riu dando de ombros como se aquilo fosse normal.

Depois do nosso café preparado por Carie, - coisa que eu achei muito estranho, todavia a cobertura era de Edward e se ele quisesse uma governanta assim deveria ser -, e quando descemos para a garagem eu me deparei com um homem de uma altura extrema, e um porte assustador, parado ao lado do carro de Edward eu tive que perguntar que diabos tudo aquilo significava.

–Bom dia Sr. Cullen e Srta. Swan. –a voz do cara gigante era tão grave que chegava ser assustadora.

–Bom dia, Andrew. –Edward respondeu com um aperto de mão.

–Bom dia, errr... Andrew?

–Sim senhorita. –ele respondeu.

–Okay. –eu disse bem atordoada.

Ele abriu as portas traseiras para que nós pudéssemos entrar no carro.

–Você nem ao menos pensou em me contar isso? –disse para Edward após nós nos sentarmos nos bancos traseiros.

–Bella, você chegou sábado e eles só começariam o trabalho hoje eu acabei me esquecendo.

–Para o hospital, senhor? –Andrew perguntou.

–Sim, Andrew diretamente ao hospital.

–Que ótimo, quando o FBI estiver no prédio eu não vou me espantar também porque certamente você os contratou e esqueceu-se de me dizer. –disse após alguns segundos de silencio, e fiz uma carranca olhando pela janela, o carro já estava em movimento.

–Querida, eu sinto muito, eu devia ter te dito, mas são tantas coisas em minha cabeça que... –eu o encarei.

–Eu sempre te entendo Edward, será que você não pode fazer isso?

–Droga, Isabella! –ele exasperou. -Eu sei que errei, o que mais você quer que eu faça além de pedir desculpas e prometer nunca mais deixar isso acontecer?

–Vai à merda. –ele bufou e eu virei para a janela novamente.

–Eu ainda te amo. –ele murmurou depois de um tempo.

Meu coração bateu forte, eu tentei esconder o sorriso, mas não tinha como. Eu o olhei e ele também encarava o outro lado da janela, quando percebeu meu olhar ele desviou e voltou a me fitar.

–O que foi agora?

Cheguei mais perto dele, e lhe dei um beijo suave nos lábios.

–Eu também te amo, mas você precisa me contar quando fizer algo, eu não quero me passar por a idiota que não sabe de nada. E estou brava com você ainda.

–Você não é a idiota que não sabe de nada Bella, céus! Eu cuido da sua braveza quando voltarmos para a cobertura. –ele deu seu sorriso torto.

–Nem me venha com essa.

–Vamos ver se você continuara brava comigo depois que eu foder você. –ele sussurrou, e eu acho que fiquei com o rosto inteiramente vermelho.

–Não deveríamos estar tendo esse tipo de conversa aqui... você sabe... –eu acenei e ele riu.

–Depois então.

Maldito seja.

.

.

–Dra.Swan, é muito bom tê-la novamente.

Jessica formalmente me disse enquanto eu me aproximei de sua mesa com Edward ao meu lado. Ela me pareceu muito feliz em nos ver juntos.

–Bom dia Dr. Edward Cullen.

–Obrigada Jessica, é bom te ver também. –eu sorri para ela.

–Bom dia Srta. Jessica. –Edward disse educadamente.

Jessica pareceu perder um pouco da sua linha de raciocino, eu bufei, não era só em mim que Edward tinha esse efeito afinal.

–Não me diga que todas aquelas pessoas na sala de espera são meus pacientes? –eu disse voltando a atenção dela para mim.

–Sim doutora, você tem uma longa lista para essa semana. –eu suspirei, enquanto Edward riu.

–Bom dia, casal. Bom dia Jessica. –Emmett apareceu ao nosso lado dando tapinhas no ombro de Edward com um sorriso de orelha a orelha e um humor incontestável como se ele estivesse achado o pote de ouro no final do arco íris. –Que bela segunda feira.

–Bom dia, Emmett. –Edward o saldou com um aperto de mão.

–Bom dia Emmett, você me parece muito bem. –eu disse a ele.

–Bom dia Dr. Emmett. –Jessica acenou.

–Bellinha eu estou muito bem fodido se é que você me entende. –nós caímos na gargalhada e Edward revirou os olhos para ele.

–Emmett, o que te traz ao hospital essa hora da manhã?

–Vim ver vocês e manter a minha bunda aqui já que eu não tenho nada mais importante para fazer. –eu ri baixinho.

–Então atire sua bunda para longe de mim, porque eu tenho muita coisa para fazer ao invés de olhar para sua cara.

–Edward sempre tão amigável, deixa de ser um fodido, acha mesmo que estaria aqui só para olhar para sua cara? Meu sogrão me convocou para a reunião.

Edward olhou para Jessica, que estava olhando para eles, e depois olhou para mim. Dei a ela um olhar de “faça somente seu trabalho”, e graças aos céus ela entendeu rapidamente.

–Vamos para minha sala tratar desses assuntos. –Edward disse para Emmett e se virou para mim. –Te vejo depois. –ele beijou minha testa e soltou minha mão, seguindo com Emmett para longe de mim.

–Tchau, Bella até mais. –Emmett gritou por cima do ombro, eu acenei sorrindo para ele. –Edward você me parece ótimo depois que sua mulher voltou.

–Talvez porque eu estou ótimo depois que ela voltou.

–Isso faz sentido.

Pude ouvir um pequeno trecho da conversa deles enquanto eles dobravam o corredor, eu sorri para mim mesma. Emmett era uma pessoa ótima.

–Bom, vamos ao trabalho. –disse para Jessica que acenou com a cabeça.

.

.

Já se passava da hora do almoço e nada de Edward, talvez ele também fora convocado para a tal da reunião e ela passou do horário previsto. Minhas consultas tinham terminado, e o horário da tarde seria apenas para os pacientes da UTI, minha volta tinha sido tranquila, apesar de que onde eu fosse sempre havia alguém me dando os parabéns pela conquista do prêmio. Alguns realmente estavam felizes por mim, outros eram apenas usavam uma mascara e pingavam falsidade. A melhor coisa com certeza era estar em minha sala, sem ninguém por perto que eu tivesse que me preocupar, sem ser o centro das atenções. Bom. Senti meu estomago revirar de fome, onde diabos ele tinha se metido?

“Não aceito nada menos que uma cirurgia repentina para seu sumiço.” Enviei uma mensagem para Edward.

Não houve resposta, mas depois de 5 minutos o telefone tocou.

–Isabella. –reconheci sua voz imediatamente.

–Eu definitivamente deveria ganhar um prêmio para quase morrer de fome, e ainda assim te esperar para o almoço.

–Você poderia vir a minha sala por um instante? –ele disse num tom serio.

–Não, eu não quero comer na sua sala.

–Eu não estou falando de comida. Você pode vir até aqui agora? –ele atirou.

–Estou indo.

Que diabos foi isso? Eu o esperei por duas horas, duas malditas horas para almoçar e ele nem se quer mencionou algo como desculpas, ou obrigada. Foda-se.

–Alice?!

–Bella! –ela de virou para mim e me deu um abraço.

–E então esta fazendo um tour pelo hospital ou...

–Na verdade eu vim falar com meu pai, mas ele esta resolvendo uns assuntos então disse para eu voltar depois e você?

–Eu meio que fui convocada para uma reunião eu acho. –ela riu de mim.

–Bella você esta bem? Você sabe sobre ontem...

–Oh ontem... Eu acho que estou bem Alice, é tudo muito estranho para mim, mas eu estou bem.

–Eu espero que essa vadia não tenha atrapalhado o seu relacionamento com meu irmão.

–De modo algum, Allie. Eu o amo e não deixarei que alguém leve minha felicidade de novo. –ela sorriu para mim e me abraçou.

–Obrigada Bella, Edward te ama mais do que você imagina e ele não iria suportar te perder também por causa dela.

Perder-me... Também?

–Agora eu preciso ir, te vejo depois Bella.

Ela acenou para mim e se foi, me deixando parada ali no meio do corredor do hospital, completamente confusa e muito curiosa. Deixei isso para depois, não iria adiantar eu ficar procurando as razões, eu queria que ele me contasse tudo.

Entrei na sala a fim de expor a merda para fora de mim, mas me deparei com nada menos que Carlisle, Emmett e Edward. Cerrei meus olhos para Edward, que suspirou e lançou o olhar para longe de mim.

–Boa tarde. –disse a todos. –Me chamou Dr. Edward? –Emmett gargalhou.

–Eu disse algo engraçado?

Dr. Carlisle e até mesmo Edward riram baixinho.

–Nada não Bella, você é tão formal quando não precisa você sabe. –ele gargalhou mais.

–Estou na frente do meu presidente Emmett, menos.

–Está certo, me desculpe. –ele disse ainda rindo.

–Isabella querida, eu sinto muito por fazer você esperar para ter seu almoço. –eu corei enquanto Carlisle dizia.

–Não tem problema, eu posso passar por essa. –disse timidamente.

–Olha Bella eu se fosse você deixava essa greve para outra hora. –Emmett disse me deixando confusa.

–Que diabos de greve você ta falando agora, Emmett?

–Claro que é com Edward, ele está muito tenso e um fodido ignorante com todo mundo.

–Percebi. –eu murmurei. –Mas não aleguei minha greve não, ele deve estar assim por outra coisa, não Edward? –o encarei.

–Não que eu saiba, Isabella. –ele disse secamente.

–Bom meninos, vamos deixar isso para depois e vamos falar de negócios.

–Bella você tem certeza de que está tudo bem?

–Eu achava que estava há cinco minutos. –disse sinceramente.

–Cale a boca Emmett, não estamos aqui para discutir relações pessoais.

–Apenas deixe-o em paz Emm. –eu disse encarando Edward.

Edward estava tenso, seu corpo demonstrava isso, e sua expressão não estava nada boa, será que havia acontecido algo a mais do que os estresses do trabalho? Eu esperava que não.

–Vamos discutir negócios. –Carlisle disse. -Isabella, hoje de manhã tivemos uma reunião, eu e a direção executiva do hospital, quero dizer. –balancei a cabeça em concordância querendo entender onde é que eu entrava na historia. –Porque o Conselho de Medicina entrou em contato com o hospital dizendo que haverá um jantar em comemoração para os vencedores daquela premiação em sua sede em Londres.

–E estamos com projetos em Londres, pensamos em aproveitar a viagem, por isso precisamos que Emmett e Rosalie viajem também, junto com outros chefes do Hospital. –Edward disse. –Em virtude disso estaremos indo para lá na quinta feira, o jantar será no sábado à noite e estaremos retornando no domingo. É o tempo necessário para resolvermos as coisas.

–Nós iremos à quinta, enquanto os outros do Hospital irão à sexta feira, à noite.

–Vocês enrolam demais para uma simples pergunta, Jesus. –Emmett exasperou. –A pergunta é Bella, você vem conosco? Mas eu sinceramente nem sei o porquê dessa pergunta, é obvio que você vem com a gente.

Eu olhei para ele como se ele tivesse duas cabeças. Como assim Londres? No fim dessa semana... Jantar, e tudo mais, eu estava literalmente perdida.

–Mas como? Eu nem mesmo sai do país... –sussurrei.

–Você não tem um passaporte? –Emmett perguntou.

–Eu tenho, claro que tenho.

Edward se levantou da sua cadeira e olhou para mim.

–Eu vou conversar com ela, e irei explicar tudo, ela pode pensar sobre isso.

–Acho melhor assim. –Carlisle disse. –Só queria dar essa noticia para você eu mesmo Isabella, para você saber que sua presença é importantíssima.

–Muito obrigada doutor. –eu sorri para ele.

–Estaremos esperando você na sala de reunião. –Carlisle disse para Edward que apenas assentiu. -Vamos Emmett?

–Vamos sim, Dr. Cullen. –Emm riu e seguiu Carlisle para fora da sala de Edward.

Edward pediu para que eu me sentasse na cadeira em frente a sua mesa, e se sentou ao meu lado na outra cadeira.

–Eu devo saber o que há de errado com você?

–Eu estou exausto Isabella, só isso.

Eu peguei sua mão, e me inclinei para beijar seus lábios.

–Você deve me contar qualquer coisa que te incomode para que eu possa te ajudar.

–No momento tudo o que eu queria era ir para casa com você. –ele me beijou novamente.

–Eu quero que você converse comigo, é tudo mais fácil assim.

Ele suspirou, e olhou para nossas mãos entrelaçadas, e então olhou para mim como se eu fosse a vida dele ou a coisa mais preciosa para ele.

–Eu te amo. –eu disse.

Edward segurou meu rosto com as duas mãos e me beijou, e desceu uma mão até o final da minha coluna, me puxando perto dele, enquanto nossas línguas faziam uma dança sincronizada.

–Você não tem noção do bem que você me faz. –sorrimos um para o outro. -Antes que eu esqueça o que eu ia te falar... Bella olhe, eu sei que tudo isso foi bem de repente, na verdade nós já estávamos programando uma viagem para Londres, e como esse jantar surgiu decidimos aproveitar. E eu queria que você fosse comigo antes.

–Você não irá trabalhar?

–Só irei acompanhar Carlisle um dia, mas juro para você que farei o possível para ficar com você, e claro que todo mundo aqui não esta indo somente para trabalhar, vamos ter nossa diversão. –ele disse apertando meu joelho.

–Eu posso falar para você a noite?

–Claro que pode.

–Vamos almoçar agora?

–Eu não vou poder almoçar com você Bella, eu tenho que estar com Carlisle. –eu bufei.

–Eu não acredito que esperei a porra de duas horas para almoçar sozinha, tudo bem eu passo por essa. –sua boca se curvou um pouco.

–Sinto muito amor, vou preparar um jantar para você hoje.

–Desde quando você prepara jantares Edward? –eu o interroguei.

–Eu posso preparar um para você. –ele disse dando de ombros.

–Ok, ate mais então. –eu disse e me levantei da cadeira. -Agora eu vou ligar para minha melhor amiga e implorar para que ela me acompanhe a algum restaurante, para que minhas duas horas sejam validas. –girei em meus calcanhares para poder sair da sala.

Antes que eu pudesse alcançar a maçaneta Edward me alcançou, e me agarrou pela cintura, senti sua respiração quente através do meu cabelo.

–Você fica malditamente quente brava. –ele sussurrou.

–Você não gostaria de me ver tão brava assim se eu pudesse usar minhas duas mãos agora. –Edward mantinha meus pulsos presos atrás de minha costa, tornando impossível eu me mexer.

–Não me faça eu te dobrar em cima daquela mesa e te foder aqui mesmo.

–Não me faça fazer uma greve de sexo com você.

Ele me virou de frente para ele, libertando meus braços e me prendeu entre a parede e seu corpo, seu quadril moendo no meu.

–Eu poderia te forçar a fazer sexo. –ele pressionou mais em mim, eu mordi a boca para não gemer.

–Eu certamente seria uma droga fazendo sexo forçada. –murmurei.

–Não tenho tanta certeza assim. –ele passou o nariz por toda linha do meu pescoço. –Eu realmente sinto por não poder me juntar a você no almoço.

–Você deveria sentir. Agora eu preciso ir e você também. –disse tentado o tirar de cima de mim.

Edward me pressionou mais ainda contra a parede e me beijou duramente, possessivamente, e dominadoramente, me deixando sem fôlego.

–Você é um homem fodidamente quente. –ele riu de mim e beijou minha bochecha.

Edward me soltou, deixando minhas pernas parecendo gelatina.

–Bella você não irá almoçar no hospital? –olhei para ele confusa.

–Hmm, não.

–Então eu quero que você vá com Andrew. –minha boca formou um “O”.

–Edward desde quando eu preciso de carona? Por que eu não posso dirigir?

–Porque ele é pago para fazer esse serviço.

–Você sabe o quanto isso é ridículo? Eu quero dizer, eu não preciso da porra de um motorista, ele pode ficar aqui com você.

–A partir de hoje três homens trabalhará para nós, e Andrew vai com você.

–Que situação fodida.

–Meu amor, por favor, leve-o com você. –ele me olhou com seus olhos verdes suplicantes, e o desgraçado sabia que conseguiria qualquer coisa de mim com esses olhos.

–Maldito seja.

Eu sai batendo a porta do seu escritório, mas antes o escutei rindo, girei meu corpo e abri novamente a sua porta.

–Bom saber que você não está mais estressado.

–Você é curadora de males bebê. –ele sorriu.

–Você vai me matar ainda.

Então eu o deixei e dessa vez forcei para não voltar para aquela sala e o encher de beijos.

.

.

–Bella será que você podia mandar aquele cara sair da porta do restaurante? Eu estou me sentindo intimidada.

Eu escorreguei mais na cadeira na tentativa de me esconder de todos, o cara gigante que Edward mandou me trazer era realmente intimidador, e ele não seria apenas um motorista, com certeza ele trabalhava na segurança da mansão e eu nunca havia o notado.

–Eu não posso Leah, eu já o mandei ficar no carro e ele disse que apenas segue ordem do Sr. Cullen.

–Edward ficou louco? Para que você precisa desse cara como se fosse um carrapato no seu pé?

–Eu não sei Leah, eu estou fodidamente brava com Edward agora, eu tenho medo de que alguma coisa tenha a ver com Tanya.

–Quem é essa Tanya?

Enquanto eu contava a Leah o que tinha acontecido na boate ontem, a maior expressão dela foi de espanto, às vezes os olhos dela saltavam para fora de seu rosto, às vezes ela ria, e outras fazia cara de nojo, teve uma vez que ela engasgou com a comida.

–Por que eu sempre perco os maiores barracos? –ela perguntou decepcionada.

–Olhe bem para mim e vê se eu tenho cara de barraqueira.

–Pior que tem Bells. –ela disse rindo.

–Vá se foder, ela mereceu cada palavra que disse e os tapas também, minha vontade era de arrancar os olhos dela com meus dedos, você não tem noção do estrago que essa mulher causou na vida de Edward.

–Você acha que aquele cara ali fora tem algo a ver com essa fodida Tanya?

–Eu não sei, ela é uma ameaça Leah, a mulher só pode ser louca.

–Você e Edward são mais perfeitos um para o outro do que eu imaginava, os dois têm psicopatas em suas vidas, isso é aterrorizante.

–Edward me pediu para ir com ele à Londres, esta semana. –Leah cuspiu o gole de água que havia acabado de tomar. –Por Deus Leah, você me faz mais vergonha do que aquela parede ali na frente.

–Vá se ferrar Swan. Londres?! Porra Bella! Londres! Puta que pariu, você vai para Londres com Edward, oooooh eu já posso imaginar isso...

–Eu não posso ir. –ela parou sua fala estaticamente.

–Você bateu a porra da sua cabeça aonde? Você é medica de neurônios me diga qual o seu problema.

–Meu problema se chama James e Laurent, esqueceu que aquele fodido volta para Nova Iorque essa semana?

–Eu esqueci que você era tão estúpida e burra.

–Você não ouse falar assim comigo. –eu apontei.

–Isabella Swan, você não vai deixar seu homem ir sozinho nessa viagem né? Pelos meus próximos orgasmos Bella, eu juro que te dou uma surra.

–Leah, você ouviu o que eu disse? James, vai voltar essa semana!

–Bella me escuta, James não vai voltar essa semana. –arregalei os olhos de surpresa.

–O que? Como você sabe? -eu me inclinei mais sobre a mesa para escutá-la.

–Eu ia deixar para você ouvir, mas parece que você não vai mais para sua casa agora. Quando voltamos de viagem passamos na sua casa deixar suas malas extras e então eu e Jake ouvimos suas mensagens caso tivesse algo importante. A primeira era de James, explicando por que ele não havia ligado para você, sua voz estava de um bêbado fodido e eu escutei risadas de mulheres atrás. Porco, nojento... A segunda era dele também, ele estava sóbrio e muito serio, ele dizia que as parcerias na America do Sul não estavam dando certo, e eles não poderiam voltar sem nada para Nova York, então eles estavam indo para a Ásia e provavelmente iriam passar mais duas semanas lá.

–Meu Deus Leah! Isso é incrível! Por que você não me disse antes?

–Realmente não imaginava que essa noticia poderia fazer você ir para o Londres Isabella. Mesmo se esse merda estivesse aqui, foda-se ele olha para onde você vai!

–Leah... Ele poderia vir atrás de mim, atrás de Edward, Deus me livre. –disse estremecendo.

–Ele não ia nem relar o pé para fora de Nova Iorque Bella, acredite em mim.

–E se Laurent aparecer? –perguntei.

–Ficaremos de olho para você, se esse outro merda aparecer aqui a gente algema ele no pé da sua mesa, depois de dar uma surra nele. –ela afirmou.

–Você é impossível. –eu rolei os olhos. –Leah, eu não contei a ele também sobre o segredo.

–Não? –seu gosto passou de confundido para malicioso. –Claro que não, vocês foderam tanto que nem teve tempo de usar sua língua para falar para ele.

–Se você quiser dizer isso um pouquinho mais alto para que todos saibam o que eu fiz, estou indo ali comprar um megafone.

–Beije minha bunda Swan.

–Leah, já disse para você que minha vida não é passar o dia com Edward enterrado em mim não! Por mais que esse fosse meu maior desejo. –ela gargalhou.

–Tu é uma cadela Isabella.

–Puxei para você.

–Oh não, isso não tem nada a ver comigo.

–Pois bem, ontem depois daquele episodio com Tanya, Edward e eu tivemos uma conversa seria, ele também tem algo para me dizer, mas ele não disse.

–E por que ele não disse?

–Porque ele não estava pronto para isso, ele naquele momento não precisava disso e eu entendi.

–PORRA! –ela gritou.

–Jesus. Você quer calar a porra da sua boca, ou falar mais baixo o possível?

–Eu tive uma ideia, me escuta.

–Lá vem. –eu rolei os olhos.

–Pare de ser nojenta e me escuta Bella. Ele também tem algo para contar certo? Você também. Então fale para ele que vocês iram nessa viagem mas os problemas vão ficar, será apenas vocês dois, e quando vocês chegarem vocês resolvem tudo o que tem para resolver.

–Não gostei disso, isso não vai dar certo, precisamos ser honestos. E eu tenho certeza que o que Edward tem para me dizer não se compara ao que eu tenho, ele é um homem bom.

–Você também é boa Bella, a vida te ensinou a ser forte para depois você ser feliz, e Edward é a sua felicidade, foi isso que aconteceu. Você não sabe o que ele guarda, e ele não sabe o que você guarda, e isso é tudo o que vocês dois têm no momento. Vá para Londres com o amor da sua vida, e viva o seu sonho de ir para Londres junto de alguém especial.

–Suas palavras tocam lá no meu profundo você sabe disso, mas Leah... O que vão falar de mim no hospital... Eu viajando sem parar, vão começar a dizer que estou com ele pelo dinheiro eu não quero isso.

–Foda-se o que vão falar, você acha mais importante o que Edward Cullen sabe e acredita ou que as merdas do hospital vão falar?

–Não é tão simples assim.

–São simples assim, as pessoas que complicam.

Encarei minha amiga, e por alguma razão dentro de mim eu sabia que ela estava certa.

.

.

Estava sentada em frente a Carie, a governanta. Ela era uma pessoa muito amigável e tão confortante, era uma mulher de meia idade e trabalhava para os Cullen desde que tiveram Edward, que era o irmão mais velho. Edward havia me mandando ir para a cobertura enquanto ele ainda ficaria por mais algumas horas no hospital, eu insisti dizendo que pegaria um taxi, mas ele me obrigou a voltar para casa com Andrew novamente.

–Você acha que ele vai voltar para jantar?

–Não sei, Srta. Swan.

–Ele disse que ia me fazer um jantar hoje.

–Eu sinto muito, Srta. Swan.

–Bella. –eu a corrigi. –Tudo bem.

–Se você quiser que eu lhe sirva, o jantar esta pronto Srta. Swan.

–Bella. –eu falei novamente. -Eu não quero, obrigada vou subir e tomar um banho.

Ela não disse nada, apenas me deu aquele sorriso corajoso. Eu subi as escadas e fui em direção ao nosso quarto, ou o quarto de Edward... Minha mente já estava criando suposições para Edward se manter afastado de mim, será que havia acontecido alguma coisa? Mas se tivesse ele teria que ter me contado, ele estava muito tenso antes de eu aparecer em sua sala, nem parecia o homem que acordou todo brincalhão e cheio de sorriso, desejei imensamente que fosse apenas estresse do trabalho. Decidi que hoje eu iria tomar na banheira da suíte, a enchi de água e sais para banho, e quando a água estava pronta eu mergulhei nela e deixei meu corpo relaxar enquanto a água abraçava meu corpo.

Quando sai do banheiro, vestida apenas com o roupão, me deparei com Edward sentado na poltrona em frente a cama, ele me parecia muito quente, seus olhos eram como esmeraldas brilhantes, sua camisa branca estava arregaçadas ate a altura de seu cotovelo e os primeiros botões abertos, ele tinha os cabelos desdenhados como sempre, e os olhos fixos em mim, eu soltei um leve suspiro.

–Oi. –sussurrei.

–Você não jantou.

–É ótimo te ver também depois de um dia de trabalho, e eu estava sem fome. –ele suspirou.

–Isabella...

–Nem me venha com essa merda de novo Edward, não me repreenda você não me disse que ia trabalhar ate tarde.

–Desculpe-me se eu sou o vice-presidente do hospital e Carlisle precisa de mim para toda a merda que ele fizer.

–Você sabe que não é disso que estou falando, você não me disse nada, simplesmente me mandou vir para casa com o cara que também me seguiu no meu almoço.

–Então é isso? Você esta brava porque você tem um motorista?

–Eu estou brava porque eu tenho motivos para isso. Eu quero que você me diga por que diabos eu tenho um motorista sendo que eu tenho meu próprio veiculo.

Ele bufou.

–Bella, Andrew não é só nosso motorista, ele também é seu segurança. –meus olhos saltaram.

–U-um segurança? –eu sussurrei.

–Sim. –ele afirmou.

–Por quê? –interroguei.

–Eu achei necessário, e eu ficarei mais tranquilo, principalmente depois de hoje. –ele disse rancoroso.

–O que aconteceu hoje? –ele me olhou receoso, mas decidiu falar.

–Tanya apareceu no hospital hoje e estava procurando por você. –disse entre os dentes, eu estremeci de leve.

–C-como você sabe disso?

–Eu a vi falando com um enfermeiro e depois lhe perguntei o que ela queria, e ele me disse que estava atrás de você.

–Claro, agora tudo faz sentido porque você estava tão tenso.

–Eu não ia te contar porque eu sabia que você também ia ficar nervosa, eu estou uma pilha Isabella, eu não sei o que essa vadia quer com você, mas coisa boa depois do que aconteceu ontem não é, essa mulher e uma criminosa e ela é capaz de tudo, ela é louca. Eu estou fodidamente preocupado com a sua segurança, somente a sua, se você aceitasse as coisas sem questionar seria mais fácil, mas eu sempre soube que não seria assim.

–Desculpe-me. –murmurei.

–Pare com isso, pare de se desculpar por tudo. –ele começou a andar de um lado para o outro no quarto puxando os cabelos.

–Eu estou me desculpando porque eu não sabia nada disso e te julguei mal, mas agora eu sei, eu não quero que você esconda as coisas de mim. –ele parou e me olhou.

–Eu não consigo esconder as coisas de você por muito tempo, você é esperta demais.

–Eu acho que eu não preciso de um segurança, porque eu sei...

–Não, você não sabe. Eu conheço aquela mulher e sei que ela é uma louca, eu não posso suportar a ideia de pensar nela te fazendo algo, por favor, Bella... Você é a pessoa mais importante do mundo para mim, me ajude nesse sentido, me ajude a te manter segura. –ele me olhou implorando.

Eu podia ver a dor em seus olhos, ele estava com medo. Eu não gostava da ideia de ter um cara me seguindo 24h por dia, mas eu faria isso por ele. Só por Edward. Se ele precisava disso para saber que eu iria ficar bem, eu daria isso a ele.

–Eu te amo, você sabe que eu faria qualquer coisa por você, até mesmo aceitar esse pé no saco. –andei próxima a ele.

–Andrew não é um pé no saco, eu não vou deixar nada te acontecer, nunca, e ele irá me ajudar com isso.

Eu passei meus braços ao redor da sua cintura e deitei em seu peito, ele também passou os braços ao meu redor me apertando em seu abraço.

–Eu confio em você. E bom... Andrew não é tão pé no saco assim... mas você... –eu olhei para ele, e uma diversão brincou em seus olhos.

–Oh Isabella, seus elogios me excitam cada vez mais.

–Quer juntar o útil ao agradável? –eu me afastei um pouco de seu corpo e desamarrei o roupão o deixando cair sobre o chão me deixando nua.

–Eu amo essa sua espontaneidade. Amo sua pele, amo seu cheiro, amo seu cabelo, amo sua boca inteligente, eu amo você.

–Espero que você ame minha companhia também, porque eu irei para Londres com você.

O sorriso que Edward deu quando ouviu minhas palavras fez o dia, o ano, minha vida valer a pena. Eu era importante para ele, e ele era para mim. Eu poderia fazer tudo se eu tivesse esse sorriso e esse abraço como recompensa, sempre.


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Notas finais do capítulo

hhahaahahahahhahahahhaa se chorei ou se sorri o importante é que emoções eu vivi..... que montanha russa em galeraaaaaaaaaaa! Enfimmm, segurem firmes e vamos que vamos que tem só está começando as emoções!