"Divagando em ideias sobre assassinatos de pessoas que não gosto e que me puseram no mundo acabo cochilando. "
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Abro os olhos e encontro uma pequena garota de cabelos castanho lisos até o meio das costas e olhos verdes, aparentava uns sete anos, olhava atentamente para os lados do corredor em que se encontrava para ver se não estava sendo seguida, aperta o passo e entra numa porta que me parecia aleatória, mas não para ela:
–-Eu sei que você está aqui! diz ela séria.
Ouço uma risada feminina e das sombras aparece uma garota loira de cabelos compridos e olhos vermelhos aparentando minha idade atual:
–-Vejo que ainda não esqueceu minha presença! diz debochadamente a maior para a menor.
A mini eu franze o cenho:
–-Difícil esquecer o cheiro de enxofre que você tem!
A maior faz uma careta:
–-Sinceridade infantil, a pior! Pois bem, o que deseja de mim?
–-Quero que a deixe em paz, ela não sabe de sua existência! responde a minha miniatura, não me lembro de ser assim com essa idade e não me lembro de ter conhecido Ela, então, por que Ela está com a mesma aparência? Por que estou criticando um sonho? Acho que deveria ir para um sanatório de vez, nunca passei por um, como será que é?
A Demônio ri escandalosamente:
–-E posso saber por que eu faria isso com minha propensa vítima? Inocência, como eu a adoro! diz Ela se deliciando com a palavra inocência.
–-Eu... Eu me ofereço em seu lugar, me dê apenas um ano!
A mais velha parece surpresa:
–-Você faria isso por ela? Vejo que realmente são bem próximas!
A menor ignora esse comentário:
–-Eu vou no lugar dela e você a deixa em paz, não fará diferença se eu for em seu lugar, mas... Por favor, deixe-a em paz! a menor já possuía lágrimas nos olhos.
Ela suspira entediada:
–-Tudo bem, tudo bem, uma pirralha por outra, sem diferença alguma, então você quer um ano?
–-Sim! responde a mini eu com lágrimas, mas com firmeza.
–-Tudo bem então, faça um furo em seu dedo com essa adaga! diz Ela estendendo uma linda adaga com rubis incrustados feito lágrimas e cabo de ouro.
A garotinha pega a adaga e sem hesitação faz o furo:
–-Agora deixe três gotas caírem e diga: Minha alma a ti pertence.
–-Minha alma a ti pertence.
Logo uma luz vermelha a envolveu e desapareceu assim como surgiu, rapidamente, depois de todo espetáculo a demônio sorri e diz:
–-Você terá exatamente um ano a partir de agora, saberá quando chegar sua hora.
Acordo sobressaltada, que tipo de sonho foi aquele? Por que tenho a impressão de que foi real? Não me lembro de ter conhecido a Ela anteriormente e bem, tecnicamente estou viva, então minha alma ainda me pertence e Ela pode ser uma pessoa muito irritante, mas considerá-la um demônio pode ser um exagero...
De repente um nome me vem na cabeça, um nome que venho evitando nesses últimos nove anos, mas ainda assim me persegue e faço certa questão de que continue comigo:
–--Rose!