I'm Not the Enemy escrita por Queen B


Capítulo 3
Capitulo 3- Confusa




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–Tive um terrível pesadelo! -conto ao Bruce sentado na mesa do café da manhã.

Estávamos na terapia matinal. Devido ao meu brilhante esforço quando os caças inimigos vieram sobre nós, eu podia andar a hora que quisesse na companhia de quatro agentes ou dois agentes e um vingador - como chamam Clint, Bruce, Steve Rogers, Tony Stark, Natasha Romanoff e Thor.

–O que aconteceu? -perguntou Bruce preocupado.

–Eu não me lembro muito bem. Estava no meio de uma guerra e eles falavam uma língua estranha. –esforço.- Tem certeza que conversar ajuda no tratamento? Amnésia não se cura com lembranças de momentos antigos? Como ver meu pai? Amigos? Etc? –questiono.

–Também. Mas não encontramos nenhuma informação sua. Apenas o seu celular que explodiu durante o vôo do Stark. E Steve não conhece seus pais nem amigos.

Refleti um pouco, eu não queria conversar mais. Perdi a vontade. Queria voltar para meu quarto onde tinha a opção de ficar trancada sozinha. Estava ficando desconfiada em relação as coisas. Era estranho eu namorar um cara que não conhecia nada sobre a minha vivida pessoal. Ou eu ser filha de um espião russo. E também, ontem, tentaram nos matar! Essa situação parecia ser frequente aqui, pois tudo voltou ao normal.

–Flyer, estamos tentando. As tardes você concerta os computadores com o Stark, ganhou esse óculos novo e conversamos duas vezes ao dia. -tentou me convencer.

–Estou falando que não acha que Steve Rogers possa ajudar?

–O Capitão? Porque? -estranhou totalmente e eu revirei os olhos impaciente.

–Porque fomos namorados. -falo óbviamente.

–Ah, e-ele... -gaguejou um pouco.

–Pensei nisso agora. Você e Rogers vão se exercitar um pouco treinando juntos. -Clint apareceu acompanhado do Capitão. –Quem sabe se conhecem melhor?

Levei um susto, assim como Bruce. Rogers era mais na sua e bastante focado. Tratava Nick Furry como um rei. Stark não ia muito com a cara do Capitão, como me disse ontem. O doutor levantou da mesa e deu leve tapas no meu ombro.

–Ótima ideia. Vou examinar algumas coisas e você vá com ele.

–Bruce, não. Venha com a gente. -insisto segurando seu braço.

–Minha área é a ciência, não luta.

Fiquei bastante sem graça ao ser deixada sozinha com Rogers no treino de tiro. Havia apenas um agente que ficou atrás do vidro anti-bala.

–Você precisa acertar o coração, aquele ponto vermelho. -explicou o óbvio.

Colocamos fones de ouvido para abafar o som e ele deu o primeiro tiro que atingiu próximo ao ponto vermelho. Enquanto isso, atirei três vezes rapidamente. Uma acertou o coração e os outros dois estavam próximos ao ombro.

–Pode ir devagar se quiser. -disse perplexo com a minha velocidade.

–Se estivesse em ação, você teria tempo pra pensar? -refleti e o Capitão sorriu sem mostrar os dentes.

–Onde aprendeu isso tudo Morozov? -estranhou.

–Não sei. Eu apenas sei. -digo de forma confusa e sorrio ao voltar a atirar. -É só esse treinamento que vocês recebem? Aqui não é um lugar normal. Como vocês enfrentariam aqueles aviões? É a primeira vez que isso acontece? Porque pareciam bastante tranquilos ao estarem à beira da morte.

O Capitão ficou sem respostas a dar. Ele mexeu no cabelo e um agente apareceu imediatamente. Não seria agora que teria minhas respostas. Coloquei a arma em uma caixa de metal e tirei os fones de ouvido.

–Steve Rogers, o ringue esta pronto. -avisou o agente.

–Ringue? -franzi a testa.

–Sim, falaram que... Quer dizer, você gosta de lutar. -corrigiu deixando a arma em cima da mesa. -Vamos?

Nem eu lembrava sobre gostar de luta. Mas Steve parecia lembrar, afinal, pelo menos isso ele devia saber se éramos mais que amigos. A sala de luta havia vários sacos de pancadas de diferentes pesos. E no centro, um ringue vermelho e azul. Realmente, essa espaçonave era incrível! Fiquei animada e subi imediatamente.

–Você sabe lutar Capitão? -perguntei.

–Claro. Devo pegar leve ou pesado?

–Leve, depois pode dificultar, se eu lutar bem...

Então, Steve de um lado e eu de outro. Queria rir, não sabia como iniciar e nem ele como avançar em mim. Meus punhos estavam fechados na altura do meu peito e rodávamos o ringue a espera de algum movimento.

–Venha! -exigi impaciente e ri. -Vou começar.

Aproximei dele e fingi dar um soco, em que ele desviou, e dei uma rasteira. O Capitão foi para o chão. Comecei a rir e ele se juntou a mim. O ajudei a levantar para voltarmos onde estávamos.

–Agora vou dificultar. -avisou e eu sorri convencida.

Soquei seu peito e Rogers segurou minha mão me jogando ao chão. Fui derrotada. Fiquei sem ar por alguns instantes e ele se mostrou preocupado correndo para me socorrer.

–Você esta bem? Desculpe.

–Estou melhor. -tento sorrir enquanto fico de pé graças a sua mão.

Aproveitando estar assim, o rodo e meu braço bloqueia o seu ar pelo seu pescoço o deixando cair no chão. Mas dessa vez escorrego e bato de frente a ele. Ri muito e apoio meu braço em seu peito.

–Seu coração! Esta batendo muito rápido! -falo surpreendida. -Você é normal? -brinco e ele parece levar a serio.

–Claro que sou!

Levantei do chão, já um pouco exausta. Eu sentia segura aqui e comecei a me acostumar ao ritmo. Apenas não gostava quando ficava fora das discussões. Segundo Clint, éramos uma organização secreta dos Estados Unidos e não podiam descobrir o que acontece aqui. Portanto, como apenas Rogers me conhece, eu não era de total confiança para entrar nas reuniões.

–Vai lutar ou ficar parado ai? -perguntei.

"-Vai lutar ou ficar parado ai? -perguntei respirando rápido cansada.

As horas de treino faziam meu corpo se recuperar do frio que fazia na Rússia. Ergui a mão para ajudar meu pai que estava sentado no chão, mesmo ganhando de mim, aparentava se cansar mais.

–Sabe que está quase na hora. Você está muito bem preparada.

–Para o que? -eu sabia o que era, mas queria escuta-lo dizendo.

–Dominar o mundo com a ALRS."

Um flashback! Minha cabeça voltou a doer, coloquei a mão na testa e gemi de dor. Meu pai me treinava na Rússia para a ALRS, que provavelmente seria uma organização como a SHIELD. Se o meu pai apoiava esse grupo e é procurado mundialmente, então eu talvez seja a inimiga.

–Esta tudo bem? -Steve perguntou preocupado.

–Sim. Eu preciso ir. Ah, precisava pedir desculpas.

Segurei suas mãos e respirei profundamente tentando escolher as palavras certas a dizer. O Capitão estava assustado.

–Eu não lembro de você e nem qualquer coisa que passamos juntos. E mesmo agora, eu não consigo gostar de você.

Gostar dele é uma coisa extremamente complicada. Eu sentia uma atração, porque ele era lindo. Mas não podia forçar a barra em um relacionamento se nem mesmo estamos conversando.

–Er... Tudo bem. -Steve parecia desiludido.

Aquilo pareceu atingir ele. Talvez ele ainda gostasse de mim e eu estava sendo a bruxa má, dizendo coisas egoístas. Logo me arrependi e fui para meu quarto. Eu devia escrever tudo em um papel, para que quando me recuperasse lembrasse. Os flashbacks, os atentados e o Capitão. O nome de Bruce foi o primeiro a ser gravado em uma agenda que achei no laboratório.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Comentários leitoras fantasmas?