I'm Not the Enemy escrita por Queen B


Capítulo 26
Capítulo 26- Burocracia


Notas iniciais do capítulo

geeeeeeente, quero agradecer aos comentários. tenho leitoras muito fofas e lindas que me deixaram eternamente felizes.
nesse capítulo vamos finalmente conhecer a sede da ALRS e um momento familiar da Flyer (bem pouco, mas tem)... e claro, a frieza da Gabrielle e o Klaus também gerando confusão... beijo na bunda e até as notas finais.
obs: NÃO DEIXEM DE VER AS NOTAS FINAIS, AVISO IMPORTANTE.



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–Você sabe a senha de alguma rede social minha? Eu não mexo faz muito tempo e acabei esquecendo. –inventei quando Klaus, meu ex namorado russo, parou o carro na frente da minha casa.

–Você não mudou nenhuma senha quando terminamos? -questionou. -Acho que era... -ele pensou e começou a rir sozinho. -Lembrei! klausbundagostosa407.

–Sim! Isso. -dei um pequeno riso. -Eu estava lembrando mais ou menos, apenas esqueci o número. Criatividade extrema a sua.

–Na verdade, quem escolheu foi você e essa sua mente indecente.

–Estou lembrando porque agora.

–Porque a minha bunda é realmente grande?-se gabou enfatizando.

Revirei os olhos e abri a porta do carro. Ele também saiu com um sorriso bobo e puxou minha mão, colando nossos corpos.

–Um beijo de despedida?

–Claro. –sorrio e beijo sua bochecha delicadamente. –Tenha uma boa noite agora.

Klaus me fitou decepcionado e eu ri baixo. Ele não tinha vergonha de esconder o desejo que sentia. Acenei cada vez me afastando e ele voltou devagar para o carro.

–Agora você parece a antiga Flyer, fazendo chantagem...

–Eu era tão ruim assim?

–Suas chantagens me excitam. –disse confiante.

–Ok. Não preciso ouvir mais. –arregalo os olhos e tento não sorrir.

Ainda bem que a porta estava destrancada. O olhei pela ultima vez e entrei. Mesmo com uma louca vontade de subir e vasculhar tudo no computador, o clima familiar chamou mais minha atenção. Gabriella estava na sala vendo TV com seu namorado Ty e minha mãe também.

–Ei querida. Como foi hoje?

–Ótimo! Deixei as compras que você pediu na cozinha. –sentei ao lado dela e sorri para Ty.

Eu estava cansada e com preguiça de ir até ele e cumprimentá-lo. Ainda mais que ele tinha me visto só de toalha. Assistimos “A Vida Secreta de Walter Mitty” até tarde...

(...)

O que acontece em seguinte? Em plena segunda-feira eu acordo cinco horas da manhã por Wraz que bate na porta. De inicio queria soca-lo, mas escutei a voz de Gabriella no corredor e percebi que eu deveria ser a ultima a acordar. E como eu vim parar aqui no meu quarto? Eu nem lembro de ter subido. Droga. Esqueci-me de olhar o computador.

–Estou indo... -murmurei.

Para onde eu iria? Gabrielle e a minha mãe disseram que eu retornaria a faculdade normalmente, mas acho que minha irmã não quis dizer volta as aulas.

–Mesmos horários de sempre. Sem atrasos. –sussurrou minha irmã abrindo a fresta da porta.

Ela claramente não queria que ninguém escutasse. E agora sim eu sabia aonde ia. Provavelmente a ALRS. Agora sim eu fiquei nervosa, o que eu teria que levar?

Abri as persianas com muito sufoco e irrito com a luz. Vejo a parte lateral da casa de Klaus, era tão linda e calma. Tomo um banho e lavo o cabelo, procuro algo para vestir. Era difícil escolher roupa para onde fosse e nesse armário, pelo menos calcinha e sutiã foi fácil escolher. Peguei uma calça verde militar rasgada, era bonita e nenhuma blusa que eu vestia ficava bom.

–Isso é algum jogo seu de sedução? Está funcionando.

Olho para janela assustada. Klaus estava lá do outro lado, com um sorriso bobo, apoiando pelos cotovelos e com uma maçã na mão.

–Klaus! Há quanto tempo está aqui? -viro de costas procurando minha toalha.

–Acabei de chegar.

–Saia dai! -resmunguei tentando fechar a maldita persiana emperrada.

–Não posso. Esse é o meu quarto.

A cortina finalmente se fecha e escuto sua risada abafada atrás. Tarado! Como ele podia agir desse jeito? Se bem que ele era bem charmoso... Contive o sorriso e vesti uma blusa cinza de manga comprida e abri a cortina novamente.

–Tenha um bom dia!

–Agora realmente terei. -ele piscou e colocou um óculos e chapéu de piloto de avião.

Deixei a toalha cair no chão. Como ele podia ficar tão irresistível e esse óculos aviador? Ainda bem que estávamos separados por dois muros, uma árvore e mais ou menos três metros de distância. O que faltava mais para ele? Voar?

–Você sabe voar? -deixei a pergunta escapar e tentei fazer uma cara irônica, mas ele encarou a pergunta sério.

–Ainda não. Estou aprendendo. Mas isso faz parte do uniforme do meu trabalho. -explicou.

–Flyer! Está atrasada como sempre.

Gabrielle entrou abruptamente no quarto. Ela tinha uma expressão irritada e impaciente, seu olhar desviou do meu para o Klaus e aproximou de mim na janela.

–Como vai o emprego novo? -perguntou minha irmã docilmente.

–Ótimo!

–Espera ai. Você arrumou um emprego novo e não me contou? –estranhei.

Isso soou como ciúmes. Eu não estava com ciúmes! Minha antiga eu talvez estivesse. Mas parecia haver uma forte confiança entre nós dois. Klaus era um bom ouvinte e ontem, no encontro, eu não consegui pensar em nada que não conversamos. E uma mudança de emprego é um grande assunto.

–Sim. Na Aeroflot. -ele apontou para o emblema no chapéu.

Provavelmente deveria ser uma empresa aérea russa.

–Se você não é piloto, é o que?

–Ele se formou em engenharia aeroespacial. Ele não é piloto de avião! -Gabrielle disse como fosse algo obvio. -Dã!

–Ok. -olho para ela irritada com sua falta de educação. -Vou deixar vocês dois sozinhos.

Sai batendo os pés para a cozinha. Beijei o rosto da minha mãe e do Wraz. Sentei na mesa para tomar café da manhã tranquilamente, minha primeira manhã normal, mas mamãe começou a encher o saco sobre como eu estava atrasada. Sai engolindo as coisas. Ah, mães... Era como Tony, mas ela ainda era pior.

Tony com certeza não era tão controlador e pensar nele agora me deixou terrivelmente desamparada. Sentia sua falta e de todos os Vingadores.

–Flyer. Anda. -Gabrielle desceu as escadas disparada e apontou a porta da entrada para mim.

–Sim! Acabei.

Eu não teria tempo de vasculhar o computador. Deixaria para mais tarde...

Acenei para os dois que ficaram na mesa e segui Gabrielle, com um pão na minha boca. Não encontramos ninguém na rua. Durante o caminho ficamos silenciosas. Eu observava as ruas e ela cantava uma música em sua cabeça.

–Então... Você viu nosso pai? -puxei o assunto.

–Claro que não. porque ficou interessada? -perguntou.

Prendi a respiração por dois segundos. Eu prenderia mais, no entanto meu cérebro agiu mais rápido na resposta.

–Acho que a segunda chance que recebi na ALRS pode ter sido obra dele. Eu sei que realmente mereço uma segunda chance, mas nós duas sabemos que eles NUNCA dão uma chance á ninguém. Raramente aceitam. E porque fizeram isso comigo?

–Foi um processo burocrático? -ela ficou interessada e riu sarcástica.

Gabrielle, pelos vídeos e fotos, parecia ser a irmã que sofria pelas crueldades da outra. E nesses dias ela agia como destemida, como se minha presença ou não, não fizesse diferença e que ela vivia melhor sem mim.

–Não. A decisão inicialmente seria morte pena leve. mas meu discurso convenceu eles que não seria uma boa ideia.

–Qual discurso? Anota para mim. Quem sabe eu precise futuramente...

Rimos juntas.

–Esses julgamos deles são loucura, não acha? Acusar alguém de morte. Ainda mais eu, que expus minha vida indo a nova York.

– No seu caso, eu tenho certeza que a decisão foi por outros benefícios. Devo discordar de você. Quem te viu lutando ao lado dos Vingadores fui eu e a sua acusação foi feita por mim.

Eu sabia o que ela estava falando. Se eu não conseguisse dominar a terra, provavelmente já estaria na missa do sétimo dia. E ficou claro que ela ainda não confiava em mim, depois que lutamos no avião da SHIELD e eu a machuquei. Gabrielle era fria e me odiei por ter iniciado aquele assunto.

–Trouxe a identificação?

Paramos diante de um galpão próximo ao porto. Descemos em uma feira comercial de peixes e verduras. Era incrível como aquilo estava cheio, confuso e estreito. Minha irmã começou a atravessar as tendas, desviando das pessoas e eu quase a perdi. Chegamos a um alçapão, escondido debaixo de uma rede de peixes e em uma barraca mais isolada. Era uma passagem secreta! Descemos as escadas e chegamos a uma sala com paredes metálicas.

–Sejam bem-vindas. -uma voz feminina robótica cumprimentou. -Digitais por favor.

Pressionamos nossos dedos em uma parte da parede que acendeu e virou uma tela eletrônica. Imediatamente, o chão abaixo de nós começou a tremer e a descer lentamente.

–Sentiu saudade de casa? -Gabrielle perguntou pelo canto do olho.

–Muita.

–A diretora Foster quer falar com vocês. Ela está em uma reunião que acabará em cinco minutos e doze segundos.

Paramos diante de outro portão de aço. Gabrielle digitou uma senha e o as portas se abriram, revelando um outro mundo. Talvez seja outra sede e não a principal, mas esta ALRS era maravilhosa. Uma sala enorme ampla, com cores claras, varias mesas ocupadas por diferentes pessoas. Havia um segundo andar com paredes de puro vidro, ao menos uma, que se localizava bem no centro.

–É impossível não se surpreender com isso.

–Eu também me pego assim desse jeito. -concordou minha irmã e saiu andando em minha frente.

Fomos cumprimentadas por algumas pessoas. Recebemos dois copos de café e subimos das escadas para conversar com a diretora. A SHIELD não me deu essa informação, eu não sabia que havia uma diretora.

Um grupo de pessoas saíram da única sala sem paredes de vidro.

–Flyer e Gabrielle Morozov. É a primeira vez que eu as vejo juntas. -a mulher sorriu. Ela não passava dos quarenta anos e era baixa mesmo usando solto alto. -Como foi a volta Flyer?

–Ótima. Tive uma boa recepção aqui na ALRS. A comida era fantástica, mas fiquei entediada no presídio. -balancei sua mão em um comprimento.

–É uma pena você ter passado por tudo isso. Na verdade, é estranho te-lá aqui. Se você não fosse uma exceção, eu nem lembraria seu nome mais. -devolveu a frieza que eu disse.

–Tenho certeza que lembraria sim. Minha irmã gêmea está aqui e você teria que ver meu rosto 24 horas por dia.

Olhei para Gabrielle de relance, sua expressão era furiosa por eu ter dito aquilo, "retire o que disse Flyer, perdeu a sua cabeça?".

–Ah sim. Gabrielle tem sido bastante útil para nós. Desculpe não ter avisado quando a selecionamos. Você estava incomunicável e também achamos melhor assim. Não vejo porque de você saber, já que sempre foi contra a ideia de termos sua irmã como membro da nossa aliança.

A diretora sentou em sua poltrona atrás de uma longa mesa. Então ela queria dizer que Gabrielle entrou na ALRS depois quando eu parti e eu sempre odiei a ideia. Porque?

–Não queria arriscar mais parentes. Basta eu aqui. -inventei a desculpa.

–Não é o que o seu pai quer.


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Notas finais do capítulo

queria informar que talvez demore um pouco para postar um novo capítulo, porque como muitas leitoras são TEAM STEVE, estou fazendo mudanças para que ele volte o mais rápido possível. e não tive tempo de fazer isso no fim de semana e nem no próximo pois:
—tive simulado do ENEM no sábado e domingo.
—meu computador estragou e eu concertei ele hoje (porque fiquei desesperada pra postar esse capitulo)
—vou ter no próximo sábado três provas e duas festas
mas domingo vou estar liberada para mudar e além disso será o início das férias! FÉEEEEEEEEEERIAS = mais felicidade = mais criatividade = mais capítulos =mais comentários
certo? amo vocês :)