I'm Not the Enemy escrita por Queen B


Capítulo 15
Capítulo 15- Atitude Russa


Notas iniciais do capítulo

finalmente esse capítulo as coisas vão ficar diferentes... mudança positiva, eu acho. quero agradecer aos comentários!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/468109/chapter/15

Mudei de local. Não fui para Rússia, infelizmente ainda não. Mas estávamos de volta a Torre Stark. Lá o clima é bem mais agradável. Jarvis tocava música a minha disposição e eu tinha meu próprio quarto em extremo luxo.

–Tony pediu transferência de volta a Torre Stark. Seus argumentos foram bastante convincentes e como medida de segurança à você também, é melhor que fique sob a guarda dos Vingadores. –era tudo que Furry disse à mim.

De malas prontas, quer dizer, mini bolsa pronta, um jatinho pegou a gente e estávamos de volta a Nova York. Ganhei minha própria sala de laboratório no quarto andar da torre. Eu estava exausta e Bruce trabalhava mais do que eu.

–O entregador de pizza acaba de chegar. – avisa Jarvis. Ok, de vez em quando tínhamos uma pausa.

Ficamos oito horas ontem confinados naquela sala pesquisando ácidos e ácidos para derreter aquela maldita tela de celular e pegar o chip que estava dentro com todos meus antigos arquivos pessoais.

–Essa arma da ALRS não é daqui. –comenta Bruce relaxando na cadeira.

–Desde que Thor surgiu tudo é possível. –digo baixo para ele escutar enquanto eu coloco luvas.

–É horrível trabalhar com uma coisa que não sabemos o que é. Essa substância pode reagir de qualquer maneira e até estragar o chip.

–Não está pensando em me sabotar, certo? –olho para ele desconfiada.

A desconfiança estava me predominando. Porque Bruce quer que eu fique e ele sabe que esse chip é a minha passagem de volta a Rússia. Ele pode muito bem estragar tudo fingindo não saber o que é aquela substancia da arma russa, colocar algo mais forte ainda nela e jogar sobre o meu aparelho, derreter todo o chip.

–Claro que não. –fica ofendido.

–Ótimo.

–Dr. Banner, estão convocando você para uma reunião. –um agente interrompe.

Bruce olha para mim. Desde que decidi que não seria mais fiel a SHIELD, eles me eliminaram de todos os planos. Os Vingadores perceberam não poderiam contar mais comigo para nada. Eu sabia que Stark e Bruce estavam trabalhando com algo no laboratório. Era um clima de guerra.

–Mozorov. –murmurou Natasha da porta.

–Romanoff. –a encarei séria do mesmo modo. –Está aqui para me vigiar?

–Não. Sou russa também, quero o bem do meu país, mas está do lado errado. Quero que tenha certeza do que está fazendo. Você corre risco de vida. -aconselhou seria. –Queremos seu bem.

–Você quer? Estou disposta a passar por tudo isso. -dou de ombros.

–Tudo bem. -desistiu rápido e observou o chip.

Bruce tinha saído na parte mais importante. Eu esperava que Natasha não me assustasse e eu despejasse aquele ácido feito com a substância russa sobre a mesa. Respirei fundo e despejei cuidadosamente. Primeiramente não ouve nenhum sinal, mas deixei ficar um tempo.

–Não estou expondo minha vida ficando diante disso certo? Não é perigoso? –confirmou preocupada.

–Eu não sei. Será a primeira a testar. –digo irônica pouco me importando com ela.

A substância começou a borbulhar. O que era engraçado, pois sobre vidro, madeira ou metal ela não gerou nenhum efeito.

–Está ficando bem engraçada. É porque Steve te deixou e agora você quer ser diferente?

–Ele não me deixou. –cerro os dentes.

–Verdade. Você deixou ele. Rogers ficará anos servindo ao exército, como garoto-propaganda enquanto você voltará a Rússia, vai pegar vários e depois tentar matá-lo e a nós também. Depois de tudo que fizemos. Steve não te merece.

–Eu quero ver o que você irá dizer quando eu for te matar.

Aproximo dela. Eu era uns quatro centímetros mais alta e esperava causar tanto medo nela tanto quanto suas palavras refletiram em mim.

–Eu sabia que você não era confiável. -diz ela.

–E você muito menos. Abandonou seu país para se aliar aos Estados Unidos.

–Ei! Vocês! –exclama Clint entrando correndo na sala e corre para a mesa.

A substancia chegou a quase corroer o chip. Encarei Natasha pela ultima vez. Ela engoliria tudo aquilo que disse a mim. Mas minha atenção tinha que ser para outra coisa. Pego um pedação de algodão e passo sobre a tela. Eu consegui! Eu consegui! Nenhum risco causado ao chip, graças ao Clint e ao Bruce, deu tudo certo. Era minha passagem de volta. Fiquei aliviada e não consegui esconder o sorriso.

–Conseguiu? –pergunta Clint. Olho para ele e fecho meus sorriso aos poucos.

–Sim. –falo convencida.

Eu queria correr para o computador mais próximo e colocá-lo. Mas precisava verificar se os computadores da industria Stark eram confiáveis. Melhor não arriscar, eu preciso comprar um. Fiquei em silêncio namorando o chip e depois vi que Clint me olhava, em seguida Natasha.

–Porque as duas não vão comprar o almoço? Ótima ideia! –concorda ele sozinho puxando nós duas para perto. –Vocês são muito parecidas. Tem certeza que não tem nenhum parente próximo?

–Está brincando comigo, não é? –Romanoff fuzila com o olhar.

–As duas para o elevador. Comprem algo bom. Gosto de frango.

Nós duas somos obrigadas a ficar no cubículo do elevador por cinco segundos. Eu nem sequer olho para a cara dela. Quando a porta se abre, quase trombamos. Coloco o chip de 36 gigas de memória dentro do bolso da minha calça.

–Tem ideia de algum lugar para comer? –quebro o silêncio olhando as lojas das ruas.

–Não. –responde fria.

Deparo com uma vitrine de eletrônicos. Câmeras, celulares, tablets, computadores e outras tecnologias. Era um enorme departamento. Paro na frente apreciando os computadores. Natasha, já mais a frente, para e suspira impaciente. Os computadores eram caros demais. Quer dizer, eu não tinha dinheiro algum. Teria que arranjar de alguma maneira...

–O que foi Morozov? Podemos continuar andando? –questiona.

–Notebooks são tão caros assim? –pergunto avaliando os modelos em minha frente.

–Deve ter usados a venda. São mais baratos.

–Preciso de um novo.

Ela olha para mim e depois para a vitrine. Uma ideia parecia surgir em sua cabeça. Natasha não me olharia assim do nada, ainda mais depois da discussão de hoje em que eu a ameacei.

–Vai comprar um para usar o cartão de memória, mas você não tem dinheiro. –adivinhou.

–Eu preciso de um. Não posso confiar em ninguém no momento.

–Eu pago para você. –oferece.

Fizemos o primeiro contato visual. Ela era tão boazinha assim? Pagaria mesmo? Acho que minha cara foi de boba a surpresa, porque ela revirou dos olhos de uma forma e puxou minha mão para dentro. Em dez minutos, saímos com um novo notebook em que ela pagou com o seu próprio cartão. Eu nem havia agradecido ainda, estava em choque por uma atitude tão boa vir da Romanoff.

–Natasha. Obrigada. Sério mesmo. Nunca imaginei que faria isso por mim.

–Não foi nada Morozov. Foi apenas uma gentileza russa.

Sorri para ela e acabei trombando em alguém. Era um homem distribuindo folhetos. Pedi desculpas milhões de vezes enquanto Romanoff tentava segurar o riso.

–Não tem problema linda. –disse se ajeitando.

Eca. O cara devia ter quarenta anos. Ele entregou o folheto e eu aceitei por educação.

–Vejo vocês lá! –gritou enquanto eu era arrastada pela russa.

O papel anunciava a abertura de uma nova boate em Upper East Side. Hoje ás onze horas. Romanoff tomou da minha mão e ficou interessada.

–Gostei.

–Você vai? –estranhei, não parecia a cara dela ir em boates.

–Se tivermos folga... –ela me observou franzindo a testa. –O que foi? Nunca esteve em uma?

–Se eu não tivesse esquecido minha memória, eu saberia. Mas como a vida escolheu outro caminho... –ironizo.

–Porque está tão assustada então? É por isso que eu não acredito na sua verdadeira identidade. Russos são mais extrovertidos.–rebate.

–E você é muito extrovertida. -realço o muito.

Não era uma discussão. Estávamos mais nos divertindo assim. Talvez nossas patadas sejam nossa forma de demonstrar que podemos ser amigas ou que temos algo em comum.

–Você nunca me viu bêbeda. –Natasha arqueia as sobrancelhas.

–Isso é um desafio? Tudo bem. –tomo o folheto da festa de suas mãos.

Paro para pensar em alguma coisa, para desafiá-la.

–Hoje a noite, quem conquistar o cara mais metido da festa, e a gente vai decidir quem vai ser, vai escolher um mico para a outra pagar.

–Fechado.

Estendemos a mão criando um laço.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

não me matem! Flyer é apaixonada pelo Steve, mas ela ama desafios. principalmente agora envolvendo a Natasha. e ai? gostaram desse novo laço?
NÃO ESQUEÇA DE COMENTAR! beijos, boa semana :)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "I'm Not the Enemy" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.