Back in Town escrita por MrsEvans


Capítulo 1
Chegando em casa


Notas iniciais do capítulo

Se gostarem eu continuo, ou deleto de vez, beijos Mari e eu não revisei então sorry pelos erros



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Finalmente vou voltar para casa, não que eu não goste de Londres, amo este lugar, mas sempre vi meu internato, como uma prisão que os meus pais me colocaram, para serem livres de mim e terem a família perfeita, com Prim, minha irmã e o bebezinho deles que eu nuca vi. Fui mandada para cá com 14 anos, desde então nunca voltei para casa.

flashback on.

–Mãe, eu não vou para internato nenhum!-Falei, entrando em casa.

–Você vai sim, já é a quinta vez que você apronta.- Ela diz, minha mãe nunca altera a voz, está sempre calma e sorrindo, ela é o tipo de boneca de Hollywood, loira, fútil e de olhos claros.

–Eu não fiz nada!!-Gritei, batendo a porta atrás de mim. Eu realmente não tinha feito, foi a Prim que quebrou a janela dos Mellark, mas como sempre em quem minha mãe vai acreditar em mim, a garota errada da família ou na loirinha de olhos azuis, que só precisou piscar fingir que chora e falar que fui eu.

–Quem mais poderia ser?!-Ela fala já meio revoltada, alterou a voz.

–Viu o que quer de mim, Katniss? Nós te damos tudo que você quer. -Ela diz se sentando no enorme sofá branco de couro.

Subi para o meu quarto, odeio quando minha mãe joga na minha cara que eu sou uma ingrata, eu não fico falando como ela é ausente, isso mesmo, não sei nem como ela lembra do meu nome, já que fica mais tempo trabalhando e fazendo da Prim uma modelo, minha irmã tem só 13 anos e já tem a cara em muitas revistas.

Flashback off.

Na semana seguinte estava em Londres, meus pais me amam tanto que nem se despedir de mim no aeroporto foram, mas tudo bem para eles. A vida seguiu linda e cheia de rosas, minha mãe teve outra filha chamada Valentina, em homenagem a o Valentino, o estilista melhor amigo da minha mãe. Eu nuca vi a cara deste bebê, ela deve ter dois anos, sabem o porquê de eu nunca ter visto minha própria irmã? Meus pais nunca vieram me visitar, nem Prim, passava minhas férias aqui, eles tinham varias desculpas, tipo "Vai fazer mal para a sua mãe este frio", "Prim esta doente", "tá nevando" e "estamos trabalhando".

O pior de ser excluída é ver que sua família esta melhor sem você. Eu acompanho a vida deles pela internet. Fiquei muito irritada quando um repórter perguntou:

"Onde está a filha mais velha de vocês?" A resposta da minha mãe foi incrível.

"Ela não gosta de entrevistas"

Nem preciso dizer que quase liguei para revista só para quebrar a cara dos meus pais.

Estou no avião e daqui a pouco chego em casa, se é que posso chamar aquele lugar de casa.

Horas depois

O aeroporto está cheio, olho em volta procurando minha mãe, pai ou duas irmãs que não vejo há três anos, mas como sempre, encontro um motorista com uma plaquinha escrita "Katniss Everdeen", vou até ele e entrego o carrinho com minhas malas, o cara é um homem de 30 anos, careca e barrigudo. O sigo até o carro preto, sento no banco de trás, ele guarda as malas e dirige.

–Seus pais estão felizes de ter você de volta senhorita Everdeen.

–Nossa aqui tem muito sol!-Fale colocando os óculos escuros mesmo no carro eu via lá fora a rua, pessoas de skate, correndo e sol, como tem sol.

–Chegamos. -Fala o motorista abrindo a porta para mim, sai e vi a enorme casa branca, fui entrando, ouvi barulho da TV e fui para sala, lá estão minha mãe, meu pai, Prim e um bebê, que reconheci ser minha irmã pelas fotos da internet.

–Oi Katniss, estamos vendo o meu desfile. -Fala Prim, de um jeito que parece que eu fui à esquina, não que fiquei longe por três anos. Ela nem parecia àquela garota fofinha com carinha de anjo, agora ela tem um corpo muito bonito, cabelo loiro que caia em ondas, lindos olhos azuis e devia ter a minha altura.

Vou fingir que não.

–Oi Prim.

–Como vai querida?-Fala minha mãe, se levantando para me abraçar, no meio do caminho ela para e me olha espantada. -Que roupas são estas Katniss?!

(roupa da Kat http://www.polyvore.com/cgi/set?id=111631960&.locale=pt-br )

–As minha, meu quarto ainda é lá em cima? Oi pai!-Falei

–Oi filha, você cresceu.

–Não imagina. -Eu disse ironizando, mas ele não ouviu, estava no telefone.

–Vamos querida, você já conhece sua irmã Valentina?-Falou minha mãe, segurando a mão de uma garota de cabelos castanhos e olhos verdes, devia ter dois anos.

Fiquei quieta para não responde-la, mas como eu ia conhecer uma criança que nunca vi! Por culpa dela.

–Mama, quem é ela?-A menininha fala direitinho, que fofo.

–Sua irmã, ela vai morar conosco agora.- Falou minha mãe de um jeito tão doce, que até eu ia acreditar que ela se importa com os filhos.- Seu quarto é lá em cima Katniss.-Sua voz fria me acordou, ele não é indiferente com as outras, só comigo, deve ser porque meu nascimento interrompeu sua carreira de modelo, quando estava no auge.

–Ache que Prim fosse minha irmã?

–Você tem duas irmãs, meu anjo.- Respondeu minha mãe, pegando a pequena garota nos braços.

–Porque nunca falam dela?-Que menina curiosa, mas amei a pergunta, até encostei na escada, para ouvir a resposta.

–Porquê se não a saudade ia ser insuportável.- Que falsidade do caralho.

–Porque não visitaram, para matar a "saudade"?-Falei.

–Londres é muito fria.- Respondeu meu pai.

–Quando eu morava aqui, vocês estavam sempre indo para Londres, com a Prim.- Falei dando de ombros e subi, na parede ao lado da escadaria, tem varias fotos, da Prim, desfiles dela, da mamãe, meu pai jogando golf, Valentina andando e muitas mais muitas mesmo deles juntos, no parque, na praia, cerimonias e bastidores de filmes- meu pai é diretor-bem no fim da escada acho duas fotos minhas, uma minha bebê ao lado de Prim na cama e outra eu estou com um vestido azul bem grande sentada na grama, tinha seis anos quando tiramos esta foto, sorri ao lembrar deste dia, foi o mais feliz da minha vida, minha mãe, meu pai, Prim e eu, na campina, lá tinha um lago, onde eu amava brincar, passamos o dia inteiro lá, lembro de dormir no colo da minha mãe, com ela passando a mão em meus cabelos que também são loiros só que mais escuros, foi uma das únicas vezes que ela ficou bem perto de mim sem que tenha paparazzis por perto.

Abri a porta do meu quarto, ele está intocado, do mesmo jeito que eu deixei só que limpo, paredes brancas, menos a que fica encostada na cama, está parede é coberta de jornal em preto e branco, um computador, um armário e um banheiro super normal. Deixei minha mochila no quarto e desci as escadas correndo.

–Minha moto?-Perguntei para a linda família feliz que me da ância de vomito.

–Na garagem.- Fala meu pai mexendo em seu tablet.

–Onde você vai?-Pergunta minha mãe.

–Ver L.A baby.- Gritei, fui até a garagem, que emoção minha linda moto, perfeita está comigo de novo, eu comprei em Londres mesmo, nas férias, um ano atrás, quando minha mãe descobriu mando trazerem para cá, disse que uma garota de 16 anos não deve andar de moto, brigamos feio aquele dia.

Subi na moto e dirigi pelas praias, calçadões e rampas, tenho que comprar um skate já que a inspetora do internato pegou o meu, por andar no corredor. Me lembro que antigamente tinha uma loja no centro com uns skates irados, mudei de direção e fui até lá, no meio da rua um babaca que está na minha frente, para o carro do nada, quase me fez bater nele, sai da moto irritada.

–Seu idiota, quase ferrou com minha moto!-Gritei batendo na vidro do motorista, um garoto loiro da minha idade, com lindos olhos azuis, fala.

–O sinal está vermelho!-Falou saindo do carro e me encarando com lindos olhos azuis.

–Foda-se o sinal, você poderia ter parado devagar pra todos saberem!

–Eu não vi.

–Idiota, sorte sua que não estragou minha moto, se não...

–Tipo assim.- Ele chutou meu pneu, ódio, ódio, que ódio deste desgraçado.

–E eu faço assim.- Peguei minha chave e fiz uma linha na lataria brilhante e preta da BMW dele, que ficou brando chocado.

–Meu pai vai me matar!-Ele gritou e eu ri, baguncei o cabelo loiro e macio dele, subi na minha moto e falei.

–Não fica assim não loirinho, liga para o meu pai que ele te dá um carro novo ou concerta isso ai.

–Quem me garante que você não quer me sequestrar?-Ele diz rindo.

–Porque eu sou Katniss Everdeen.

–Você!-Ele parecia ter visto um fantasma.- Achei qu-que ia fi-ficar em Londres.

Ele gaguejou e eu ri, calma ae como ele sabe disso? Alguém buzinou e gritou, algo que não ouvi.

–Cala a boca ai-Gritei para os carros me virei para ele , que estava olhando o carro.- Como...?

–Prazer Peeta Mellak.-Puta merda um Mellark júnior, ferrou.

–Que bom, já sabe onde pedir.

Falei indo embora, fizemos tudo isso no meio da rua, vou ouvir quando chegar em casa, não é nem pelo fato que nossas famílias se odeiam e sim porque estraguei o carro do possível filho deles. Ri e fui comprar meus skate.


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Notas finais do capítulo

Continuo ou não?? beijos