O Diabo Veste Prada escrita por Dramione Shippers


Capítulo 8
Capítulo 8: Encontro


Notas iniciais do capítulo

Gente mil perdões!!!!! Tava vendo aqui e a última vez que eu postei meu user ainda era @nightheingale plmdds! Eu amo vcs! Vcs são incríveis a titia ama.
Agora eu tenho uma beta: MARIA CLARA ROCKEL MARAVILHOSA!
E ela arruma meus erros de português pq em geral cada capítulo possui 10 páginas no word, e não é fácil não bens.
Mas cá estou.
Espero que vcs fiquem felizes!



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“Atração não é uma escolha” – David DeAngelo

—Você vem para o jantar hoje? - perguntou Zabine enquanto ele Draco saiam da sala de reuniões.

—Não. - respondeu Draco rapidamente.

— Por quê? Algum encontro picante?- disse Zabine, levantando as sobrancelhas sugestivamente.

Draco  fitou-o.

—  Cala a Boca, Zabine.

— Eu não vejo você com esse olhar de garanhão desde os tempos da Pansy em Hogwarts.- Zabine abriu um sorriso perigoso - Quem anda tirando sua cabeça dos negócios e arrebatou seu coraçãozinho?

—Cala a boca, Zabine.

Ele riu.

— Sem problemas cara. Eu encontrarei minhas respostas no jornal amanhã de manhã.

Draco virou seguindo o outro corredor com o dedo médio levantado. E continuou assim até o final do corredor deixando um Zabine, morrendo de rir, pra trás.

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22 de Abril de 2004

9 dias e 18 looks para montar

Hermione estava corrida. A lista de feitiços que Fleur deu a ela foi extrema ajuda e bem na hora. Com apenas um balançar de sua varinha, dezenas de botões foram presos ao casaco executivo cinza que ela estava terminando e sua máquina de costurar trabalhava a todo vapor até mesmo nas curvas mais delicadas, nos vestidos mais finos, enquanto outro feitiço terminava as barras de calças após calças.

De todo modo (e em todos os sentidos da palavra) aquilo era mágico.

Hermione estava tão feliz pelo fato de que metade dos manequins estava vestida que passou a noite toda trabalhando sem nem mesmo notar que havia se esquecido de dormir. Ela estava ajustando a gola de um tubinho azul quando ouviu o relógio marcar 7 horas da manhã. Ela olhou pela janela e viu os prédio escondendo os primeiros raios de sol da manhã e se espantou por não ter dormido.

Oh Merlin, ela estava distraída nesse nível?

Foi quando ela notou que seus dedos tremiam e seus braços estavam pesados. Toda a extensão de seu pescoço até seus dedos doíam e estralavam. Ela olhou abobada seu reflexo n janela de vidro. As marcas da noite virada em seus olhos eram impressionantes.

Ela sentou-se na poltrona verde no escritório e quando suas pálpebras se encontraram uma vez foi difícil fazê-las se separar. Ela dormiu ali mesmo.

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Quando Hermione abriu os olhos sentiu algo duro e áspero contra sua bochecha. Levantou sua cabeça devagar do encosto da poltrona e viu algo brilhando na sua frente, como um cartão. Levantou-se rapidamente e tentou forçar as vistas para que se ajustassem logo. Todos os seus músculos doíam e estralavam graças a forma que ela havia dormido na poltrona.

Ela nem se lembrava de ter adormecido. Será que estava tão cansada?

Pegou o cartão do chão tentando entender as palavras e fazê-las ter sentido.

Donatella. Vejo-te às 19.

Donatella? Quem é Donatella?

Às 19? Mas o quê às 19?

Ainda piscando ela procurou o relógio na parede e notou que já passava das seis da tarde.

Espera.

Oh não.

Hermione se levantou tão rápido que cambaleou e bateu a cabeça na mesa de centro e caiu sentada de novo. Mas ela se levantou e correu/caminhou até seu quarto, sem tempo pra perder.

Ela pegou uma toalha amarela felpuda e foi tomar seu banho.

Tinha que ser bem rápida se quisesse chegar até o Donatella a tempo.

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—Granger! - gritava Draco, pelo que parecia ser a enésima vez - Você não vai atender a porcaria da porta?

Ele chutou a porta e passou a mão pelos cabelos em frustração. Fleur havia enviado uma coruja ao meio dia dizendo que ele devia escoltar Granger até o Donatella, um dos restaurantes mais exclusivos da cidade às 18:20. Draco olhou para seu relógio. Já era 18:15.

Com sorte o transito seria gentil. Draco tinha arranjado a ida de limusine, porque o restaurante Italiano vivia cheio de paparazzi. Apenas pessoas famosas com um desejo por morte e pessoas perfeitamente irreconhecíveis ou desprezáveis iriam até lá voando.

—Granger! - gritou Draco mais um vez, seguido por várias batidas na porta - Eu sei que você está aí! Ouvi uma porta batendo dez minutos atrás. Venha abrir ou eu mesmo abrirei!

Não era uma ameaça vazia. Como dono do prédio ele poderia entrar em qualquer apartamento que o apetecesse apenas com um feitiço.

De repente a porta foi aberta por uma Hermione realmente muito brava:

—Bata na porta mais uma vez e eu te juro que você não sobreviverá pra ver a próxima Copa Tribruxo.

Os dedos de Draco estavam pressionando metade da campainha naquele momento, e no final da sentença mais um sino de campainha foi ouvido, deixando Hermione totalmente vermelha de raiva. O aroma de frutas vermelhas atingiu o nariz de Malfoy, unindo isso ao fato de que os cabelos de Hermione estavam molhados, ele concluiu que ela havia acabado de sair do banho.

Ele quase não registrou a metade da maquiagem que ela usava porque ela já se virou para voltar para o quarto e terminar de se arrumar, deixando ele lá plantado na soleira da porta. Ela usava o que parecia ser um vestido vermelho simples, frente única com a gola alta e com pedrarias. Não era vermelho escandaloso, era quase bordô. E dava uma visão maravilhosa de suas costas.

Se ela usasse roupas assim mais vezes, ele até poderia pensar que ela seria mais agradável para conversar.

Ele deve ter dito isso alto, porque Granger se voltou para ele e disse:

—Bem, eu realmente sinto muito que seus valores são tão obtusos, mas a maioria das pessoas desfruta da minha companhia por causa da minha personalidade.

Ela disse personalidade separando todas as sílabas, e desapareceu no corredor de seu quarto.

Draco encolheu os ombros e disse alto:

—O que posso dizer? É claro que eu sou um Malfoy doente e obtuso.

—Essa é a sua nova estratégia? - disse Granger aparecendo mais rosada e com os cabelos agora secos – Auto piedade?

—Por quê? Isso te irrita?- sorriu Draco, vendo-a lutar com seus cabelos enquanto jogava pares de sapatos por cima de seu ombro de  dentro de uma cabine na porta.

— Você, em geral, me irrita. –ela disse, sem emoção, enquanto inspecionava um par de scarpins pretos.

— Estou lisonjeado, de verdade. Você sabe que existe uma linha bem tênue entre amor e ódio, não sabe? –Ele disse provocando-a.

Granger parou o que estava fazendo para fita-lo ameaçadoramente. –No seu caso, há o fucking Oceano Atlântico inteiro entre os dois.

Draco pôs as mãos no coração dramaticamente e disse com voz emotiva:

—Granger, você me fere dessa...

—Ah meu Deus, Malfoy, você não cala essa boca? –Ela disse entre dentes e jogou um sapato acertando bem na sua canela e deixando a marca do solo sujo.

— Você está ficando louca, Granger? Isso é Prada!

—E aquilo- ela apontou para o sapato jogado- é um Manolo Blahnik.

—E? Só porque é um Manola Blanket...

—É Manolo Blahnik, seu idiota.

—Não é minha culpa se o cara tem um nome Italiano esquisito.

—É espanhol, Malfoy. Pelo amor de Deus!

— E porque eu deveria me importar?

Granger piscou inexpressivamente.

Draco sorriu provocativo.

—Essa é a palavra final de Hermione Granger?

Ela olhou para o outro lado corando.

Merda. Ele estava flertando com ela?

Ele rapidamente voltou a sua pose de indiferença e disse:

—É melhor você pegar seu Blanket...

—Blahnik.- ela o corrigiu novamente.

Ele apenas encolheu os ombros como quem diz “quem liga”, e disse:

—Ande logo. Não podemos deixar o namoradinho esperando, podemos?

—Nós podemos apenas voar até lá?- perguntou Granger- Mas é claro que não, vai que a poeira pega no seu terno Prada, Deus que me livre.- ela disse ironicamente.

Draco simplesmente sorriu para ela.

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Hermione soube por que eles simplesmente não voaram até lá, quando a limusine parou em frente ao Donatella.

Hordas de fotógrafos esperando dos dois lados das portas do restaurante, seguros apenas por uma parede invisível enquanto eles tiravam centenas de fotos por segundo de famosos entrando no restaurante.

—Com medo, Granger?- falou Malfoy lentamente. Óbvio que ele percebeu a reação dela ao ver os flashs que nunca paravam.

—Por que eu deveria estar? – ela retrucou.

Ele sorriu perigosamente.

—Ah claro, você está acostumada com isso. Melhor amiga do Potter e amante do Krum. Eles te amam, tenho certeza.

—Há uma linha tênue entre o amor e o ódio. –ela jogou as palavras na cara dele.

—Sem Oceano Atlântico dessa vez? –ele retrucou.

Hermione ia fazer uma réplica inteligentíssima quando a limusine parou e a porta foi aberta pelo metre.

— Senhorita Granger, bem vinda ao Donatella. –disse o homem com um forte sotaque italiano oferecendo sua mão.

Ela sorriu e segurou sua mão, escorregando para fora do carro tão graciosa quanto ela podia, então estava tão perto dos fotógrafos que já ficava cega só de olhar para frente.

— Hermione! Hermione! É verdade que você está noiva do Krum?

—Hermione! Você e Harry brigaram?

—Hermione! Olha pra cá!

—Luna ainda é sua melhor amiga?

— Qual time de quadribol você acha que vai ganhar esse ano?

De repente, no meio de seu desnorteio, ela sentiu um braço passando por sua cintura e ouviu Malfoy dizer em seu ouvido:

—Apenas sorria e me siga.

Ela seguiu.

Ela deu uma olhada para Malfoy e viu que ele acenava quase disfarçadamente com a cabeça para os fotógrafos e ignorava todas as perguntas. De repente, os barulhos das câmeras dos fotógrafos foram trocados pela música clássica e os burburinhos das mesas do Donatella, e Hermione respirou novamente.

—Você precisa praticar, obviamente. – comentou Malfoy, soltando-a de seu abraço.

Foi aí que Hermione notou que estava sendo abraçada por Draco Malfoy e que ele ainda estava tão perto. Para disfarçar ela deu uma ajeitada no cabelo enquanto tentava captar o que ele tinha acabado de falar.

—Ermione! Draco!- eles ouviram a voz de Fleur. Hermione olhou para cima e sorriu para a mulher francesa a sua frente, que estava absolutamente radiante em seu vestido prata de seda. –Venha, nós estamos esperando pela eternidade.

Hermione sorriu embaraçada. –Mil perdões, Fleur.

Ela simplesmente riu e disse:

—Pas probleme. Venha Draco, nossa mesa é por aqui- ela chacoalhou a mão apontando para a direita, então se virou para Hermione- e Viktor, querida, está esperando por ali- novamente ela chacoalhou a mão, elegantemente, para a esquerda.- Tenha uma boa noite querida! Venha, Draco!

—Espere Fleur! Onde... –Hermione parou de falar quando viu Fleur, arrastando Draco atrás de si, passar pelas mesas ocasionalmente enviando beijos no ar para pessoas que ela conhecia, ignorá-la.

Hermione até subia nas pontas dos pés procurando por Viktor. Foi quando ela se virou para a esquerda que ela viu um rosto bem perto do dela. Assustada ela cambaleou, mas ele a segurou.

—Você está estupenda esta noite Hermione - ele disse com apenas um pouquinho de seu sotaque nativo – Como sempre.

Hermione riu.

— Sempre galanteador, não é mesmo Viktor?

—Como eu poderia não ser, com uma companhia maravilhosa dessas. Mi lady- ele disse

oferecendo seu braço direito.

E aquela noite, ela realmente se sentia uma lady.

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— Você não acha que meu vestido é de tirar o ar?- perguntou Fleur, e tomou um gole de seu

vinho.

— É Versace. Custa uma fortuna, mas com certeza vale a pena! Não acha?

Draco que não estava prestando muita atenção no Fleur havia dito, apenas assentiu e empurrou o prato de entrada, igualzinho a uma criança quando vê o brócolis no topo. Seus olhos se voltaram para a mesa de Granger, sem a sua permissão, onde ela ria de algo que Krum havia dito. Ele olhou rapidamente pra seu prato.

—Você sabia que a designer de Versace também se chama Donatella?- comentou Fleur- Que coincidência! Ela é maravilhosa! Uma femme fatale das grandes! Eu conheci ela um tempo atrás em Nova Iorque, e ela é simplesmente fantástica!

Draco parou de prestar atenção; Fleur era uma mulher linda, charmosa, inteligente, uma boa amiga, mas ás vezes ela falava demais. Ela soava mais italiana do que francesa aquela noite, falando sem parar sobre praticamente tudo o que já existiu na terra. Infelizmente, Draco não estava no clima aquela noite. Ele não sabia o porquê, mas algo não fazia sentido, algo o estava incomodando.

—(..) ela não é um amor?!

Draco olhou para o rosto ansioso de Fleur.

—Bem eu não a conheço muito bem- ele disse sentindo uma pontada de desgosto dançando em suas palavras.

Fleur se aproximou pomposa:

—Draco! Você estudou em Hogwarts por sete anos com ela, vocês trabalham juntos na Ordem, e agora ela trabalha para você. Ela esteve bem debaixo do seu nariz por todos esses 10 anos! Como você pode dizer que não a conhece muito bem?

“Ah, ela tava falando da Granger”, pensou Draco.

Draco voltou a olhá-la do outro lado do restaurante, sentada com Viktor e rindo sobre algo que ele havia dito, por acaso esse cara era piadista? Então Krum se levantou e a serviu do vinho, que ela levou perto do nariz, respirou fundo e tomou um gole. Então Draco percebeu que havia encarado a mesa por muito mais tempo do que é socialmente aceito nessa droga de vida.

—Só porque você conhece alguém  por muito tempo, não significa que você realmente a conheça, entende?- disse Draco.

Fleur deu uma olhada para seu copo:

—C’est vrai. Mas é claro,  é a mesma coisa do outro lado da mesa. Eu já me sinto melhor amiga da Hermione.

— Receio que isso seja impossível – disse Draco com um pequeno sorriso – Granger e a Weasel fêmea estão sempre andando juntas por aí.

—Draco! – corrigiu Fleur, levemente ruborizada – Olha o que você fala!

Ele mostrou seu melhor sorriso cafajeste:

—O quê? As mulheres amam quando eu falo besteiras.

Ela riu e segurou a mão dele:

—Então você é um homem das mulheres, não? Qual é a mais nova presa?

Draco esboçou o melhor sorriso cafajeste gritante e olhou para ela.

—Draco, você sabe que sou velha demais pra você, não? – ela disse rindo.

—Nenhuma mulher bonita é velha demais para mim – ele respondeu gentilmente.

— Draco, como as pessoas trabalham pra você sem se apaixonar pelo seu charme?

Os olhos de Draco se voltaram para Granger, mas uma vez. Inapropriado, mas feito.

Ele disse alegremente:

—Bem, eu não uso meu charme em qualquer um – ele disse se recostando na cadeira, e olhando-a nos olhos – Você é uma das sortudas. Eu sou bem particular, você sabe, eu sou um Malfoy, apesar de tudo.

—Mimado - ela disse, rindo mais uma vez.

 

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—Eu me pergunto: por quê Malfoy continua encarando nossa mesa?- disse Krum encarando as costas de Draco.

Hermione olhou para trás, bem a tempo de ver Malfoy sorrindo galanteador para ela.

— Esqueça-o, o objetivo daquele ser humano é fazer a vida de todos miserável – ela respondeu. Esperando mudar o assunto para algo mais agradável, ela perguntou: - Como está sua pizza?

—Boa. Então, ele continua aquele mimado nojento?

— Em uma larga dimensão eu respondo: sim.

Viktor fez uma cara de desdém.

— Como você o aguenta, Hermione? Eu odeio pessoas que se colocam acima de todos os outros.

—Bem, eu acho que ele está acima dos outros quando se trata de riqueza – ela disse encolhendo os ombros.

—Por quê você trabalha para ele, quando poderia trabalhar onde quisesse?

— Eu estou interessada no projeto por que ele me contratou, só isso.

Ele pegou a mão dela e olhou fundo nos olhos dela com preocupação:

— Hermione, eu acho que você deveria trabalhar em qualquer outro lugar. Todos nós sabemos o quão cruel Malfoy  é. Quer dizer, ele é um Malfoy. Durante a guerra ele...

—Viktor – ela cortou a fala dele – Eu aprecio sua preocupação, mas eu estou bem trabalhando para o Malfoy. Eu sei lidar com ele. E eu não o vejo com tanta frequência, mesmo assim. É quase como um freelance.

—Hermione, eu posso achar um trabalho para você onde você quiser. Você é uma bruxa brilhante, o ministério adoraria tê-la de volta, eu tenho certeza que...

—Mas eu não quero – ela disse brutamente, do nada.

Ele piscou algumas vezes.

—Você prefere trabalhar para o Malfoy?

Hermione suspirou.

—Viktor, não é nada pessoal. São apenas negócios.

Ela sorriu um pouquinho. Quando ela pensou que na vida ela iria defender o Malfoy.

Ele parecia ter perdido as palavras.

—Mas Hermione, é arriscado!

Se não fosse pela sinceridade no olhar dele, ela teria rido. Então ela apertou a mão dele, passando segurança, e disse:

—Viktor, você se arrisca toda vez que sobe na sua vassoura. Porque isso deveria ser diferente pra mim?

—Bem, você é Hermione Granger!

Ela piscou:

—E?

—Você não é esse tipo de pessoa! -  disse Viktor como se isso fosse tão obvio como o fato da terra não ser achatada.

Hermione fez uma careta:

—O que você quis dizer com esse tipo de pessoa?

—Hermione, você sabe bem o que eu quis dizer.

—Me desculpe, mas não. – a voz dela se alterou – Todos podem assumir riscos. Ron assumiu seus riscos, aproveitou a oportunidade e abriu seu próprio restaurante quando poderia ter trabalhado no ministério e ganhado muito bem. Até mesmo Neville assumiu esses “riscos” e se juntou ao Green Peace para salvar as baleias.

— Mas Hermione, eu realmente acho que você deveria jogar segura...

—Jogar segura?

—Quer dizer, honestamente, você acha que consegue?

—O que você pensa que eu sou, Viktor? Uma flor delicada que não pode decidir por si mesma?

— Eu não queria te ofender, eu só pensei que você seria sensível o bastante para saber com quem você está lidando...

—Malfoy não é nada!

—Ele é uma ameaça.

—Merlin, Viktor! Malfoy não vai fazer qualquer coisa contra mim, ou qualquer um. Eu amo o que estou fazendo. Estou fadada a viver com os riscos como você chama, o que quer que isso signifique. Não me olhe assim, Viktor. Me desculpe, mas eu não sou uma boneca de porcelana pra você proteger. Eu coloquei minha vida nos riscos quando lutamos contra Voldemort. Porque eu deveria me preocupar o idiota do Malfoy?

Viktor olhou para ela um pouco triste.

—Hermione, eu só queria...

— Mas eu não espero que você entenda. Você não estava lá, você não estava nem perto, então nem mesmo tente me dar um sermão sobre riscos e oportunidades. Não me diga que eu não sou esse tipo de pessoa. Você não teve que assumir um risco verdadeiro antes. Você nem mesmo sabe como é isso, quando você está no campo de batalha, quando você pode perder tudo em um pequenino segundo. Isso é um risco, Viktor.

Ela se levantou e jogou o guardanapo que estava em seu colo na mesa e acabou dizendo algo que ela pensou que nunca diria:

—Pelo menos Malfoy sabe como é assumir um “risco”.

 

—Merda!- Fleur nem mesmo pensou duas vezes antes do palavrão sair de sua boca – O que ele disse para ela? Porque ela está indo embora?

Draco rapidamente se virou pra ver Granger sair tempestuosamente pela porta da frente, parecendo bastante furiosa. Mas nem mesmo perto do dia em que ele a deixou parada na chuva.

Ele instintivamente se colocou de pé e foi atrás dela, esbarrando em um Krum irritadiço no meio do caminho.

—Fique longe dela- alertou Draco.

Você fique longe dela Malfoy, ou eu vou...

—Não é de mim que ela está fugindo, é?

Sem nem mesmo olhar Krum novamente, ele foi atrás dela.

Ou ela tinha se esquecido dos fotógrafos lá fora, ou ela simplesmente não ligava.  Jugando pelo modo que ela passou pelos primeiros paparazzi como se eles fossem apenas passarinhos na paisagem, ele decidiu que era a segunda opção.

Apressando o passo, ele a alcançou antes que ela chegasse as escadas, onde os primeiros fotógrafos lutavam para capturar a foto perfeita de Granger fugindo do restaurante.

Colocando a mão no final de suas costas, ele acertou o ritmo dos passos dela enquanto eles se aproximavam da limusine que os esperava exatamente onde eles haviam deixado. Os paparazzi ficaram loucos, e Draco mal consegui ver algo enquanto abria a porta para ela entrar. Ele entrou após ela e fechou a porta com brutalidade, deixando efetivamente o turbilhão dos fotógrafos lá fora.

Draco passou a mão pelo rosto com angústia. Pelo modo como os jornalistas agiram hoje, ele podia ter certeza de que sua face estaria estampada em todas as revistas por umas 2 ou 3 semanas. E ele teria que dividir a honra com a Granger.

Zabini babaca!

O motorista o olhou com um ponto de interrogação na face.

—Nos leve para casa, por favor.

—Então, o que o peguete disse que te deixou tão brava, a ponto de amassar seu vestido inteiro?

Hermione sorriu um pouquinho com os olhos, como quem diz “você é previsível, Malfoy”, o qual estava parado do outro lado no elevador de braços cruzados, com os dois primeiros botões da camisa abertos.

Ela forçou os olhos para ler os pequenos números mudando na LCD acima de sua cabeça.

—Porque você se importaria?

Malfoy fitou-a com, o que poderia ser descrito apenas como um olhar 43, e disse:

—Bem, como um cavalheiro, eu o deveria tirá-lo de você, se te faz sentir-se desconfortável, não?

Hermione corou. Ele estava dando em cima dela?

Ele suspirou e rolou os olhos (N/t: gente eu já perguntei em algum lugar, e vcs já me responderam, porque vocês são maravilhosas, mas existe expressão melhor do que “rolar os olhos” eu apenas não lembro. Socorro!) ( *Nota da beta: revirar os olhos, miga. Mas vou deixar assim só porque você é esquecida*)

—Relaxa. Foi uma piada, Hermione.

—Desde quando você adquiriu esse senso de humor?

Ele ajeitou-se no lugar enquanto o elevador parava abruptamente, e com um floreio abria as portas. Hermione seguiu o caminho, esperando que ele não a seguisse. Ela bufou silenciosamente quando ouviu os sapatos caros deles batendo no piso atrás dela. O que ela fez pra merecer essa... essa atenção? Ela estava cansada. Ela estava chateada. Tudo o que ela precisava ela de uma xícara de chocolate quente. Não um certo loiro platinado/ ninfomaníaco/ bilionário que usa da decepção de mulheres jovens, lindas e indefesas para levá-las para a cama.

Okay, talvez ela não seja tão indefesa. Ela estava com sua varinha em um bolso secreto. Um feitiço para perda de cabelo soava como uma boa ideia. Malfoy parecia estar apaixonado demais por seu cabelo para perde-lo. Ela o espiou e viu que ele a encarava abertamente.

—O quê?

Malfoy se ajeitou novamente.

—Eu te perguntei se você está bem.

Hermione corou, por alguma razão.

—Ah, sim. Eu acho que sim.

—Você estava tão quieta na volta para casa que eu pensei que... – ele parou de falar de maneira inesperada, como quem busca as palavras certas para continuar. – Bem, se você está bem, então, okay, hum, tá bem.

De repente ele se colocou de pé, ereto, novamente, e Hermione continuou fitando-o. Parecia estranho, estar simplesmente olhando Malfoy. Apenas olhando e não desejando secretamente que Merlin atendesse seu pedido e explodisse o nariz dele. Ou tentando dizer “EU TE ODEIO MALFOY, SUA DONINHA NOJENTA” por algum tipo de código visual. Talvez ela estivesse emocionalmente esgotada para conjurar esse tipo de olhar toda vez que ele aparecesse.

Malfoy parecia ter percebido isso também, já que ele simplesmente congelou e fez o mesmo.

Então, de alguma forma, aconteceu.

Ele chegou mais perto se abaixando e a beijou nos lábios.

Aconteceu rápido demais para que Hermione notasse o que estava acontecendo, se é que isso faz sentido. Um segundo ela estava parada lá, no outro ela estava sendo empurrada na porta com algo quente e molhado nos lábios, depois ela estava encarando os olhos cinzas do Malfoy, tentando recuperar a respiração, parecendo uma foca com asma, de novo. Mas mais perto do que ela jamais tinha feito. Ele estava tão perto, que ela sentia o ar quente que ele exalava e o cabelo dele perto de suas bochechas.

Devagar, ele retornou para sua posição anterior. Sem nenhuma outra palavra, ele se virou e foi embora.

Hermione piscou algumas vezes para o espaço vazio a sua frente.

Apenas uma palavra inteligível saiu de sua boca aquela noite.

—Merda.


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Notas finais do capítulo

Mamãe ama vcs!
luv ya!



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