Por toda a minha vida escrita por Elle Targaryen


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Olá.. mais uma vez obrigada pelos comentários. Vi que o número de acompanhamentos e visualizações aumentaram e quero agradecer, meu povo, muito obrigada!

* sugiro uma música pra esse capítulo: https://www.youtube.com/watch?v=NlXTv5Ondgs



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Manhã de sábado. Tinha dormido muito bem em sua nova cama e estava começando a aceitar toda essa mudança de forma positiva. Aquele encontro com Henry foi um divisor de águas. Como pode um guri tão jovem a fazer perceber algo que estava ali na frente do seu nariz e ela não queria ver? Desde a noite passada passara a perceber Storybrooke como um lugar inexplorado, cheio de novos mistérios e pessoas para observar. Todas aquelas estrelas no céu, nunca tinha visto nada parecido em Boston, as luzes ofuscavam o brilho no céu. Era um momento de aceitar coisas novas sem medo de se permitir, era preciso encontrar sua coragem, ser desbravadora como o príncipe Henry.

Desce para tomar café com esse novo pensamento e não lhe é difícil oferecer um sorriso sincero aos pais.

–Então, pai, quando você vai à delegacia? - Pergunta de bom humor.

–Assim que terminar o café, quer ir comigo?

–Eu adoraria, mas tenho de desfazer as malas se não a mãe vai ficar falando, você sabe como ela é. - Pisca numa expressão de cumplicidade.

–Sei. Mary Margaret às vezes tem a mesma mania de organização da mãe. – Diz levanto o tom de voz para que Mary pudesse ouvir da sala. Ela não gostava de ser comparada com a mãe.

– Vocês dois não perdem uma oportunidade, né?. - Fala sorrindo parada no vão da porta da cozinha.

****

A manhã transcorria bem. Emma termina de arrumar as roupas no armário, ajuda a mãe com coisas básicas do almoço. Seria o primeiro almoço na nova vida. Tudo estava indo tão bem que a antiga Emma medrosa até apareceu zumbindo em seus pensamentos. Dizendo-lhe que aquilo não era normal. Era alguma conspiração, não se pode ter a vida tão bonitinha assim, todos são tão calmos, devem ter sido abduzidos, são controlados por ETs de saturno..., Sacode a cabeça para tentar tirar os pensamentos de si quando o novo xerife chega para o almoço com novidades da delegacia.

–Minhas meninas favoritas, vocês não adivinham a novidade! – Fala tirando os sapatos na porta.

–Qual a novidade?! Já sei...! A cidade está a ponto de ser atacada por vampiros zumbis? - Fala com uma cara de "é claro que nada interessante aconteceu!".

–Não, Emma. Realmente me parece que não acontece grande coisa nessa cidade. Mas a novidade é que temos um jantar hoje à noite. A prefeita fez questão de me receber hoje na delegacia para passar o distintivo e nos convidar para jantar em sua casa. Na verdade, na casa da filha dela, algo assim.

– Um jantar na casa da prefeita? - Mary questiona surpresa.

–Isso mesmo, amor. - Confirma aproximando dela e depositando um beijo em sua cabeça.

–Uau! O que devemos usar? Algo como Angelina Jolie no tapete vermelho ou pode ser algo mais simples? - Os dois olham para Emma com expressões divertidas.

– A que horas é esse jantar? - Pergunta Mary.

– Dezenove horas e é melhor não atrasarmos, a prefeita parece rígida com atrasos. – Diz sentando à mesa posta para o almoço.

*******

Durante o almoço David conta tudo sobre a delegacia. Ele tem um ajudante chamado Graham, um homem bom e prestativo que se dispôs a ajudar com a papelada, relatórios e essas coisas. O trabalho não era difícil ou complicado, nem entendia direito o motivo de receber um salário bem maior que qualquer outro xerife do qual soubesse. A única preocupação atual da delegacia é um cara chamado Leroy que vive enchendo a cara e arrumando confusão pela cidade. Emma preferia pensar na versão sobre vampiros zumbis ou ETs de saturno, enfim...

Durante a conversa Mary lembra a garota da escola. As férias estavam acabando e Emma lamenta internamente por ainda ter mais um ano. Não que detestasse, gostava da antiga escola e até teve um pequeno grupo de amigos e um namorado no ano passado, o auge da popularidade pra ela. Não era “nerd” e nem a pior aluna da classe, estava sempre na média. Os esportes, aí sim, algo que realmente gostava e espera que nessa escola tenha um time de basquete ou qualquer outro esporte em que pudesse se encaixar.

–A prefeita fez questão de me contar sobre a escola. - Comenta o pai. - Segundo ela você já está matriculada, a escola daqui já recebeu sua transferência de Boston. É só você passar na segunda-feira antes da primeira aula na diretoria e pegar seu uniforme.

–Uniforme? Essa escola tem uniforme? – Questiona logo que engole uma quantidade considerável de macarrão.

–Ahan..., tem uniforme e as aulas vão até às dezessete horas. – Conclui com um tom altivo, já sabendo que vinha uma Emma chorosa ao saber da noticia.

–17:00 horas? Mas por quê? - Pergunta indignada batendo de leve o garfo na borda do prato.

–Sim, no máximo esse horário. A prefeita me explicou que o sistema daqui é esse, você estuda normalmente pela manhã e faz outras atividades à tarde, dependendo do que você fizer sai mais cedo ou mais tarde. - Explica visivelmente contente e ansioso.

–G-zuis, isso não é vida! Uniforme + passar o dia inteiro presa na escola, é sério isso? Não pode ser, é o fim de Emma Swan!!!! - Fala fazendo cara de drama e abaixando a cabeça sobre o prato.

Mary apenas sorri e resolve dizer que pretende voltar a trabalhar depois que o bebê nascer. David não gosta muito da ideia. Acha o salário de xerife suficiente para sustentar todos até que o bebê esteja grande o suficiente para que Mary voltasse a trabalhar. Não queria de forma alguma sobrecarregá-la. Emma permanece ali sentada olhando a conversa dos dois. Terminam de se entender com um beijo um na costa da mão do outro. Era lindo ver o quanto se amavam. A garota não sonhava com nada parecido para si mesma nem em cem anos de existência.

****

Após o almoço David despede-se de volta ao trabalho.

Ficam as duas dando um jeito na cozinha, quando Mary resolve perguntar se Emma tem vestido para usar no jantar. A garota apenas sorri e faz lembrar que não entra em um vestido desde o natal de 2008.

Terminam as tarefas domesticas e saem pela cidade para procurar algo que a garota pudesse vestir. Procuram em várias lojas até encontrar algo que Emma se dispõe a usar. Não gostava muito de vestidos, os achava meio desconfortáveis e ficava sempre sem jeito sem saber onde por as mãos.

Voltam para casa quase no final da tarde.

David chega em casa às dezoito horas. As mulheres de sua vida já estavam devidamente arrumadas para o primeiro evento da família Swan. Emma era um poço de ansiedade e curiosidade em conhecer a mansão e observar as pessoas, isso já se tornara mania dela. Estava no quarto. Tinha acabado de se vestir e pensava se usava os cabelos soltos ou presos, o rabo de cavalo de costume. Decide por ter os cabelos presos mesmo, dava menos trabalho. Sua mãe não gostou muito, mas já estava sendo obrigada a passar a noite desconfortável num vestido não custaria nada que pudesse usar o cabelo como queria. Argumentou o quanto pôde até conseguir aprovação.

****

Às dezenove horas estavam em frente ao número 108. Uma casa muito grande de fachada totalmente branca. Parecia ser muito luxuosa por dentro. Emma até já imaginava a o rosto das pessoas que deveriam morar ali. Aquele tipo de gente que só usa roupas finas e adora falar das suas viagens pela Europa.

David aperta a campainha e logo são recebidos por um senhor.

–Boa noite xerife e família. - Diz o se dirigindo aos três. - Sou Gold – Continua - Esposo de Cora, vice-prefeito da cidade. Entrem, por favor. - Fala mostrando um sorriso contido e misterioso.

Estão os quatro no hall de entrada da casa. De primeira vista parecia tudo aquilo que Emma havia imaginado. Um vaso no canto próximo à porta que parecia ser bem caro. Tudo parecia bastante requintado e espaçoso como se tivesse sido meticulosamente escolhido para aquela casa. Não demoram muitos segundos parados ali quando ouvem a voz de uma mulher que se aproximava.

–Sejam bem vindos, queridos. – Diz Cora abrindo um sorriso que até seria simpático se não parecesse tão assustador. - Vocês já conheceram Gold e essa deve ser sua esposa Mary e sua filha Emma, são umas graças! - A senhora sorria demais para Emma e sua mãe, aquilo estava começando a assustar a garota. A prefeita não parava de falar em como os Swan eram uma família tão bonita e amorosa. Nesse mesmo momento lembra da teoria dos ETs de saturno, com certeza Cora Mills, a prefeita, era a chefe deles junto de seu marido misterioso, claro!

David lançava uns sorrisos amarelos para Cora. Era visível que ele também achava o comportamento da prefeita meio ou quase completamente falso. O clima é cortado quando entram no hall os dois garotos que Emma conhecera na noite passada. Neal era filho de Cora e Gold e Henry, neto. A loira os recebe com uma expressão de total surpresa, principalmente quando Henry se aproxima abrindo os braços e recebendo Emma com um longo abraço.

–Emma!! Que bom que você veio. – A garota não entende a atitude do garoto e logo imagina que ele devia ser muito carente de amigos pra apresentar essa reação a alguém que conheceu no dia anterior.

–Vocês já se conhecem? - Pergunta Cora com os olhos surpresos.

–Nos falamos ontem à noite na praia, Emma é muito legal. - Diz Henry.

–Que maravilha, é muito bom saber que Henry fez uma amiga! - Diz uma voz de mulher. Uma voz rouca e ao mesmo tempo forte. Assim que a ouve Emma dirige seus olhos à escada instantaneamente e o que vê é algo que jamais imaginaria ver; na verdade, o que sente naquele momento foi algo que jamais imaginaria sentir. Aquela mulher, pele oliva, cabelos curtos, negros como os olhos que eram penetrantes e desafiadores, boca carnuda em um rosto altivo - seu corpo todo era de uma altivez intrigante-, descia a escada em passos firmes em cima dos saltos, usando um vestido azul não muito escuro que contornava seu corpo de uma forma que a garota não conseguia retirar os olhos de suas curvas. Nunca havia olhado pra nenhuma mulher daquele jeito. Emma não sabia, mas aquela cena se repetiria em sua cabeça durante dias até conseguir entender o que tinha acontecido naquela noite. Por enquanto bastava estar ali sem conseguir olhar pro lado vendo seus gestos, mínimos gestos que espalhavam superioridade por todo o hall. A mulher cintilava para ela como um banquete ao faminto, logo à ela, que nunca havia percebido sentia fome.

–Essa é minha filha Regina! - Fala Cora quando Regina chega ao hall e para à sua frente.


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Notas finais do capítulo

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