Por toda a minha vida escrita por Elle Targaryen


Capítulo 29
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas.. tudo bom com vcs? Espero que sim. :***
Entrei rápido, apenas para postar o novo cap msm e agradecer pelos reviews e por toda a empolgação que tenho visto por parte de vocês, leitoras lindas. Muito obrigada.

Quero agradecer a Skars pela recomendação. Obrigada sua linda . *____*

Pra quem gosta de ouvir musica enquanto lê, sugiro esta, que foi com a qual escrevi o capítulo (acho que tem tudo a ver com a situação):

http://letras.mus.br/corinne-bailey-rae/482871/

Boa leitura.



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O coração acelerou. Lia e relia aquelas palavras tão poucas e tão esperadas que se tornavam atordoantes. O que fazer? Queria que seus sentimentos parassem de gritar para poder pensar direito. A satisfação acelerada de receber um sinal de vida de Regina era uma esperança de não ter aquela chama fina se apagado completamente a isso unia uma raiva contida por todos aqueles dias: "Quem ela pensa que é para pedir uma coisa dessas assim do nada e pensar que vou simplesmente largar tudo para ir ao seu encontro depois de ela ter me ignorado?". Mas afinal o que estava fazendo? Havia acabado de tomar banho, ia pra casa pensar na vida, já que o período de provas daquele primeiro bimestre havia acabado: "Não vou, não posso, vou dizer que não posso, tenho coisas pra fazer". Começou a andar nervosa no vestiário de um lado pro outro. "O que ela quer mostrar?" Por que agora? Por que não antes? Por que só agora que havia resolvido por simplesmente ignorá-la efetivamente, sem mais olhares, sem mais tentativas de se aprofundar nos seus olhos, aquelas tentativas todas falhas mas pelas quais havia sobrevivido todos aqueles dias: "Não Vou. Quero saber o que ela tem pra mostrar, mas não vou."

Olha pra tela do celular enquanto trava um conflito interno. A saudade que sentia de estar perto de Regina, olhar seus olhos castanhos de perto, sentir seu cheiro de maçã, sua pele que emanava um calor que entrava por todos os poros de sua pele e aconchegava todo seu corpo, aquela mulher era um ímã, mas a mágoa que guardara durante aqueles poucos dias, que mais pareceram uma eternidade, onde pôr isso? Fecha os olhos: "Vou apenas para saber o que ela quer, não vou ceder, nem vou olhá-la nos olhos". Arruma suas coisas e sai do vestiário em direção ao cais, segundo a segundo tentando se convencer que não iria ceder ao que fosse, não iria ceder nem a um pedido de perdão do Papa.

****

Emma fica parada no portal olhando a morena sentada na cama: linda como sempre, bem vestida, cabelos bem arrumados, saltos, batom vermelho. A garota respira fundo várias vezes, fecha e abre os olhos devagar. Um ímã, aquela mulher era um ímã, mas ela tentaria resistir. A velha vitrola estava parada, nenhum som embalava aquela imagem além do ruído das pequenas ondas quebrado do lado de fora.

– Não quer entrar e sentar? - Regina pergunta indicando a cama para que a garota sentasse.

Emma não fala. Dirigi-se até Regina e senta-se na cama o mais distante que consegue. Seu coração pulava dentro do peito, vê-la de novo assim tão perto e não sair correndo para um abraço era uma tortura silenciosa.

– Então... O que quer me mostrar? - vai diretamente ao assunto, queria correr dali o mais rápido possível antes que sua cabeça entrasse em colapso e não aguentasse mais a vontade de se jogar nos braços da morena e chorar, e pedir, implorar pra que ela nunca mais se afastasse.

– Emma... - aproxima-se da garota. - Tenho umas coisas pra falar antes. - fala com uma a voz rouca como se quase engasgasse nas palavras.

– O que é? - pergunta tentando parecer o mais indiferente possível.

Regina olha para as próprias pernas, seu joelho quase encostado a coxa de Emma.

– Eu... Eu não agi certo com. - Volta os olhos para os olhos da outra. - E quero que você entenda os meus motivos. - fala com os olhos pedintes.

Emma respira fundo mais uma vez e fica quieta por alguns segundos tentando conter o turbilhão de sentimentos que lhe atingia naquele momento, sentia ainda o coração a mil e uma angústia que lhe atravessava todo o corpo. Regina estava tentando se redimir? Sim, aqueles olhos não negavam, aqueles olhos meio tristes, arrependidos. Seu peito doía pela saudade, pela magoa de ter sido ignorada daquele jeito depois de tudo que haviam passado e dito naquela noite, doía por ver Regina tão frágil, doía de vontade de abraçá-la e dizer que nada precisava ser dito que bastava apenas aquele momento, aqueles olhos castanhos que lhe atraíam tanto, bastava apenas estarem ali e tudo estava resolvido mas se contém.

Emma pega as mãos da morena entre as suas, seu plano de não aproximação havia falhado, de certa forma ela já sabia, o tempo todo soube que falharia. Aproxima-se ainda mais da mulher olhando em seus olhos.

– Pode falar.

Regina toma ar. Acaricia as mãos da garota e começa: - Eu amei uma vez, há um tempo, amei muito, amei tanto - sua voz começa a embargar. - Amei tanto que não soube o que fazer quando perdi esse amor. Foi algo muito rápido e traumático pra mim. Eu... - respira fundo mais uma vez. Tentava fazer as lágrimas que se acumulavam em seus olhos retornarem sem sucesso: - Durante anos eu apenas vivi como se não tivesse coração, apenas Henry era a única coisa que eu tinha aqui dentro. - Fala levando uma das mãos da garota ao centro de seu peito- Eu desaprendi como lidar com as pessoas, como lidar com... com sentimentos. Eu me tornei amarga, dura e fria. Como você já me disse varias vezes, eu montei uma muralha em volta pra que ninguém entrasse e isso funcionou, funcionou perfeitamente bem por doze anos, nesse tempo eu apenas tentei levar, viver da melhor forma possível, tentei me divertir, tentei várias coisas pra me distrair sempre sem deixar ninguém entrar, sem dar nenhuma oportunidade até que você apareceu. Eu não fui diferente contigo, mas... algo em você... - As lágrimas caiam sem pudor enquanto Regina falava sem parar e segurava as mãos da garota entre as suas. - Não sei o que você tem, eu... eu te vejo como uma garota, não consigo te ver de outra forma, mas... Quando você me olha, quando você me abraça quando você me toca, quando chega perto de mim, quando você fala... eu me sinto tão segura, tão em casa, tão... - Fecha os olhos e conclui: - Tão tua e eu não sei....não soube como lidar com isso eu apenas... Senti medo. Passei todos esses dias me culpando por não tratar você da forma como você merece, do jeito que eu sinto aqui dentro. Eu não sei como lidar com você, Emma, não sei como lidar com o que eu sinto por você. - conclui de uma vez só.

A garota mantinha os olhos na morena, os olhos esmeralda cheios de algo que não era dor, nem pena, nem angústia, nem raiva, nem mágoa, era algo como compreensão, mas bem maior que isso, algo como se seu coração fizesse um raio-x do coração da mulher a sua frente e lhe fizesse entender claramente.

– E o que você sente por mim? - pergunta sabendo a resposta.

– Regina olha para a garota. Os olhos cheios de lágrimas, leva delicadamente os dedos ao rosto da loira e o acaricia gentilmente. - Eu... Eu amo você, Emma Swan. Amo você mais do que já imaginei que amaria novamente e sei que é apenas o começo, mas amo e ... e quero te mostrar isso, quero que você sinta isso.

Se aproxima ainda mais da garota. Com as duas mãos em seu rosto e olhando-a nos olhos, pergunta:

– Posso?

–Emma se derrete inteira. Amava aquela mulher, amava com todas as forças de seu corpo e não podia dizer não a ela, não podia nem conseguia não entender tudo que se passava com ela. Naquele momento
era como se ela tivesse nascido para estar ali e segura-lá nos braços até o fim.

– Sempre. - responde num sussurro.

– Tem certeza? - Regina questiona aproximando seus lábios - Eu sou um poço de sentimentos abafados, confusos, conflituosos...

– Não me importo. - fala levando as mãos ao quadril da morena que continuava segurando seu rosto bem próximo. - Mostra pra mim, mostra VOCÊ pra mim. - pede docemente quando Regina anula o espaço entre seus lábios num beijo lento, quente e gentil.

Devagar seus corpos se aproximam naturalmente levando-as a explorar o corpo uma da outra. Passeando com suas mãos em carícias que lhe tiravam arrepios e pequenos suspiros abafados por seus beijos. Lentamente Regina deita a garota na cama e põe seu corpo sobre ela. Olhando-a nos olhos abaixo de si, alisa seus cabelos dourados enquanto beija todo seu rosto gentilmente.

– eu amo você, Emma... Amo você, minha garota. - Emma sorri para a morena. Ela sabia, sempre soube que dentro daquela Regina fria e dura havia um paraíso de doçura.

– Eu também te amo, Regina...

Mais carícias, beijos, declarações silenciosas de afeto e suas roupas foram substituídas pelo toque quente de suas peles roçando uma na outra devagar, amando-se em casa extensão.

O quarto do capitão se preenchia com o ruído de suas respirações ofegantes e seus gemidos roucos regados a mais beijos, mais carícias, mais toques delicados, pernas entrelaças, mãos subindo e descendo em toques e estocadas leves, fundas.... línguas em doces batalhas por seus corpos, no gosto, no cheiro uma da outra, conheciam-se ainda mais, reconheciam-se, amavam-se; eram como duas flores que se tocavam numa brisa leve sem a pressa, a luxúria, o nervosismo e o desespero da primeira vez.

****

– Do que você está rindo? - Regina pergunta para a loira que ria sem parar descansando o corpo deitada com a cabeça em seu peito.

– Desculpa Regina. - fala sem conseguir parar de rir.

– Pelo quê? - pergunta claramente confusa.

– Da última vez em que estivemos aqui, bem... - Emma sorri mais uma vez - eu.. eu estava nervosa e não sabia direito o que fazer, como agir ou qualquer coisa assim então.... só tentei fazer o que achava que estaria certo, mas... bem, o que você me mostrou agora foi tão diferente.

– Diferente como?

– Ah... Foi lindo, foi... Não pense que sou uma bobona falando isso mas, foi mágico, entende?

– Sim. E você não é uma bobona por pensar assim.- fala depositando um beijo no topo de sua cabeça .

– Pois é, desculpa por eu ter sido muito afoita e meio grossa.

– Tudo bem, também não fui a pessoa mais gentil do mundo. - Pensa um pouco, corri e continua: - Só senti um certo medo quando você me virou de bruços. - Regina sorri ainda mais enquanto Emma dá gargalhadas.

– Eu nem imagino porquê. - fala subindo até o rosto da morena. - você é tão perfeita, Regina. Fala apaixonadamente tomando a mulher em seus braços.

– Vou gostar de você um pouco selvagem de vez em quando, - fala
Sorrindo - Mas, o que eu mais amo em você é esse seu jeito grosso e ao mesmo tempo doce e gentil, isso sim pra mim é perfeito. - fala enquanto acaricia seus cabelos e entra devagar com seus lábios grossos entre os lábios finos da loira.

– Você está bem agora? Quando chegou me parecia meio carrancuda. - pergunta cortando o contato.

– Ótima. - Emma sorri. - qual desculpa deu pra estar aqui a essa hora?

– Disse ao henry que chegaria mais tarde, reunião do conselho da escola. E você?

– Estou na casa da Ruby. - fala sorrindo.

– Da Lucas, por que não da Lee?

Emma se aconchega mais ao peito da morena.

– Estive mal nos últimos jogos, ela veio chamar minha atenção e nós discutirmos. Eu sai do time. - fala meio tristonha.

– sinto muito. Você tem que pedir desculpas a ela é voltar pro time. Ultimo jogo já é no sábado.

– Por que eu?

– Bem, pelo que já te conheço, com certeza estava jogando mal por não conseguir separar sua vida sentimental da pessoal e ela deve ter puxado sua orelha com isso e você não gostou. Então você tem que pedir desculpas. Se ela é sua amiga, amiga de verdade, é obvio que vai se meter quando te ver fazendo besteira consigo mesma.

Emma pondera por um instante.

– Tem razão.

– E você tem que ter mais juízo e aprender a se controlar mais. - diz enquanto abraça a garota.

– Eu tenho juízo e sou controlada, na maioria das vezes - fala sorrindo. - Só com você é que eu perco o controle. - A loira aproxima seus corpos e alisando os cabelos negros da morena, diz com uma voz mais apaixonada e sem pensar: - Eu não me controlo perto de você, Regina. Sinto vontade de fazer amor com você todos os dias.

Regina ria alto após a revelação da garota.

– Não conhecia esse seu lado ninfomaníaca. - fala surpresa.

– Tem muitos lados meus que você ainda não conhece, diretora.... ou melhor, professora Mills. Fala num tom safado beijando o pescoço da outra. Regina quebra o contato dos lábios da loira em sua pele para olhá-la nos olhos:

– Então que tal você me mostrar um pouco desse seu lado agora? - propões de forma sensual beijando a loira e iniciando mais daquele jogo de encaixe perfeito que eram seus corpos nus.


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