Danger escrita por Vespertilio


Capítulo 27
As voltas


Notas iniciais do capítulo

Leiam as notas finais, por favor :3



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Bar Rollins / 17h38min
– Qual seu nome, senhorita? O homem mais velho perguntou. Como resposta, ela apenas estendeu para ele sua carteira de identificação, a pessoa da foto obviamente era ela, mas aquele nome não era seu. Annie? Ele franziu o cenho Você não tem cara de Annie.
– Fale isso aos meus pais, querido. Sorriu ironicamente e logo voltou a mascar seu chiclete. Eu só quero saber se você pode me ajudar, hã? Inclinou-se sobre o balcão, rezando em silêncio para que seu decote fosse o suficiente para convencê-lo. Havia recuperado boa parte de suas memórias, sabia que, em algum momento de sua vida, tinha sido preparada para enfrentar situações como aquela. Eu estou atrás de um cara e as pistas que eu segui Fez um gestual, com os dedos indicador e médio, como se eles fossem pernas de uma pessoa que caminha. Me trouxeram até aqui. Ao seu adorável estabelecimento.
– Um cara?
– Um cara.
– Uma moça tão bonita como você Ele estava olhando para onde ela queria. Encheu-se de orgulho por si mesma. Vivera cinco anos no escuro, mas agora estava ali, sentia-se bem novamente. O outro prosseguiu - Tem capacidade de arranjar o homem que quiser, e fica por aí correndo atrás de um cara?
– Huh Soltou um riso forçado tentando o fazer parecer o mais casual possível E eu não sei disso, querido? Foi a vez dele se inclinar. Mas esse cara me passou a perna, e, minha beleza, não é um terço da quantidade de rancor que possuo dentro de mim.
– Se eu te ajudar, o que eu ganho em troca? Desta vez, ela sorriu largamente. Ia encontrar o que procurava.
– Se você me for muito útil, eu vou te deixar vivo. Que tal?
~*~
Pegou o telefone e discou o número do Hotel, já fazia uma hora que não falava com seu filho. E, estava com medo que, de alguma maneira, alguém os tivesse descoberto e seguido até lá. O filho era uma pessoa inteligente para a idade, ela sabia bem disso, mas todo cuidado era pouco. Principalmente, porque ainda não sabia com que tipo de pessoas estava lidando.
– Alô Ele atendeu o telefonema no primeiro toque.
– Meu filho, está tudo bem?
– Sim, mãe.
– Eu só tenho que fazer mais uma coisa antes de ir te ver, por favor, não saia do quarto. Não abra a porta pra ninguém. Mesmo sem estar com ele, podia ver a pequena criança revirando os olhos. Lembra-se do nosso código de batidas? Só abra se ouvir o código.
– Mamãe, eu não sou um bobo.
– Eu sei meu bem, eu sei.
– Boa sorte.
– Obrigada, tente dormir um pouco.
Desligou o telefone e respirou fundo. Não estava 100% segura do que ia fazer, mas tinha de aproveitar sua coragem momentânea para fazê-lo. Estava há uma semana na Terra, seguira os rastros dele com um pouco de dificuldade, não esperava que encontra-lo fosse ser uma tarefa fácil, mas pensara que, depois de tantos anos, ele tivesse perdido um pouco de suas habilidades.
Ledo engano.
Puxou o vestido um pouco para baixo, alisando seu tecido logo em seguida. Olhou para o enorme prédio à sua frente, não era em nada parecido com o Castelo em que morara, mas, para um terráquio, aquele lugar era muito acima dos padrões.
Inspirou profundamente.
Não voltaria atrás.
Talvez ela não pudesse ter outra chance. Eles, sua família loriena, estavam atrás dela, apareceriam a qualquer momento, a pegariam e levariam de volta. Transformando-a no projeto de princesa perfeita novamente.
Usou sua experiência dos últimos anos e colocou, nos lábios pintados de vermelho, o sorriso mais bonito que pôde. O porteiro lhe encarou com as sobrancelhas erguidas, ela apenas concentrou-se no barulho de seus saltos contra o piso de mármore, ao chegar perto do homem, alargou o sorriso.
– Boa noite. - Ele disse sério.
– Boa noite. - Estendeu para ele o convite para o evento, que estava acontecendo em uma das coberturas do prédio. Não fora difícil conseguir aquilo, apesar de estar fora de forma, ainda possuia habilidade o suficiente para ter o que queria.
– O elevador é por..
– Eu sei - Interrompeu-o de forma gentil. - Tenha um bom trabalho. - Disse e virou as costa.
O elevador era incrivelmente frio, ou, talvez, fosse aquele apenas o reflexo do seu interior. Desde que descobrira a verdade sentira-se assim, fria.
Estava depositando seu último pingo de fé nele, mesmo que fosse um traidor, mesmo que tivesse feito o que fez, poderia estar arrependido, poderia ajuda-la. Era nisso que se agarrava, nessa última esperança na bondade.
As portas do elevador abriram e ela respirou fundo pela décima vez naquela noite. Não poderia mesmo voltar atrás.
~*~
Alguém batia insistentemente na porta.
Olhou o relógio na parede. Seis e vinte um. Sentiu os pêlos do corpo se eriçarem, o porteiro tinha ordens para não permitir, quem quer que fosse, subir a seu apartamento. E, no entanto, lá estava uma possível visita.
Pensou em permanecer em silêncio até que a pessoa se desse por vencida, mas uma chama dentro dele se acendeu. Há muito não brigava, não extravasa sua raiva pelo meio muscular. Se a oportunidade para tal estava batendo em sua porta, não iria desperdiça-la.
Abriu a porta com um sorriso hospitaleiro no rosto, a mulher a sua frente remexeu-se no seu vestido de muitos dólares. Provavelmente era uma das convidadas para a festa, ele também fora. Bufou irritado, não iria brigar afinal.
– A festa não é aqui. - Falou e bateu a porta na cara da mulher.
Não havia sido educado, mas olhar para aquele rosto tão familiar o fez sentir um aperto no peito. O modo como ela o olhou espantada, como se ele também lhe fosse familiar…
Não pode ser. Fechou os olhos e respirou fundo. Virou-se novamente para a porta e a abriu, preparando-se para correr atrás daquela que bateu em sua porta. Mas não foi necessário, ela ainda estava lá, com a mesma expressão assustada no rosto.
– Skye? - Indagou e piscou duas vezes, parecia tão real. - Skye? - Tornou a perguntar e tocou-lhe o ombro de leve.
Skye soltou um suspiro pesado e levou ambas as mãos ao seu rosto. Talvez não acreditasse que ele fosse real também. Deixou-se ser acariciado por um momento, quando estava prestes a chama-la para dentro, sentiu a bochecha direita esquentar. Ela o havia estapeado.
– Por que não me reconheceu? - Rosnou e Ward riu. Havia esquecido do temperamento imprevisível que Skye possuia.
– Eu senti sua falta. - Disse e a puxou para um abraço


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Notas finais do capítulo

Primeiro, a formatação do texto está horrível. Postei pelo celular e tuuuudo o mais.
So sorry
Segundo, desculpem a demora. Não tenho "justificativa pra isso", meu computaador quebrou? Sim. Fiquei sem internet? Também. Mas não foi isso que acarretou o atraso. O "problema" é que eu não consegui escrever uma palavra por meses. Isso aconteceu com as outras fanfics, mas (amém) a dona inspiração e eu voltamos as boas.
Esse capítulo é curto assim porque é uma ligação. Eles ficaram separados durante anos, foram enganados e agora vão juntar as peças.
Sei que muita gente não entendeu bulhufas do que aconteceu, afinal eu não expliquei. Mas o próximo cap iluminará a cabeça de vcs.
Ah! Eu não vou demorar 3 meses de novo, prometo.
Espero que ainda tenha alguém aí pra ler e comentar.
Beijos de luz.



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