A Maldição do Titã - Bianca di Angelo escrita por Bel Di Angelo


Capítulo 1
Capítulo 1 - O Diretor Atira Mísseis.


Notas iniciais do capítulo

Olá! Para quem gosta do livro "A Maldição do Titã", eu recomendo que dê uma chance a minha fic. Sei que todos preferem fics "18+ ou 16+". Bom, espero que gostem e tenham uma ótima leitura.



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Bianca Di Angelo

Mandados a outro internato.

Após uma longa viagem, finalmente chegamos. Eu estava exausta e Nico continuava observando seu jogo de mitomagia , não intendo como ele não cansa dessas besteiras. Acho que é normal pra idade dele. Eu sou apenas dois anos mais velha... Meninos. Fomos recebidos por um estranho homem, Dr. Espinheiro, ele era o diretor de nossa nova escola, corte de cabelo militar, rosto completamente liso, mas a questão está em seus olhos, parecem olhos de um gato, um deles é castanho e o outro azul.

-----------Dias depois ------------

O Diretor Atira Mísseis.

Mandei meu irmão ao dormitório masculino e disse para ele dormir. Dirigi-me ao feminino e deitei-me imaginando como seria bom, pelo menos uma vez na vida não ser a irmã mais velha de Nico, Já que nossos pais... Morreram. Eu era responsável por meu irmão, mas tenho apenas doze anos, queria poder... Viver a minha vida. Na noite seguinte terá o baile da escola, é melhor eu descansar.

Normalmente eu tinha pesadelos, medos, inseguranças... Tudo isso guardado somente para mim. Diferente das outras noites, hoje eu não sonhei.

Acordei e tomei minha rotina normal, fui às aulas, falei com Nico no recreio, mas acho que algo está errado, o Dr. Espinheiro não para um segundo de olhar para mim, não só para mim, mas também para o meu irmão. Não é só ele, tem também um garoto, cabelos ruivos, espinhas no rosto e deve ter algum problema de locomoção, pois usa muletas. Por algum motivo ele e o diretor não se gostam muito. Arrumei-me e fui ao salão onde aconteceria o baile.

- Bianca! – Olhei na direção do som, lá estava Nico correndo em minha direção, pelo seu rosto ele havia descoberto alguma coisa e viera me contar.

- Oi Nico, como foi seu dia? – Ele olhou-me animado. Às vezes penso que Nico não vê o mundo como realmente é. Cheio de problemas. – Gostou do colégio?

- É bem legal, mas acho que o diretor vive nos observando – Nico apontou descaradamente para o Dr. Espinheiro. – Olha lá.

- Nico! Seja discreto! – Repreendi-o abaixando sua mão – Isso não foi muito educado sabia?

Enquanto reclamava com ele, vi ao longe uma garota de cabelos loiros e longos com cachos que formavam-se nas pontas, ela dançava com um garoto de cabelos castanho escuros e olhos tão verdes quanto o oceano. Percebi também que o garoto ruivo de muletas dançava com uma menina, ela tinha olhos azuis feito o céu e visual punk, seu cabelo era escuro e repicado nas pontas. De alguma maneira, senti que eles me observavam e falavam de mim.

- Os senhores poderiam me acompanhar? – Perguntou o Dr. Espinheiro de surpresa, o que fez meus pelos da nuca se arrepiarem – Gostaria de tem uma conversa com os dois.

- C-claro Dr. Espinheiro. – Ele nos pegou pela nuca e levou-nos a um corredor meio escuro dirigindo-nos a ultima porta.

Eu estava bem assustada, e pelos olhos de Nico ele também estava. Ao chegarmos lá, ele assumiu uma forma realmente estranha. Eu queria gritar e correr, mas ele nos amarrou deixando-nos sem movimento. A porta se abriu e lá estava um dos garotos que me observara, ele tinha olhos verdes e cabelos castanhos, tentei avisá-lo que aquilo era uma armadilha.

- Meu nome é Percy – Disse ele – E eu não vou machuca-los. Vou leva-los a um lugar seguro.

O garoto abaixou a espada que estava em sua mão. “Não é de você que estamos com medo” – Tentei avisar, mas era tarde demais.

Percy tentou girar para acertar o monstro. Sua lâmina cortou o ar quando ouvimos um “WHIISH”! Algo explodiu no ombro dele lançando lhe contra a parede.

Uma risada fria ecoou pelo corredor.

- Sim Perseu Jackson – Dr. Espinheiro disse, com seu sotaque, o J do sobrenome “Jackson” ficou engraçado – Eu sei quem você é.

Algo parecido com uma adaga estava perfurando o casaco do garoto e prendendo-o na parede. Nico assistia a aquilo tudo atentamente. Seus olhos mostravam pavor. Não acredito que eu estava deixando meu irmão ver tudo aquilo, mas era inevitável. Percy Jackson franzia o rosto numa expressão de dor. Não pude deixar de lembrar do dia em que uma flecha raspou em meu braço em um de nossos internatos.

Uma silhueta escura se movia em nossa direção. Dr. Espinheiro deu um passo para a luz fraca. Ele ainda parecia humano, ao meu ver, mas seus rosto era macabro. Dentes perfeitamente brancos e olhos bicolores.

- Obrigada por sair do ginásio – Disse ele – Eu odeio bailes colegiais.

O garoto, desesperado, tentava acertar o monstro, que estava fora de alcance. WIIISH! Outro espinho fora atirado de algum local atrás do Dr. Espinheiro, este, foi cravado ao lado do rosto de Percy. Nico tremeu.

- Mana – Murmurou Nico ainda tremendo – Oque está acontecendo?

Eu não respondi. Não podia deixar Nico ver que eu estava com medo. Precisava passar segurança a ele.

- Vocês três virão comigo – Disse o Homem – Silenciosamente, obedientemente. Se fizerem algum som, algum pedido de socorro, verão o quão precisamente eu posso atirar.

Aquela frase me fez estremecer. Por um momento achei que Nico ia dizer que o Dr. Espinheiro parecia com algum monstro mitológico e em seguida teria sua cabeça perfurada por um espinho. Torci para estar errada. Embora as vezes eu veja mortes, tenho muito medo de perder meu irmão. Ele é minha família.

Próximo a mim, Percy fechou os olhos. Fiquei perplexa. Oque ele estava fazendo?

- Oque está fazendo, Jackson? – Sibilou Dr. Espinheiro – Continue andando.

O garoto abriu os olhos e andou devagar.

- É o meu ombro – Disse ele dramaticamente – Queima.

- Bah! Meu veneno causa dor. Não vai mata-lo. Ande.

Dr. Espinheiro nos guiou para a saída. Percy parecia concentrado. Ele até que era bem bonito... E mesmo tendo fracassado, foi muita coragem a dele. Eu queria poder ajudar.

O diretor nos levou para a mata. Percorremos um caminho de neve. O frio era cortante. Eu tremia por baixo dos agasalhos finos. Meus cabelos escuros e lisos, agora estavam desgrenhados. Os pequenos flocos de neve se acomodavam em mim.

- Tem uma clareira logo à frente – Disse o diretor/monstro – Vamos pegar seu transporte.

- Transporte? – Questionei confusa – Para onde está nos levando?

- Calada garota infeliz!

- Não fale assim com a minha irmã! – Disse Nico. Por mais que fosse legal da parte dele querer me defender, tive vontade de lhe dar um soco. Não podia deixa-lo se arriscar assim.

Dr. Espinheiro hesitou. Em seguida, fez um som parecido com o de um rugido. Com certeza esse cara não é humano. Calafrios percorreram meu corpo, mas tínhamos que continuar.

Ótimo. Agora tínhamos de bancar os bons reféns. Em minha cabeça, eu tentava bolar um plano de correr... Ou sei lá. – Como se tivéssemos para onde ir.

- Alto – Disse o diretos após alguns metros de caminhada.

A floresta tinha se abrido. Chegamos a um penhasco. Tudo que eu podia ver era escuridão e neblina. Naturalmente eu teria me sentido bem no escuro. Mas por um acaso havia um diretor louco que atirava espinhos venenosos.

Dr. Espinheiro nos empurrou para a beirada. Percy tropeçou e eu o segurei.

- Obrigado. – Ele murmurou.

- Oque é ele? – Sussurrei – Como enfrentamos?

- Eu to... To pensando nisso – Ele murmurou.

- Estou com medo – Gaguejou Nico.

Nico segurava um pequeno soldado de brinquedo. Acredito que seja uma peça de seu jogo Mitomagia.

- Calados! – Dr. Espinheiro gritou – Olhem para mim!

Seus olhos brilharam de fome. Ele puxou algo de dentro do casaco. Primeiramente, achei que fosse uma faca, mas era apenas um celular. Ele apertou o botão do lado e disse:

- A mercadoria está pronta para entrega.

A cada momento aquela noite ficava mais estranha. Nico tremia, Percy parecia concentrado em seus pensamentos. Mas por quê?

- Vá filho de Poseidon. Pule! Ali está o mar. Salve-se.

- Do que ele te chamou? – Perguntei.

- Depois eu explico – Ele me respondeu.

- Você tem um plano né? – Perguntei.

Ele não me respondeu desta vez. Apenas fitou o penhasco e continuou pensado. Só espero uma coisa: Que seu plano brilhante não seja pular.

- Eu o mataria antes de alcançar a água – Disse Dr. Espinheiro – Você não sabe quem eu sou, sabe?

Houve outro movimento atrás dele. Mais um míssil foi atirado. Desta vez raspou na orelha de Percy. Minha respiração ficou ofegante. Algo estalou atrás do Dr. Espinheiro. Como uma... Catapulta ou um rabo.

- Infelizmente – Continuou ele – Pediram você vivo. Senão, já estaria morto.

- Quem? – Exigi – Porque se você acha que vai ter um resgate, você está muito enganado. Nós não temos família. Nico e eu... – Diminuí meu tom de voz. – Não temos ninguém, salvamos um ao outro.

- Hum. – Disse Dr. Espinheiro – Não se preocupem pentelhos. Logo conhecerão meu empregador e terão uma família novinha em folha.

- Luke – Percy Disse – Você trabalha pra Luke.

A boca de Dr. Espinheiro mexeu de desgosto quando Percy disse aquele nome. Luke. Seja lá quem for, não deve ser muito bem vindo. Em seguida o diretor respondeu:

- Você não tem ideia do que está acontecendo Perseu Jackson.


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Notas finais do capítulo

É isso. Pesso-lhes que comentem e espero que tenham gostado. Caso não tenham, comentem mesmo assim. Críticas também ajudam.