As Filhas dos Três Grandes escrita por Bia Vald3z, Soul Sister


Capítulo 1
Prólogo - O início.


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem. Minha primeira fanfic de PJO/HDO.



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Char Pov.

Sou uma semideusa. Sou uma semideusa. Essas palavras martelavam na minha mente, meus pais tinham acabado de me adotar, há uns seis meses atrás e agora me olham horrorizados, como se eu fosse um monstro. Não sei como isso aconteceu, digo, eles eram tão legais e transmitiam tanto amor e isso mudou, não sei se foi pelo fato de eu já ter sido expulsa da escola nova por ter posto fogo na sala, olha eu não fiz isso, alias não tinha como eu fazer isso sozinha, não é?

Mas também pode ser o fato dos pesadelos, ou da voz na minha cabeça que me faz falar sozinha, ou o simples fato que eu juro que a minha antiga professora do orfanato tinha virado uma vampira com uma perna de bronze e outra era perna totalmente peluda.

Poxa, custava acreditar em mim? Porque eu não menti em nenhum momento pra eles e agora acho que eu deveria ter omitido alguns fatos. Eles me odeiam e acho até que eles querem me mandar de volta pro maldito orfanato. ''Como se eu fosse um objeto. '' Eu pensei com um ódio enorme crescendo em mim. EU NÃO SOU UMA ABERRAÇÃO!

Enfim, voltando, EU SOU UMA SEMIDEUSA. Agora que eu estava a caminho do Acampamento Meio-Sangue, e Quiron disse que tem uma explicação pra tudo que acontecia de estranho comigo, isso me deixava ansiosa e nervosa.

Chegando lá, eu logo avistei meu antigo professor de História e tipo, ele era um centauro, respira inspira respira, e claro, não comece a rir. E eu comecei a rir descontrolavelmente, imagina ver seu antigo professor de centauro?! Era cômico, mas o olhar de Jessie, meu melhor amigo que descobri ser um sátiro, me faz me controlar e eu parei com o ataque.

Quiron me olhou e ao contrário do que eu imaginei, ele queria rir também e estava com um olhar divertido, já falei que adoro ele? EU ADORO ELE!

Mar pov.

Eu estava super preocupada, Charlotte e Jessie sumiram faz uma semana. Os pais dela acharam que ela fugiu, assim como fez com as outras famílias com quem ficará. E Jessie vivia sozinho, era emancipado e tudo, mas quando eu pensava neles, meu coração se apertava e eu sentia vontade de chorar. Eles me abandonaram, eles prometeram que nunca fariam isso, nunca fariam o que meu pai fez comigo, eles quebraram a promessa, a promessa que me fazia feliz e viva. Sem eles eu poderia estar morta num canto qualquer, sozinha e sem ninguém se preocupando comigo, já que mamãe vivia viajando e só vinha pra casa no Natal.

Suspirei aquela sala nunca foi tão insuportável, aquelas meninas metidas e vadias nunca foram tão idiotas, aqueles garotos que adoravam iludir as meninas nunca foram tão estúpidos. Alias tudo parecia estupido sem meus amigos.

Quando o sinal avisando o fim da última aula tocou, eu recoloquei meus fones de ouvido, e sai andando apressadamente pela rua. No meio do caminho, sentia que alguém me perseguia, comecei a dar passos mais rápidos e me controlando pra não olhar para trás. Mas eu acabei fazendo isso, respirei fundo, não tinha ninguém, só havia eu na rua.

Quando eu voltei meu olhar pra frente, Jessie estava lá.

–SEU IDIOTA, BABACA! Some por uma semana e quando volta me dá um susto desses. Deu pra perseguir os outros agora?

–Não era eu que estava atrás de você, vamos logo.

Eu dei um olhar confuso, ele puxou minha mão e começou a correr, me puxando pela rua. Quando ouvimos um barulho, parei e olhei pra trás, meu maior erro.

Havia um monstro horrendo ali, daqui conseguia sentir o seu hálito fedido, sua pele era escamosa e nojenta. Um grito ficou parado na minha garganta, não conseguia achar a minha voz, estava confusa e com medo. Olhei pra Jessie, ele tinha uma espada na mão e corria na direção do monstro. OPA, PERA, DA ONDE SAIU ESSA ESPADA?

Olhei alarmada quando ele num único movimento transformou o bicho em pó.

–O que? Como? Quando? O que era aquilo? Deus, eu não to me sentindo bem.

–Vamos, quando chegarmos lá, eu te explico tudo.

Ele segurou minha mãe e caminhamos pela rua, agora sem tanta pressa.

Luna pov.

Olhei para a garota na minha frente, os mesmo olhos azuis elétricos, os mesmos longos cabelos escuros, os meus castanhos e os dela negros, e o mesmo tom de pele, o mesmo ângulo do rosto. Deus, podíamos ser gêmeas!

Um garoto loiro com olhos idênticos aos nossos, chegou e me observou, um calafrio subiu pelo meu corpo.

–Então, Thalia é ela? -Ele disse seu tom de voz melodioso e lento, sua voz rouca. Seu cabelo loiro caia pelo seu rosto lindo e bem desenhado, cobrindo seus olhos. -Certo, por que eu ainda pergunto? Olhe pra ela, é idêntica a você. E tem a aura do papai.

Me olhei, aura de quem? Eu nem tenho mãe, muito menos pai. Quem esses loucos são? Me mandaram para uma entrevista para possivelmente ser adotada -O que nunca acontecia, só pra deixar claro.- E eles não devem ter nem 18 anos, não podiam me adotar, não mesmo. A garota revirou olhos e se virou pra mim.

–Eu sei que você vai achar isso muito estranho. Mas você já viu alguma coisa estranha? Tipo um monstro? Já fez coisas explodirem, ou até mesmo quando ficou com raiva ou teve fortes emoções começou a chover de repente ou a ter trovões até mesmo no dia com o céu mais azul?

Olhei pra ela com medo, como ela sabia dessas coisas? Isso era um segredo, ninguém nunca, NUNCA, associou esse tipo de coisas a mim, sempre aconteciam e eu sabia que era culpa minha, não sei como, só sabia.

–C-co-como você sabe?

–Ora querida, isso também acontece com a gente, sabe por quê? Por que somos especiais, sempre fomos e sempre vamos ser.

–O que quer dizer com isso?

–Quero dizer que você é como nós, uma semideusa, uma filha dos três grandes, nossa querida meia-irmã e filha de Zeus.

O garoto loiro disse, arregalei os olhos e meu rosto se mostrou totalmente confuso.

–Venha com a gente, tem um lugar para pessoas como nós. É só você quer vir, irmãzinha.

Olhei pra eles, e depois olhei pra porta do orfanato, eu odeio esse lugar. As pessoas me tratavam como nada, na verdade, parecia que eu nem existia. Não tinha nenhum amigo então o que eu tinha a perder? Suspirei, e dei um sorriso pra eles.

–Então, quando a gente vai?

Eles se entreolharam e sorriram. Depois daquele dia, nada foi como antes.

Eu, Luna Holland, era filha de Zeus.


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Notas finais do capítulo

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