-Vamos Isabella já estamos quase atrasadas-gritou mamãe.
Quando me chamava de Isabella-eu a conhecia bem-era porque já estava irritada, e pontualidade para nós russos é extremamente importante. Teríamos que atravessar Moscou de metro para irmos nos encontrar com meu provável futuro marido.
Pleno século XXI, e as coisas ainda funcionavam assim na Rússia. Era comum um americano-que é o meu caso-ou um britânico, com boas condições financeiras pagar pequenas fortunas, para famílias pobres para se casarem com adolescentes russas e bonitas.

Não sei oque viram em mim, já que não tenho uma beleza tipicamente russa, tenho cabelos castanhos e olhos cor de chocolate e também não era extremamente magra.Normalmente preferem as russastípicas com cabelos loiros, olhos claros, e seguindo o padrão de beleza daqui, que classificava como bonito garotas magérrimas, tinha queme sentir lisonjeada por me escolherem.

Minha única família é minha mãe, meu pai morreu há dois anos atrás de como alcoólico, que os médicos não conseguiram reverter em decorrência da quantidade de vodka que ele ingeria diariamente. Minha vida não era assim tínhamos dinheiro, não fazíamos parte do"novos russos", que são da máfia ou classe alta da sociedade após a URSS, mas conseguíamos nos sustentar sem grandes problemas. Então com amorte de papai, e preocupada com meu futuro -e a escassez de dinheiro-minha mãe não teve escolha a não ser aceitar a oferta de um policial,Jacob Black, amigo dela, e me "vender" aum empresário americano.

Hoje seria o dia da "entrega da mercadoria", no caso eu. Muitas pessoas ficariam horrorizadas com minha frieza, porém já aceitei me destino. E como minhamãe diz terei uma vida melhor nos Estados Unidos.Não me importo se meu "marido "é um velho , quero somente me livrar da minha vida cruel na Rússia e ajudar minha mãe.