Ma Chère Lily escrita por Loo


Capítulo 3
Capítulo Dois


Notas iniciais do capítulo

OIOIOI, como estão??
Capitulo novíssimo, espero que gostem!



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Capitulo Dois.

Eu bati na porta com calma e aquele garoto magricela veio abri-la um tanto chocado em me ver ali. Eu o reconheci da aula de... física, eu acho.
– Posso ajudar?- ele perguntou.
– Na verdade, pode sim.
Ele me deu espaço para passar e depois fechou a porta. Ele ainda parecia estar em choque.
– Eu tive uma discussão idiota com a minha melhor amiga hoje e acho que você pode me ajudar!
O rosto do meu colega passou de surpresa para orgulho em segundos.
– O que deseja? Posso fazer qualquer coisa!
– Pode me ceder o seu radio esse almoço? Só por hoje eu juro que falo os avisos!
Ele pareceu pensar por um minuto antes de ceder e me dar as instruções e o papel com os avisos.
Eu liguei o microfone e ele fez um sinal positivo com os dedos indicando que estava no ar.
– Boa tarde HHS!- eu disse- Hoje quem vos fala é James Potter, sim sim sim, o próprio! Bom, vamos começar pelo básico, os avisos que todos amam.
Eu comecei a lê-los como o garoto me disse. Eles consistiam basicamente em avisos de materiais perdidos, provas e atividades extracurriculares e avisos que alguns professores repetiam todo inicio de ano. Quando eu terminei de ler comecei a botar o plano em ação oficialmente. Eu não fazia a menor ideia do que falar, mas a intenção que valia.
– Bom agora, o recado mais valioso do dia, e ele é para a senhorita Evans, a única ruiva natural do colégio. Ai vai: Querida Lily, o babaca do seu melhor amigo está suplicando pelo seu perdão por todas as idiotices que ele falou e fez. Apesar de ainda não estar muito de acordo com você saindo com o babacão maior ainda do Diggoy, seu amigo quer ver você feliz. É claro que as chances de você se interessar por esse energúmeno são praticamente nulas, já que você é incrível demais para ele. De qualquer maneira, isso é tudo o que o seu melhor amigo James Capitão da Grifinória Potter. Boa tarde para todos, pessoal!
Eu desliguei o microfone e meu colega me olhou com um sorriso.
– Você é o novo capitão da Grifinória!
– Sim...
– Eu sou grifinório!
E a minha gratidão por este garoto só aumentou!
– Bom, então nos vemos no primeiro jogo, que até onde eu sei é em um mês.
– Com certeza estarei lá!
Eu já estava saindo quando me virei novamente.
– Nicholas, meu nome.
– Obrigado mesmo Nicholas, você acabou de salvar a vida de James Potter, vou ficar te devendo uma, cara!

Eu estava quase louco. Depois que eu voltei da sala do radio, muitos me vieram cumprimentar, mas eu não vi Lily, nem nas aulas, nem no final delas. Pelo o que me falaram, ela estava com Marlene em algum lugar da escola no almoço, não no refeitório, algumas pessoas viram Lily em algumas aulas também, ela estava normal, de acordo com essas pessoas. Mas agora ela havia sumido completamente!
Ok, quando eu liguei pela quinta vez para a casa dela, a senhora Evans disse que a própria Lily tinha telefonado para a casa logo assim que as aulas terminaram, avisando que passaria a tarde na casa de Marlene para fazer um trabalho escolar. Lily podia enganar a sua mãe, mas a mim ela não enganava, passar a vida inteira ao seu lado me deu essa vantagem. Até por que estávamos na segunda semana de aula, era praticamente impossível que os professores nos mandassem fazer trabalhos. Ou não?
É claro que eu ligava para a Lily de hora em hora, mas caia na caixa postal, me fazendo decorar o recado da secretária eletrônica com a doce voz da minha pessoa aos quinze anos de idade. "E ai? Você ligou para a minha melhor amiga, é ela não quis te atender – ouvia-se Lily exclamando um "James!" no fundo – porque não é tão importante assim! Deixe um recado que ela te liga depois" então ouvia o inicio de gargalhadas. Mas hoje a minha própria gozação se voltou para mim. Talvez eu estivesse parando de ser importante desde que o Diggory foi falar com ela. Sirius disse que eu estou virando um paranoico apaixonado. Mas eu não estou apaixonado, é apenas um sentimento de puro carinho pela garota que eu conheço faz anos. Certo?
Na hora exata em que eu tentava achar uma resposta condizente com a pergunta que se formava na minha cabeça, um carro estacionou na frente da casa da Lily com uma musica extremamente alta e agitada. Ela saiu do carro de Marlene que gritava alguma coisa muito engraçada que eu não pude ouvir mas fez a ruiva gargalhar enquanto se dirigia até a sua casa. Essa era a hora.
Eu abri a porta da minha sacada e pulei na arvore com maestria e andei até a sacada da ruiva como fiz sempre ao longo de doze anos de amizade. A porta estava destrancada é claro, a nossa cidade era tão pequena que os criminosos não tinham nem espaço para pensar em serem criminosos. Eu entrei no quarto e me joguei na cama de Lily, que alias, era melhor que a minha.
Ela demorou dois minutos para entrar pela porta e estava com uma torrada nas mãos. Jogou a sua bolsa na poltrona e assim que se virou na minha direção levou um susto tão grande que pude ver o esforço que fez para não gritar. Mas mesmo assim não deixou de implicar comigo.
– James! O que está fazendo aqui? Já conversamos sobre sustos!
– Relaxa, eu só queria te ver.
Ela revirou os olhos e começou a procurar um elástico de cabelo na penteadeira para amarrar o cabelo.
– Sei.
– E o trabalho, como foi? Conseguiram terminar?- eu disse me ajeitando na cama.
– Eu só queria uma tarde com a minha amiga louca.
– Eu não sou suficientemente louco?
– Você não é suficientemente mulher, James.
Eu ri com o sarcasmo da ruiva.
– Ainda está brava comigo pelas coisas que eu falei no carro?
Ela andou até a cama e se sentou bem na minha frente. Olhou bem nos meus olhos e eu senti aquele calafrio percorrer a minha espinha com a intensidade do olhar. Puta merda, James.
E então ela me bateu no ombro. E de novo. E de novo. Eu a segurei antes que começasse a doer de verdade.
– Lily!
– Você tem noção do que você fez? Nunca, nunca mais faça isso de novo, você não pode me ofender e no mesmo dia suplicar o meu perdão para a escola toda ouvir! Não importa o quão fofo tenha sido o seu discurso!
Eu dou um risinho e ela me acompanha. Então eu a abraço e a aperto contra o meu peito.
– Desculpe mesmo Lily, você não tem ideia do quanto eu me odeio por cada silaba que eu disse no carro.
– Eu cancelei com o Amos de tarde, eu nunca sairia com ele se soubesse o quanto o odeia.
O impacto das palavras de Lily chegaram logo em seguida. Eu estava dando pulos de alegria por dentro, mas não podia deixa-la fazer isso.
– Não, se você estiver feliz eu também vou estar. Pode sair com aquele idiota, se a minha permissão ainda esta valendo, eu deixo.
– Vou guardar esta carta na manga no caso de eu precisar fazer ciúmes em você mais para frente.
Eu fiquei boquiaberto com aquilo. Eu era tão transparente assim?
Olhei no relógio, era quase oito horas da noite.
– Que tal aquela sessão cinema com pipoca e tudo para compensar a minha mancada?- perguntei.
Ela me olhou desconfiada.
– Não vai me fazer assistir aqueles filmes de terror novamente, vai?
– Dessa vez você escolhe, tudo, menos "Marley & Eu".
Ela sorriu marotamente.

A ideia de viver sem este sorriso me aterrorizava.


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Notas finais do capítulo

E então?
Me mato? Excluo a fic? Paro de escrever? Ou não, ta massa?
Comentem, sério, tem vários leitores mas só UMA comenta! Por favor, vocês não tem noção de como é desanimador!
XOXO
Loo