Melhores amigos. escrita por Lunna


Capítulo 27
Capitulo 27


Notas iniciais do capítulo

E chegamos! Esse ´eo fim!
só quero muito agradecer a todo mundo que leu,comentou e recomendou a minha historia!
muito obrigada mesmo.
espero muito que vcs gostem desse final!
mil bjos e ate a próxima.



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13h00min Parque da cidade.

Eu não acredito que a Luna vai embora, não acredito!

Ela é minha melhor amiga, minha irmã e não pode ir embora assim.

Encostei-me no banco da praça e suspirei,realmente despedida não são o meu forte,não consigo aceitar isso.Mas agora já é tarde,o melhor que posso fazer é me conformar.

Levantei e decidi ir embora e foi então que vi a Aline.

Ela parecia nervosa e conversava com alguém que eu não descobri quem era, porque tinha uma arvore tapando a pessoa. Minha curiosidade é muito grande e resolvi me aproximar, mas de todo jeito eu ia passar por eles mesmo, já que aquele era o meu caminho.

Conforme me aproximava, consegui ouvir o que ela e a pessoa discutiam.

–Eu não acredito que você me procurou pra isso! Aline praticamente chorava.

–Eu preciso saber!Você pode se arrepender e resolver me procurar e eu já estou avisando que não vou assumir esse filho!

–Nem se eu fosse louca eu ia deixar você se aproximar do meu filho!

–Assim espero!Se você tivesse feito o que falei...

–Para!Eu nunca faria um aborto!

Não aguentei mais e me aproximei. Quase cai pra trás quando vi com que Aline conversava.

–ROGER?!

–Laura?O que você esta fazendo aqui? Aline estava pasma e mais branca do que o normal.

–Seu filho é do Roger!Você mentiu!

–Não Laura, espera, não é o que você esta pensando...

–Para de mentir! Eu ouvi!

–Espera você não pode contar isso pra ninguém!

–Eu só não vou te bater agora, porque você ta grávida e por que eu tenho que ir atrás da Luna. Você é muita baixa Aline!

Comecei a correr ignorando por completo os gritos da Aline.

Eu preciso chegar ao aeroporto!Rápido.

Peguei o celular e tentei ligar para Luna, mas deu na caixa postal. Tentei ligar para Bruno e também deu caixa postal. Olhei para um lado e para o outro procurando alguma solução, e como coisa do destino, um taxi apareceu na mesma hora. Era agora ou nunca, eu tinha que ir atrás da Luna. Praticamente me joguei na frente do Taxi.

–Você ta maluca? O motorista desceu com caras de poucos amigos.

–Desculpa, mas você precisa me levar agora ao aeroporto.

–Entra aí sua louca.

Como era de se esperar, devido ao meu grande nervosismo, o aeroporto parecia ser em outro mundo e não chegava nunca.

–Luna, por favor, não embarque. Tudo o que me restava era rezar para chegar a tempo.

Uma eternidade se passou, mas enfim paramos em frente ao aeroporto. Joguei o dinheiro que tinha no bolso para o motorista e sai em disparada pelo saguão. As pessoas olhavam feio para mim, mas eu não estava nem ai.

Cheguei ao guichê de informações.

–Moça qual é o portão de embarque para Nova York?Perguntei para a atendente quase sem ar.

–Mas você esta atrasada, os passageiros já estão embarcando.

–Moça só me diz onde fica o MALDITO PORTÃO!

Gritei com a moça e ela me olhou como se quisesse me fuzilar.

–Por ali. Ela apontou a direção.

–Obrigada e desculpa. Corri para onde ela apontou.

Avistei a Luna entrando no portão.

–Lunaa!Luna espera!

Pov. Luna.

–Laura o que você esta fazendo aqui?

Laura estava esbaforida como se tivesse corrido uma maratona.

–Você não pode viajar...

–Luna, por favor, vamos entrar só falta a gente. Manoel agora estava do meu lado.

–Espera luna, você tem que me ouvir antes. Laura pediu.

–Agora já não da mais tempo. Manoel agora falava com Laura, mas ela o ignorou completamente.

–Luna, eu sei que você não ama o Manoel, você sabe disso também, você não pode ir com ele, você só vai sofrer. O seu amor é o Bruno, é com ele que você tem que ficar.

–Laura, porque esta fazendo isso? Foi o bruno que te pediu pra vir aqui?

–Não, mas...

– Não Laura, foi boa a sua intenção, mas eu amo o Manoel e eu vou com ele.

–Para de mentir!Você não ama ele!

–Vamos Luna, se não vamos perder o avião.

–Tchau Laura, eu te ligo quando chegar lá.

Voltei para o portão, mas Laura não ia me deixar partir assim, claro que não ia.

–A Aline não esta grávida do Bruno!O filho que ela esta esperando é do Roger!

Congelei. Eu ouvi direito mesmo?

–O que você esta falando?

–É isso mesmo, o filho da Aline é do Roger!

Fiquei sem reação. Nunca, nem nos meus sonhos mais horríveis eu imaginei que isso fosse possível. Roger e Aline?Como?Quando?

–Como?Você tem certeza?

–É claro que eu tenho!Luna você ama o bruno e ele também te ama e agora nada mais impede que vocês fiquem juntos, e você sabe que só vai ser feliz ao lado daquele inútil.

Meu coração se apertou no meu peito e eu não sabia o que fazer. Eu não podia abandonar o Manoel ali, sozinho. Não depois de tudo o que ele fez por mim. Olhei para Manoel que me olhava com uma expressão triste e olhei pra Laura que parecia impaciente e ainda não sabia o que fazer.

–Luna pelo amor de deus! Laura implorava.

Essa era a hora, eu tinha que tomar uma decisão, tinha que fazer alguma coisa. Essa era a hora de tomar a decisão que ia mudar minha vida.

Ou eu ia embora com o Manoel e tentava com todas as minhas forças esquecer o bruno ou eu seguia o meu coração louco que ficava gritando “BRUNO”. Respirei fundo e soube a resposta.

Olhei para o Manoel.

–Desculpa, desculpa mesmo, mas eu não posso ir embora com você...

Inevitavelmente eu chorava. Aquilo não era justo com o Manoel.

Ele me olhava desconcertado, mas antes que pudesse falar alguma coisa o guarda se aproximou e disse que ele tinha que partir.

–Desculpa...

Sussurrei as palavras antes de sair correndo com a Laura em direção a porta de saída.

Encontramos um taxi parado logo na saída e entramos nele. Eu não queria parar para pensar, só queria ir logo ao encontro do Bruno, queria dizer, na verdade eu precisava dizer que o amava.

Paramos na rua da minha casa e desci do taxi seguida pela Laura. Fomos em direção à casa do loiro. Cheguei ao portão e antes que pudesse dar um passo, fui impedida pela Aline.

–O que você esta fazendo aqui? Ela me perguntou cínica.

–Você sabe muito bem o que estou fazendo aqui, vim contar para o Bruno que esse filho não é dele. Tentei passar por ela, mas ela segurou meu braço.

–Nem adianta perder seu tempo o Bruno não esta em casa e mesmo que estivesse ele não acreditaria em você.

–Como você pode mentir assim?Você não pensou no Bruno?Você é baixa é uma pessoa horrível!

–Você não sabe nada da minha vida!Esse filho é do Bruno!Ele é meu, você perdeu!Porque você não some das nossas vidas? Aline estava alterada e segurava a barriga.

–Para de mentir!Chega Aline! A farsa acabou, você tem que admitir que você errou!

–Eu não tenho que admitir nada!

Me dei conta que aquela discussão não ia levar a lugar nenhum.

–Eu não vou ficar aqui perdendo meu tempo com você.

Dei meia volta e fui ao encontro de Laura que me esperava na calçada.

–Luna!Volta aqui! AIIII...

Olhei para trás e vi Aline caída no chão com uma expressão de dor, voltei correndo para perto dela.

–Aline?Você esta bem?

Ela gemia de dor e um liquido escorria pela sua perna.

–Acho que a bolsa rompeu me ajuda.

–Mas o que eu faço?

–Me leva para o hospital.

Olhei para Laura e nós não tínhamos reação.

Me deu um branco completo e não consegui pensar em nada.Estávamos nesse dilema,quando um carro parou ao nosso lado e dele desceu o Manoel.

–O que aconteceu?Ele perguntou.

–Ela vai ter o bebe e a gente precisa leva-la para o hospital.

–Vamos, eu levo vocês.

Colocamos Aline no carro e fomos em direção ao hospital. Ela foi deitada no meu colo no banco de trás e eu fui a ajudando com a respiração.

Logo chegamos e ela foi direto para sala de parto. Meia hora depois, o medico apareceu e disse que ela tinha dado a luz a uma menina e o mais estranho, ele disse que ela queria me ver.

Bati na porta.

–Entra. Ouvi uma voz fraca.

Entrei e encontrei Aline com a bebe no colo.

–Oi. Falei tímida.

–Oi, vem aqui, vem ver minha filha.

Aproximei-me da cama e olhei para o pequeno ser que ela tinha nos braços. Era linda, branquinha com olhos negros que mais pareciam jabuticabas, olhos do Roger.

–É linda sua filha.

–Linda... Mas eu te chamei aqui, porque queria te dizer uma coisa.

–Aline...

–Escuta luna, eu sei que agi mal, menti para o bruno, mas eu estava desesperada, grávida e fiquei com medo e alem disso eu gosto do Bruno, então pensei que não ia ter mal nenhum nisso,mas é claro que eu estava errada ,desculpa.

–Tudo bem, não precisa pedir desculpa pra mim.

–Eu tenho que pedir desculpa sim, eu atrapalhei todo o lance entre você e o Bruno, mas saiba que ele nunca chegou a gostar de mim como eu sei que ele gosta de você, ele te ama, sempre amou e acho que você devia ir atrás dele.

–Eu vou.

–Então vai.

–Tchau.

Sai do quarto com o coração mais leve, afinal de contas Aline não era tão mal como pensei. Mas antes de ir ao encontro do Bruno, tinha uma conversa que eu tinha que ter. Uma conversa com o Manoel.

Caminhei ate a saída do hospital e o encontrei encostado no carro. Ele não tinha ido viajar e ainda tinha ajudado a levar a Aline,realmente eu não merecia ele,não merecia tudo o que ele fez por mim.Como eu queria poder voltar no tempo e ter parado o nosso namoro,assim eu não o faria sofrer e não sentiria toda essa culpa.

–Porque você não esta indo para nova York?Perguntei quando me aproximei.

–Eu não podia ir sem antes tentar te fazer mudar de ideia.

–Desculpa, mas eu acho que isso vai ser difícil.

–Eu sei, mas não custa nada tentar. Ele abriu um sorriso sincero e eu acabei sorrindo também.

–Acho que essa sempre foi uma batalha perdida.

–Não é assim, eu poderia ter me apaixonado por você, você é uma pessoa maravilhosa e merece...

Ele colocou o dedo indicador entre meus lábios.

–Não, não diga que eu mereço alguém especial, isso seria injusto, porque eu já encontrei uma pessoa especial, mas ela não me quer.

–Desculpa.

–Tudo bem.

–Tudo bem, mesmo?Você não esta com raiva de mim?

–Eu não posso ter raiva de você, afinal, você sempre foi sincera.

–Será que a gente ainda pode ser amigos?

Eu sei que isso é egoísmo da minha parte, mas eu gostava do Manoel e ia adorar o ter na minha vida.

Ele sorriu,mas não respondeu minha pergunta,apenas disse.

–O Bruno é um cara de sorte.

Ele me olhou por mais alguns segundos antes de subir no carro.

–Adeus Luna.

–Tchau.

Ele era um cara especial, mas não era por ele que me coração batia.

E agora sem mais interrupções e hora de ir atrás do cara de sorte.

Liguei, mas deu caixa postal. Liguei na casa dele e a mãe disse que ele não estava.

Pensa Luna. Onde o Bruno pode estar?Olhei para o céu e vi um sol fraco no horizonte. Sol!É isso!

O taxi me deixou apenas no começo do morro e eu subi o resto do caminho correndo. Minhas pernas e meus pulmões que não estavam acostumados com aquilo, quase desistiram, mas eu não ia desistir tão fácil.

Finalmente cheguei ao topo e logo avistei o carro do Bruno e ele estava deitado no capo olhando para as ultimas faíscas de sol que ainda restavam no céu.

–Brunoo! Gritei e ele se levantou num pulo.

Nossos olhos se encontraram.

–Luna?

–Oi. Aproximei-me dele.

–O que você esta fazendo aqui?

–Eu estou aqui, porque apenas uma vez na vida você encontra alguém que faz o seu mundo virar como você fez, apenas uma vez você conhece alguém que te anima quando você esta mal, que te arranca sorrisos bobos no meio do dia, que esta sempre ali quando você precisa e mesmo que você queira desesperadamente se afastar e esquecer essa pessoa, você sabe que isso é impossível porque você quer essa pessoa com tanto desespero que chega pensar que já esta ficando louca, estou aqui porque você tem apenas uma chance de viver um grande amor na vida e eu não quero perder essa chance,eu não quero viver sem o meu grande amor,não quero e não posso viver sem você.

–É serio isso?

–Claro que é.

Ele me abraçou com os olhos cheios de lagrimas.

Choramos e nos beijamos. Finalmente aquela boca estava na minha.

–Eu não acredito que você deixou o Manoel, mas você sabe que ainda tem a Aline entre nós. Ele falou quando nos afastamos.

–Não, não tem mais nada entre a gente.

–O que você quer dizer com isso?

–Depois eu explico, o que me importa agora é ficar com você.

–Eu te amo Luna. Ele abriu aquele sorriso, aquele capaz de fazer o meu coração parar e bater mais rápido ao mesmo tempo.

–Eu também te amo.

Beijamos-nos mais uma vez. Agora com mais calma.

–Pena que você perdeu o por do sol.

–É uma droga mesmo, mas acho que ver o nascer do sol também seria lindo.

Os olhos deles brilharam de expectativa.

–Acho que qualquer coisa com você seria maravilhoso.

Estávamos ali, naquele lugar lindo. Eu e o meu melhor amigo, que também é meu amor e eu soube que não tinha nenhum lugar no mundo onde eu fosse ser mais feliz do que ao lado dele.


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