A Vida escrita por EuSemideus


Capítulo 26
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

Gente , nem demorei. Estava feliz e fiz esse cap pra vcs. Tem umas coisas q vcs vem me pedindo , mas n vou dizer aki . Leiam pra saber .Até lá em baixo !



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Capítulo 26

Teseu

Tess se apoiou no parapeito do barco. Tudo tinha acontecido tão rápido, ele mal tivera tempo de raciocinar.

Logo depois das meninas ouvirem a profecia, todos foram reunidos na Casa Grande e uma coisa ficou clara: a profecia era para todos eles. No início Quíron protestou, ele não queria deixar que os gêmeos fossem, dizendo que, desde o início, eles não estavam incluídos. Mas Alex, que por algum motivo estava mais estressada que o normal, disse que seus pais estavam sumidos e que eles se encaixavam sim na profecia.

Mas o problema não era só esse. O principal era : como doze adolescentes, todos descendes diretos ou indiretos dos deuses, se locomoveriam sem atrair todos os monstros dos Estados Unidos? O resposta era: por mar ou pelo ar. Por mar seria mais fácil, mas as pistas que Nico e Thalia encontraram levavam para o centro do país, o que queria dizer, sem mar. Mas como eles iriam pelo ar ? Os únicos que podiam voar eram Lara e James.

Quem deu a reposta foi Amanda. Seu pai, Leo, tinha várias "máquinas" voadoras, mas ela só sabia pilotar uma, a mais antiga, o Argo II. E assim foi. No fim tarde eles já estavam dentro de um navio voador indo em busca de seus pais.

Tess sentiu o vento em seu rosto. Não se sentia muito bem no ar, mas só o fato de estar em um barco já o acalmava. Ele pensou em seus pais. Só queria que eles estivessem bem. Não era justo que eles tivessem que passar por mais coisas, já tinham sofrido muito na vida. Não era justo que sua mãe, sempre tão gentil e carinhosa, mesmo quando se irritava, estivesse presa, sendo torturada em algum lugar. Não era justo que seu pai, seu conselheiro, seu amigo mais brincalhão, tivesse sido sequestrado por um monstro por vingança por uma coisa que ele tinha feito para ajudar os outros. Não era justo que nenhum deles ali, naquele navio, estivesse sem seus pais. E se tinha uma coisa que Tess havia decidido ,era que traria todos de volta, ou seu nome não era Teseu Jackson.

A noite já tinha caído e todos ido para suas camas, Tess resolveu seguir o exemplo dos outros. Foi para seu quarto, tomou seu banho e trocou de roupa. Antes de dormir, sentou na cama e segurou sua esfera de bronze celestial, sua espada, Maré, como seu avô chamava. Ele segurou a esfera e fechou os olhos. Mentalmente chamou seu pai. "Pai", sem resposta, "Pai", nada. Nada como sempre. Mas dessa vez ele não se importou, continuou falando. "Pai, não sei se você está me ouvindo, mas nós saímos em missão. Recebemos a profecia e estamos indo atrás de vocês. Por favor, cuide da mamãe e dos outros. Nós vamos encontra-los logo. Diga a mamãe que a amo, amo você também. Boa noite."

Ele sabia que aquilo era loucura, mas precisava acreditar que ele estava ouvindo, ele precisava do pai.

Tess se deitou e fechou os olhos. Quando já estava quase dormindo, ouviu um grito. Ele levantou em um pulo e saiu do quarto. Tess percebeu que o grito vinha do quarto ao lado do seu. Era o quarto de Bia. Ele transformou a esfera em espada e abriu a porta. A raiva tomava conta dele. Se tinham três pessoas com quem ninguém podia mexer, essas era sua mãe, sua irmã e Bia. Ninguém mexia com o que era seu, ou com o que seria.

Mas para a surpresa do garoto, não tinha ninguém no quarto. Bia se revirava na cama gritando a plenos pulmões, ela estava presa em um pesadelo.

Tess fechou a porta para não acordar os outros e correu até a amiga. Ele transformou a espada em esfera, e sentou na cama.

– Bia! Acorde! - ele chamava sacudindo seus ombros.

A garota sentou na cama em um pulo e abriu os olhos. Sua respiração era rápida e descompassada. Ela suava e seu rosto demonstrava pavor, mas não foi isso que impressionou Tess. O que o deixou completamente desnorteado foram os olhos da garota. Eles, normalmente castanho claros com pequenos pintas verdes, um tom calmo e sereno, mas naquele momento estavam verdes, completamente verdes. O castanho havia sumido e no lugar dele um verde tempestuoso havia surgido.

A garota, por um momento,fitou Tess assustada, mas então seus olhos encheram d'água e ela abraçou o amigo, chorando copiosamente em seus peito. Tess, ainda meio desconcertado, passou os braços envolta de Bia e a trouxe para junto de si. Ele subiu completamente na cama e a trouxe para seu colo. Bia estava agarrada a ele como se tivesse medo que ele sumisse e suas lágrimas molhavam a camisa do garoto, mas ele não se importava, só queria que ela ficasse bem.

Bia

Bia estaria envergonhada se fosse qualquer outra pessoa. Ela ficaria totalmente constrangida de chorar como uma criancinha na frente de qualquer outro, mas não de Tess. Ele era seu melhor amigo. Ele não a julgava, só a protegia. Era por isso que ela chorava, não queria perde-lo. Ela não podia perde-lo !

Ela vinha tendo sonhos, mas aquele sem dúvida tinha sido o pior.

" Ela era uma observadora, como um fantasma, não podia interferir, como em todos os sonhos.

Tess estava sozinho. O lugar era completamente preto. Do que pareciam ser as paredes, eles apareceram. Eram dezenas, centenas, milhares! Tess simplesmente travou quando os viu. Eles se arrastavam em direção ao garoto, que os fitava apavorado. Bia gritava para que ele corresse, mas ele não a ouvia, ela não estava lá , só estava observando.

Eles foram se aproximando até que o alcançaram. Tess gritava. Eles o derrubaram no chão e cobriram todo o corpo do garoto. Bia chorava e gritava, a todo custo tentava convencer a si mesma que era tudo um sonho, mas algo lhe dizia que aconteceria se ela não impedisse.

Quando Tess já estava todo coberto, o maior de todos chegou. Ele deu uma gargalhada maléfica e assustadora.

– Você vai pagar pelo que seus pais fizeram - ele disse, mas aquela voz era diferente , era profunda, Bia não conseguia descrever - Qual é o melhor jeito de ferir um pai, se não matando seu filho?

Dito isso, ele , o maior, desceu uma coisa afiada sobre o peito do garoto. Tess gritou e Bia gritou junto com ele, então acordou."

Agora ela chorava. Ela precisava fazer alguma coisa! Ele não podia morrer! Aos poucos ela foi se acalmando. O cafuné em seus cabelos, os braços a rodeando, a batida do coração em seu ouvido, o cheiro que ele tinha, o calor de seu corpo... Isso foi o bastante para acalma-la.

Quando o choro cessou totalmente, ela se afastou um pouco de Tess. Ela levantou a cabeça e viu que o garoto a fitava preocupado.

– O que aconteceu? - ele perguntou colocando uma mexa de seu cabelos atrás de sua orelha.

– Eu tive um pesadelo - ela respondeu com voz fraca.

Tess deu um suspiro.

– Disso eu sei - ele disse - Não é a primeira vez, não é?

Bia fitou Tess. Sua mãe era a única que sabia de seus sonhos, ela também os tinha, mas ela não estava lá. Aquele era o Tess, se ela não pudesse confiar nele, em quem confiaria?

Bia respirou fundo.

– Não, não é a primeira vez.

– Por que você nunca me disse ?

– Não queria te assustar - ela disse e ele a fitou confuso - Meus sonhos são como premonições. Eu sabia que nossos pais iam ser sequestrados, mas não consegui avisa-los à tempo. Eu acho que minha mãe também sabia. Eu sonho com o lugar onde eles estão e .... Eu sei porque a Alex esta tão nervosa.

Tess a fitou surpreso.

– Você é como o oráculo - disse Tess.

– Não - ela afirmou - O oráculo diz o destino das pessoas, coisas concretas, que não podem ser mudadas. Eu vejo uma possibilidade, uma coisa que vai acontecer se ninguém interferir, se ninguém agir.

Tess assentiu.

– Mas com o que você sonhou que foi tão ruim ?

Os olhos de Bia encheram de água novamente. Ele ficava assustada só de pensar no sonho. Tess percebeu o estado da garota e a abraçou novamente.

– Não tem problema, você não precisa contar - ele a tranquilizou - Mas fique sabendo que o que quer que seja, eu não vou deixar acontecer.

Bia assentiu e se agarrou mais ao garoto. Depois de um tempo, ela levantou a cabeça e o fitou.

– Dorme comigo? - ela perguntou com a maior inocência possível.

Tess sorriu e assentiu . Ele deitou os dois, os cobriu e a puxou para junto dele. Bia apoiou a cabeça no peito do garota e inalou o cheiro que vinha dele. Ela olhou em seus olhos, um cinza bonito, como o céu em um dia nublado. Então fechou os olhos e dormiu, sabendo que se ele não estivesse ali, teria passado a noite em claro.

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Bia, assim que acordou, se lembrou do sonho. Seu coração disparou e ela estava prestes a chorar, quando sentiu algo se mexer, erguendo sua cabeça levemente e a assentando. Ela se lembrou da noite anterior. Era Tess, ele estava bem, tinha dormido ali com ela para que ela se sentisse melhor.

Bia se aconchegou mais junto a ele e sentiu o braço que rodeava sua cintura, a apertado levemente. Ele ainda devia estar dormindo. Bia, sem olhar no rosto do garoto, contornou seus músculos com os dedos e acariciou de leve seu peitoral. Ela fechou os olhos e inalou seu cheiro. Ficou parada ali, naquela posição, aproveitando o momento, até que sentiu uma mão acariciar seus cabelos.

Tess

Tess acordou pouco antes de Bia. Ela a observou dormir tranquilamente e se perguntava o que a tinha apavorado na noite anterior. Ele ainda lembrava de seus olhos, completamente verdes.

Bia se aconchegou junto a ele, aparentemente em seu sono, e ele apertou um pouco sua cintura. Percebeu que ela havia acordado, quando sentiu suas delicadas mãos acaricia-lo e soltou um suspiro.

Tess resolveu que estava na hora de mostrar que estava acordado, e acariciou os cabelos da garota. Ela levantou a cabeça e olhou em seus olhos. Tess suspirou de alívio. Estavam castanhos.

– Dormiu bem? - ele perguntou.

Bia assentiu e se sentou. Tess sentou ao seu lado, e passou a mão pela cintura dela novamente. Ela o fitou surpresa, mas não saiu do abraço.

– Obrigada - ela agradeceu - Você sabe .... Por ter dormido comigo.

Tess abriu um sorriso.

– Não foi nada - ele garantiu - Mas você pode me dizer com o que sonhou?

Bia respirou fundo e abaixou os olhos.

– Vo-você - ela respirou fundo novamente - Você morria.

Tess arregalou os olhos. Bem, isso não era bom. Eles iriam impedir aquilo, tinham que dar um jeito.

– Mas você ficou daquele jeito por minha causa? - ele perguntou surpreso.

Bia abaixou a cabeça envergonhada e corou. Tess não pensou, só agiu. Ele segurou o queixo dela com a mão e a beijou. De início ela se surpreendeu, mas logo retribuiu o beijo. Tess a trouxe para mais perto e a abraçou mais forte. Ele sentiu os dedos de Bia percorrerem seu cabelos e acariciou a bochecha dela. A sensação era maravilhosa. Ele se sentia vivo, completo, feliz, não queria parar de fazer aquilo nunca mais. Mas quando o oxigênio se fez presente, foram obrigados a se separar. Bia o fitava atônita.

– Tess... - ela começou , mas ele a beijou novamente calando-a.

Esse beijo foi rápido e casto. Tess olhou a garota nos olhos e segurou seu rosto.

– Vai ficar tudo bem - ele garantiu.

Então se levantou da cama e saiu do quarto.

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Alex

Alex olhou para o chão metros abaixo dela. Se ela tinha medo de altura? Bem, um pouco, mas não o bastante para impedi-la de voar.

Alex estava muito preocupada com a mãe. Ela e seu pai eram os únicos que sabiam.

Alex tinha um lado muito parecido com o pai. Um lado que quase ninguém conhecia. Um lado compreensivo, bom ouvinte. Um lado que sua mãe utilizava para desabafar quando Annabeth estava muito ocupada para ouvi-la.

Ela tinha sido a primeira a saber da gravidez da mãe. Ela não sabia se estava mais com raiva ou preocupada. Ela sabia que estava grávida, por que raios saiu naquela missão?!

Alex ouviu um movimento na parte debaixo do navio. Estava na hora falar com os outros.

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Autora

Annabeth não sabia se estava agradecida ou brava. Sabia que Thalia tinha arriscado a vida para salva-la, mas , pelos deuses, ela estava grávida! Podia ter perdido o bebê no caminho e agora ali também!

– Annie - Piper colocou a mão no ombro de Annabeth, que andava para lá e para cá na cela.

– Ela vai ficar bem - garantiu Piper - Nós vamos ficar bem.

Annabeth sentiu todo o pessimismo sair de si e relaxou. Eles iam ficar bem.

Piper não se sentia muito bem em usar charme com a amiga, ma era necessário, ela estava muito nervosa. A verdade era que Thalia não acordara desde o dia anterior. Mila garantira que ela estava bem, mas Nico e Annabeth não pareciam acreditar nisso.

O primeiro passava todo tempo cuidando da garota desacordada, enquanto Annabeth se culpava pela amiga estar naquele estado.

– Pessoal - chamou Nico - Acho que ela está acordando.

Todos se amontoaram ao redor de Thalia. Jason segurou uma se suas mãos e Annabeth a outra.

– Lia - chamou Nico - Lia.

Thalia abriu os olhos vagarosamente. Nico abriu um sorriso de ponta a ponta e Jason suspirou de alívio.

– Eu disse que íamos encontrar eles - ela se gabou com voz fraca.

Lágrimas brotaram dos olhos de Annabeth e ela abraçou a amiga.

– Sua idiota! - ela ralhou sem soltar Thalia - Você podia ter se matado e o bebê junto !

Annabeth se afastou e Thalia arregalou os olhos. Ela colocou a mão sobre a barriga e fitou Nico assustada.

– Ele.... - ela começou .

– Ele está bem - garantiu Mila.

A filha de Zeus suspirou e assentiu.

– Eu tenho uma coisa muito importante para falar - disse Thalia atraindo a atenção de todos - Estou com fome.

Todos deram uma gargalhada, coisa que não faziam desde que tinham chegado ali.

– O almoço deve chegar logo - disse Mila - Já devem ser quase mei....

Os olhos dela viraram para trás e ela desmaiou. Lucas a segurou antes que caísse e fitou os outros, pedindo ajuda. Mas ninguém sabia o que fazer, ela nunca tinha feito aquilo.

Depois de dois minutos de tensão, principalmente de Lucas, que naqueles minutos tinha até pensado em perder a esposa, Mila acordou.

A respiração acelerada e os batimentos a mil.

– A profecia - ela disse ofegante - A profecia foi dita.

– E as crianças? - perguntou Hazel preocupada.

Mila a fitou séria.

– Estão vindo atrás de nós.


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Notas finais do capítulo

Gostaram ? Acho q sim. Olha , eu até faria notas maiores , mas a preguiça ta batendo , então : reviews, favoritos, recomentações ! eh sério , comentem ! Até a próxima , EuSemideus