Hermione POV

Era véspera de Natal, e poucos estudantes haviam ficado em Hogwarts. Hermione não se sentia nada bem naquela manhã, e para piorar, Lilá estava ali, sentada ao seu lado com Ron enquanto Harry, como de costume, babava na Gina que estava sentada com o Dino.

Tire suas patas do meu Ron... Ela pensou.

– Vamos Ron-Ron, temos que ir a hogsmeade comemorar! – e como se só para irritar Hermione, Lilá tascou-lhe um beijo que pelo o que parecia, foi bem retribuído.

– Nojento não? – disse a voz ao seu lado que fez os pelos de sua nuca eriçarem.

– Malfoy, o que está fazendo na mesa comunal da Grifinória? – ela perguntou.

– Por que, Granger? Tem medo de seus amigos descobrirem que você tem andado ás escondidas comigo, hein? – ele sorriu maliciosamente.

– Como você consegue fazer tudo que sai da sua boca parecer ruim? – disse Hermione revoltada.

– Sabe Granger, tem coisas que saem da minha boca que não são tão ruins assim... Se você quiser, eu posso te mostrar mais tarde... – ele lançou um sorriso travesso e deixou um pequeno papel cair no colo de Hermione.

– Draco, desde quando você se socializa com grifinórios sangues ruins? – perguntou Pansy Parkinson olhando com desprezo para Hermione. – Temos um compromisso, se lembra?

– Saia daqui, Pansy. É um assunto pessoal. – grunhiu Draco que em seguida sussurrou baixinho para Hermione. – Mantenho o que eu disse sobre você ser melhor do que ela, Granger. Adorei a camisola.

Ele lançou uma piscadela para Hermione e saiu com Pansy atrás dele.

Hermione ficou enjoada, só de imaginar o tipo de compromisso que Draco teria com Pansy.

Draco POV

– O que você estava falando com aquela sangue ruim, Draco? – perguntou Pansy enquanto eles caminhavam para o quarto de Draco.

– Não te interessa. – Draco cuspiu.

– Tudo bem então... – disse Pansy entrando no quarto de Draco. – Vamos tirar esse seu estres, Draco...

– Pansy... Não. Eu não tô com cabeça pra isso hoje. – reclamou Draco enquanto Pansy tentava tirar a camisa dele.

– Que bom... Não é necessário ter cabeça para fazer sexo. – ela ainda tentava tirar a camisa de Draco.

– Parkinson, eu disse não. Hoje não, você me ouviu? – Draco gritou, estressado.

Pansy o olhou com desdém.

– Ah, Draco, você anda muito estranho ultimamente... É por causa da Granger, é? – Pansy o provocou.

Draco perdeu o controle. É claro que não era por causa daquela sangue ruim idiota! Era simplesmente o fato dele ter que matar o diretor da escola! Simples assim. Mas é claro que ele não poderia contar isso á Parkinson.

– É claro que não, sua idiota! Eu só não estou com vontade de transar com uma puta feito você hoje! – Ele esbravejou.

Pansy o olhou, com desprezo.

– Ah, então é isso que você pensa de mim, Malfoy? – ela perguntou furiosa.

Draco a olhou indiferente.

– É o que eu penso de você e de todas as outras sonserinas que já dormi. – disse ele provocando-a.

Pansy estava com os olhos lacrimejantes.

– Então não me procure mais, Malfoy! – e dito isso fechou a porta num estrondo.

– Tudo bem... – Draco murmurou para si mesmo.

Nada mais lhe importava. Sua vida acabara quando ele fez sua promessa. Quando ele virou um Comensal da Morte.

O que o levou a pensar em como Granger sabia. Claro que ela poderia apenas ter suposto pelos seus antecedentes, mas quando ela o disse, ela parecia estar certa disso.

Claro que ele teria que fazê-la se calar. E ele teria que ser um pouco... Convincente.

Um plano já se formava na cabeça de Draco... E aquele era um dos seus melhores.

Draco deixou seu quarto ainda não se importando com Pansy.

Ela que se foda, pensou enquanto caminhava sem rumo pelos corredores de Hogwarts e só conseguia pensar em uma coisa.

– Granger... – Ele se pegou dizendo. A morena era sua única opção, afinal ele precisava executar aquele feitiço corretamente se não quisesse ser morto e ver sua família morrer.

Como se Merlin o ouvisse, Granger apareceu nos corredores, como sempre abarrotada de livros.

Draco olhou o corredor. Estava deserto.

O loiro começou a andar mais rápido, ao encontro de Granger e deu-lhe um esbarrão proposital fazendo os livros da garota caírem.

– Olhe por onde anda seu... – Hermione o encarou, o sorriso em seus lábios desaparecendo.

Draco lançou-lhe um sorriso maroto.

– Olá Granger. Senti sua falta.

Hermione POV

A morena andava pelos corredores vazios de Hogwarts. Ela acabara de sair da biblioteca com cinco livros de feitiços da sessão reservada.

Ela começara a pensar em qual tipo de feitiço Draco queria aprender e com certeza tinha que ser magia das trevas, então resolveu pesquisar, afinal ela tinha que fazer algo de útil com seu tempo já que Lilá parecia tentar engolir Ron cada vez que se aproximava e Harry não lhe dava atenção porque ficava babando em Ginny.

Hermione caminhava lentamente pelos corredores quando alguém lhe deu um belo esbarrão.

Meu Merlin! Sra que ninguém mais tem um pingo de educação? Ela pensou consigo mesma e virou-se para encarar quem havia deixado seus livros caírem no chão.

– Olhe por onde anda seu... – A voz da garota ficara no ar e seu sorriso desaparecera ao ver que Draco Malfoy sorria maroto para ela.

– Ola Granger. Senti sua falta.