In the flesh escrita por Mean, SheWolf, Paperback Writer


Capítulo 28
Emboscada


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas!
Desculpa a demora, culpa da minha memória não boa e da falta de tempo. Por sorte as meninas me lembraram de postar agora.
Avisos sobre esse cap: pra quem ama nossa diva maior como eu fique feliz Moriarty is back!

Até daqui a pouco - Miin



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POVs Nick Willians

Os dias depois do meu noivado estavam passando lentamente, algo me incomodava eu sentia um vazio. Nenhuma de nós ficou bem depois do que aconteceu na sala do Faster, os garotos seguiam suas vidas, mas tentavam nos animar. James estava sendo super compreensível, vez ou outra nós saiamos ver as coisas para nosso casamento, minha atual única fonte de distração e alegria. Em uma dessas vezes, na volta, paramos em uma sorveteria, depois de fazermos os pedidos fomos para o caixa onde se iniciou uma pequena discussão sobre a conta:

—Deixa amor, eu pago você — Não o deixei continuar.

—Eu o que James? Eu vou pagar o meu, não preciso de caridade! — Retruquei meio grossa.

—Desculpe, não queria te ofender, nós vamos nos casar, somos um time. — Ele tentou consertar.

—Eu pago! Eu posso cuidar de mim. — Disse firme e me aproximei meus lábios de sua orelha. — E eu atiro muito melhor que você. — Sussurrei.

Paguei a conta e sai, encarei um pouco a placa oferecendo um emprego, depois segui acelerada pra casa, por sorte a sorveteria ficava algumas quadras do nosso prédio. Obviamente quando cheguei, o carro de James já estava estacionado do outro lado da rua, ele estava encostado no beiral da grande porta de entrada:

—Olha vou ser sincero, nesses últimos dias eu venho tentando ser compreensível, mas você como sempre age como se fosse a rainha do mundo, tenho novidades: você não é!. — Ele me encarava com um olhar que eu nunca tinha visto. — Pode ser a rainha do meu mundo, só que na vida real isso não conta muito. Você é um ser humano Nicole, pode cometer erros e pode sim aceitar ajuda, principalmente se ela vier do seu futuro marido e da sua única família. — A firmeza em suas palavras era algo novo para mim, geralmente eu é quem dou as cartas.

—Por que você está berrando comigo, tá pensando que sou uma criança ou algo assim? — Mandei seca.

—Ah você está agindo como uma, poxa Nicole sou um trouxa por você e mesmo assim parece que nada tá bom. — Ele falou magoado.

—Ah é estava demorando pra você se fazer de vítima foi sempre assim, vai ver não sou garota pra você mesmo, vai correndo atrás de outra patricinha interesseira, na sua legião de fãs, com certeza, terá uma idiota pra lamber o chão que você e sua bandinha pisam. — Retruquei grossa, foi impulso.

—Nossa! — Sua expressão era de decepção, junto a mágoa. — Logo você que sabe o quanto me esforcei pra alcançar tudo isso me dizer isso assim tão seca. — Seus olhos brilhavam, talvez por causa de lágrimas.

—Desculpe. — Respirei fundo.

—Agora é fácil se desculpar. — Ele encarava o chão, não queria olhar em meus olhos.

—Eu não tenho mais um emprego, não tenho no que descontar minha raiva ou energia. Não entro em uma luta corpo a corpo a séculos e não sei por quanto tempo minhas economias e a das meninas vai durar. Quando Faster me tirou da — Mais um suspiro. — Cadeia junto com as meninas ele me deu conforto e total controle sobre minha vida, eu nunca mais passei por perrengue e nunca mais me humilhei pra ninguém, não vou voltar a fazer isso. — Desabafei, arrependida pela discussão.

—Você nunca mais vai passar por aquilo e não precisará se humilhar, já disse, somos um time. Jace eu e Keith nunca vamos deixar vocês sozinhas. Só, por favor, pare de agir como se fosse um general todo o tempo. Eu te amo, mas o amor não pode solucionar tudo, tome mais cuidado da próxima vez. — Finalmente ele me olhou nos olhos novamente.

—Você sabe que te admiro, eu sou sua fã número um, seja como assassino, cantor, ator, amante para mim você é o melhor. — Eu o encarei segurando seu queixo, o puxei para um abraço longo, por fim ele me beijou.

—Aceito suas desculpas, também já erre feio contigo. Só não sei como vamos resolver isso agora. — Ele me abraçou mais uma vez.

Aquele abraço foi reconfortante, porém não era mais tão eficiente para me isolar do mundo ou dos problemas. Eu tinha perdido minha zona de conforto, eu precisava de algo mais, me sentir útil. “Mas e se?”

—Eu vou arranjar um emprego!

[…]

—Você quer nos arranjar empregos? — Lola tinha os olhos arregalados, James sentado no sofá não segurou o riso.

—Eu entendo Nick, mas tem uma questão que não posso deixar de ressaltar: O que poderíamos fazer? Não nos formamos em faculdade, terminamos o ensino médio e depois era treinamento integral. Acho que saber lutar, dar tiros certeiros e ser uma CDF não me qualifica pra muita coisa. — Eleanor discursou.

—Livros, você ama livros não? — Ela assentiu. — Talvez uma biblioteca, ou uma loja de livros. — Insisti.

—Bom! Talvez o que aconteceu seja uma oportunidade de termos uma vida normal. — A morena refletiu.

—Okay! E eu, quer que eu seja o que, uma stripper? Sou boa nisso. — Lola zombava.

—Na verdade tem uma sex shop procurando uma vendedora no jornal. — Respondi.

—Isso é sério? — Sua expressão era de choque.

—Você tem um dom, tem que compartilhar com as inúmeras encalhadas da fria Londres, ajude a esquentar as coisas.

—Você está brincando? — Lola me olhava de um jeito inexplicável.
—Ok. Chega de discussão, na verdade eu tive uma ideia, que completa a da Nick e eu considero muito melhor.

—E qual seria gênio? — Perguntei fazendo voz de irritação.

—Por que vocês não vão em algumas missões conosco? Dividiríamos o cachê e vocês ficam como os “cérebros das operações”. — Ele parecia empolgado.

—Acho um bom jeito de nos distrairmos. — Lola disse.

—Além de tudo é na nossa área e sei que vocês não ganham mal. — Els pareceu entusiasmada com a ideia de comandar operações.

—Eu queria algo mais independente, mas se é para o “bem da nação” vamos lá.

—Ótimo! Vou conversar com Jace, tenho certeza que ele vai concordar. — Ele disse e meu deu um beijo.

A ideia na verdade deu muito certo, voltamos para o universo onde fomos criadas para viver. Com a nossa ajuda a dupla “J” ganhou mais eficiência e mais mérito na AMI. Sanders tinha orgulho dos seus meninos e nem desconfiava da ajudinha que estavam recebendo.

Mais uma missão, quando Jace a recebeu logo reuniu todos nós, essa missão era arriscada, precisávamos matar 7 alvos ao mesmo tempo, em uma festa de gala e sem perder a discrição:

—Todos estaremos em campo, simples. — Eleanor respondeu Jace, ajeitando seus óculos.

—Nesse caso precisamos de disfarces, não posso expor minha imagem em uma festa, podem me reconhecer, o que só vai deixar mais difícil. — James logo se manifestou.

—Deixa comigo amor, sou ótima nisso.

—Ta Nick, mas eu que quero escolher meu vestido. — Lola me encarava.

—Keith vai junto? — Jace indagou.

—Sete vítimas contra seis agentes me parece bom.

—Ele não é agente James. — Eleanor interveio.

—Eu o treinei, ele já foi para uma missão internacional sozinho, vai conseguir se virar em grupo e a grana é boa.

—Quando ele chegar eu falo com ele. — Lola se prontificou.

—Deixa comigo ruiva. — Eleanor parecia não gostar da ideia.

No fim das contas estávamos os seis reunidos em trajes de gala, a tal festa era em paris para minha alegria e para a das garotas também. Jace foi quem pilotou o jato e depois de ganhar a briga com meu noivo Els ficou de co-piloto. Diga-se de passagem que estávamos muito elegantes, James agora estava loiro e com olhos azuis e sem sua barba, eu tinha cabelo castanhos volumosos e ondulados, olhos também castanhos, Lola era uma morena muito atraente, Jace não quis mudar nem Eleanor e Keith, não faziam questão de circular muito na festa.

Lola e Jace foram os primeiros a entrar no local, fugiram dos paparazzis, perdemos eles de vista assim que entraram no salão, contudo estávamos todos equipados com pontos e microfones. Eleanor e Keith entraram uns 15 minutos depois, mais dez minutos eu e James. A mansão era linda, repleta de lustres, muitos cômodos e grandes escadarias. O saguão estava mais calmo, no jardim havia uma tenda onde a festa tinha uma pegada mais baladeira, música eletrônica e luzes. Nossos alvos eram dois casais e mais dois caras, eram parte dos líderes uma grande quadrilha, mas alguns preferem tem o poder sozinho.

—Achei o casal Cianci, eles estão na mesa do coquetel. — Pude ouvir Lola.

—Os Morton acabaram de entrar na biblioteca, pela cena que vi já podem competir com você e Jace, Lolita. — Keith conteu um riso.

—James e eu ainda não achamos ninguém. — Disse com meu microfone ativado.

—Espere Nick, aquele lá subindo não é Scott Mayer? — James perguntou sinalizando para um moreno que já conhecia por fotos.

—Encontrei o Meyer e se minha intuição continua boa ele não está subindo a toa, algo está planejado para essa noite. — Disse no microfone.

—Jace conseguiu envenenar o copo dos Cianci, em alguns minutos eles estarão grogues a pergunta é, todos na mesma sala? — Lola tinha uma voz perversa.

—Eles são de uma quadrilha, todos sabem que são alvo, não precisamos esconder os corpos. — Els disse.

—Ok eu e James vamos subir, nossos outros dois homens seguiram o Meyer, vocês vão dar fim ao fogo na biblioteca?

—Pode deixar duas balas fazem o serviço. — Els afirmou.

Eu estava seguindo James, mas um pouco antes de chegarmos a escada fui puxada por uma garota bêbada:

—Jessy é você? Nossa quanto tempo amiga. Minha nossa tenho que te mostrar pro Brian. — A garota foi me puxando, não consegui me desvincilhar por causa do monte de pessoas, olhei para James e fiz sinal para ele continuar sozinho.

Demorei alguns instantes para esclarecer para a garota de que não era tal Jessy, na verdade só me libertei depois que ela vomitou nos sapatos de luxo de alguém.

—Voltei a ativa, como vocês estão?

—Nosso casal fogoso está no chão, o silenciador foi eficiente, ninguém me viu entrando e Keith fez um bom serviço como vigía. “Super discreto” — Eleanor comunicou com certa ironia no fim.

—Jace está fingindo ser amigo dos Cianci, dando uma de cavalheiro dizendo que vai levá-los pra casa, já já podemos dar fim biblioteca também?

—Okay! James onde você está? — Perguntei, mas não obtive resposta. — James?

—James seu viado onde você está? — Jace falou nervoso.

—Amor responde, por favor! — Eu já estava nervosa.

Acho que seu príncipe encantado não pode responder minha Cinderela.

—Essa voz… — Eleanor estava assustada.

—Moriarty está com ele! — Disse mais para tentar me tirar de choque do que pra me informar.

Subi as escadas depressa ouvindo em meu ponto os pedidos de calma. Calma era última coisa que eu tinha no momento. Havia uma bifurcação entre dois corredores, segui meus instintos, ala esquerda. Continuei andando passei por algumas portas, porém não entrei em nenhuma havia uma porta no fim do corredor, ela era meu objetivo. Tentei abri inutilmente estava trancada.

—Nick! Eu estou bem, ele só está apontando uma arma para mim. Você está na porta certa, mas acho que ele é um pouco sádico, quer que você tente a ventilação. — A voz de James soou no meu ponto.

Rapidamente achei o tubo, consegui subir com certa dificuldade, aquilo estava muito quente, bom a noite lá fora pedia aquecedores. Deslizei pelo tubo até achar o quarto de luz acesa, perdi a peruca no meio do caminho. Destravei a grade e pulei para dentro do quarto. James estava sentado em sua cama e aquele psicopata sorria para mim.

com um sorriso diabólico:

—Sempre apreciei um bom esconde-esconde, é uma brincadeira estimulante para as crianças. — Sua voz soou como sempre sem emoções. — Faz tempo que não nos vemos minha pequena.

—Eu já conheço seus jogos Moriarty, só me solte James seja lá o que você faz aqui ele não está envolvido — Murmurei contendo minha raiva.

—Não se preocupe Willians, não vou matá-lo, na verdade estou aqui em prol da sua felicidade. — Ele soltou James que se juntou a mim. — Ah é claro devo lhe desejar parabéns pelo noivado. Só quero reparar um engano, meu convite ainda não chegou e você não vai dispensar um convidado de honra que pode lhe dar um presente maravilhoso. As respostas, que você vem buscando durante todos esses meses. — Ele me encarou profundamente. — Caçada inútil, só arranjou mais perguntas.

—Você é mesmo muito doente de vir supor que poderá aparecer na minha cerimônia. Não me importo mais com esse jogo lunático, ou essa guerra entre você e Faster. Eu e as garotas estamos fora da empresa, não somos mais concorrência, não temos ligação nenhuma com ele e nem chegamos a conhecer Diana. — Quase gritei, a presença dele me deixa em um estado fora do comum.

Impressionante foi sua reação quando disse a última. Palavra pela primeira vez os olhos dele demostraram um brilho, sua expressão não era mais tão fria, eu quase podia ver mágoa em seus olhos.

—Irônico logo você dizer que não tem ligação nenhuma com nenhum dos dois. Todos nós sabemos que eu sou sua peça chave. O traidor do seu chefe não teve coragem de ser sincero com você e suas “irmãzinhas”. Eu comecei isso, Victória agora está com a mãe. Sou eu quem vai dar fim! — Agora sua fala tinha fúria.

—Com a mãe? O que sabre sobre nossa família?

—A pergunta deveria ser: O que você sabe sobre sua família? — Ele olhou fundo em meus olhos.

Nesse momento a porta foi arrombada por Jace, Lola entrou com a arma em mão e apontou para Moritarty que estava havia se aproximado da janela com minha distração, Eleanor entrou logo atrás seguida de Keith.

—Oh agora sim todos envolvidos, até esse projeto de historiador suicida, você na verdade me roubou algo que estimo muito, por sua causa sua namoradinha perdeu o emprego. — Ele lançou

um olhar a Keith.

—Chega de palhaçada Moriarty, quem é Diana? — Lola perguntou com ódio nos olhos e na voz.

— Eu dou as cartas, eu escolho o momento! Seus outros três alvos já estão mortos. Obrigada pela ideia civil e até o grande dia. — Ele pulou da grande janela.

—Parece que esse pesadelo só acaba quando unirmos as informações de Faster e Moriarty — Eleanor murmurou encarando o chão.

—Eu temo que isso aconteça mais rápido que imaginamos.— Respondi.

Eu tinha medo, meu casamento estava próximo, não falava com Faster a semanas e agora seu inimigo aparece nos incentivando a não desistir da história. Apesar do medo eu preciso chegar ao fim disso, ele envolveu minha família e depois de hoje acredito que isso está além de Vic ou de minhas irmãos adotivas. Farei o que for necessário pra entender como Moriarty afetou minha vida. Agora é pessoal!


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Notas finais do capítulo

Quem puder comentar, faça esse favor, estamos na reta final então precisamos mesmo saber o que vocês estão achando.

beijos e brigadeiro ;)



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