A-Next: Beyond Frontiers escrita por Joke


Capítulo 5
Elise


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, demorei mais que uma vida, mas explico isso nas notas finais.

Novamente teremos aqui uma nova narradora o/

Obrigada a mayday e Bee pelas recomendações, fiquei muito feliz :3

Boa leitura ;)



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Capítulo 5 – Elise Strange

Assim que cheguei à nossa base de operações, eu quase tenho um ataque cardíaco.

Está um verdadeiro caos. James, Erika, Mayday e Howard não param de discutir entre si, gritando uns com os outros e quase se matando enquanto tacam objetos nas paredes. Tudo havia me deixado sem reação, todavia, quando James levanta o sofá, eu decido intervir.

– Silêncio! – Com um movimento das mãos, eu congelo os quatro briguentos, tornando-os estátuas vivas. – Vocês vão me contar direitinho o que está acontecendo aqui, de maneira civilizada e pacífica, ok? – Olho para James. – E você, coloque o sofá no lugar.

Estalo os dedos, libertando-os da forma de estátuas enquanto salvo James de ser esmagado pelo sofá com um feitiço de levitação. Quando todos estão quietinhos, eu respiro fundo e tento usar um tom de voz mais calmo.

– Agora, podem me dizer o que houve para estourar essa revolução aqui dentro? – Mais olhares raivosos são trocados entre James e Erika; Howard e Mayday. – Se começarem a brigar de novo, eu vou chamar o Coulson, o Fury e os Vingadores pra resolverem toda essa confusão. – Eu os ameaço, e eles entendem que não estou blefando.

Odeio violência gratuita, principalmente essa que está ocorrendo entre os meus amigos.

– Bom, além de Howard ter sido um completo imbecil por só nos ter falado que Normie estava aprontando alguma depois que o maldito arruinou meu jogo... Ele acabou de causar a briga de casal do século.

Howard fuzila Mayday com os olhos.

– O que ela quis dizer é que além de obviamente ter um distúrbio psicológico de agressividade, James não havia mencionado um pequeno, e importantíssimo, detalhe sobre o seu passado.

Viro-me para James, esperando que ele me responda, mas está vermelho demais para dizer alguma coisa, então quem fala é Erika, no tom mais sombrio que eu já a ouvi alcançar.

– Ele se esqueceu de mencionar que a vagabunda psicótica que está andando com Normie é a ex-namorada dele.

– Eu já disse que Sin foi apenas uma fase! Ela é passado agora!

– E por que ela mandou “lembranças” dela pra você?!

– Epa, espera aí – eu os interrompo assim que farejo o cheiro de discussão. – Está me dizendo que a garota que Howard comentou é sua... ex?

– Por que a surpresa? Eu tinha uma vida antes de conhecer todos vocês! – James exclama, exaltado. – Mas que droga! Eu já disse que Sin e eu já não temos mais nenhuma ligação! Ela foi apenas uma garota que eu namorei há algum tempo, só isso!

– Então você vai encontrar suas namoradas num hospício? – Mayday questiona.

– O que foi que você disse? – Erika vira-se devagar para Mayday, encarando-a com um olhar raivoso.

Só então que a ruiva percebe que tinha formulado mal o comentário.

–E-erika, eu...

– E quem é você pra falar alguma coisa de mim?! Você é igualzinha a sua mãe.

É a vez de Mayday de arquear as sobrancelhas e observar a amiga com os olhos pegando fogo de raiva.

– O que você quer dizer com isso?

Erika se aproxima de Mayday, ficando frente a frente em um confronto mortal de olhares cortantes.

– Vai me dizer que não está louca para abrir as pernas pro seu namoradinho?

– Quem quer abrir as pernas pra quem? – A voz de Luke Barton faz todos nós nos virarmos para a sua pessoa. Ele está parado, apenas nos observando com os olhos arregalados.

– Onde você estava?! – Mayday, que está mais vermelha que um tomate, grita com ele, deixando o coitado ainda mais assustado.

– F-fui...

– Não importa, vamos sair daqui. – A ruiva agarra o pulso de Luke e o puxa para fora da base, sem nem ao menos se virar para encarar algum de nós pela última vez.

Depois da agressiva saída de Mayday, a base ficou em silêncio. Chateada com a briga, eu começo a lançar diversos feitiços para consertar objetos quebrados, limpar o chão e colocar os móveis no lugar.

– Não precisava ter dito aquilo – escuto Howard repreender Erika quando James vai arrumar uma das cadeiras da mesa de reuniões. – Foi bem baixo e desnecessário.

– Cala a boca, Howard – Erika responde rispidamente. – Não estou com saco pra ficar ouvindo você hoje.

– Ótimo, também não tenho obrigação de ser seu saco de pancadas. – Howard se levanta bruscamente do chão que estava limpando para sair da base.

– Howard, espera! Aonde você vai? – Pergunto-lhe, preocupada.

– Pra Val. – E sai da base sem olhar para trás.

Howard provavelmente está se referindo a Valeria Richards, a irmã mais nova de Franklin e uma das melhores amigas dele. Os dois se aproximaram muito nos últimos meses, se tornaram tão amigos que já era normal Frank e Howl irem embora juntos para a base de operações do Quarteto Fantástico no Edifício Baxter.

Se alguma coisa está rolando entre os dois, eu não faço ideia.

– Você também deveria ir pra casa – James vem para perto de mim, sugerindo-me num tom de voz baixo e morto. – Já ajudou muito com a bagunça aqui.

Penso em dizer que não me importo em ajudar, mas percebo que, na verdade, James quer ficar a sós com Erika. Seus olhos não param de mirar na figura emburrada da namorada, que parece que mataria alguém só com o olhar se pudesse.

– Vocês não vão se matar? Ou destruir a nossa base?

James me esboça um leve sorriso.

– Não é a minha intenção.

Mesmo receosa, eu tenho que dar um voto de confiança ao James. Ele é mais que um colega de equipe, é meu amigo, e sei que não fará besteira.

Digo adeus aos dois e estalo meus dedos, voltando para minha casa em menos de cinco segundos. Imaginava ir direto para o meu quarto, porém, meu feitiço de teletransporte acabou me deixando na biblioteca. Olho para os lados, sem entender o que eu fiz de errado na hora de conjurar o feitiço, mas não me lembro de ter feito alguma coisa diferente do que normalmente faço: mentalizar o lugar desejado.

– Olá, filha – viro-me assustada para encarar a figura do meu pai, o Dr. Strange, meditando. – Desculpa por ter te trazido aqui tão tarde da noite.

– Você mudou meu feitiço?

Ele assente devagar enquanto abre os olhos.

– Sim, queria falar com você antes de ir para a cama. Tudo bem pra você?

– Claro – sento-me numa poltrona próxima ao local onde meu pai levita, não conseguindo evitar de mostrar o quão aliviada estou por não ser culpada pela troca de lugares. – Algo errado?

Quando termino minha pergunta, meu pai aponta para um enorme livro de capa preta aveludada na estante especial e este, em resposta, vai para suas mãos.

– Lembra-se dele?

– Sim, é o livro sobre magia-negra que o Vigia deu ao senhor.

– Exato – e começa a folhear algumas páginas. – Lembra-se quando eu ensinei a você alguns desses feitiços? Que só deveriam ser utilizados em caso de emergência? - Franzo o cenho, tentando entender aonde ele quer chegar, mas meu pai não demora muito para ir direto ao assunto. – Você andou usando algum deles?

– Claro que não! – Mesmo confusa e um pouco magoada com a sua acusação, eu mantenho meu tom de voz firme. – Eu tenho plena consciência das consequências que eles podem trazer, pai. Por que me pergunta isso?

Stephen Strange sacudiu ambas as mãos no ar, fazendo algumas partículas de um pó negro desgrudar do meu corpo.

– Eu acredito em você – ele afirma com veemência. – Mas preciso descobrir como esses vestígios de magia-negra ficaram presos no seu corpo – meu pai para por alguns segundos, observando-me da cabeça aos pés. – Elise?

– Sim?

– Você saberia me dizer se algum dos seus amigos tem conhecimento sobre magia-negra?

Não respondo de imediato, apenas encaro meu pai, pasma.

– Está dizendo que...?

– Não posso descartar as possibilidades. Eu acredito em você, pois além de ser a minha aluna, é também a minha filha. Mas não posso dizer o mesmo dos seus amigos. Se alguém estiver mexendo com isso, eu vou pará-lo – Stephen Strange se vira pra mim. – E então, Elise? Posso contar com a sua ajuda?

Engulo seco, tentando absorver todas as informações que me foram passadas agora. Como seria possível alguém estar usando uma magia-negra tão poderosa bem debaixo do meu nariz? Será que algum deles, dos meus próprios parceiros de equipe, está brincando com esse tipo de magia? Se meu pai está certo ou não, isso é um trabalho meu. Para fazê-lo sozinha.

– Eu não sei de nada, pai. Não tenho ideia de quem possa estar se envolvendo com isso.

O Dr. Strange me encara por alguns segundos, lendo meu rosto. Conheço esse truque dele, e por isso mantenho minha expressão o mais amena possível. Depois de muito me analisar com o seu olhar clínico, ele me libera.

– Muito bem, acho que vou deixá-la dormir em paz agora. Boa noite.

– Boa noite, pai.


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Notas finais do capítulo

Seguinte galera, meu terceiro começou, e eu já to ficando louca. É matéria pra caralho (português claro), tenho doze aulas por dia, chego morta e moída em casa e praticamente sem tempo algum pra escrever. Então, por favor, a única coisa que eu peço de vocês é paciência. Sim, eu vou demorar tanto pra postar quanto pra responder os reviews de vocês, mas isso não quer dizer que eu não os leia. Eu vejo os comentários de TODO MUNDO e fico super feliz, porém, eu ando sem tempo pra responder, então aguardem....

É isso. Espero que tenham gostado, e nos vemos na próxima ;)