Mostre-me Amor. escrita por Bruna Vieira, Bianca Martins


Capítulo 7
Capítulo 5.


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!

Músicas: Adele - He won’t go;



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/461228/chapter/7

Domingo é um dia meio nostálgico. O fim de semana está acabando, fica aquela sensação de pré-segunda-feira, ressaca pós-diversão... É tudo lento, chato, ainda mais que tenho trabalho para terminar, dar um pulo na casa dos meus pais para almoçar e quando você parar para notar acabou o dia. Amanhã começa tudo outra vez e ao invés de voltar descansada, você volta mais cansada ainda.

Ontem deu a louca na Blair, ela fez tudo o que podia e não podia, mas não foi só ela. Ryan incentivou e participou tanto quanto, porém ele tem tolerância a álcool muito maior que ela, que nunca bebeu irresponsavelmente. Como dizem, tudo tem a sua primeira vez e a dela foi com estilo.

Flashback ON.

– Blair, acho que já deu por hoje né? – eu só estava esperando o momento dela colocar tudo para fora. Ela estava se achando quem? Abby Abernathy?

– Meeeg, eu só estou começando! – responde empolgada.

Ryan só ria e pedia mais rodadas de tequila. Pelas minhas contas ela já tomou quatro doses até agora.

– Vou ao toalete, você vai comigo? – tento enrolar ela.

– Claro.

– Se precisar de ajuda me chama – avisa Jamie. Ele não parou de flertar comigo a noite inteira. Confesso que adorei ter a atenção dele para mim.

– Ok, já volto – digo e Blair me acompanha meio tonta.

No toalete ela tira um celular do bolso da calça e parece estar ligando para alguém.

– Não é o Ryan não Andrew. É a prima dele! – Meu deus o que ela está fazendo?

– Se eu estou bêbada? Talvez, mas isso não é da sua conta. Eu só liguei para dizer que você é maluco, estúpido, imbecil e um ogro tipo Shrek sabe? Então é isso. Quem você pensa que é para falar daquele jeito comigo? Guarde as suas opiniões para você mesmo.

– Não interessa onde estou, adeus e espero não vê-lo de novo – diz desligando na cara dele.

– O que é isso Blair?

– Ah, isso estava engasgado, tinha que falar e falei.

– Tá... Vamos voltar para mesa?

– Vamos – diz já saindo e voltando para nossa mesa. Espero que ela não se arrependa amanhã.

A risada rolava solta, eu e o Jamie ficamos nos conhecendo melhor e não me decepcionei. Ele deu em cima de mim na maior cara de pau, apesar de ficar um pouco envergonhada eu adorei. A noite só acabou quando percebi que Blair estava bêbada demais e Ethan resolveu levar Ryan para casa.

Jamie se ofereceu para nos dar uma carona e ainda teve que carregar Blair até o nosso apartamento, pois essa desmaiou no banco de trás.(http://files.spacecars.webnode.com.br/200000064-0ec0f0fbae/aston_martin_13.jpg )

– Posso te ligar no meio da semana? – ele pergunta. Jamie deixou Blair na cama e o acompanhei até a porta. Agora lá estava ele me olhando e esperando a minha resposta.

– Pode. – murmuro, torcendo as mãos e os dedos na frente do corpo.

– Ótimo, tenha uma boa noite Meg – diz e me dá um beijo no canto da boca. Fico surpresa.

Ele se vira para ir embora, mas para quando falo – Você não vai pedir o meu número?

– Não precisa, eu já tenho – sorri, entra no elevador e sustenta o meu olhar até as portas se fecharem.

Antes de voltar à vida real, passo vários minutos contemplando a porta por onde ele acabou de ir embora.

Flashback OFF.

Acordo das minhas lembranças com o celular tocando. Olho no visor e vejo que é a dona Emily me ligando.

– Bom dia mãe – atendo preguiçosa.

– Bom dia, te acordei querida?

– Não, já estava acordada. Está tudo bem?

– Sim, claro. Liguei porque queria te pedir um favor...

– Pode mandar – brinco com ela.

– Eu fiquei com uma vontade enorme de comer um cupcake que comprei uma vez quando fui te visitar, e a loja fica aí perto. Tem como você trazer uns para mim?

– Claro mãe, onde é a loja?

– É na Chokolat Patisserie, fica na Broadway. São de pistache com creme de amêndoas.

– Eu passo lá antes de ir, sem problemas. Vou só tomar um banho, me trocar e vou direto ok?

– Obrigada filha. Pedi para Carla fazer seu prato preferido! Traz o biquíni para pegarmos um sol.

– Não sei se vou poder ficar muito por ai, tenho que terminar algumas coisas do trabalho.

– Termina aqui em casa, com o seu pai viajando fico muito sozinha querida...

– Tudo bem mãe, até já – digo me despedindo.

Levanto e vou direto para o chuveiro para ver se um pouco do cansaço vai embora. Todas as vezes que eu flecho o coração de alguém meu corpo fica fraco, e vai se recuperando aos poucos. É uma sensação desagradável, mas eu me acostumei.

Escuto o interfone tocar enquanto termino de me arrumar e vou atender, mas encontro a Kate já autorizando alguém a subir.

– Quem é? – pergunto curiosa.

– Você não vai acreditar, sabe aquele cara? O dono do club?

– O Andrew? – estou prevendo desastres...

– Isso mesmo! O que será que ele quer aqui?

– Eu imagino que o assunto dele seja com a Blair – eu não acredito que ele veio até aqui, não acredito mesmo...

– Com a B? Mas...

Suas perguntas são interrompidas pela campainha. Ele entra totalmente impassível com cara de poucos amigos, nos fuzila com os olhos, e está furioso. Merda.

– Onde está Blair? – pergunta secamente.

Eu e a Kate ficamos sem reação. Ele passa a mão pelo cabelo e parece frustrado esperando uma resposta, acho que depois de hoje Blair vai pensar melhor antes de ficar bêbada.

– E-Ela está dormindo ainda, eu acho – respondo gaguejando.

– Posso espera-la acordar. Onde fica o quarto dela? – Ele é muito autoritário, frio e arrogante. Os seus modos impecáveis de sexta evaporaram.

– É a segunda porta á esquerda – digo apontando para o corredor. Ele não agradece, não pede licença. Ele simplesmente se vira, vai até o quarto dela, abre a porta entra e a fecha.

Estou verdadeiramente perplexa, não tanto quanto a Kate que não expressou nenhuma reação até agora. Balanço a cabeça para pôr as ideias em ordem.

– Kate? – a chamo.

– Sim – ela responde.

– Vou passar o dia na casa da minha mãe. Tem como você ficar atenta a esses dois? – digo apontando para o quarto da Blair.

– Claro, mas... Você entendeu alguma coisa? – pergunta confusa.

– Ontem a Blair bebeu, ligou para ele, falou besteira e desligou. Ao que tudo indica ele não ficou muito feliz com os elogios.

– Nossa, a Blair? – Ela me lança um olhar rápido e intrigado.

– É – dou de ombros – Vou pegar a minha bolsa, te vejo mais tarde.

Pego as chaves do meu carro no aparador e faço um gesto a Kate dizendo para ela ficar de olho neles.

Meg:http://www.polyvore.com/megan/set?id=111221418

Parto em uma luminosa manhã de Nova York. Há pouco tráfego em Manhattan e logo após comprar os tão sonhados cupcakes da minha mãe estou na Long Island Expressway. O vento sopra os meus cabelos e a voz de Adele sai cheia de emoção do som cantando He won’t go. Sigo calada absorta em meus pensamentos. Quando estaciono na frente da casa dos meus pais é quase meio dia, não demorou muito. Saio do carro e subo os degraus que levam à porta de entrada.

http://the-thousand-synonyms-of-love.tumblr.com/post/37922227258

Encontro a minha mãe na Parte de trás da casa alheia e lendo uma revista.

– Mamãe? – a chamo.

– Oi filha, você veio rápido – diz me abraçando e me enchendo de beijos.

– Não peguei trânsito – explico.

– Entendi. Vou pedir para a Carla servir o almoço, vamos?

A comida tem um cheiro delicioso, a Carla é brasileira e desde criança me deixou mal acostumada. Isso é uma das coisas que eu sinto falta, apesar dela ter me ensinado alguns segredos e truques, minha comida não chega aos seus pés. Hoje ela fez um dos pratos do meu top dez, feijoada. Chego até parecer uma esfomeada quando a como.

Durante o almoço minha mãe quis saber sobre as novidades, conversamos sobre a viagem do meu pai a trabalho e alguns projetos sociais que ela estava participando.

– Você está tão abatida Meg, está se cuidado direito? Parece cansada... – ela notou, é claro que iria notar. A inquisição Emily Denalli.

– É só o trabalho que anda corrido, nada demais. Não precisa se preocupar. – tento dar isso como desculpa. O trabalho realmente anda me ocupando bastante, mas não é por ele que eu estou assim. Meu trabalho nas horas vagas que me suga desse jeito.

– Precisa cuidar de você querida, não quer chegar à minha idade cheia de rugas não é?

– Claro que não mãe – sorrio.

– E o coração como anda? Algum pretendente para me apresentar?

– Não, a senhora pode ficar bem tranquila que eu não tenho espaço para isso agora – respondo pondo um fim nesse assunto.

Minha mãe é uma sonhadora e muito observadora, ela quer porque quer me ver com alguém que cuide de mim. Sempre que ela começa a sondar tento mudar de assunto e disfarçar.

Recebo uma mensagem de um número desconhecido e abro.

Pensando em você...

Jamie.

Sinto minhas bochechas queimarem e com certeza estou roxa.

– Mãe, acho que vou colocar o biquíni – digo na tentativa de disfarçar a minha reação.

– Tudo bem, vou me trocar também e te espero na piscina – responde.

Caminho para o meu quarto que continua do jeito que deixei e sento na minha cama. Ele realmente está pensando em mim? Não sei o que responder. Na dúvida prefiro deixar a resposta para depois e descer antes que a minha mãe venha me procurar.

A tarde realmente estava agradável, mas uma ligação do Nathan me levou de volta as obrigações. Estatísticas, opções, criatividade... Eu estava confiante, se tudo der certo nessa apresentação a campanha é nossa e depois é só partir para a divulgação, fora o nosso reconhecimento.

Só consegui terminar no fim da tarde e fiquei para o jantar, sei que a minha mãe se sente sozinha, ainda mais quando meu pai tem que viajar.

– Quando o pai volta? – pergunto.

– No fim de semana que vem, ele tem mais algumas reuniões essa semana.

– Menos mal. Bom, eu vou indo, porque se não chego muito tarde. Qualquer coisa me liga ok?

– Pode deixar filha, quando chegar me avisa – diz me abraçando.

– Boa noite, te amo mãe.

– Também te amo,dirija com cuidado – avisa enquanto caminho para o carro.

Deixando para trás os limites da cidade, volto a pensar na mensagem. Ele mexeu comigo desde que o vi. Jamie é lindo, atraente, charmoso e tem algo que me prende, que faz eu me perder nele. Quando ele sorri é de tirar o fôlego e eu confesso, eu gosto dele, nunca me senti assim antes. Mas isso não tem futuro, eu sei. Ele deve piscar e ter quem quiser. Eu conheço esse tipo de homem e não estou disposta a ser esse tipo de mulher, mas não resisto a ser sincera e responder a sua mensagem.

Também penso em você...

Meg.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí gostaram? Próximo capítulo vamos saber o que rolou naquele quarto com Blaire!

Beijos e comentem.!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Mostre-me Amor." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.