Mostre-me Amor. escrita por Bruna Vieira, Bianca Martins


Capítulo 12
Capítulo 10.


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!



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Megan.

No momento em que entrei no carro com a Blair a minha cabeça começou latejar em dobro e a dor era insuportável. Chegamos em poucos minutos e fui direto para o banho.

A dor é dilacerante, indescritível, está em tudo, em todo o meu corpo como nunca senti antes. Eu quero gritar, mas não posso e sofro em silêncio. Sento e deixo a água cair. A minha cabeça explode de dor, meus olhos se enchem de lágrimas e a minha visão fica embaçada. É agonizante. Os meus gritos de pavor saem como gemidos e o ar foge dos meus pulmões. Fico encolhida suplicando mentalmente para que passe, mas a minha suplica é em vão.

Sinto as minhas asas querendo sair, repuxando as minhas costas e entro em desespero. Levanto correndo, desligo o chuveiro e saio do banheiro enrolada na toalha. O que eu faço agora?

Sentado na cadeira do quarto encontro Jessie. Ele está distraído olhando para o nada com intensidade, seus cotovelos no braço da cadeira, a mão no rosto e passa o dedo ritmadamente na sua sobrancelha fingindo que não me vê ali, não dando a mínima importância para a dor que sinto. Meu coração quase para.

– Jessie – sussurro seu nome e sem aguentar o que ele me infringe, caio no chão sem forças para me manter em pé.

Ele não me responde, não levanta e sequer me olha. Sua expressão continua impassível e indiferente.

– Por favor... –olho suplicante para ele que encontra e sustenta o meu olhar friamente.

– Megan, Megan. – nega com a cabeça. Sua voz é baixa e no seu olhar vejo desgosto, desprezo, e ao mesmo tempo uma raiva contida.

Ele levanta e caminha até mim com passos largos, se abaixa e segura o meu rosto com um pouco de força demais encostando seu nariz no meu, fechando os olhos e respirando profundamente com se tentasse se manter no controle. Jessie tira meus cabelos do rosto delicadamente e me olha nos olhos. Não consigo raciocinar, bastou um toque seu e a dor se foi imediatamente me deixando em um estado de torpor.

– Porque não me obedeceu, porque não obedeceu a seus instintos? E não tente mentir para mim, você sabe do que eu sou capaz – ameaça ele.

– Eu não quero mais isso e eu não tenho medo de você. – cuspo as palavras em um tom baixo e tiro o meu rosto das suas mãos.

– Eu sei que não, você é atrevida. Atrevida demais para o seu próprio bem. – ele se levanta me largando e anda de um lado para outro. Suas mãos estão fechadas em punhos e seus ombros tensos. Ele fala baixo porque sabe que Blair está em casa. – Você acha que pode fazer o que quiser desde quando? Pensei que já tivesse aprendido isso, Megan.

– Eu aprendi Jessie, só que eu cansei! – desabafo.

– Não é você quem decide nada. Você cansou, o problema é seu! São suas obrigações e você tem que cumpri-las sem falhas. Consegue entender isso? – diz gesticulando demais demonstrando o seu nervosismo.

– Você não pode me obrigar a fazer o que eu não quero. – eu sei que ele pode.

– Você sabe que posso. E quem era aquele homem com você?

– Não é da sua conta. – respondo o surpreendendo pela a minha audácia.

– Não? Você esqueceu com quem está falando? Você é minha, Megan, minha. Você entendeu? – ele leva as mãos aos cabelos frustrado.

– Eu não sou sua! – digo entre dentes.

– Você é e sempre será minha Megan, não brinque comigo. – ele volta para onde estou ainda largada no chão, puxa o meu braço me levantando e me joga na cama.

A toalha com que estou enrolada se solta e eu a seguro imediatamente. Ele me analisa com certa obsessão assustadora.

– Eu não abro mão de você. Eu realmente espero que você entenda isso de uma vez por todas e se afaste desse homem, porque se você se envolver com ele ou nutrir qualquer sentimento parecido... Eu não respondo por mim.

Ele está próximo demais e sinto medo do que ele possa fazer. O seu rosto que parecia ter sido esculpido começa a ficar marcado, listras negras e cicatrizes surgem e seu olhos, que antes eram claros, agora estão negros. Fico hipnotizada por eles. Jessie anda se tornando cada vez mais frio comigo e agora parece estar em uma guerra interna.

– Quero punir você - sussurra com a boca no meu ouvido e inspira profundamente em meus cabelos. – Até você aprender a me obedecer e me respeitar.

Ele encosta levemente sua boca na minha e desaparece como todas as vezes, sem mais nem menos. Limpo meus lábios com agressividade querendo tirar qualquer resquício dele de mim.

Ele parece se transformar em alguém doentio todas as vezes que eu faço algo que ele não aprova e isso me assusta. Eu não o entendo, não entendo a sua obsessão por mim. Antes achei que ele só queria o meu bem, mas agora isso me perturba.

Lembro como se fosse hoje a primeira vez em que o vi assim, ele parecia um anjo obscuro. Eu tinha dezessete anos, era quase adulta, uma menina com corpo de mulher quando fiz uma das piores besteiras da minha vida. Estava no penúltimo ano da escola e Logan estava no último. Ele era aquele típico Quarterback do time da escola: popular, gostoso, lindo e aos meus ingênuos olhos, o namorado perfeito para mim. Eu achava que estava apaixonada por ele e o queria de qualquer jeito. O que eu posso dizer? Eu sou um cupido e não tinha juízo...

Flashback ON.

“Hoje é o dia do baile de fim de ano. Logan me convidou para ser o seu par e eu aceitei sem pestanejar. Faz um mês que estamos nos conhecendo melhor. Quero que tudo ocorra de maneira perfeita! Planejo o “flechar” hoje, para que ele só tenha olhos para mim. Posso parecer fútil, mas não o tiro da cabeça desde que o vi pela primeira vez. Seus cabelos são claros, sua pele bronzeada e os olhos os mais azuis que já vi. Blair e Kate acham que é obsessão minha, que ele não é um garoto que valha a pena e que não vai me levar a sério. Essa poderia até ser uma opção se eu não pudesse tê-lo para mim quando quisesse.

Combinamos de nos preparar para o baile na minha casa e foi a maior confusão, pois sobrou até para a minha mãe. Estava com um vestido preto acima dos joelhos. Ele era todo em renda e transparência até a cintura e a saia em tule preto. Cabelos soltos, saltos pretos também e a maquiagem mais pesada nos olhos. Não teve quem não reparasse quando chegamos.

Logo quando entrei procurei por Logan com os olhos e o encontrei vindo em minha direção. As meninas se afastaram, porque não o suportavam e me deixaram lá.

– Nossa Meg, você está incrível! – disse sorrindo de lado.

– Obrigada, você também não está nada mau, Logan - respondi sorrindo.

Logan abriu um sorriso largo, apontou para a pista onde vários estudantes estavam dançando como se perguntasse se eu gostaria de dançar. Fiz que sim com a cabeça e o segui.

Após algumas músicas e muitas risadas, ele me chamou para ir até lá fora conversar, porque a música estava muito alta. Lá fora estava um pouco frio e ele tirou seu casaco e o colocou sobre os meus ombros num gesto de cavalheirismo.

–Eu nunca me diverti tanto com uma garota como eu me diverti com você – ele inclinou a cabeça em minha direção e sorriu.

– Eu fico lisonjeada – falei olhando seus dedos entrelaçados aos meus.

O seu rosto foi se aproximando do meu e eu deixei acontecer. Nós já tínhamos ficado algumas vezes, mas cada vez que ele me beijava era como se fosse a primeira vez, nada mudava e o friozinho na barriga continuava ali.

Achei que aquele era o momento certo para fazê-lo se apaixonar por mim perdidamente e enquanto nos beijávamos encostei o arco que estava na minha pulseira em suas costas, atirei sem pensar duas vezes e as coisas não ocorreram como eu planejei.

Ele me pressionou contra a parede beijando meus lábios com urgência e suas mãos passavam com agressividade por todo o meu corpo. No início achei desconfortável, mas me deixei levar considerando que isso era o efeito da flechada, mas as coisas saíram do controle quando ele começou a subir as mãos por dentro do meu vestido.

– Logan – sussurrei o censurando e me afastando dele. Isso estava errado, não era para ele reagir assim.

– Eu quero você - disse e parecia alucinado.

Seus olhos estavam fixados em mim. Ele ignorava meu pedido e avançava me pressionando agora com mais força contra a parede e prendendo os meus braços.

– Você é minha – sua voz ameaçadora me fazia estremecer.

Sua língua invadiu violentamente a minha boca e ele mordeu os meus lábios com força. Senti o gosto de sangue e me desesperei. Ele não podia fazer isso, ele não era assim e não entendia o porquê de isto ter acontecido.

Tentei afastá-lo usando toda a minha força, mas ele era enorme. Mordi sua língua na tentativa de tirá-lo de perto de mim, mas ele só gemia e continuava sem dar importância. O pânico tomou conta de mim quando seus dedos roçaram na minha calcinha. Usei toda a força que me restava e o chutei na virilha.

Ele se afastou me olhando com ódio e desejo. Tentei sair dali o mais rápido possível, mas ele me alcançou e me puxou para si.

– Não tente fugir de mim, eu só quero me divertir um pouco com você.

– Solte-me! – pedi suplicante. As lágrimas estavam escorrendo pelo meu rosto e ele percebeu.

– Porque está chorando? Eu estou aqui – suas mãos limparam as minhas lágrimas e eu só sentia nojo dele.

Jessie apareceu subitamente e o arrancou de perto de mim. O seu rosto chegou a estar transfigurado de raiva. Eu fiquei paralisada escutando o som dos corpos deles se chocando. Logan segurou seu nariz que jorrava sangue, mas ignorou isso e avançou para cima do Jessie acertando um soco no peito dele. Ele cambaleou para trás sem ar, mas se recompõs depressa e esmurrou as costelas do Logan. Logan era forte, mas Jessie era muito mais experiente e se eu deixasse ele iria matá-lo.

– JESSIE PARA! – gritei desesperada tentando separá-los, mas acabei sendo empurrada e caindo no chão, batendo a cabeça.

– Isso é culpa sua, Megan! Olha o que causou agindo assim! Você só pensa em si mesma! – Jessie disse com uma voz que fez o meu sangue gelar.

Ele continuou sem cessar fazendo com que Logan se encolhesse de dor e caísse de joelhos.

– Se você ousar chegar perto dela novamente eu mato você. – Jessie o ameaçou recuando e acertando seu rosto em um gancho de direita.

Logan desabou no chão desacordado e imóvel. Tentei me levantar para ajudá-lo, mas me senti tonta e caí no chão outra vez. Onde estão as pessoas desse lugar? A música estava tão alta que duvido que alguém tenha ouvido alguma coisa.

– Você o matou? – murmurei baixo temendo a sua resposta.

– Não, ele ainda está vivo. Eu deveria matá-lo. – suas mãos estavam com sangue, mas ele não tinha sequer um arranhão. Eu nunca o vi assim, ele parecia se transformar em um monstro. No seu rosto que era perfeito apareciam cicatrizes, tatuagens perto dos olhos, no pescoço e descia para o seu corpo inteiro o deixando assustador.

– Por que fez isso? – sussurrei aterrorizada vendo o corpo de Logan naquele estado e sabendo que a culpa de tudo isso era minha.

Jessie veio até mim e segurou meu rosto firmemente mantendo os meus olhos presos aos seus. Ele parecia doente e transtornado pelo que fez.

– Não seja tola... Eu fiz isso para te defender de você mesma, eu faria qualquer coisa por você. Quem deveria ter levado essa surra é você, Megan. Você acha que assim as pessoas vão te amar? Esta é prova do que acontece quando usa seus poderes indevidamente. – Seus olhos perturbados percorriam possessivamente o meu rosto com raiva e eu sabia que aquilo não terminaria assim.”

Flashback OFF.

Jessie me infringiu uma dor absurda como punição aquela noite, e a última coisa que me lembrava antes de ter desmaiado eram seus olhos escuros e inquisidores reprovando o meu comportamento. Logan não se lembrou de nada no dia seguinte e eu acordei em casa, como se nada tivesse acontecido. Ninguém soube até hoje quem fez aquilo, mas a minha culpa ainda persiste.

Perdida nas lembranças e abalada pelo o que acabou de acontecer me enrolo entre travesseiros e lençol e tento dormir. Eu não quero isso para mim, eu quero sumir desse mundo, quero Jessie longe de mim e Jamie cada vez mais perto. Eu quero ser cuidada e amada. Quero o amor para mim, quero senti-lo acontecer e ver a sua construção aos poucos. Quero ver o que vejo nos casais apaixonados toda vez que os uno ou proporciono uma oportunidade dos destinos se cruzarem. Eu quero que o meu destino se una a outro. Eu posso fazer isso pelos outros porque não a mim mesma? Será Jamie o meu porto seguro? E o que Jessie seria capaz de fazer?

Em meio as minhas frustrações e perguntas não respondidas o sono me vence pelo cansaço.

–-------

Acordo com um barulho irritante, o meu celular. Procuro e lembro que não tirei da bolsa ontem à noite.

– Alô - atendo sem ver quem é com a voz rouca.

– Bom dia anjo, te acordei? - era Jamie. Meu coração se agita loucamente.

– Sim... Mas não tem problema. - respondo bocejando ainda meio confusa e sonolenta.

– Desculpe, mas acordei com uma vontade enorme de te ver e comer panquecas. - ouço seu riso e é inevitável não sorrir também.

– Ah, é mesmo? E você irá fazer panquecas para mim? – contenho o riso.

– É... Bom eu posso tentar, se você quiser, mas vou avisando que não me responsabilizo pelos danos. - responde bem humorado - Mas se você não quiser comer panquecas provavelmente incineradas eu sugiro que você me ajude a fazer se não for incômodo ou podemos comprar algumas.

– Fico com a primeira opção se me prometer que da próxima vez quem irá fazer é você.

– Prometo! Você prefere vir para cá ou quer que eu vá até aí?

– Acho melhor fazermos a bagunça na sua casa porque as meninas estão dormindo ainda. Nem todo mundo madruga em pleno sábado como você. – provoco.

– O dia foi feito para ser aproveitado, anjo. Então tira essa bunda da cama que em meia hora estou aí!

– Ok, Sr. Mandão! Até já!

– Até já, ruiva. – diz com uma voz sedutora e desliga.

Tomo um banho rápido, hidrato o corpo, arrumo os cabelos e faço uma maquiagem leve. Reviro o closet procurando algo básico, mas apropriado, porque não sei se vamos apenas a sua casa. Confesso que estou nervosa, depois de ontem à noite fico com medo do que possa acontecer. No fundo tento acreditar que as ameaças de Jessie são em vão. Escolho um jeans larguinho, uma camisa branca e completo o look com um cinto e relógio.

Jamie liga e diz que está me esperando. Passo no quarto da Blair avisando-a que irei sair e a mesma resmunga algo incoerente.

Ele está irresistível, mais impressionante do que eu lembrava em um jeans claro, camisa verde musgo com os primeiros botões abertos, mangas dobradas e óculos de sol encostado em um conversível de parar o trânsito.

Caminho até ele e sou recebida com um sorriso lindo e um beijo de cinema. Ele explora os meus lábios sem pressa, com um cuidado diferente de ontem à noite no show me deixando surpresa. Quando ele se afasta estou atordoada.

– Acreditaria se eu dissesse que senti saudades? - ele pergunta todo charmoso e parece um pouco ansioso ainda com os braços ao redor do meu corpo.

– Depois dessa recepção, sim. – respondo sorrindo mais que satisfeita por sua resposta e passo os dedos pelos seus cabelos. – Também senti falta.

– Você não faz ideia do quanto. – diz franzindo a testa como se lembrasse de algo. – A minha noite não foi nada fácil, nem o banho gelado ajudou.

Demoro alguns segundos para entender o sentido das suas palavras e caio em uma crise de riso.

– Você ri, porque não foi com você, ruiva. – ele me acusa bem humorado. Ele abre a porta do carro para mim e dá a volta entrando no seu lado. Rapidamente liga o carro e sai em direção à Avenida Amsterdam.

– Pronto para aprender a fazer panquecas? – pergunto mudando de assunto.

– Estou, mas espero que você tenha paciência comigo, nunca tentei me aventurar na cozinha. Nos finais de semana ou eu como o que a Genevieve, senhora que cuida de tudo lá em casa deixa praticamente pronto ou como fora.

– Hoje vou ser boazinha. – pisco para ele e coloco os óculos de sol.

Chegamos em poucos minutos ao edifício onde ele mora na 5º Avenida. Jamie deixa seu carro na garagem e seguimos para o elevador. Ele digita o código para a cobertura e brinca com uma mecha do meu cabelo enquanto esperamos.

– Adoro a cor dos seus cabelos, o cheiro deles... É morango?

– Sim, é morango. – não parei de sorrir, ele torna tudo leve, fácil.

O elevador para e saímos em um hall muito bem decorado dando lugar a uma sala ampla com janelas que vão do chão ao teto. Tudo em tons neutros, impecavelmente organizado, mas ao mesmo tempo acolhedor e aconchegante.

– Gostou? – ele pergunta.

– Quem não gostaria? É lindo e aconchegante. – respondo piscando os olhos.

– Fico feliz que tenha gostado. Depois te mostro todo o resto. Agora vamos que eu estou com fome. – diz e pega minha mão me arrastando até a cozinha.

Sua cozinha é toda moderna e me empolgo imediatamente.

– Eu não sei o que irá precisar, mas a Geneivive mantém tudo abastecido, então é só procurar que achamos. – ele explica.

– Como assim procuramos? Você não sabe onde estão as coisas na sua própria cozinha? – pergunto surpresa.

– Anjo, essa cozinha não é minha. Eu não tenho cozinha, essa cozinha é da Geneivive. – ele responde sério.

– Jamie, você me surpreende. Como você sobrevive sem ela?

– Restaurantes. – diz com cara de bobo, como se fosse óbvio. Chega a ser cômico.

Aponto para os bancos do balcão da cozinha e o mando para lá. Ele se senta debruçando no balcão e apoiando o rosto nas mãos me observando. Olho para a cara dele e sorrio, parece uma criança.

– Isso vai ser pior do que eu imaginei. – digo mais para mim mesma.

Saio fuçando os armários procurando os ingredientes, liquidificador e frigideira. Demoro um pouco para achar tudo e Jamie não abre a boca. Coloco tudo em cima do balcão e espero alguma ação da parte dele. Ele me olha, olha para os ingredientes e me olha de novo.

– Agora sou eu que digo, levanta essa bunda daí e vem me ajudar. – tento disfarçar meu sorriso. – Eu vou falando o que colocar e você mede e coloca, ok?

– Ok, anjo. – ele responde perdido e encosta seus lábios nos meus.

Será que todas as vezes que ele me beijar irei ficar como uma boba?

– Concentração. – brinco – Meia xícara de leite, duas colheres de fermento, um ovo.

– Calma, ruiva. – ele me interrompe. – Um ingrediente de cada vez.

– Ok. – espero pacientemente ele praticamente medir o leite em gotas. Deveria filmar essa cena. – Posso falar o próximo?

– Pode, com calma.

Digo todos os ingredientes e ele vai colocando enquanto aqueço a frigideira.

– Você nunca teve que sequer fritar um ovo? – pergunto enquanto observo ele colocar o resto dos ingredientes no liquidificador.

– Não. Nunca precisei. Venho de uma família muito rica, Megan. Minha mãe sempre fez tudo por mim. Confesso que fui bastante mimado, mas por outro lado, comecei a trabalhar muito cedo. Aprendi a ganhar meu dinheiro sozinho e a superar cada vez mais os meus limites. Meu pai sempre foi um empresário muito obstinado e peguei essa veia de obstinação dele. Posso não ser bom na cozinha, mas garanto que sou bom em muitas outras coisas. – ele diz me olhando fixamente.

Desvio o olhar dele e sigo para a geladeira para procurar o recheio das panquecas. Se eu continuar o olhando sei muito bem que não vou me conter e que vou fazer amor com ele bem aqui mesmo, nessa cozinha.

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Megan: http://www.polyvore.com/megan_cap%C3%ADtulo_10/set?id=117977766


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Notas finais do capítulo

Estou pensando seriamente em parar de postar aqui. Não tenho motivação nenhuma! Várias visualizações e nenhum comentário...



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