Sinal escrita por Universo das Garotas


Capítulo 22
22º Capítulo




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22º Capítulo – Beatriz

O Liver Pool estava lotado. Parecia que haveria alguma convenção ali de executivos e advogados. Todos pareciam recém saídos do trabalho porque ou estavam de ternos ou roupas sociais, pessoas claramente em um happy hour. As três mulheres que estavam comigo tinham escolhido uma mesa apenas cinco metros da porta de forma que a entrada estava bem visível. Eram todas solteiras, conforme me atualizaram e pretendiam terminar a noite com alguma companhia. Assim, de olho nos que entravam no bar, avaliavam cada um dando uma nota. Eu estava constrangida até as orelhas em como elas faziam isso descaradamente.

– Hum, eu dou oito para aquele loiro de altura média – disse a mais nova entre nós, minha xará.

– Bem se vê que você não tem qualquer experiência. Aquilo ali não deve fazer nada além de algo na posição horizontal – respondeu a ruiva mais velha. Vendo que olhávamos intrigada para ela acrescentou – ah, pelo amor de Deus quem nesta idade usa suéter por cima de camisa? Isso deve morar com a mãe ainda por cima. Pode até ser bonitinho mas eu não arriscaria uma noite bem morna com este homem!

Rimos da franqueza da Gil Moreira. Era uma mulher extremamente divertida e atraente. Tinha um fogo no olhar e mesmo sendo mais velha, chamou a atenção de vários homens quando entramos no bar.

– Adoro mulheres com aquele corpete por baixo do terno – disse uma Anne Roch devorando uma morena que acabava de entrar – se não gostasse muito de homens eu provavelmente terminaria na cama com aquela ali - e apontou a mulher vestida de corpete preto e saia branca, carregando um paletó branco em um dos braços.

Nesse momento uma delas chamou minha atenção:

– Então Beatriz, é solteira?

– Sim, estou solteira – respondi a uma Anne Roch que já estava na sua segunda dose de whisky cowboy, após duas rodadas de tequila.

– Nada mais? Nenhum amigo ou parceiro?

As demais olhavam com expectativa para mim. Olhei para cada uma delas tentando achar a reposta certa para aquela pergunta. Antes de responder sentia minhas bochechas arderam em antecipação ao que eu iria falar...

– Bom, eu fui casada por cinco anos e estou separada há quase seis anos, então estou um bom tempo sozinha desde então...

– Você ficou sem homem em seis anos? Perguntou a ruiva enquanto as outras se inclinaram na mesa para ouvir a minha resposta:

– Não. Tive poucos homens mas nenhum passou a marca de um mês – e nesse momento pensei em Frederico. Estávamos nos vendo bem mais que um mês e eu nem tinha percebido. Anne Roch estava olhando para mim enquanto pensava nisso.

– Tem alguém, agora?

Eu olhei para as minhas mãos. Não sabia a resposta para essa pergunta. Afinal eu tinha alguém, Frederico era alguém para mim? Sentia-me claramente atraída por ele mas não sei o que isso significava. Eu já ia responder que tinha um amigo quando a Beatriz Linhares soltou um suspiro em direção a porta e apontou para as amigas:

– Esse eu dou dez! Ele pode até fazer só na horizontal mas eu aceitaria qualquer coisa com este homem...

– Não, querida, esse aí não me engana! Tem postura e muita rigidez naqueles músculos por detrás da camisa social. Aquilo é selvagem...não tem um pingo de caretice naquela bela pele morena – disse a Gil Moreira.

– Dou nota 11! – berrou Anne - Só a visão dele já valeu nossa vinda no bar. O que você acha Beatriz?

Eu perdi a fala. Elas não falavam de qualquer estranho que acabava de entrar no Liver Pool.

Era simplesmente Frederico!

Estava realmente irresistível em um terno como só Frederico era capaz de vestir, de cores claras que davam um belo contraste a sua pele morena. Seus olhos varreram o salão do bar e encontraram se com os meus. Fiquei congelada e tensa com a possibilidade de que ele fosse em minha direção. Ele pareceu notar, hesitou e se virou em direção a bancada do bar. Foi atendido por uma Marina toda sorridente.

– Beatriz? A ruiva me chamou.

– Oi? Eu disse completamente alheia.

– Nós demos uma nota no moreno lindo que acabou de entrar. O que você achou dele?

– Ele é bonito. Sem dúvida – eu limitei a dizer apenas isso e olhei para baixo.

As mulheres me olharam como seu eu tivesse dito algo idiota.

– Claro que ele é lindo. Na verdade esse homem parece bem mais que lindo. Deve ter um mar de mulheres aos seus pés. A julgar pela aparência parece também alguém muito bem sucedido – completou a ruiva.

– Agora que você falou isso Gil, ele me parece familiar. Alguém do ramo empresarial, já vi este rosto antes.

– Eu daria o meu dedo mindinho para ter uma noite com ele! Beatriz Linhares desabou com os braços em cima da mesa, suspirando.

– Vamos te ajudar! Falou uma Gil empolgada.

Eu quase caí da cadeira. Como assim ajudar?

– Não seja direta – pontuou Anne - se eu estiver certa e ele for um homem de negócios ele provavelmente gosta de caçar. E não ser caçado. Faremos o seguinte. Nós iremos paquera-lo em conjunto, eu serei a primeira, vou enviar um drink pelo garçom com uma mensagem direta. E depois a Gil esbarrará nele a caminho do banheiro. A Beatriz aqui pode ajudar também – disse pegando na minha mão - porque quando chegar a sua vez ele estará cheio das mulheres que se jogam pra cima dele. E você fará exatamente o que eu lhe disser.

Ok, eu estava no limite naquela situação. Não poderia assumir que eu o conhecia porque como eu poderia definir o que tínhamos? Sexo ocasional? Um Amigo talvez?

Mas a outra Beatriz estava em verdadeiro êxtase om a ideia de ter uma chance com Frederico. Nem percebeu a minha carranca ou meu olhar de ódio para ela quando apertou a minha mão em sinal de cumplicidade. Foi quando Anne chamou o garçom mais próximo e lhe sussurrou algo no ouvido. Olhamos curiosa para ela, mas ela apenas sorriu. O garçom foi em direção ao Frederico que estava sentado e olhando discretamente para minha mesa toda hora. Ele ouviu o que o garçom lhe dizia enquanto recebia nas mãos o drink de cortesia da Anne Roch. Ele olhou em nossa direção e levantou o copo em sinal de agradecimento. Tomou de uma só vez todo conteúdo. E olhou diretamente para mim.

Engoli em seco.

Foi a vez da bela ruiva de nossa mesa. Ela levantou-se, olhou de soslaio para nós enquanto fazia o caminho para o banheiro e esbarrando de verdade em Frederico. E ela fez isso de maneira tão graciosa, que Fred segurou-a com as suas mãos para impedi-la de cair. Ela por sua vez jogou seu corpo na frente dele colocando os lábios bem próximos da orelha dele. Ao ouvir o que ela disse, ele apenas sorriu.

Filho da mãe! Eu estava furiosa, minhas mãos ardiam e estreitei meus olhos em sua direção. Ele me cumprimentou com um aceno de cabeça.

– Conhece ele Beatriz? Vendo que eu arregalei os olhos para Anne, ela completou - ele não tira os olhos da sua direção.

De repente tive uma ideia para tirarmos nós dois daquela situação ridícula. Ou eu ou ele sairia logo dali.

– Bem vocês fizeram todo o percurso de ataque até agora. Minha vez! – e saí em direção a Frederico encontrando uma Gil Moreira sorridente no caminho. Ele percebeu minha direção indo ao seu encontro e levantou-se da banqueta de bar em que estava sentado. Meu coração batia tão forte que se a música estivesse um pouco mais baixa daria para todo mundo do bar ouvir.

–Boa noite Beatriz – ele disse com um sorriso nos lábios quando eu me aproximei.

– O que está fazendo aqui? Minha voz saiu mais aguda do que eu esperava.

– Bem, o mesmo que você, tomando uns drinques. A propósito agradeça a sua amiga pela cortesia do Martini. Não é meu preferido mas é sempre instigante ganhar um presente de uma mulher.

Ah! Meu sangue estava fervendo com a ousadia de Fred. Ele apenas sorria para mim e lia minhas reações.

– Ela não é minha amiga. É a Presidente da Companhia Engenheiros da Moda!

– Eu sei quem ela é Bia. No meu meio me mantenho atualizado sobre as personalidades por detrás das empresas. A propósito, adorei saber que você está interessada em mim essa noite. Minha dúvida é, apenas essa noite?

Disse isso fazendo biquinho. Eu não entendi o que ele quis dizer e perguntei:

– O quê?

– Ora, não precisa se envergonhar. A ruiva simpática me disse que havia uma Beatriz interessada em mim essa noite...

Aí eu me dei conta do que a Gil tinha falado ao pé do ouvido de Frederico. Não sei se foi o nervoso que eu estava ou a confusão de Frederico, eu disparei a rir. Não foi um mero riso foi uma escandalosa risada.

– O que há de tão engraçado Bia?

– Você, elas – eu disse apontando as meninas que me olhavam curiosas da mesa em que estávamos sentadas – não era eu quem ela se referia Fred. Aquela loira novinha da mesa, também chama Beatriz...

– Repete – ele disse como quem não tinha entendido.

– Aquela menina, sentada com agente, a mais novinha está realmente interessada em você.

– Eu quero que repita como você me chamou.

– Frederico? Ele negou com a cabeça e aproximou-se de minha orelha – Fred – disse isso soltando um suspiro que me arrepiou até os cabelos.

– Beatriz, foi a primeira vez que me chamou assim. Se quer saber a verdade estou aqui por você...- falou isso acariciando a minha bochecha com o indicador enquanto traçava a linha da minha boca com o polegar.

E se afastou de mim para me olhar diretamente completando:

– Estive na empresa de seu pai e obtive a informação de que estaria em um bar com garotas. Pensei que estivesse aqui, sei como gosta desse lugar.

Ele estava tão próximo que eu queria tocá-lo. Olhei para as garotas na mesa e elas lançaram no ar os copos em que bebiam. Era um sinal de boa sorte! Com exceção de Beatriz, todas sorriam me encorajando a sair com tal estranho.

– Quero você, agora!

Ele olhou de maneira curiosa para mim e disse sorrindo.

– Pode ser aqui ou prefere chegar em casa?

Eu lancei um olhar em chamas em sua direção e ele apenas agarrou meus pulsos enquanto nos tirava dali o mais rápido possível.

Não deu tempo nem de chegar no carro de Frederico. Íamos pelo caminho se agarrando enquanto tropeçávamos entre nossos pés. Quando chegamos no estacionamento, Fred agarrou a porta e eu me joguei com tudo sobre ele. De repente estávamos no banco da frente do alfa romeo, eu por cima de um Frederico que ia lançando mão de sua camisa enquanto eu levantava a minha pelo pescoço.

De saia eu estava e de saia eu fiquei. Nem a minha calcinha foi retirada. Frederico apenas afastou a da entrada da minha vulva e foi com tudo pra cima de mim. Eu gritei com a penetração abrupta mas a familiaridade do nosso encaixe se tornou confortável e eu me lancei em movimentos rápidos para cima dele. Ele segurava a minha cabeça entre as mãos e me beijava loucamente. Não dava tempo nem de respirar. Arranhei suas costas com as unhas, mordi a base de seu queixo e as extremidades de suas orelhas. Frederico urrava de prazer com as minhas investidas. Vendo o desta maneira tão vulnerável não segurei a onda de prazer que me invadiu os sentidos. Soltei um grito enlouquecido e desabei em cima de seu ombro. Vendo que ele ainda se mantinha na frequência de seus movimentos, embalei minhas pernas para lhe dar mais prazer. De repente me virou de costas e acariciou minhas dobras entre a calcinha e a rasgou com os dedos. Não tive vergonha alguma dessa exposição, queria Frederico de todas as formas humanamente possíveis. Ele mordiscou a minha orelha e perguntou indicando com o polegar o que ele queria:

– Posso?

Confirmei apenas com a cabeça. Ele não precisou de outra informação e colocou seu membro contra a minha outra entrada. Foi sutilmente me penetrando até que meu corpo adaptou-se a sua forma. Sentia dor mas com um prazer indescritível. Não era comparado a nada que já vivenciei. Ele aumentou o ritmo e comecei a gritar de prazer.

Frederico não parava, parecia incansável em me detalhar com os dedos. Traçava a base da minha coluna, investia ora de maneira lenta e profunda e depois iniciava um ritmo acelerado. Segurava meu cabelo levemente enquanto sugava minha nuca com a boca. Era delicioso e implacável com essa dominação.

Até que eu o senti ficar mais rígido e desabar em mim. Mesmo com a respiração cansada, ele soprou nas minhas costas enquanto beijava da raiz do meus cabelos até a curvatura da minha bunda.

– Você é linda Bia! Toda linda e toda minha – dizia isso enquanto me virava lentamente e ficamos frente a frente. Eu tracei seus lábios com as mãos e o beijei cheia de tesão. Seus olhos brilhavam, procurando pelos meus enquanto mordia a minha boca. Ficamos assim, nos acariciando, beijando e lentamente embalando para outra rodada...


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