Familía Mellark - Momentos de Esperança. escrita por Suelen Luz


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Como toda quinta à noite, mais um capítulo para vocês.



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Estou deitada sobre o carpete da sala, o fogo forte da lareira aquece os meus pés. Peeta saiu à procura de Haymitch, ninguém o vê desde ontem. Estou preocupada, Haymitch já está velho e um pouco debilitado pelo excesso de álcool. Ele prefere morrer a deixar de beber.

– Katniss?

Ouço uma voz feminina me chamar. Olho para trás sobressaltada, e me deparo com Posy de pé ao lado da estante.

– Desculpe, não quis te assustar. - Ela disse. - Eu bati na porta mas ninguém escutou, percebi que estava aberta então eu entrei.

– Tudo bem. - Digo. Me levanto do chão e faço um gesto para que ela se sente no sofá, também sento, seguro as mãos de Posy.

– Muito obrigada por ter me tirado da floresta ontem. Podia estar morta agora.

– Não precisa agradecer, foi minha culpa. Você tropeçou na minha armadilha.

– Então era sua? - Pergunto. - Eu me assustei quando ela prendeu na minha calça, por isso caí. Foi um acidente.

– Sim, a armadilha era minha. Gale me ensinou algumas logo depois que nos mudamos para o Distrito 2. Eu queria testa-la, para ver se eu ainda sabia montar.

Gale. O som daquele nome me trouxe lembranças da quais gostaria de apagar de vez da memória. E do coração.

– Bem ela funcionou! - Faço piada para desviar meus pensamentos. - Quanto tempo não é mesmo? A última vez que eu te vi você ainda era uma garotinha.

– É verdade, muito tempo se passou. Mais de 10 anos.

– Quando você voltou?

– Há alguns dias, não faz nem uma semana. As únicas pessoas com quem eu falei foram você, Peeta e minha mãe é claro.

– Ontem, quando me trouxe, parecia que Peeta já tinha te visto crescida.

– Mas ele me viu. - Disse ela. - Eu o encontrei no dia que voltei pra cá, no novo Edifício da Justiça. Eu o reconheci, fui falar com ele, perguntei de você.

Peeta no Edifício da Justiça? O que será que ele foi fazer lá? Porque não me contou sobre Posy?

– Estou grávida. - Praticamente despejo as palavras.

– Parabéns! - Ela fala com um tom agudo. - Pensei que jamais teria filhos.

– Peeta me convenceu. Estamos felizes.

– Estão falando de mim?

Peeta aparece na sala, está com um sorriso brincalhão nos lábios. Posy fica com as maçãs do rosto coradas.

– Estamos falando mal . Você é um cretino. - Brinco.

– Então é só eu virar as costas que você fala mal de mim pra visitas? É bom saber!

Começo a gargalhar. Ele se aproxima me dá um beijo na testa e estende a mão para cumprimentar Posy.

– Que bom que você chegou Peeta, já estava de saída. - Ela começa a se levantar. - Até logo.

– Volte mais vezes- falo.

– Voltarei!

Escuto o bater da porta, Posy ficou tímida na presença de Peeta, nunca vi ela agir dessa maneira, sempre foi extrovertida. Me viro para olhar pra ele, encaro o seu rosto, só vejo preocupação.

– Você encontrou Haymitch?

– Sim, estava caído próximo ao limite do Distrito 12. Fedia a bebida e sussurrava um nome. Effie, era o que ele dizia.

– Effie? Tem certeza? - Questiono.

– Sim. Levei ele para casa, dei banho e deixei ele aos cuidados de Hazelle. Amanhã irei vê-lo e perguntar o que aconteceu.

– Ok. Eu também vou.

********

Peeta me beija ferozmente, a luz fraca do nascer do Sol entra pela nossa janela, posso ver o seu corpo nu. Eu quero ele. Eu preciso, mas as dúvidas ainda não abandonaram minha cabeça.

– O que você foi fazer no Edifício da Justiça? - Pergunto interrompendo nosso beijo.

– Quem te contou?

– Posy.

Ele fecha a cara, posso ver um brilho de raiva nos olhos dele.

– Comprei um prédio comercial, era pra ser uma surpresa. Eu pedi pra Posy não dizer nada. Queria contar quando estivesse tudo pronto.

– Ela deve ter esquecido. - Falo. - Pra que você quer um prédio comercial?

– Vou montar uma padaria, sabe, sei que somos ricos e não precisamos nos preocupar, mas quando morrermos o dinheiro acaba. Não quero que nosso filho passe necessidade.

Meus olhos se enchem de lágrimas, o bebê nem nascera e Peeta já se preocupava com ele. Vai ser um ótimo pai.

Beijo o seu rosto, depois os lábios. O agarro, trago ele para junto do meu corpo, agora eu quero ele mais do que nunca. Ele toca meu corpo suavemente, acaricia meu ventre. Como esta criança tem sorte de ter um pai como ele.

Envolvo minhas mãos nas omoplatas de Peeta, seguro com força. Ele está por cima de mim, começa a me penetrar devagar, depois mais rápido e com mais força. Ele sabe como eu gosto. Sabe me amar e me fazer feliz.

Ele me toca, brinca com os dedos por todo o meu corpo, o deixo explora-lo como quiser. Eu também gosto de toca-lo. Como eu o amo, somente ele.

**********

Levantamos felizes, Peeta me pega no colo e me leva até o banheiro, fazemos amor de novo , dessa vez no chuveiro. Nos vestimos juntos.

– Está com fome? - Ele pergunta.

– Sim, você me deixa com fome. - Falo, vou até ele e grudo sua boca na minha.

– Vou fazer alguns pães , vou leva-los para o Haymitch. Você pode esperar?

– Claro. Podemos tomar café na casa dele, assim garantimos que pelo menos uma refeição ele irá fazer.

– Tudo bem, ótimo ideia.

Dou mais um beijo nele e começo a seguir em direção a porta. Subo a estrada da Aldeia dos Vitoriosos, chego na casa de Haymitch , entro sem bater.

– Ele te mandou aqui? - Ele me pergunta. Levo um susto não notei a presença dele na sala.

– Não Haymitch, eu vim porque me preocupo com você. - O abraço ele começa a chorar como uma criança.

– Eu quero ir vê-la, eu a amo. - Disse ele.

– De quem você está falando?

– Effie, estou falando de Effie. Sempre a amei, meu orgulho me impediu de ficar com ela, agora que estou velho não tenho mais nada a perder. Vou atrás dela, estou tendo pesadelos com ela. Pesadelos terríveis, nos quais a perco para sempre. Não vou deixar isso acontecer.

Fico pasma, nunca imaginei que Haymitch era apaixonado por Effie. E agora ele quer ir atrás dela. Na Capital. Quando me preparo para consolar ele, Peeta invade o cômodo e me dá a pior notícia possível.

– Katniss sua mãe está em casa.

Apenas fecho a cara. Tenho certeza que com a volta da minha mãe , voltarão também as lembranças que eu luto para esquecer.


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Notas finais do capítulo

Só quero agradecer as pessoas que estão lendo esta história, são vocês que me dão motivação para escrever. Muito obrigada.