– Filha, já terminou de arrumar suas malas? - minha mãe perguntou entrando no meu quarto - Você está arrumando agora? Eu te disse pra arrumar isso mais cedo, mas você não me escuta - ela disse brava

– Já to terminando, mãe - eu terminei de fechar a minha mala - Pronto! Agora me de licença, que eu preciso me arrumar - ela saiu do quarto dizendo "pra mim não demorar muito, se não iremos perder o trem". Fechei a porta e escolhi uma roupa e me troquei.

Desci as escadas e minha mãe estava andando de um lado para o outro. Ela me viu sem as malas e quase teve um treco (e eu não to brincando)

– Cade as suas malas? Por Merlin, não vamos conseguir pegar o trem - se fosse em outra ocasião eu riria dela, mas eu to muito ansiosa e com sono pra isso

– Elas estão lá em cima, não vou conseguir descer elas sozinha. Sem contar que tem a gaiola de Hero (minha coruja) - ela subiu as escadas e quase me derrubou - Não precisava quase me derrubar, né? - eu murmurei enquanto subia

Ela pegou uma das minhas duas malas grandes e eu peguei a outra e a gaiola de Hero. Descemos com as malas e a gaiola.

– Agora já podemos ir não é? - eu assenti - Ótimo

Ela estacionou o carro em frente a estação King's Cross.

Procurei com os olhos a plataforma 9 ¾. Mas não a achei.

– Mãe você tem certeza que a plataforma é 9 ¾? Porque do 9 já vai pro 10 - ela não me respondeu e nós paramos em frente a uma parede entre a plataforma 9 e 10 - Mãe? - eu a olhei

– Aqui é a plataforma 9 ¾ - ela olhou pra parede

– Não, essa ai é a parede - ela abriu um sorriso

– Você tem que atravessar a parede, filha - o que?

– Ta louca? Eu não quero me machucar - cruzei meus braços

– Você não vai se machucar, filha. Escuta o que eu to te dizendo, é só correr até a parede - eu descruzei os braços - Nada vai te acontecer, acredite em mim - eu assenti - Agora pegue o seu carrinho e faça o que eu disse - peguei o carrinho - Agora vá um pouco para trás e depois corra em direção a parede - eu fiz o que ela disse, só que de olhos fechados.

Abri meus olhos e vi que estava realmente na plataforma 9 ¾. Abri um pequeno sorriso.

– LUIZA! - ouvi alguém gritar, olhei pra trás e era Jolie, que me abraçou

– Oi, Jolie. Ah e obrigada, agora todos sabem meu nome, literalmente - eu murmurei e ela riu

– Seu bom-humor me comove - ela me soltou e eu revirei os olhos - Vamos pro trem? - eu assenti

Nós procurávamos uma cabine vazia, mas estavam quase todas ocupadas e cheias e quando não estava totalmente, Jolie não aceitava sentar, porque estava com algumas pessoas da Grifinória e ela se recusava a ficar no mesmo lugar que uma pessoa da Grifinória (o que eu acho ridículo, diga-se de passagem).

Finalmente achamos uma totalmente vazia, nos sentamos. Eu peguei meu fone e comecei a escutar In Bloom - Nirvana. Jolie pegou um livro e começou a ler.

Depois de alguns minutos, Jolie se levanta.

– Aonde você vai? - eu perguntei

– Colocar meu uniforme e acho que você deveria fazer o mesmo, já estamos quase chegando - eu assenti e me levantei

O trem parou e eu olhei pra grande escola de Hogwarts. Abri um sorriso.

– Vamos? - Jolie perguntou

– Vamos - eu disse e saímos do trem

Um dos monitores disse para mim e Jolie deixarmos nossa gaiola com ele. Entreguei a ele e Jolie fez o mesmo.

– Alunos do primeiro ano, por aqui - disse um cara alto, tipo muito alto, parecia um gigante (ok, exagerei um pouco). Eu olhei curiosa para ele e ele notou - Oh" Você deve ser a Senhorita Riddle, não é? - eu assenti - Você vem comigo também

– Tudo bem - eu disse

– É aqui que nos separamos, até mais - Jolie disse e eu a olhei curiosa

– Como assim? - eu perguntei, não quero ficar sozinha aqui e ainda mais que eu sou a única mais velha, pelo menos é o que parece

– Os alunos do primeiro ano chegam á Hogwarts de um jeito, digamos que diferente - ela abriu um sorriso

– Como assim diferente? - seu sorriso se alargou mais, até parecia o Coringa

– Diferente, oras. Agora, tchau - ela me abraçou e foi pra sei lá aonde

Andei até perto do gigante, junto com aquelas crianças. Eu estava morrendo de vergonhas, afinal eu era a única ali que tinha 14 anos e pelo o que minha mãe me contou o normal seria eu ter ido pra Hogwarts aos 11 anos.

Ele nos levou até ao que parecia ser um lago com alguns barcos.

– Alunos, eu sou Rúbio Hagrid, guarda-caça e guardião das terras e da chave de Hogwarts. Se dividam em grupos de 4 e entrem no barco - ok, agora eu to ferrada. Com quem eu vou fazer o grupo?

– Oi - eu ouvi uma voz dizer, olhei pro lado e era uma menina de cabelos pretos lisos e olhos castanhos - Sou Alice McField - ela estendeu a mão

– Luiza Riddle - eu peguei em sua mão, até que para uma criança ela era bem..educada

– Será que quer ir no barco com a gente? - ela disse e ai eu percebi mais duas pessoas ao seu lado. Uma era uma menina de cabelos loiros cacheados e olhos verdes e a outra era um menino de cabelos castanhos jogados para o lado e olhos também castanhos.

– Tudo bem - ela sorriu e entramos no barco

Depois de todos sentados o barco começou a se mexer, até ai tudo bem se não fosse por ele estar se mexendo sozinho. Alice olhou pra mim e para os seus amigos

– Ah Luiza, esses são meus amigos: Abigail Garden e Steven Stucker - eles sorriram - Abigail e Steven essa é a Luiza Riddle - eu sorri de volta e murmurei um "oi"

– Luiza, você tem quantos anos? É que não parece ter 11 - Abigail perguntei e eu fiquei nervosa

– Tenho 14 - eles se assustaram, menos Alice

– Nossa! E porque está vindo para Hogwarts agora? - dessa vez foi Steven a perguntar

– Eu não sei - antes que eles fizessem mais alguma pergunta Alice se intrometeu

– Chega de perguntas!- todos ficaram quietos e eu a agradeci com os olhos, recebendo um sorriso em troca

Uns segundos depois entramos em um tipo de caverna e logo depois os barcos pararam em um tipo de plataforma, para descermos. Saímos do barco e essa plataforma levava até uma escada, o tal Rúbeo Hagrid nos guiou até encontrarmos com uma senhora. Alice e os outros estavam do meu lado. Só que Abigail e Steven conversavam aos sussurros.

– Alunos do primeiro ano - ela disse e os dois ficaram quietos - Eu sou Minerva McGonagall, professora e vice-diretora de Hogwarts. Me sigam - ela saiu andando e Abigail e Steven voltaram a sua conversa.

– Fiquem quietos! - Alice murmurou

Nós seguimos a McGonagall, como Jolie tinha a chamado enquanto me contava sobre Hogwarts. Ela então parou de repente em frente á uma enorme porta.

– Assim que adentrarmos o salão vocês serão selecionados em uma casa, que são: Lufa-Lufa, Grifinória, Cornival e Sonserina. Suas casas serão como suas famílias, durante as atividades vocês podem receber pontos ou perder pontos para a sua casa e no final do ano a casa com a maior pontuação leva a taça das casas. Agora esperem aqui um momento - ela saiu sem dizer mais nada

– Então, Luiza, qual casa você quer ir? - Steven perguntou

– Não sei e vocês? - eu respondi

– Quero ir para a Lufa-Lufa - Abigail disse confiante

– Grifinória - Alice respondeu sorrindo

– E eu quero ir para a Cornival - Steven disse e logo a McGonagall voltou

– Formem duas filas - ela disse. Assim que formamos a enorme porta se abriu, revelando o grande salão, ela adentrou o salão á frente de nós.

Eu com certeza deveria estar vermelha de vergonha. Paramos em frente a um banquinho que tinha um chapéu (velho)em cima do mesmo. Então com um rasgo o chapéu adquiriu um tipo de boca. Arregalei meus olhos quando ele começou a cantar. Olhei para as mesas e então meus olhos se cruzaram com um par de olhos verdes. Ficamos nos olhando por alguns segundos até ouvir a McGonagall dizer o primeiro nome.

– Jennifer Strall - então uma menina baixinha e morena se sentou no banquinho. Ela ficou alguns segundos com o chapéu - Sonserina - ela abriu um sorriso e a McGonagall tirou o chapéu. Ela foi até uma mesa que estava batendo palmas.

– Alice McField - ela abriu um sorriso e se sentou no banquinho. O chapéu ficou alguns segundos na sua cabeça até dizer - Grifinória - eu abri um sorriso por ela, que caminhou até a mesa da Grifinória, sem tirar o sorriso do rosto.

– Steven Stucker - ele se sentou no banquinho - Cornival - ele abriu um sorriso, parece que eles estavam realmente indo para as casas que queriam.

– Johnny Martin - um garoto de cabelos loiros e olhos azuis se sentou no banquinho - Sonserina - ele foi até a mesa sob os aplausos da mesa da Sonserina.

– Abigail Garden - ela sentou com um sorriso discreto - Lufa-Lufa - então seu sorriso se alargou e ela foi até sua mesa.

– Luiza Riddle - minhas mãos suavam. Me sentei no banquinho e a McGonagall colocou o chapéu em minha cabeça. Eu devia estar muito corada

"Se acalme, não precisa ficar tão nervosa. Sou o chapéu seletor" a voz disse na minha cabeça, o que me fez ficar mais relaxada "Hum.. Deixe me ver.. Inteligente, corajosa e gosta de ajudar os outros, mas também tem um gênio muito forte. Já sei em qual casa te colocar"

– GRIFINÓRIA - ele gritou e a McGonagall tirou o chapéu da minha cabeça. Me levantei e fui até a mesa que aplaudia. Olhei para a Jolie que estava com os braços cruzados e parecia com raiva, acho que isso não ia ser muito bom. Me sentei ao lado de Alice, que estava com um sorriso que era capaz de rasgar seu rosto.

Então um senhor com uma barba enorme e branca se levantou, pelo o que minha mãe me disse aquele era Dumbledore, diretor de Hogwarts. Ele começou a fazer um discurso.

– Que se inicie o banquete - eu abri um sorriso, estava morrendo de fome.

Então surgiram um monte de comida, tinha muita comida mesmo. Acho que vou gostar dessa escola!

– Oi - ouvi uma voz feminina dizer, olhei para o meu lado aonde tinha uma garota com cabelos castanhos e meio armados

– Oi - eu voltei a atenção para a minha comida

– Sou Hermione Granger - ela sorriu

– Sou Luiza Riddle - eu sorri de volta

– Rony, como é que você consegue comer tanto? - ela perguntou e um garoto ruivo de olhos verdes respondeu

– Eu to com fome - ele disse de boca cheia

– Não fale com a boca cheia! - ela brigou

– Cheguem os dois! - um garoto de cabelos castanhos com um óculos disse. Ele era bonito. Eu o reconheci, era dele aqueles olhos verdes que eu tinha encarado. Eu corei com a minha descoberta

– Ele é bonito, não é? - Alice disse e eu a olhei confusa

– Ele quem?

– O garoto que você estava encarando - eu assenti

– É bonito mesmo, mas qual é o nome dele? - ela sorriu

– Harry, Harry Potter