Potter você é a minha escolha escrita por Lily Potter


Capítulo 14
Capítulo 14 - O monstro que vem com o luar


Notas iniciais do capítulo

Pessoooas! Oii :))
Eu demorei pra postar eu sei, mas por fim ele saiu. Eu não sei se vocês vão gostar do que vão ler ou se não foi assim que vocês imaginaram que seria a continuação... Mas taí!! Espero que gostem!! Boa leitura!



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E foi o barulho do impacto de um dos galhos do Salgueiro que fez com que Severo despertasse do transe que o gosto da vingança lhe proporcionara, e foi com uma agilidade desconhecida que ele conseguiu rolar para o lado para somente se deparar com outros galhos. E então um uivo e barulhos vindos de algum ponto distante. O que raios eles faziam ali? Os poucos segundos que perdera pensando lhe custaram uma dor excruciante em uma de suas pernas, no exato local em que a outra rodada de galhos o acertara.

A árvore continuara a investir toda a sua força contra o alvo que lutava para desviar de seus ataques. Tiago expressava toda a fúria possível o que pareceu motivá-lo a se mover por entre o gramado iluminado somente pela luz do luar. Sabia que Remo estaria ali logo se não houvesse silêncio. Não sabia se iria dar certo, mas era o único modo de paralisar a árvore ou, se conseguisse, afastar Snape dela, sem que os outros dois precisassem se transformar na frente do outro. Jogou seu corpo no chão se desviando dos ataques que a árvore começara a investir contra ele, alcançando o pé da árvore. Se conseguisse paralisá-la seriam precisos somente alguns segundos para que Remo saísse sem nada a impedi-lo, porque não havia sombra de dúvidas de que aquele par de olhos amarelados estaria ali logo, logo. Foi ai que se voltou para Snape que estava a alguns metros de distância dele.

DEPULSO! - Gritou com toda a força o primeiro feitiço que lhe veio à mente esperando que fosse tão forte a ponto de jogá-lo para uma área segura. - Estupore! - Ordenou ainda na direção de Severo que tombou para o lado desacordado. - Paralisa essa droga! - E um leve farfalhar na grama mostrava que Pedro havia se transformado no diminuto rato acinzentado e ido em direção à passagem. E o silêncio se instalara, ao menos por parte da árvore. De algum ponto do túnel era possível ouvir Remo. E com apenas um olhar para o amigo, Sirius se transformara no imenso cão preto e sumira nas profundezas do solo.

Não sabia o que fazer. De um jeito ou de outro ele viu toda a cena, só Merlin pode julgar o tanto quanto Snape sabia. Se descobrira que eles saiam à noite devia ter notado alguns fatores como sempre ser lua cheia. Sempre uma vez por mês. Não sabia. Podia apagar sua memória, seu corpo já se encontrava inerte no chão mesmo, mas correria o risco de por ventura ou por milagre alguém desfazê-lo. Dumbledore iria descobrir de uma forma ou de outra, se é que ninguém estava se encaminhando para os jardins com tamanho barulho que o contato dos galhos com o gramado e os uivos de Remo geraram no silêncio arrebatador.

– Quando alguém te disser pra cuidar da sua vida você escuta, seu idiota. - Murmurou Tiago. - Wingardium Leviosa! - Murmurou para a calada da noite e seguiu caminho para o castelo em passos longos, quando mais rápido acabasse melhor.

– Boa noite, senhores? - Disse sorrindo abertamente, fitando os outros dois através de seus oclinhos de meia-lua. - Eu estava em meu escritório saboreando meu chá quando de repente ouvi um estardalhaço completo vindo dos jardins e decidi esticar as pernas um pouco, mas vejo que o senhor encontrara o caminho até mim, não? Temos um imprevisto com o senhor Snape decerto. - Prosseguiu notando que Tiago arfava de fúria, mal conseguindo pronunciar nada. - Melhor acordarmos ele, não acha? Faça você mesmo, creio que você conjurou o estupore. - Tiago concordou com um leve balançar de cabeça.

Ennervate! – E, lentamente, Severo abriu os olhos e se assustou com o fato da mudança repentina de cenário.

– Boa noite senhor Snape.

– Bo-boa noite... Professor Dumbledore. - Disse com um fio de voz, tentando entender a situação toda, abrindo a boca para proferir algo quando a realidade lhe acertou.

– Antes que diga alguma coisa que eu já sei, quero saber o porquê do senhor estava andando pelos corredores sabendo que é proibido, mesmo para um monitor.

– Sim senhor. O Potter e seus amiguinhos tem feito isso, ao menos desde que eu descobri, desde o começo do ano letivo. Sempre...

– Sempre quando havia lua cheia?

– Sim, senhor.

– Creio que sabe o que essa lua traz a uma noite por mês, não?

– Sim, senhor.

– Então sabe que lobisomens são homens que se transformar? - Severo balançou a cabeça em concordância. - Sabe quem se transformou essa noite?

–Somente um dos quatro não estava ali...

– Somente um dos quatro não estava ali. Correto. - Repetiu Dumbledore. - Sabe o que vem agora? - O garoto negou. - Sigilo.

– Sigilo?! - Indagou em completo estupor. - O senhor... O senhor já sabia?

– Ah claro meu rapaz. Fui eu quem permitiu que o senhor Lupin estudasse nesta instituição. Você não vai querer estragar esses seis anos em que guardamos esse segredo tão bem, vai? - Brincou Dumbledore.

– Sim, ele vai professor, não tenho sombra de dúvidas. Poderíamos lançar um obliviatus nele, mas...

– Poderia ser desfeito. Correto.

– Não haveria necessidade de nada disso. O Salgueiro estava ativado e, com sua lerdeza excepcional, teria sido despedaçado se eu não tivesse te empurrado.

– Como se você tivesse feito isso porque queria.

– Não. Fiz porque era o certo e diferente de você eu não deixaria uma pessoa morrer graças à estupidez dela!

– As consequências serão igualmente aplicadas ao senhor se este assunto vazar desta sala, saiba disso. Não precisamos que as coisas fujam do nosso controle. - Disse Dumbledore elevando a voz fazendo com que os outros dois se calassem. - Sigilo mais do que total. Ninguém, absolutamente ninguém deverá saber disso. Vai me dar a sua palavra, jurar que não contará a ninguém? - Disse fitando Snape que depois de alguns longos segundos ponderando o que fora dito confirmou:

– O senhor tem a minha palavra.

– Assim espero. Quando se esquecer de sua promessa, lembre que isso teria lhe custado a vida.

– Sim, senhor professor. - Murmurou Severo no mais profundo ódio.

– Ótimo. Agora, por favor, peço que se direcione para seu dormitório, meu caro. E lembre-se: sigilo total. - Disse fitando Snape profundamente, este se virou e fechou a porta com um clique atrás de si, sangue pulsando-lhe fervorosamente por todo seu corpo.

– Agora, senhor Potter, onde estão o senhor Black e o senhor Pettigrew?

– Eles foram atrás do Remo, professor.

– Acha que eles dão conta?

– A noite inteira? Acho que não...

– Pode ir então. Espero que tenha uma sorte maior do que teve nos últimos acontecimentos.

– Obrigado, professor. Boa noite.

– Boa noite.

–Decididamente patético. - Disse Pedro quando os primeiros raios da manhã estavam prestes a dar sinal e eles adentraram o dormitório masculino depois de deixarem um Remo totalmente desacordado na Ala Hospitalar.

– Patético é o fato de você ter contado a ele Sirius! Você praticamente o convidou pra tomar chá lá!

– E eu tenho culpa?

– Tem! Primeiro que se você não tivesse armado pra ele, porque sim você armou pra ele. Já pensou no que teria acontecido se não tivéssemos chegado? Se eu não tivesse tirado aquele monte de ovos de fada dormente do campo de combate daquela coisa viva? Já pensou se você não tivesse conseguido se transformar a tempo? Ou qualquer outra coisa? Ele ainda estava lá, desmaiado, mas estava!

– Quer que eu faça o quê? Eu sei que a culpa foi minha, sei que ele ter descoberto foi minha culpa. Mas eu tenho culpa se ele decidiu ir descobrir os segredos da árvore justamente hoje? A ideia era ele se estatelar todo com a árvore pra aprender o que é bom, não isso.

– Como se isso fosse pouco.

– Não, vou deixar o Remo fazer isso. Ou você acha que ele não precisa saber disso também? - Indagou Tiago, furioso.

– Gente, ele continua vivo. E jurou para o Dumbledore e coisa e tal. Deixa quieto. - Opinou Pedro.

– Deixar quieto? - explodiu Tiago.

– É, deixar quieto. Não precisamos acordar a torre, não é? Falamos com o Remo depois. - Disse Sirius se jogando na cama. - Que horas são? - Perguntou ele, depois que Tiago decidiu tomar um banho.

– Quase cinco. -Murmurou Pedro consultando o relógio na cabeceira de sua cama.

– Você sabe ver as horas... Pensei que não sabia, ué. - Murmurou para o amigo depois que o outro fechou a cara, rindo baixinho.

– Perder as próximas aulas até o almoço é um sonho inalcançável... - Comentou para ninguém.

– Por quê? Pensei que íamos dormir agora.

– Porque o Snape tá por ai com a língua prestes a dar pelos dentes. - Disse Tiago.

– Eu sei que você está nos seus dias e coisa e tal, mas quer um conselho? Não ande pelo dormitório seminu, há coisas que não podem ser desvistas pra nossa tristeza.

– Pare de reclamar do meu corpinho angelical e arranje o que fazer Almofadinhas. - Brincou com amigo, vestindo a camisa de um pijama.

– Devíamos ter passado na Ala Hospitalar... - Comentou Tiago. - Se tivéssemos acordado mais cedo teríamos tempo pra passar lá.

– Mas não acordamos e é aula da Mimi e já estamos mais do que atrasados, sabe... - disse Sirius enquanto os três corriam pelos corredores para a inalcançável sala de Transfigurações.

– Ora, ora. Vejamos quem chegou atrasado. Vejamos... Perderam a hora? Si perderam? Um trasgo veio do além e bloqueou a passagem? - Indagou a professora energicamente.

– Só atrasados mesmo, adorada professora que reside em nossos corações. - Disse Sirius alterando sua voz para o quê ele pretendia ser um tom fofo.

– Precisam que eu os leve aos seus lugares por acaso? - Disse McGonagall, no mesmo tom inflexível, fazendo com que eles se sentassem. - Obrigado. Bom, retornando. Para se compreender o uso deste feitiço, muitos bruxos o associaram ao que os trouxas chamam de “lâmpada do gênio” porque, uma vez executado certo, transformara o objeto em mãos no que se deseja e de acordo com o que a situação pede, porém, se executado errado, poderá vir a se transformar em algo que só venha a prejudicar a situação...

– Mas, creio eu, que tentar se manter acordado é uma coisa bem mais difícil, não senhores Potter e Black? - Disse, minutos depois ao se aproximar furtivamente dos dois que se encontravam recostados no tampo da mesa.

– Sim? - Disse Tiago, acordando assustado o que o restante da sala rio. Percebendo a situação ele deu um empurrão em Sirius que se desequilibrou e caiu pela lateral da cadeira, arrancando mais risadas.

– Poxa, precisava disso não cara... - Comentou Sirius no chão.

– Desculpa... - Comentou Tiago contendo o riso.

– O que quê foi? - Perguntou Anne se se sentando à mesa da Grifinória no almoço daquele dia, notando os olhar fixo de Tiago em algum ponto do outro lado do salão. - Andaram se vendo ultimamente? - Indagou quando viu para que sonserino Tiago fixara o olhar.

– Nossa, muito mesmo! - Disse cínico, se sentando ao lado dela.

– Vocês não vão parar nunca? - indagou Kate.

– Não enquanto ele respirar o mesmo ar que eu. - Disse Tiago.

– Por que você implica tanto com ele? - Indagou Lily.

– Por que você defende tanto ele? - Rebateu o garoto.

– Porque...

– Porque...? Tá na cara, não? Você sente alguma coisa por ele.

– Claro que eu sinto! Ele foi meu amigo, meu melhor amigo até...

– Até ele mudar? - Disse excentricamente.

– Até ele mudar. - Repetiu. - Mas você deve estar se deliciando com isso não?

– Não, eu não estou. Porque eu sei que tem mais coisa ai. Eu não sou cego Lily e nem me esqueci dos inúmeros dias em que você se encontrava após as aulas com ele.

– Não é cego? O Pontas? - Brincou Sirius baixinho.

– Cala a boca Sirius.

– Não está mais aqui quem falou. - Zombou Sirius contendo o riso.

– Olha, você tem até o direito de estar bravo com ele, e eu não me importo. Não me importo com o que você está bravo ou por que, assim como também não me importo com ele e muito menos com você, ou com a intriguinha infantil de vocês.

– Intriguinha infantil... Você não sabe... Isso já é alguma coisa pelo visto. - Disse ele num tom frio.

– Alguma coisa o quê? - Quis saber Lily a tal altura com o rosto ruborizado.

– Dá pra vocês dois pararem? Credo, parecem eu brigando por sapos de chocolate. - Disse Kate. - Pera, porque eu estou pondo ordem na coisa toda? O Remo quem faz isso, cadê ele?

– Hm... Ele estava meio indisposto de manhã, passou na Ala Hospitalar e preferiu voltar para o dormitório. - Disse Sirius prontamente.

– Por que você se sente na posição de sempre responder minhas perguntas? - Indagou Kate.

– Eu só estou sendo educado ué, não pode mais?

– Vocês dois são um exemplo digno de que estresse pega como praga em mandrágora. - Comentou Anne.

– Então foi isso o que eu “perdi”? - Disse Remo quando os amigos foram visitá-lo no tempo livre do almoço e puderam voltar com o amigo para o dormitório, em busca de um lugar vazio onde pudessem contar o que aconteceu na noite passada.

– Você não está bravo, isso é um perigo. - Disse Sirius.

– Não estou bravo, estou preocupado. Não acho que Snape vai conseguir guardar segredo...

– Talvez ele guarde no sentido de não falar abertamente, mas não duvido que ele vá tirar onda quando nos ver agora, principalmente com você já que...

– O monstro sou eu.


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Notas finais do capítulo

Eu continuo com a nossa playlist, não sei se vocês ouvem mas tudo bem, respeito o estilo de cada um. A de hoje é (que toquem os tambores) : Castle of Glass - Linkin Park.
Lembrando que posto quando houver comentário. Bjss