Potter você é a minha escolha escrita por Lily Potter


Capítulo 12
Capítulo 12 - A palidez da lua


Notas iniciais do capítulo

Oiiiie!! Estou muito feliz, realmente muito feliz, slá, adoro os comentários de vocês, são tão fofos. Muito obrigado mesmo. Bom, aqui está o novo capítulo. Eu ia postar ontem mas meio que dormi e não consegui... Bom feriado e uma ótima leitura!!



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Sentia sua garganta se fechando na leve pressão agonizante. O via ali, sendo torturado. Não sabia quem era o dono da varinha agressora, nem o que fazer. Seus gritos pareciam ecoar por todo o terreno e mesmo assim tudo estava numa quietude anormal. Tinha que parar o agressor, detê-lo... Ou ele morreria, não aguentaria muito mais. Não se lembrava de como eles chegaram ali, ou o que levou a tudo aquilo, só sabia que estava presente. Alguém a tocara no ombro. Chegara sua vez. O agressor parecia impaciente e a chacoalhava, enquanto ela parecia ter se descontrolado por fim.

Ela tinha que fazer algo, sacar sua varinha, sim, mas que feitiço? Sua mente parecia estar numa espécie de paralisia indeterminada e nada lhe ocorria senão se jogar na frente dele e tomar a dose por ele... Foi tempo demais... Os poucos segundos em que pensava aflitamente foram precisos para o golpe final. Ouvira o grito, e uma sensação de desespero se apoderava dela, uma sensação de um vazio que nunca mais seria completo, e então o seu nome, longínquo, que a enchia de medo a cada letra pronunciada...

– LILY! - Chamava-a Kate ao perceber que ela parecia dar algum sinal de vida. - Até que enfim!

– Kate...? Que foi?

– Que foi? Você chega e vai acordar a pessoa de boa e leva de graça uma bordoada na cara, legal a vida. In-gra-ta! É isso o que você é Lílian Evans.

– Foi você quem gritou? - Perguntou Lily ainda atônita por causa do que sonhara.

– Quem mais teria sido?

– Sei lá...

– De qualquer forma...

– Jogo de Quadribol? - Indagou Lily. - Olha Kate, desculpa, mas essa eu passo. Eu fui das últimas vezes e prometo que da próxima eu vou.

– Mas e se não tiver a próxima, hein, hein?

– Vai ter. Eu sei que vai. - Disse rindo da cara que a amiga fazia. - Você vai Anne?

– Não! Ela vai se encontrar com o Reminho querido. Suas traíras, me abandonando a cada dia que passa. Deixa vocês... - Brincou fingindo indignação.

– Você consegue acreditar nisso Lily?

– Será possível?

– Katherine Roosevelter...

– A pessoa menos carente...

– Amável e solidária do universo...

– Está querendo a nossa companhia?

– AWWN! Vem cá! - No que as duas amigas começaram a correr atrás da primeira pelo dormitório.

– Eu quero companhia, mas isso não quer dizer que eu queira a de vocês!

– Então por que raios você me acordou??

– Você tava se contorcendo toda e tava pálida, o que por sinal melhorou bastante, e porque eu não quero assistir o jogo sozinha!!

– O jogo, ou a alguém...? - Brincou Anne. Sabia que era questão de alguns segundos até a amiga fechar a cara.

– Uuuuh! Quem seria? Um tal de... Como se chama? B... B... Black?

– Há-há-há muito engraçadinhas vocês viu.

– TIAGO!! ANDA LOGO CARA!! - Os gritos enfurecidos de Sirius eram as únicas coisas que se ouvia no dormitório masculino do sexto ano. Era o dia do jogo, o primeiro jogo da temporada: Grifinória contra Sonserina, e ele parecia ter escolhido justamente aquele dia para enrolar no banho. - Seus cabelos não vão abaixar! Sai daí! - Batia na porta enfurecido.

– Seu yin e yang estão em desarmonia hoje caro amigo? - Questionava Tiago enquanto secava seus cabelos sorrindo marotamente ao ver a feição do amigo.

– Os seus pelo visto acordaram de bom humor hoje, não? - Disse trancando a porta atrás de si.

– Olá caro Remo.

– Deu pra chamar todos de “caro” hoje?

– Talvez sim... Talvez não... A questão é: o que tá rolando entre você e a Anne? Desculpe mas não tem como abordar uma pessoa sobre isso de outra maneira. - Sorriu ao ver que o amigo parara o que fazia ao ouvir a pergunta.

– Entre mim... E a Anne? Nada, por que a pergunta?

– Você me entendeu né? Não que esteja rolando... Coisas a mais e tal, mas, hm... Psicologicamente?

– Psicologicamente? Nada. - Riu o garoto. - Ataque de ciúmes, caro Pontas?

– O “caro” é meu, nem vem! Mas, não, só estou curioso mesmo. E as aulas com a... Como era o nome dela?

– Emmeline? Ela ficava com frescura em relação à Anne participar das aulas, se cansou e inventou uma desculpa qualquer.

– Entendi...

– Aonde quer chegar com isso Tiago?

– Em lugar nenhum, só acho que, se acontecesse alguma coisa, teriam meu apoio, certo?

– Certo... - Comentou Remo ainda atordoado.

– Agora... MEU CARO SIRIUS, VOCÊ TEM MENOS DE MEIA HORA SE QUISER TER TEMPO PRA COMER ALGUMA COISA!

– E A CULPA É SUA! - A voz de Sirius era audível, mas vinha abafada.

– Parecem um casal brigando por nada...

– E você seria a minha amante que eu sei Remito. - Brincou Tiago. - Ah vem aqui, meu amorzinho! - Dizia enquanto o amigo jogava um travesseiro.

– De um lado temos Grifinória e de outro Sonserina, ambas em um acirradíssima disputa para ver quem ganha o primeiro jogo da temporada de quadribol deste ano. E começa o jogo! Sonserina de posse da goles, Plitche perde para Charles, e Grifinória está com a posse da bola! Uh! Balaço rebatido e Charles perde a goles e talvez o sentido de direção também... Isso é falta juíza! - A voz do locutor irradiava por todo o campo e por pouco não era maior que a que emanava da multidão. - Grifinória de posse da goles, de Alexandria para Charles, volta pra Alexandria, de onde Peter surgiu? E é gol!!!! Dez a zero para a Grifinória!! - E a torcida dourada e vermelha parecia irromper como explosivos, se exaltando cada vez mais, por vezes reprimida pela vivacidade da verde e prata, como se competindo para ver quem fazia mais barulho.

E foi ai que ele viu um reflexo dourado, próximo a base do meio da Grifinória. Poderia mergulhar agora, mas qual seria a vantagem? Estavam com dez pontos de diferença, e não podia negar que o outro apanhador pudesse estar mais próximo do que ele. Tinha que arriscar, foi voando bem lentamente, como se estivesse perscrutando o campo à procura do pomo, e então mergulhou. Sentiu todos os olhares submergirem para ele como se os próprios jogadores tivessem parado suas posições e preocupações e foi ai que ele sentiu que meia dúzia de vassouras submergia atrás dele, provavelmente seguidas por tantas outras, mas de nada adiantaria já estava com os dedos entrelaçado sobre a minúscula bolinha com asas esvoaçantes. Fim de jogo.

E com toda a força que pode reunir subiu no ar prevendo que, mesmo que o jogo tivesse acabado, as chances de ele ainda assim se tornar o alvo eram grandes. Era uma sensação surpreendente estar de volta no ar, sentir toda liberdade que ele lhe proporcionava, sentir que nada que estivesse abaixo de seus pés importava, nada além do que encontraria acima de si.

– Por que não me surpreendo com o resultado? - Dizia Sirius animadamente.

– 270 a 110? Podíamos ter feito melhor... - Comentou Jonnatan.

– Dane-se!!! Ganhamos!! Teremos tempo pra nos preocupar com o placar no próximo jogo, não se preocupe. - Bradava Tiago enquanto entrava no vestiário.

– Não se deve contar vitória antes de se...

– Ter certeza? Ga-nha-mos! Com todas as letras. Fique feliz, foi um bom jogo, Jonnatan. - Comentou Charles, um dos artilheiros do quinto ano.

– De qualquer forma, estamos dispensados? - Questionou Sirius.

– Sim, estão. Parabéns! Boa comemoração pra vocês.

– Pra vocês nada, pode ir andando, essa vitória foi sua! - Disse Alexandria puxando-o junto com os outros membros. Os corredores se enchiam de animação e cantos mal ensaiados, mas cantados com toda a força possível. Comemorar depois de um jogo se tornara um ritual. Era uma forma de se desligar das provas, tarefas, e toda a tensão que os cercava.

Era isso que ele sentia, uma espécie de felicidade irreal. O sol que indicava o fim da tarde batia sobre a copa das árvores da floresta dando-lhes um ar mais gracioso do que ele sabia que realmente era, e isso ele sabia mais do que muito bem...

Dezembro de 1975

– Esse é o combinado e ponto Remo, não vai dar errado! - Comentava Sirius.

– E se der? - Questionou Pedro.

– Não vai. Desde o primeiro ano pesquisamos sobre isso, nos aprofundamos no assunto, vai dar certo. - Dizia Tiago.

– Não vai dar certo, vocês vão se meter numa encrenca do caramba por isso? Porque querem se aventurar numa floresta horrenda ao anoitecer sem serem pegos?

– Isso e porque, já que temos um lobinho aqui, somos suas novas babás. - Brincou Sirius.

– Isso é sério. Não preciso que façam isso, eu passei minha vida inteira aturando bem isto, não preciso que vocês também tenham que presenciar.

– Tá tudo resolvido. O Pontas disse que tem os ingredientes que faltam, daqui a dois dias quando formos pra casa dele, os acrescentamos e, como a poção demora pra ficar pronta, trazemos ela de volta e, se nossos cálculos não estiverem errados, na próxima lua cheia você terá companhia. - Finalizou Sirius.

– Como assim você acha que sua mãe pode ter trancado o armário com os ingredientes e escondido as chaves, Pontas? Tem algum boticário por aqui?

– Os pais da Anne moram aqui perto, mas ia atrair muitas suspeitas... - Disse Tiago, impaciente com o fato de sua mãe ter feito aquilo, o armário vivera aberto desde que era pequeno, por que ela o trancou? Será que desconfiava de alguma coisa? - Vamos pedir para Josephier, ele deve saber onde encontrar...

– Só mais algumas horas e ela fica pronta. Bem a tempo, não? - Questionou Tiago notando a aparência pálida e preocupada do amigo.

– Vocês não podem fazer isso. Eu não quero que façam, respeitem isso, por favor.

– Já está feito de qualquer forma...

– Vocês ainda não tomaram e de qualquer forma é bem mais complexo, tem o feitiço e todo o resto. Não podem.

– Não só podemos como vamos. Um maroto não abandona o outro numa aventura dessas, caro Aluado. - Disse Sirius pomposamente.”

Se lembrava, agora olhando para a direção em que o Salgueiro se encontraria, de como foi a primeira vez em que se transformaram em animagos, em como passaram a entrar naquela floresta em perfeito estado e sair de lá quebrados e cansados, mas nunca em comparação a como Remo ficava. Era doloroso só de assistir a sua transformação, ver suas pernas se torcerem e ele se transformar em algo um tanto quanto diferente de um lobo, com toda certeza maior e bem mais forte. Olhando para o amigo, que se encontrava num canto da sala numa conversa divertida com Anne, notava a palidez em seu rosto, o ciclo ia se iniciar dali algumas semanas...


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Notas finais do capítulo

A música desse capítulo é Demons do Imagine Dragons!
Me sugiram músicas, tô precisando retocar minha playlist...
P.S.: o próximo cap tem ligação com este, então façam suas apostas!!



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