Não é o fim, é apenas o começo! – 1ª temp. escrita por Srta Poirot


Capítulo 2
Estranhos na Biblioteca


Notas iniciais do capítulo

Aqui está a segunda parte! Vocês leitores me inspiram muitooooo...



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Anteriormente...

“Doutor”. Donna chamou sua atenção. “Aquela sombra foi embora”.

“Precisamos voltar para a TARDIS”.

“Por quê?”

“Porque aquela sombra não se foi. Ela se moveu.” Sua voz era baixa e séria.

“Lembrete”, disse o robô com rosto humano. “A biblioteca foi violada, os outros estão vindo. A biblioteca foi violada, os outros estão vindo.”

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Um flash de luz forte invadiu o ambiente. Uma das portas na parede se abriu e uma figura usando roupa espacial entrou. Os outros a seguiram e logo tinham seis figuras brancas e estranhas na frente do Doutor e Donna. A figura principal parecia estar no comando e se pôs de frente para eles. Seu rosto ficou visível e, então ela sorriu: “Olá, lindo”, a mulher enrugou de alegria.

“Caia fora”. Disse o Doutor sem achar graça. “Voltem para seu foguete e voem para longe. Diga aos seus netos que entraram na biblioteca e viveram, eles não acreditarão em você!”

“Retirem os capacetes, todo mundo. Temos ‘respiradores’.” A mulher ordenou.

“Como sabe que eles não são androides?” Uma das outras figuras, uma mulher a partir do som de sua voz, perguntou.

“Porque já namorei androides. Eles são um lixo”. Imediatamente os outros retiraram seus capacetes. Além da mulher de cabelos encaracolados, havia um homem mais velho, dois jovens negros, um homem branco de cabelos castanhos e uma bela jovem branca que estava ao lado do homem mais velho.

“Quem são eles?”. Assobiou o homem mais velho. “Você disse que nós éramos a única expedição. Eu paguei por isso”.

“Eu menti”, a mulher de cabelos encaracolados respondeu casualmente. “Eu estou sempre mentindo. Não é obrigado a serem outros”.

“Senhorita Evangelista, eu quero ver os contratos.” A bela moça se atrapalhou por um momento, mas pegou três tiras de papel.

“Você veio da porta norte? Muitos danos?” A mulher de cabelos encaracolados perguntou ao Doutor.

Ele inclinou para ela com as mãos nos quadris. “Por favor, deixe o lugar. Peço seriamente e propriamente, só deix... Espere aí, você disse expedição?”

O homem mais velho grunhiu. “Minha expedição, eu a financiei.”

“Oh, não!” O Doutor gemeu. “Diga-me que não são arqueólogos”.

“Tem algo contra arqueólogos?”. A mulher de cabelos encaracolados queria saber.

“Eu sou um viajante do tempo! Eu aponto e rio de arqueólogos!”

“Ah”, ela estendeu a mão com um sorriso. “Professora River Song. Arqueóloga”.

O Doutor pegou sua mão. “River Song, lindo nome! Como você está saindo, e saindo agora, você precisa criar uma barreira de quarentena. Código-interno do planeta, do planeta inteiro. Ninguém vem aqui, desde sempre. Nem uma alma viva! Nem aqui, nem nunca!” Um movimento lhe chamou atenção. “Pare bem aí! Qual é seu nome?”

“Anita”, a jovem negra respondeu.

“Anita, fique longe das sombras. Não encoste um dedo nas sombras até que volte para sua nave!” Ele deu passos para trás e apontou para os outros. “Todos vocês, fiquem na luz. Encontrem um agradável, brilhante lugar e apenas fique lá.”

Professora Song olhou-o calmamente. Parecia em paz, como se nada estivesse acontecendo.

“Se estão me entendendo”, o Doutor continuou, “pareçam muito, muito assustados”. Ele olhou em volta para as pessoas que o rodeiam. “Não, um pouco mais assustados que isso.” Nada. “Tudo bem, façam isso agora. Você, quem é você?”

“Er, Dave”, disse o jovem. “Sou o outro Dave, porque aquele é o ‘Dave adequado’, o piloto, ele foi o primeiro Dave, por isso, quando nos...”

“Outro Dave, o caminho por onde veio é o mesmo de antes?”

“Sim”, ele respondeu automaticamente. “Oh, está mais escuro. Podia ver de onde viemos, só por um momento e não posso agora”.

“Tranque as portas. Vamos procurar outra saída.”

“Não estamos à procura de uma saída!” O homem mais velho vociferou. “Srta Evangelista?” Ele entregou-lhe uma prancheta.

“Sou a ‘pessoal faz-tudo’ do Sr Lux. Precisam assinar esses contratos aceitando que suas experiências na biblioteca são propriedade intelectual da Corporação Felman Lux.”

“Certo! Me dê aqui!” Recebeu o Doutor. Donna também pegou o contrato. Os dois rasgaram os papeis ao meio e jogaram no chão.

“Minha família construiu essa biblioteca. Tenho direitos.” Sr Lux insistiu.

“Tem uma boca grande, isso sim!” River observou e se virou para o Doutor. “Acha que é perigoso aqui?”

“Alguma coisa veio à essa biblioteca e matou todos nela! Matou o planeta inteiro! Perigoso? Pode ser.”

“Isso foi há cem anos! A biblioteca ficou em silêncio por cem anos! Quem quer que veio aqui, já está morto.”

Ele levantou uma sobrancelha. “Aposta sua vida nisso?”

“Sempre!” River simplesmente respondeu.

O Doutor tomou a lanterna da mão de Lux e foi para longe. “Quase todas as espécies no universo têm um medo irracional do escuro.” O Doutor murmurou para Donna ao seu lado. “Mas eles estão errados, porque não é irracional. É Vashta Nerada.”

“O que é Vashta Nerada?”

“É o que está no escuro, o que está sempre no escuro... Luzes! Precisamos de luzes! Vocês têm luzes?”

“Para quê?”

“Formem um círculo, área segura, maior que puderem, com luzes apontando.”

“Faça como ele diz.” Ordenou River Song.

“Não vai dar ouvidos a ele!!” Sr Lux exigiu incrédulo.

“Aparentemente, vou! Anita, descompacte as luzes. Outro Dave, certifique-se da porta segura, e então ajude Anita. Sr Lux, coloque seu capacete de volta e feche o visor. ‘Dave adequado’, quero que acesse os arquivos da biblioteca, descubra o que aconteceu aqui cem anos atrás.” River ordenou a todos. “Bonitão, você vem comigo.” O Doutor pareceu não ouvir.

“Professora River Song, porque sou o único usando meu capacete?” Perguntou Sr Lux.

“Eu não gosto de você!... Bonitão, comigo, eu disse. Venha pro meu escritório”.

Donna olhou para o Doutor e ele começou a entender. “Oh, eu sou o ‘bonitão’?” Donna confirmou.

River Song retirou de suas coisas um livro azul quadriculado que é parecido com a TARDIS. O Doutor só observava.

“Obrigada”. Ela disse finalmente.

“Pelo quê?”

“O de costume. Por ter vindo quando chamei.”

“Então foi você!”

“Está fazendo um bom trabalho, agindo como se não me conhecesse. Deve existir um motivo.”

“Um bem justo, na verdade.”

“Certo, devemos nos abrir então? Onde estamos nesse momento?” River começou a folhear o livro. “Pela sua cara, eu diria que é cedo para você, não? Então... A queda do Byzantium... Nós já fizemos isso?” Não houve resposta. “Obviamente, isso não o faz lembrar de nada. Certo! Piquenique em Asgard. Já estivemos em Asgard?” Sem resposta. River começou a ficar preocupada. “Obviamente que não. Maldição, muito cedo, então. Hoo, vida de viajante do tempo, não achei que seria um trabalho duro.” Ela viu a seriedade do Doutor e continuou. “Olhe pra você! Tão jovem! Por favor, me diga que você sabe quem eu sou!”

“Quem é você?”

“Os 27 planetas não aconteceu ainda? É por isso que ‘ela’ não está aqui?”

“Ela quem?” Perguntou o Doutor curioso.

Algo mudou nos olhos de River e ela parecia dez anos mais velha e mais cansada. Ficaram em silêncio. Um zumbido distraiu todos eles.

“Desculpe, sou eu. Estava tentando passar do protocolo de segurança e parece que acionei algo.” Anunciou o ‘Dave adequado’.

“Isso é um alarme?” Perguntou Sr Lux.

“Isso é um telefone”

“Estou tentando chegar ao núcleo, mas não está respondendo. Só esse barulho.” Continuou o ‘Dave adequado’.

“Deixe-me tentar alguma coisa.” O Doutor assumiu o computador. “Certo não era isso, vamos tentar algo diferente.” O doutor ativou algumas configurações. Por um momento, nada aconteceu, e, em seguida, uma imagem lentamente nadou em foco. Uma menina estava olhando para eles, uma jovem, talvez oito ou dez anos de idade, com longos cabelos castanhos e olhos castanhos. Eles podiam ver uma sala atrás dela, que parecia ser uma sala de estar com sofás, estantes e pinturas na parede. “Olá?”

“Olá!” Respondeu a garotinha. “Você está na minha televisão?”

“Bem, não, eu estou... estou no espaço. Estava tentando atingir o protocolo de segurança.”

“Eu conheço você! Estava na minha biblioteca.”

“Sua biblioteca?” A imagem começou a falhar até que sumiu completamente do visor. “Não”

“O que aconteceu? Quem era ela?” Questionou River.

“Preciso de outro terminal. Continuem com as luzes! Precisamos delas.”

“Vocês o ouviram, pessoal! Que haja luz!” River o seguiu até o terminal do outro lado da sala. Seu diário azul ainda estava próximo ao teclado onde ela tinha deixado da última vez. O Doutor olhou para o diário que o lembrava a TARDIS. Ele estendeu a mão e o pegou, mas River tomou de sua mão.

“Desculpe. Não está autorizado a ver dentro do livro. É contra as regras.”

“Que regras?”

“Suas regras.”

“Então você tem me visto antes”

“Sim, muitas vezes!” Ela arqueou uma sobrancelha e se afastou dele.

Livros começaram a voar da estante e um deles quase bateu no rosto de Anita.

“O que é isso?” O Doutor perguntou quando sentiu a inquietação da equipe. “Eu não fiz isso. Alguém fez isso?” Todos negaram. Sua tela ainda lia ‘acesso negado’, mas ‘CAL’ estava escrito acima. “O que é CAL?”, perguntou ele. Depois de alguns minutos, os livros simplesmente pararam.

Srta Evangelista ficou muito inquieta e Donna decidiu ir até ela. “Você está bem?”

“O que é isso? O que está acontecendo?” Perguntou a menina chorosa.

“Eu não sei. Oh, e obrigada por querer ajudar com as luzes. Eu vi quando você se ofereceu.”

“Eles não me querem! Eles acham que sou estúpida, porque sou bonita.”

“Claro que não! Ninguém acha isso.” Donna tentou reconfortá-la.

“Não, eles estão certos. Sou estúpida. Meu pai me disse que eu tenho o QI de um plâncton e fiquei agradecida com isso!”

“Viu? Isso é engraçado!” Donna disse com uma risada.

“Não eu realmente fiquei agradecida. Isso é engraçado?”

O sorriso deslizou pra fora do rosto de Donna. “Não!” Livros começaram a voar novamente.

“O que está causando isso? É aquela garotinha?” River perguntou ao Doutor.

“Mas quem é essa garotinha? Qual a relação dela com esse lugar?” O Doutor queria saber.

O Doutor agora estava sentado no topo da mesa. “Como o núcleo funciona? Qual é o fundamento? O que é CAL?”

“Pergunte ao Sr Lux.” Respondeu River Song.

“Sinto muito, mas não assinou os contratos de experiência pessoal.”

”Sr Lux...” Começou o Doutor com a voz razoável e um pouco perigosa. “Agora mesmo, está mais em perigo do que já esteve em toda a sua vida! E está protegendo uma patente?”

“Estou protegendo o orgulho de minha família!” Respondeu friamente.

“Bem, isso é engraçado, Sr Lux. Eu não quero ver todo mundo nesta sala morto, porque um idiota acha que seu orgulho é o mais importante!”

“Então, por que não assina o contrato?” River perguntou com um quase sorriso. O Doutor se virou e olhou para ela. Ela sustentou o olhar e sorriu plenamente. “Também não assinei. Estou ficando pior do que você!”

“Ok, vamos começar do começo. O que aconteceu aqui? Há cem anos atrás, o que fisicamente aconteceu?”

“Havia uma mensagem da biblioteca.” Disse River. “Somente uma: ‘as luzes se foram’. Então o computador travou o planeta e não houve mais nada.” Neste momento, um painel de madeira na parede se abriu e srta Evangelista hesitantemente entrou. Ela sabia que ninguém iria prestar atenção, que seria ignorada como as outras vezes, mas queria profundamente provar que não era tão inútil como pensavam.

“Levou três gerações da minha família, apenas para decifrar os códigos e voltar até aqui.” Continuou Sr Lux.

“Tinha outra coisa na última mensagem.”

“Isso é confidencial!”

“Eu confio nesse homem! Com minha vida. E com tudo mais!”

“Você acabou de conhecê-lo!”

“Não, ele que me conheceu!” Ela pegou um dispositivo e mostrou ao homem em quem confia. “São os dados extraídos da mensagem.”

“4022 salvos. Sem sobreviventes.”

“4022 era o número exato de pessoas que estavam na biblioteca quando o planeta foi selado.”

“Mas como 4022 pessoas foram salvas se não houve sobreviventes?” Donna queria saber.

“É por isso que estamos aqui. Para descobrir.”

“Wow, você soa como o Doutor!” Disse Donna olhando para River.

Sr Lux interveio. “Mas até agora, não descobrimos nenhum corpo!”

Um grito quebrou a conversa e eles saíram correndo na direção de onde o grito veio.


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