Má hora para o silêncio?

– Estão nos dizendo que atacou você-sabe-quem com um feitiço que eu ensinei? – O garoto respondeu a pergunta de Annabeth com um aceno de cabeça. – Estou muito orgulhosa de você, cabeça de alga!

Ela abraçou-o cheia de orgulho. Hermione também estava impressionada pelo que ele havia feito. Mesmo assim Percy lembrou que Firenze não revelou apenas coisas boas.

– Eu estava pensando em uma coisa. – disse. – e se não for para ele mesmo que o Snape quer a pedra, se for para Valdemort?

– Faz sentido. – Hermione concordou. – Mas se ele quiser mesmo a pedra vai ter que passar por várias provas, inclusive uma que ele mesmo fez.

Percebendo a confusão dos amigos ela explicou.

– Hagrid disse para mim que não era Snape que queria a pedra, afinal ele é um dos professores que a protege. Isso significa que depois de Fofo haverá mais desafios. – falou.

Mas é óbvio que os garotos continuaram acreditando que Snape era o vilão de toda a história.

– Mesmo assim, ele pode passar pelas outras provas. – Harry ressaltou. – Com o elixir da vida Voldemort vai ficar forte de novo.

– Tentem pensar só um pouco. – Hermione falou. – Qual o único bruxo que ele sempre temeu?

Por sorte Annabeth estava com eles. Os garotos ficariam muito tempo tentando descobrir a resposta.

– Dumbledore. – a loira completou. – Enquanto ele estiver aqui, a pedra estará em segurança. Até isso acontecer, estamos em segurança.

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Os testes finais já haviam passado e em uma manhã Percy, Annabeth, Rony, Hermione e Harry estavam caminhando pela propriedade. Até agora nenhuma ameaça de roubo da Pedra Filosofal.

Tudo estava normal: Piper estava praticamente se jogando nos braços de Jason; Frank aprendera a transfigurar-se, embora isso fosse algo extraordinário para um garoto do primeiro ano; Annabeth e Hermione continuavam tirando dez em tudo; Haviam convencido Leo a parar de tocar fogo nas vestes de Draco; Percy, Rony e Harry começaram a fazer o dever de casa, mesmo que não adiantasse nada agora.

– Vocês não acham levemente estranho que Hagrid encontrou um estranho que, por acaso, tinha um dragão, que era a coisa que ele mais queria? – Annabeth perguntou caminhando mais rapidamente em direção a cabana de Hagrid. – Tipo, “você quer um dragão, que coincidência, eu tenho um! Não quero nada em troca, até nunca mais.”

A ficha caiu para todos os amigos, logo eles também começaram a aumentar a velocidade.

– Como não percebi isso antes. – Hermione se culpava.

O guarda-caça estava sentado em um banquinho do lado de fora da cabana. Ainda devastado pela perda do dragão estava de cabeça baixa, pensando longe.

– Hagrid, por favor, me diga como era o estranho que te deu o ovo do dragão? – Harry questionou assim que o viu.

– Olá para vocês também garotos. – cumprimentou ele ironicamente.

– Oi - todos responderam meio envergonhados.

– Eu não sei como ele era, sequer chegou a tirar o capuz. – Respondeu o homem finalmente.

– Mas vocês devem ter conversado. – Foi Annabeth que insistiu. – o que vocês falaram.

– Quando ele soube que eu era um tratador de criaturas mágicas ele ficou curioso a respeito das criaturas que eu cuidava ou gostaria de cuidar. Fui honesto, disse que depois do Fofo um dragão não seria nada mau.

– O que ele falou quando te ofereceu o dragão? – Percy estava curioso.

– Deixe eu lembrar... – disse. – Ah! Acho que foi algo parecido com “Você quer um dragão? Que coincidência eu tenho um ovo aqui comigo, estava querendo me livrar dele mesmo.”

Todos os alunos olharam para Annabeth em silêncio por algum tempo. Depois Hermione voltou a falar com Hagrid.

– O sujeito, ficou interessado no Fofo? – questionou.

– Claro que ficou, - ele parecia orgulhoso. – quantas vezes pode se encontrar um cão de três cabeças mesmo estando no ramo, ainda mais ter um. Mas eu disse que o segredo com qualquer animal é saber como acalmá-lo,o Fofo,por exemplo, se escutar qualquer tipo de música acaba dormindo.

Todos ficaram quietos mais uma vez e o adulto percebeu seu erro.

– Eu não devia ter dito isso. – repetia enquanto os alunos corriam de volta ao castelo sem nem se despedir. Eu não devia ter dito isso.

Saíram correndo até o escritório do professor mais próximo. Encontraram McGonagal sentada em sua mesa, felizmente ela estava sozinha.

– Precisamos falar com Dumbledore! – Harry exclamou desesperado. – É urgente!

– Sinto muito, mas o professor Dumbledore saiu alguns minutos atrás. – Falou calmamente. – Recebeu uma carta do ministro e foi para o ministério da magia imediatamente.

– Mas era muito importante. – o garoto estava frustrado. – Era sobre... – ele baixou a voz. – Era sobre a Pedra Filosofal, alguém tentará roubá-la.

A professora ficou pasma com a informação, mas pouco deixou transparecer.

– Não sei como sabem sobre a pedra, mas tenho certeza de que está segura.

Harry ia abrir a boca para falar alguma coisa, mas Hermione começou a puxá-lo pelo braço agradecendo a professora pela atenção. Rony estava sendo levado pelo seu outro braço. Percy já havia sido arrastado para fora da sala e conversava alguma coisa com Hermione.

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Naquela tarde os garotos estavam conversando no canto do pátio. Harry Percy e Rony estavam falando sobre o plano da noite.

– Nós vamos passar pelo alçapão hoje à noite. – explicou Harry. – vocês não vão falar nada a respeito. Nós precisamos apenas que vocês nos dêem cobertura.

– Claro! Você prefere de caramelo ou de chocolate? – Leo avacalhou.

– Muito engraçado! – Harry retrucou. – Você entendeu o que eu quero dizer.

– Só não entendo o que eu poderia fazer. – Frank estava confuso. – Nem da Grifinória eu sou para causar uma distração.

– Annabeth e Hermione insistiram em contar para as garotas então para elas não saírem feito duas loucas completas atrás de nós você precisa impedir de elas irem atrás da gente.

– Certo! – ele exclamou. – Mas vocês têm a capa, Annabeth vai como?

– Eu perguntei a mesma coisa, mas ela disse que tinha seus truques. – o garoto parou para pensar um pouco. – Acho que é só isso. Amanhã vocês vão saber se conseguimos.

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Às onze horas Rony, Percy e Harry saíram do dormitório e encontraram Hermione na mesma situação. Porém havia mais alguém na sala, Jace Wayland estava sentado no sofá.

– Vocês vão sair de novo? – ele perguntou sussurrando. – Têm alguma coisa que impede que vocês sejam vistos?

Harry fez que sim. O outro ficou mais aliviado.

– Tá bem, vocês vão e não sejam descobertos. – Ele olhou para a porta do dormitório das garotas torcendo para que a namorada não o escutasse dizendo aquilo. – Hermione, por favor não conte para Clary que eu deixei vocês saírem.

A garota assentiu. Harry jogou a capa sobre ele e os outros amigos deixando Jace bem impressionado. Felizmente eles saíram rápido porque assim que a porta fechou eles puderam ouvir a garota chegando.

– Oi Jace... – foi tudo que escutaram antes de se afastarem.

Quando eles chegaram na porta para o cão eles tiraram a capa. Logo em seguida o ar tremulou a frente deles. Annabeth estava segurando um boné azul, onde segundos atrás não existia nada.

– Mas... como? – Percy perguntou chocado.

– Digamos que Harry não é o único que ganha presentes interessantes. – foi a resposta dela.

Então eles abriram a porta e entraram na sala. Quando perceberam que o cachorro não estava rosnando notaram que havia uma harpa soando melodiosamente perto da parede.

O cão estava dormindo. As cabeças laterais estavam repousadas nas patas dianteiras enquanto a do meio estava no chão.

– Música. – Hermione falou. – Quem passou aqui realmente sabia como o Fofo caí no sono.

De repente a melodia parou. Os alunos não perceberam pois estavam muito concentrados no comentário anterior, mas logo seriam devidamente alertados.