Pov Lily

Mudei de lembrança. Eu realmente não queria me lembrar o que ele dissera por mais que a frase estivesse estampada na minha mente com letras maiúsculas e gritando por atenção. Fechei meus olhos com força me obrigando a esquecer, porém outras imagens atravessaram a minha barreira.

Nós estávamos no dormitório masculino em meio a um amasso. Um dos bons! Os meus braços rodeavam o pescoço do James enquanto os dele estavam presos na minha cintura me estabilizando, fazer o que se as minhas pernas eram meio bambas? Até que por vontade própria minha mãe escorregou pelas costas do Potter até chegar no seu bumbum... E dar uma apertadinha inocente. JURO! Até porque eu sou muito inocente. Na verdade, pode definer me como a inocência em pessoa! James não fez nada continuando a me beijar. Muito bem, por sinal. Então dei mais uma apertadinha até porque o bumbum dele era muito gostoso! Sério era bem melhor que o meu, era durinho! James se afastou de mim me encarando espantado.

– AII! Lily, para de apertar a minha bunda!

– Mas, porque? Ela é tão durinha... - reclamei indignada.

–LILY! - ele falou enquanto revirava os olhos de uma forma estranhamente sexy. Afinal como era possível alguém ser sexy enquanto revirava os olhos? Mente estranha a minha!

–Vem cá bundinha fofinha e durinha do James. - zoei. Ele soltou uma gargalhada percebendo minha brincadeira.

– Você tá falando com a minha bunda?- perguntou com a mão no peito fingindo estar assustado. Essa foi a minha vez de soltar uma gargalhada.

Eu ri me lembrando disso. Agora memórias mais assustadoras começaram a dar as caras. Mas eu ainda não estava preparada para enfrentar- las eu sabia disso. Na verdade, tinha plena certeza porém minha mente não parecia se importar.

Ele beijou todo o meu rosto delicadamente. Suas mão tiravam minha roupa com uma suavidade impressionante. Senti meu vestido cair nos meus pés. James beijava meu pescoço me fazendo puxar seus cabelos com força. Seus lábios quentes encostavam na minha pele me fazendo gemer. Ele passou as minhas pernas pela sua cintura. Logo voltou a beijar minha boca, sua língua a invadiu me fazendo derreter, provavelmente cairia se não tivesse praticamente no colo dele. Tudo parecia quente, pegando fogo. Meu corpo estava em chamas e queria mais. Queria não, precisava. Comecei a desabotoar a camiseta do Jay o mais rápido que as minhas mãos pareciam conseguir e ainda parecia muito lento para mim. Afinal eu estava de roupas íntimas e ele ainda estava todo vestido. Com a ajuda dele logo consegui tirar a camiseta. Eu suspirei ao ver aquele corpo definido e musculoso. Ele era meu, todo meu. Contornei as suas costas com as unhas o fazendo gemer sobre a minha boca, as passei também pelo peito descendo pelo tórax até chegar o cós da calça jeans. Desabotoei a mesma. Ela desceu pelas pernas musculosas dele.

Eu deitei no chão de mármore frio. Meus olhos ainda tentavam segurar as lágrimas, nem sei porque ainda me importava com elas.

Antes de sequer encostar na minha calcinha vermelha. Ele me encarou. E eu entendi. Ele queria a minha aprovação se não iria terminar com aquilo naquele minuto, por mais que sentisse desejo . Ele só faria alguma coisa se eu sentisse também. Concordei com a cabeça. Ele me dirigiu o sorriso mais lindo que eu já vi.

Abracei meu corpo. Soluçando fortemente. Eu sabia que estava acabando mas ainda tinha a pior ou a melhor memória dependendo do seu ponto de vista.

Seu corpo caiu pesadamente do lado do meu. Eu nunca havia me sentido tão bem na minha vida, era sem dúvidas a coisa mais maravilhosa do mundo. Ele beijou minha bochecha delicadamente. E puxou meu corpo em direção ao seu, me fazendo deitar no peito.

– Eu te amo, Lily. - ele sussurrou no meu ouvido antes de eu apagar.

Respirei profundamente. Pronto. A pior parte tinha ido embora. As três palavrinhas que eu guardava no fundo do meu coração. Tinha acabado. Foi então quando a lembrança mais engraçada envadiu a minha mente.

Eu cocei meus olhos enquanto acordava aos poucos. Meu corpo parecia cansado mas ao mesmo tempo eu me sentia maravilhosamente realizada. Tentei pensar no que tinha acontecido na outra noite mas minha cabeça protestou me lançando uma dor insuportável. Resmunguei e passei a observar o quarto que sem dúvidas não me pertencia. Há meu Merlinzinho! Eu havia sido sequestrada! Pior, eles tinham me dopado para depois me sequestrar. Foi quando senti alguma coisa na minha cintura. E as imagens da noite anterior apareceram na minha frente. Os beijos, toques, as palavras.

– AH, MEU MERLIN... VOCÊ SE APROVEITOU DE MIM! - berrei agora dando um salto para fora da cama enquanto cobria meu corpo com um edredom. O Potter riu divertido.

– Na verdade, quem se aproveitou de alguém aqui foi você! - disse com um sorriso malicioso.

– Ahn? - murmurei cruzando os meus braços em frente aos meus seio que continuavam cobertos pelo edredom.

– É ficou aí apertando a minha bundinha durinha e gostosinha. Eu o encarei boquiaberta.

–ECA! QUE NOJO! EU APERTEI O BUMBUM DO POTTER! O BUMBUM... DO POTTER!- ele deu de ombros como se fosse a coisa mais normal do mundo.

– Está tudo bem! Você não vai pro inferno por isso já por outras coisas...

Eu arranquei as roupas do meu corpo e liguei a água fria. Assim que fui para debaixo dela senti todo o meu corpo tremer. Me concertei em respirar tranquilamente. Apertei minhas costas contra a parede e deslizei sentando no chão. Eu o vinha evitando na verdade nunca mais troque uma palavra com ele. E sempre que ele vinha falar comigo eu fingia que não escutava e seguia o meu caminho. Eu sabia que era uma questão de tempo para ele ir atrás de outra garota e me convenci a não me importar. Assim que saí do banheiro encontrei uma Lene quase chorando. Assim que ela me encarou abriu um pequeno sorriso.

–Pensei que tivesse morrido lá dentro. - murmurou. Dei de ombros. Ela se levantou da cama que estava deitada de cabeça para baixo. E abriu os braços. Corri até ela e voltei a soluçar.

– Ah, Lily. Saiba que essa pessoinha dentro de você vai ter a melhor madrinha que Merlin pudesse escolher. EU!- sussurrou no meu ouvido me fazendo soltar algumas gargalhadas. Ela também.

– Sabe se você tem dez minutos se ainda quiser ir para aula. Mas se não... - Sem deixa- lá terminar de falar comecei a me arrumar que nem uma louca. Saímos correndo que nem duas loucas até que trombei em alguém...