Mr. Queen escrita por LelahBallu


Capítulo 5
Capítulo 04 - Surpresa!


Notas iniciais do capítulo

Que tal mais um capítulo?!
Obrigada pelo apoio e comentários!
Agora, deixarei vocês lerem em paz.



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– Thea Queen como você combina comigo e não faz o favor de aparecer? – Falei com a caixa postal de seu celular. Suspirei. – Sério, estou começando a ficar preocupada, por favor, me liga.

As bebidas estavam prontas, tinha alguns filmes separados, sorvete e alguns salgados, e é claro que eu esperava que como de costume ela trouxesse nossa pizza. Mas já passava da hora do combinado e nada de Thea, e por mais que ela fosse um pouco parecida com seu irmão no quesito pontualidade, ela avisava antes. Nem bem desliguei o celular direito, e ele começou a tocar, foi com alívio que observei no visor que era Thea.

– Cadê você? Já está ficando tarde.

“Oi” para você também. – Brincou. – Eu já estou chegando, mas surgiu um probleminha e tive que passar em um lugar antes.

– Que probleminha? Que lugar? O que você está aprontando?

Ok. Eu preciso que você não fique com raiva de mim. – Uh oh eu conhecia aquele tom de menina pedindo algo para os pais. – Por favor, não me odeie, mas Laurel está vindo...

– O quê?

Ela escutou quando eu falei para Roy que não queria passar a noite com ele hoje e estaria tendo uma noite de garotas. – Continuou. – Ela presumiu que eu ia chama-la e eu não podia negar, desculpe, mas ia ser rude se eu falasse que não, então estamos chegando depois de passar na pizzaria, estamos em seu apartamento agora, você ainda quer que eu vá?

– O que eu posso dizer? – Suspirei. – Você sempre será bem vinda aqui Thea, é só ela manter seus olhares venenosos menos venenosos.

Ok. Tenho que desligar, ela vem ai. – Falou baixinho. – Tchau.

– Tchau.

Verifiquei novamente se tinha comida e bebida o suficiente para nós três, e pedi a Deus que não houvesse mais surpresas, de repente a perspectiva de assistir o filme e beber até adormecer não me animava mais, resolvi ler um livro no meu quarto enquanto elas não chegavam, parei quando percebi que lia o mesmo parágrafo diversas vezes.

– Ótimo! – Murmurei pensando em quão longa seria noite, eu preferia está ajudando os rapazes. – Como piorar não tem.

– Nisso eu tenho que discordar. – Gritei ao escutar a voz masculina, joguei o livro em sua direção mais por instinto. – Ai Felicity.

– Oliver o que você está fazendo no meu quarto?- Perguntei enquanto me aproximava. – Você está ferido?

– Você pergunta depois de me agredir? – Cambaleou até minha cama. Sua voz estava mais estranha, e seus olhos fora de foco, provavelmente por isso não conseguiu desviar do livro.

– Na próxima vez não entre sorrateiramente pela janela do meu quarto! – Falei ainda enquanto observava atentamente seu corpo em busca de algum ferimento. – O que aconteceu?

– Injetaram alguma coisa em mim. – Envolveu sua cabeça com as mãos. – Eu... Eu não me sinto bem.

– Como assim? O que você está sentindo? –Me agachei em sua frente passando a mão em sua testa.

– Para começar tem duas de você. – Tentou se levantar, mas voltou a cair na cama. – E uma piscou para mim.

– Você está alucinando?

– Não. Felicity, eu sou esquizofrênico. – Murmurou, a voz não carregava o tom irônico que pretendia, parecia com dor. – Eu preciso ir ao banheiro. – Envolvi sua cintura, tentando fornecer algum apoio até chegar ao banheiro do meu quarto, ele se soltou rapidamente indo até a privada e vomitou.

– Oliver, não faz sentindo, por que você não chamou Diggle? – Perguntei enquanto passava a mão em suas costas tentando reconforta-lo. Ele se encostou a parede e fechou os olhos. Pensei que havia dormido quando os abriu novamente, piscou parecendo está confuso.

– Você é bonita.

– Oh não vamos por esse caminho. – Avisei.

– Vamos sair dessa festa, para um lugar menos cheio. – Pediu, seu sorriso era charmoso. – Laurel sequer vai notar.

– Oliver do que você está falando?

– Calma doçura. – Ergueu sua mão com lentidão envolvendo uma mecha do meu cabelo e colocando atrás da orelha, eu ainda estava atônita por ter sido chamada de doçura. – Tommy vai nos acobertar. – Foi que notei que ele estava provavelmente lembrando de alguma festa de seu passado, alguma em que ele obviamente havia traído Laurel.

–Oliver, eu preciso que você se concentre. – Pedi tirando sua mão. – Olhe para mim. – Envolvi seu rosto. – Há quanto tempo você foi injetado? E Diggle? Ele está bem?

– Quem é Diggle? – Perguntou confuso. – Ele deu em cima de você? – Perguntou se levantando rapidamente e caindo.

– Ok. Neste momento eu não sei dizer se você está bêbado ou drogado mesmo. – Segurei seu braço. – Vamos pra cama.

– Assim está bem melhor. – Sorriu me abraçando pela cintura.

– Eu vou ligar para Diggle e pedir ajuda. – Falei ignorando suas insinuações enquanto fez uma careta quando eu disse isso.

– Eu não gosto de compartilhar. – Murmurou. O ignorei novamente e peguei meu celular, foram vários toques até que eu desistisse, provavelmente estava desligado, o que era raro por parte de Diggle.

–Estou preocupada com Diggle. – Falei para Oliver que estava deitado na cama com os olhos fechados. – E com você, não sei se foi apenas uma droga que tire suas inibições ou se vai ter outros efeitos colaterais, o que vocês foram fazer hoje? – Suspirei e me aproximei dando tapinhas leves em seu rosto. – Oliver, acorda. – Abriu os olhos e virou para o outro lado. – Oliver eu preciso que você se concentre em mim. – Pedi novamente. – Oliver onde está Diggle? Ele está bem?

– Diggle?

–Sim Diggle. – Concordei apressada, tentando aproveitar esse lapso de lucidez.

– Ele está bem. – Concordou se erguendo. – Já havia ido, eu estava só, fui pego de surpresa. – Acrescentou com raiva, passou a mão na cabeça como se doesse. – Estávamos impedindo um tráfico de drogas... – Parou ao escutar o interfone.

– Oh meu Deus é sua irmã. – Ergui-me agitada.

– Minha irmã?

– E Laurel.

– Laurel?

– Eu não posso manda-las embora não tão cedo. – Murmurei para eu mesma, em seguida encarei seu rosto confuso – Oliver para o banheiro.

– Felicity. – Protestou.

– Ao menos não sou mais doçura. – Retruquei.

– O quê?

– Vá para o banheiro. – Falei enquanto o puxava pelo braço. – Thea com certeza vai bisbilhotar o quarto, fique no banheiro, não acho que seja muito sério, pois você parece apenas atordoado, vou enrolar um pouco dizer que estou com dor de cabeça e depois vejo o que faço, mas, por favor, não saia desse jeito. – Pedi enquanto o soltava, baixei a tampa da privada e fiz com que sentasse, tentei ignorar os sucessivos toques no interfone que Thea dava. – Fique aqui e não faça barulho, ah e não durma, não quero que a próxima vez que abra os olhos, volte em outro tempo novamente.

– Felicity...

– Fique aqui. – Ordenei. – Já trago água.

– Por que essa demora toda? – Thea perguntou quando abri a porta.

– Eu estava... No banheiro.

– Você tem certeza? – Laurel perguntou erguendo uma sobrancelha. – Parece com dúvida.

– Olá Laurel. – A cumprimentei com uma carranca, não via muito sentido em tentar ser simpática, quando ela obviamente não queria.

– Ei. – Thea nos encarou. – Somos todas amigas, lembram?

– Só estamos nos cumprimentando. – Laurel deu de ombros.

– Ok. – Thea comentou entrando e indo direto para a geladeira. Fiz um gesto irônico para que Laurel passasse. – Vamos beber, assim podemos deixar as coisas mais alegres. – Thea acrescentou.

– Então, Felicity. – Laurel perguntou enquanto analisava a sala, que era dividida da cozinha por um balcão. – Escolheu algum filme?

– Preferi esperar por vocês. – Informei aceitando a cerveja que Thea me entregava. Passamos a conversar sobre Roy, Laurel deu uma trégua em seu humor ácido enquanto escutava Thea falar sobre como estava constantemente preocupada com ele.

– Fel você fez alguma mudança no seu quarto? – Perguntou tentando mudar de assunto, ela sabia da minha mania de está sempre mudando a decoração do meu quarto, nem que fosse apenas mudando os móveis de lugar.

– É... Não. – Neguei não confiando que Oliver ia ficar no banheiro por muito tempo. – Não mudei nenh... – Me calei ao escutar um barulho vindo do meu quarto.

– O que foi isso. – Laurel perguntou erguendo-se em alerta.

– Nada. – Falei. – Foi o gato. – Dei de ombros e dei um gole na minha cerveja.

–Felicity. – Thea me chamou baixinho.

– Hum.

– Você não tem gato. – Falou ainda baixinho enquanto deixava a cerveja de lado e pegava meu jarro em cima do balcão. – Tem alguém no seu quarto.

– Thea espere. – Pedi enquanto ela já andava em direção ao quarto acompanhada de Laurel. – Esperem!

– O quê? – Laurel perguntou aborrecida.

– Eu não tenho gato. – Falei suspirando. – Mas minha vizinha tem um gato, ela ama gatos, ela os acha adoráveis, com aqueles bigodes e olhos pidões, na verdade eu também os acho adoráveis. – Notei elas franzirem o semblante. – De qualquer forma, esse gato é irritante e adorável ao mesmo tempo, por isso eu deixo a janela aberta de vez em quando e deixo água para ele. O que eu me esqueci de fazer por isso ele está derrubando toda a minha mobília. Por que vocês não escolhem alguma coisa enquanto eu faço isso. – Não esperei resposta, caminhei rapidamente pelo corredor e entrei no meu quarto, Oliver não estava ali, fui até o banheiro e notei primeiramente os frascos derrubados, fiquei paralisada ao observar Oliver Queen, meu chefe, em toda sua glória, despido em meu banheiro tomando banho.

– Oi Loira. – Sorriu enquanto passava sabonete por seu corpo, pisquei ainda atônita não conseguindo desviar o olhar do que deveria ser o mais incrível exemplo de homem que existia. – Não fique parada, junte-se a mim. – Finalmente sai do meu torpor e fechei a porta rapidamente.

– Oliver! – Chamei sua atenção. – Vista-se agora mesmo. – Baixei o tom, temendo que Thea ou Laurel pudesse vir conferir o tal gato, e que gato.

– Por quê? – Perguntou se aproximando, virei meu rosto quando ele estava muito próximo evitando encara-lo. – Podemos fazer tantas coisas assim, tire suas roupas. – Ordenou. Lancei um olhar incrédulo, estendi meu braço puxando a toalha e entreguei.

– Cubra-se.

– Não. – Negou prontamente.

– Oliver não posso lidar com você... Assim. – Apontei seu corpo molhado me afastando. – Cubra-se. – Exigi.

– Hum hum. – Negou novamente. Suspirei com raiva e me aproximei novamente, peguei a toalha de suas mãos e enrolei em sua cintura, jurei que amanhã mesmo iria pedir minha demissão, de novo. Quando estava prestes a me afastar, fui puxada firmemente contra seu peito, uma mão em minha nuca enrolando meus cabelos a outra em minha cintura, prendi minha respiração ao notar seu olhar firme, decidido. Segundos converteram-se em séculos quando sua boca finalmente desceu até a minha.

– Felicity não há nenhum gato aqui. – Me afastei ao escutar a voz de Thea do outro lado da porta.

– Quem s.. . – Tapei a boca de Oliver com a mão antes que ele nos denunciasse.

– Ele já foi. – Gritei. Oliver parecia divertido, pois dava para notar um sorriso no seu olhar.

– O que você está fazendo ai? – Perguntou parecendo irritada.

– Eu não estou bem. – Menti. Oliver ergueu uma sobrancelha ao perceber, me perguntava em que época ele estava agora em sua mente, continuava o mesmo sedutor, não havia tocado no nome Laurel nem Tommy, o único sinal que não me reconhecia era ter me chamado de Loira. Interrompi meus pensamentos ao senti sua língua na palma da minha mão a retirei rapidamente lhe dando um tapa.

– Felicity eu sei que você não ficou feliz por que eu trouxe Laurel. – Thea me repreendeu. Oliver fez uma careta ao escutar o nome da advogada. – Mas você não acha um exagero se esconder no banheiro?

– O que Laurel está fazendo aqui? – Oliver perguntou em tom baixo. – Você não contou sobre nós não é?

– Não existe nós. – Retruquei.

– Não era o que parecia. – Sorriu me puxando novamente, o empurrei. Ele pareceu não ter gostado.

– Com quem você está falando Felicity? – Thea perguntou. – Não minta. – Falou antes que eu abrisse a boca para dizer “Ninguém”. – Quem está ai? Por que não nos disse que estava com alguém? Eu teria entendido. Vamos me mostre seu namorado.

– Você está sozinha? – Perguntei.

–Sim. – Sua voz parecia animada.

– Você não pode fazer isso. – Oliver pediu. – Eu e Laurel brigamos, mas ela não vai gostar de saber que eu estou com outra.

– Oh cala a boca. – Abri a porta colando uma cabeça para fora, Oliver tinha recuado até o Box, com o propósito de se esconder. – Eu não estou com um namorado, estou com seu irmão. – Falei para Thea que tinha avançado até ficar em minha frente, ela abriu os olhos chocada e tentou enfiar a cabeça na abertura, não deixei, temendo que visse a roupa de couro no chão.

– Você e meu irmão? – Sorriu.

– Não, de jeito nenhum. – Neguei firmemente. – Nunca.

– Então o que ele está fazendo no seu banheiro?

– Ele está bêbado. – Menti. – Eu não sei por que diabos ele veio parar na minha casa, mas como eu temo a reação de Laurel, eu não posso deixar que ela o visse aqui, e também não posso o expulsar janela a fora por que tenho medo dele sair nesse estado.

– Está preocupada com meu irmão? – Sorriu abertamente.

– Ele paga meu salário. – Dei de ombros.

– Garotas. – Escutei a voz de Laurel fora do quarto. – Ainda vamos assistir o filme?

– O que você quer que eu faça? – Thea perguntou.

– Invente qualquer coisa, e tire-a daqui. – Pedi.

– Oi Ollie. – Thea sorriu olhando por cima do meu ombro, suspirei ao sentir sua mão em minha cintura.

– Olá.

– Vai. – Ordenei.

– Ela vai pensar que você não a quer aqui.

– É a verdade. – Oliver falou, dei uma cotovelada em seu abdômen, o desgraçado nem pareceu sentir.

– Diga que precisa falar com Roy. – Dei de ombros. – Diga que ele ligou, e que não pode mais ficar aqui, por favor, inventa qualquer coisa.

– Ok. – Concordou. – Mas vocês dois vão ficar me devendo. – Nos alertou. – Vou dizer que você está no telefone e não pode se despedi.

– Obrigada. – Agradeci, assim que ela saiu fui até a porta do quarto e a tranquei na chave por garantia, encostei o ouvido na porta, e escutei quando elas saíram, suspirei e me virei apenas para encontrar Oliver sorrindo deitado em minha cama os braços atrás da cabeça, pelo menos ainda vestia a toalha.

– Onde nós paramos? – Perguntou.

– Na parte em que você fica sóbrio? – Perguntei indo até o meu guarda roupa, puxei algumas roupas de um ex-namorado que planejava queimar. – Veste isso, acho que vai servir por hora.

– Não quero.

– Eu não vou te vestir Oliver. – O alertei. Ele pareceu se convencer disso, pois desenrolou a toalha com um olhar desafiante e vestiu as calças, só isso. – A camisa Oliver.

– Eu não durmo com camisa. – Deu de ombros e deitou novamente na cama, não tentei novamente, Oliver sem camisa eu ainda podia lidar, eu o via assim todos os dias no covil.

– Você não vai dormir aqui. – Protestei. – Eu vou fazer um chá, ou um café, irei te deixar em sua casa e só. – Ele me ignorou e deitou de bruços, reafirmando que não sairia daqui.

– Venha dormir Felicity. – Pediu.

– Como... Há quanto tempo você voltou a ser você? – Perguntei tentando puxa-lo da minha cama. – Mova-se.

– O que você quer dizer com isso? – Perguntou sem se mover um centímetro se quer.

–Me chamou de Felicity, Oliver. – Apontei para sua cabeça. – Se isso for uma brincadeira...

– Sua amiga lhe chamou de Felicity não? – Ergueu a cabeça. - O que há de errado com você? Se não quer que nenhuma atividade de verdade aconteça nessa cama, durma.

– Você drogado não passa de um safado. – Balancei a cabeça em negativa. – Não vou deitar com você. – Ele encarou como um desafio, em um segundo eu estava em pé ao seu lado os braços cruzados, no outro eu estava deitada em minha cama, seus braços e pernas me envolvendo. Malditas habilidades ninja – Me solta Oliver!

– Durma.

– Eu disse para me soltar. – Exigi. Ele apoiou sua cabeça no meu ombro.

– Estou com dor de cabeça, não tenho conseguido dormir direito nos últimos dias. – Falou por fim. - Tenho pesadelos, eu só quero dormir, podemos dormir?

– Eu sabia que você estava fingindo. – Comentei por fim.

– Não tudo fingimento. – Podia sentir seu sorriso. – Realmente injetaram uma droga em mim, eu já havia tomado um antídoto antes de chegar aqui, já estava passando.

– Então quando começou a fingir? – Perguntei fechando os olhos.

– A partir do banho. – Confessou.

– Eu te odeio. - Murmurei.

– Tudo bem, eu aceito isso. – Sua respiração estava mais lenta. – Agora durma.

Não protestei, morreria antes de admitir, mas sentia-me bem em seus braços, em pouco tempo sua respiração era suave, tranquila, sem pesadelos então, não foi depois de muito tempo me entreguei ao sono.


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Notas finais do capítulo

Pronto! Comentem... Espero que tenham gostado, Xoxo LelahBallu