Capitulo 3 - Esclarecimentos - Parte II

No meio da dificuldade encontra-se a oportunidade.

Albert Einstein

Depois de mais um dia de trabalho super corrido, chegou a hora de ir para casa. vou até o vestiário me troco correndo, afinal de contas estou extremamente curiosa para saber o Padre Mike, gostaria de me contar de tão importante.

Aproveitei para passar no supermercado para comprar ingredientes para preparar um estrogonofe que é rápido e fácil de fazer.

Assim que chequei em casa, limpei o frango, temperei colocando o mesmo para cozinhar, enquanto tomava um banho rápido. Decidi colocar uma roupa bem comportada afinal de contas Mike agora é um Padre – Comecei a rir sozinha com meus próprios pensamentos. Assim que terminei de me vestir a campainha tocou, já sabendo quem era corri para atendê-lo.

– Entre, fique a vontade. – Apesar do nervosismo, tentei ser o mais calma possível. – O senhor aceita beber alguma coisa, uma água, um suco?

– Uma água, por favor – era impressão minha ou ele estava suando frio.

– O senhor está bem? – Perguntei lhe entregando um copo com água.

– Estou um pouco nervoso, só isso. – disse incomodado

Deixei-o mais a vontade possível, enquanto terminava o jantar.

Terminei de preparar o jantar, nos sentamos a mesa, conversando aleatoriamente, ele me contou um pouco mais sobre sua vida como religioso, onde morava entre outras coisas.

– Bom, Isabella agora não tenho mais como adiar, antes quero lhe fazer uma pergunta. – Falou cabisbaixo

– Você sabe exatamente o que fez com que Cullen fosse embora?

– Segundo a família dele ele não suportara dor da perda da nossa filha e foi embora sem deixar pistas – Contei, com medo de saber onde essa conversa iria parar.

– Isso foi o que eles te contaram, mas não é toda a verdade. – Minha reação foi de surpresa, antes que eu começa a perguntar qualquer coisa ele continuou.

– Vou começar a contar desde o começo. Não sei se você sabia mais a família do Cullen era contra a relação de vocês. Enquanto vocês somente namoravam eles aceitavam, por achar que não se passava de aventura por parte do Edward. As coisas começaram a complicar quando descobriram que você estava grávida. Afinal de contas eles tinham em mente um grande futuro para o filho, donos das maiores empresas de advocacia do país, esperavam que Edward e Emmett se formassem em Direito e assumissem as empresas da família.

– Eles sempre me trataram tão bem, estiveram comigo durante toda a gravidez, me ajudando, me dando apoio. Esme era como uma mãe para mim. – Contei, entre as lagrimas.

– Isso era o que eles lhe mostravam. Como todos sabem no Ensino Médio eu tive uma paixão por você, Carlisle sabia e usou o que eu sentia por você a favor dele. Chegaram a me oferecer dinheiro para que eu o ajudasse a acabar com o relacionamento de vocês. Como achava que estava apaixonado por você, resolvi ajuda-los com a condição de que fossem todos embora para eu pudesse conquistá-la e juntos criar a criança. - Me levantei da mesa, não conseguindo acreditar, que aquela família tão generosa seria capaz de uma coisa tão cruel.

– Isabella, Carlisle contratou um fotografo, o melhor que o dinheiro pode pagar, e tudo o que eu tive que fazer era te agarrar. Você lógico se afastou, mas o fotografo conseguiu uma boa imagem, do inicio do beijo, com algumas edições, ficou perfeita. Enquanto ele me falava me lembrava da cena, me lembro também que cogitei contar ao Edward o que havia acontecido, mas resolvi deixar pra lá.

– A foto foi entregue por outra pessoa contratada pela família, entregaram a foto no momento em que ele estava na sala de espera aguardando o nascimento do bebe. Acho que isso explica ele ter sumido naquele dia. Sei disso porque estava na sala ao lado esperando como planejado o momento em que você precisaria de mim.

Na mesma hora tomada pela raiva sendo traída pelas minha emoções, fui pra cima dele, com toda a minha força, sem ao menos me lembrar que ele era um Padre.

– Isabella, me escute, por favor, naquela época eu era um inconsequente, não sabia o que esta fazendo, e estou aqui para reparar meu erro.- Falou, tentando em vão me acalmar.

– Acha que é assim, que pode acabar com a minha vida, pedir desculpas e achar que está tudo bem? O senhor não sabe o que eu passei para chegar até aqui, você é um tremendo de um idiota Mike. – Gritei o que estava engasgado na minha garganta. Não me importando com nada.

– Me perdoa Isabella, tudo que eu mais preciso é que você me perdoe, não posso continuar, sabendo que eu fiz mal a uma pessoa. – Pedia insistentemente.

– Quero o senhor longe da minha casa, e não volte a me procurar – Falei, já abrindo a porta para que o mesmo se retirasse.

– Espera, tem mais uma coisa que eu preciso lhe dizer antes de ir embora.

– Tem mais? – Gritei

– Na maternidade enquanto esperava até que eu pudesse estar ao seu lado. O Sr. Carlisle Cullen, deixou cair uma coisa, um cheque para ser mais preciso. – Mencionou já me entregando um cheque no valor de quinhentos mil dólares.

– O que você está fazendo com um cheque com um valor tão alto? – Perguntei Irritada

– No momento em que li o que estava escrito nesse cheque, senti que tinha algo errado acontecendo, e foi neste exato momento que comecei a me arrepender da grande burrada que estava cometendo. Fiquei com ele não pelo valor, mas pelo que está escrito. Como pode perceber é um cheque nominal, onde consta o nome de Tânia Denali. O que me intrigou é o que está escrito atrás. – Virei o cheque no mesmo momento.

– Está vendo? Abrigo de Meninas Frederico Denali.Talvez signifique alguma coisa Isabella. – Foi quando a minha ficha caiu

– Está querendo dizer que a filha pode estar viva, e mais que está em um abrigo? – Não entendia até onde tudo isso poderia chegar

– Não tenho certeza de nada, como disse, achei estranho.

– Porque não falou nada antes? Porque está me contando agora? – questionei com raiva

– Tinha medo do que poderia me acontecer, caso não tenha percebido se alguém é capaz de fazer, o que fizeram com uma criança do próprio sangue, o que eles não fariam comigo. Não sei se vai acreditar em mim, mas quero consertar o que fiz. Pode ter certeza de uma coisa, o que eu poder te ajudar para desvendar tudo isso eu vou ajudar.

– É muita coisa para eu assimilar, acho que preciso ficar sozinha, por favor, vai embora. – Sussurrei chorando, por tudo que estava acontecendo comigo.

– Vou sim, acho que você realmente precisa ficar sozinha.

Confusa com tudo comecei a descontar a minha raiva em tudo o que via pela frente. Comecei a sentir a mesma dor de antes. A dor a perda, acho que não tem dor maior que essa. Me questionava, Por que comigo? O que eu tinha feito de errado? Depois de um longo tempo tentando entender tudo tomei um calmante para tentar dormir, rezando para que depois de dormir um pouco eu consiga me acalmar e pensar com mais coerência.

No dia seguinte acordei confusa, as lembradiças vieram intensas, e com elas uma enorme dor de cabeça. De tanto pensar chequei a seguinte conclusão, depois de anos, eu tiraria férias e iria atrás da verdade, nem que isso me custe a minha vida vou descobrir o que realmente aconteceu coma minha filha.