Destroyers escrita por Livia Dias


Capítulo 41
Capítulo 37 — Parte 03


Notas iniciais do capítulo

Boa noite gente! Tudo bem com vocês?

Quero agradecer a NanaAnonimaAnomaliaA, Kira, Maria Alianovna, Drama Queen e Catwoman pelos divos reviews no cap anterior :3 Amo o carinho de vocês! Espero que estejam aproveitando o retorno da fic a todo vapor õ/

E nesse cap, Clary sofrerá um pouquinho (quase nada), mas por uma boa causa. Não me matem ;)

Beijokas!



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Clarissa

Abro os olhos, retornando à realidade e me repreendendo por ainda me lembrar de um passado tão miserável.

Repentinamente a porta do closet se abre e empunho a faca habilmente.

Um dos palhaços do Coringa (o mais alto, com uma das mãos tendo a forma de um martelo), avança lentamente, estreitando os olhos na intenção de ver algo além das sombras.

Quando ele se aproxima, mais um passo, um sorriso diabólico se forma em seu semblante, logo que me reconhece.

— Olá belezura — Ergue sua mão, prestes a me atingir.

Porém, antes que ele me atinja, me apoio entre as duas prateleiras e reunindo impulso, acerto seu peito com minhas pernas torneadas. O palhaço cambaleia para trás, surpreso, e sem perder tempo salto por cima dele, dando uma perfeita cambalhota. Em meio ao processo, rasgo seu pescoço pousando à porta do closet com uma faca ensanguentada na mão.

O baque de seu corpo soa às minhas costas, e o repentino silencia indica que todos me ouviram.

Foda-se! Chega de ser boazinha com esses putos!

Viro-me para o corpo do palhaço e girando a faca entre meus dedos, finco a lâmina no centro de sua testa. Com um movimento brusco, puxo a faca para baixo rasgando a face do vagabundo do meio.

Ouço os passos próximos e trato de sair do closet. Escancaro as janelas do quarto da Stella, um relâmpago cortando o céu enquanto ganho impulso e me penduro no batente superior da janela, ajeitando contra o teto.

Um dos palhaços (o mais burro, por sinal) avança vagarosamente, temendo até mesmo a própria sombra. Carregando uma cesta no formato de abóbora, ele segue até o closet escuro e consigo ouvir sua exclamação de pânico. Enquanto sai do local, o palhaço olha para todos os lados, tremendo da cabeça aos pés.

Finalmente ele se aproxima da janela, notando-a escancarada. Silenciosamente, miro a pistola para baixo, no topo da cabeça do infeliz.

O estampido ecoa pelo quarto, e o corpo cai para frente, atravessando a janela aberta.

Salto para o piso, puxando outro pente de munição do cinto da calça. Recarrego a minha Glock, dirigindo-me para a saída do quarto.

Assim que piso no corredor escuro, chicotes de luz cortam o ar à minha frente. Inclino meu corpo para trás, desviando de ambos os ataques. Cerro os dentes, encarando a palhaça (literalmente) que corri sadicamente para mim.

— Olha quem vemos de novo, Gigi — Ela se dirige à sua gêmea, que permanece parada do outro lado do corredor.

— A filha do Batman, Bibi — A outra responde, estalando o chicote contra o piso. — Acho que ela pretende apanhar novamente.

Logo que ambas se aproximam o suficiente, lanço minha faca na palhaça da direita, acertando sua perna. Emitindo um grito de dor, a babaca solta seu chicote. A oponente da esquerda vem furiosa para cima de mim, e sua corda se enrola em meu pulso.

O choque queima meus ossos e por um momento meus joelhos cedem. No entanto, minha fúria é mais forte. Fecho minha mão no chicote de energia e a palhaça arregala os olhos.

Ergo a mão direita, segurando a pistola com firmeza e mirando-a contra a testa da palhaça.

A escuridão não permite que ela veja a arma. Essa é a graça, e a minha vantagem. Os raios do chicote deixam meu alvo visível, e sem hesitar puxo o gatilho. O baque do corpo é audível, e trato de me livrar do chicote em torno do meu pulso, aliviada pela dor ter cessado.

— Você não devia ter feito isso... — A outra palhaça se livra da faca, mas não dou chance para que ela se levante.

— Você e sua irmãzinha deixaram cicatrizes em mim — Exibo um sorriso sádico, chutando seu chicote para fora de seu alcance. Minha mãe se fecha em punho, e desfiro o primeiro soco contra sua face maquiada. — Acha mesmo que estou sendo injusta?

— Eu vou voltar a vida mesmo — A vadia sorri, mesmo depois do soco. — Não importa o que você faça.

Pego a faca do chão, aproximando-me da presa com meu olhar ligeiramente psicopata.

— Mas isso não reduz a dor, não é? — Questiono inocentemente. A palhaça arregala os olhos, seus gritos começando a soar como música aos meus ouvidos.

(...)

A princípio pensei que Bane tinha ido atrás do Dylan ou algo assim, mas logo que o vi parado no hall de entrada, aguardando-me pacientemente, percebi que estava diante de algo que não queria ter de enfrentar.

E que ainda não quero.

— Clarissa Wayne — Sua voz soa de maneira opressora e começo a pensar seriamente na hipótese de recuar. Esse cara é forte o bastante para acabar comigo de vez. — Finalmente nos encontramos.

Meus dedos cercam a Glock com mais firmeza, e a faca em meu cinto serve de tranquilizante para mim.

— Não fale como se isso fosse agradável — As sombras e os raios cortando o céu deixam-me repentinamente incomodada. O Allen ainda não cumpriu sua promessa de retornar. — Eu preferia estar em Las Vegas, matando mafiosos. Bane expira o ar audivelmente, sua máscara fazendo um estranho som de sucção.

— Você segue os passos de sua mãe, para enfim se tornar como o pai — o desdém é palpável entre suas palavras. — Uma criminosa que se torna a heroína. — Cerro os punhos. — Por um tempo, observando sua trajetória, acreditei que pretendesse conquistar apenas sua liberdade, diante da S.H.I.E.L.D. Agora... — Ele se aproxima lentamente, e tento permanecer imóvel. — Vejo que você quer mais do que isso.

Semicerro os olhos.

— E o que eu quero exatamente? — Ironizo.

A risada ecoa pela escuridão, e um calafrio perpassa meu corpo. Que merda de sensação ruim é essa?

— Você quer encontrar seus pais — inesperadamente, sua mão atinge meu pescoço, e me amaldiçoo pela momentânea falta de agilidade. Sem muito esforço, ele me ergue do chão, enquanto me debato na tentativa de recuperar o ar.

— E sua tentativa em mascarar sua falta de sentimentos é tão ridícula quanto ser aliada de heróis inúteis.

Minha mão alcança a faca no cinto e logo a empunho contra o braço do Bane, em um ataque praticamente perfeito. Porém, ele é mais rápido. Com sua mão livre, segura meu pulso e uma força anormal, e a dor me obriga a soltar a faca. Não consigo conter o grito de agonia assim que sinto o osso se partir.

— Você é insignificante — Despreza minha tentativa de ficar viva. Sem expressar emoção, lança-me contra o piso como se eu fosse uma boneca de trapos.

O impacto amplia a dor dos meus ferimentos de forma significativa. Respiro fundo, tentando me colocar de pé mais uma vez, quando um chute em meu estômago permite que meus membros adormeçam novamente.

— Seus pais e seu irmão ficarão melhores do que você — Bane dá as costas para mim, e sem hesitar apanho a Glock no coldre do cinto, tentando mirar contra meu oponente. — Serão mais úteis, e sua existência será esquecida.

A porta não parece tão distante agora, enquanto me arrasto pelo piso silenciosamente, em uma desesperada tentativa de fugir. E agora em uma situação tão deplorável percebo que os calafrios incessantes tem relação com um medo que há muito não sentia.

— Talvez você esteja errado — murmuro, conseguindo me apoiar na mesa ao lado da porta, em um impulso conseguindo permanecer de pé. — Eu não me importo nem um pouco com o destino deles.

Bane se vira com sua mão fechada em punho, envolvendo um objeto metálico — uma seringa.

— Então porque se preocupa tanto em ir contra eles?

A distração funciona tão bem quanto eu esperava. A faca lançada a uns cinco metros, quando Bane me prendia, logo está segura em uma de minhas mãos.

Por uma fração de segundos, o vilão me encara de um jeito cínico, como se soubesse o que pretendo fazer.

Mas ele não sabe.

— A morte não é tão ruim quanto imagina — Bane gira a seringa entre os dedos, manuseando-a com experiência. — Tudo vai piorar para os heróis, de uma maneira que a fará desejar a morte como uma velha amiga. O que você pensa que vai acontecer quando as famílias que você aniquilou, estiverem de volta ao mundo dos vivos?

A textura no cabo da faca aguarda que eu a ative, deslizando meu polegar cuidadosamente por sua extensão.

— Eu terei de mandá-las ao mundo dos mortos — respondo finalmente. Com um rápido movimento atiro a faca contra meu oponente, ao mesmo tempo que sua seringa vem ao meu encontro.

Com o auxílio dos meus reflexos (ou do que sobrou deles), prendo a seringa entre os dois dedos da minha mão, vendo minha faca presa à parede atrás de Bane.

Sorrindo maliciosamente, ouço o timbre que ecoa pelo hall de entrada. Bane não parece surpreso tampouco inclinado a reagir.

Por hora, ele já cumpriu sua tarefa (seja esta qual for).

Abro a porta e reúno as últimas forças para me distanciar o mais rápido possível, quando a explosão ocorre e me joga a mais de dez metros de distância.

O impacto não ocorre.

Abro os olhos e me arrependo de tê-lo feito. Os borrões de cor e luz passam sem ter uma forma especificamente.

E um segundo depois, tudo para.

— Você não me ouve mesmo — Dylan me mantém segura em seus braços, e percebo quão ferrada estou.

Um pulso lascado e hematomas dolorosos. Oh, merda.

Meus pés tocam a calçada, enquanto contenho uma careta imediata de dor. O ruivo abre o portão da casa simples, auxiliando-me passo a passo.

Entramos no interior da residência escura, tendo apenas a luz da lua como fonte de iluminação.

Largo-me na primeira poltrona que vejo, suspirando em cansaço.

— Entregou o pendrive da Stella aos salvadores da América?

Dylan assente, mas de alguma forma sinto que algo está fora do lugar completamente.

— Simon vai... Analisar os arquivos — O Allen se distancia um pouco, seu tom de voz contendo uma acentuada dor.

— O que aconteceu? — Pergunto sem delongas, ignorando completamente os recentes fatos que me pegaram de surpresa.

Entre as sombras do cômodo, percebo o ruivo virar-se lentamente. Seus punhos fortemente cerrados são uma prévia de uma notícia trágica.

— Fury está morto.


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Notas finais do capítulo

Nosso príncipe herói chega para salvar a Clary!!! E... Fury morreu! E agora?

Próximo capítulo será cheeeio de surpresas! Preparem seus corações para a narração divosa do Dylan, de um cap que mal vejo a hora de postar ;)

Se a gripe não me pegar de novo (pelamordeDeus, desde domingo eu tava zuada com essa dorga de poluição!), dependendo de como eu atualizar outra fic minha, tento postar o cap até sexta no máximo. Torçam para que eu consiga, pessoal õ/

Agradeço desde já pelos reviews! Super beijos e até a próxima :D



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