Destroyers escrita por Livia Dias


Capítulo 28
Capítulo 27


Notas iniciais do capítulo

Hello, Hello! u.u Tudo bem com vocês?

Gente, peço que me perdoem pela imensa demora. Foi sacanagem, eu sei, mas estive realmente atarefada. Nesses últimos dias tive provas importantes, seminários, trabalhos, encerramento do concurso no blog Kat Fanfics e um sério bloqueio nas minhas fics :S Espero que entendam, pessoal.

Quero agradecer a linda e maravilhosa Rebekah Mikaelson pela mais que perfeita quarta recomendação na fic *O* Muito obrigada, flor!

E à ClaraMiKaElsOn, Robbie, Pedroo, Livery, Agente Laurinha, AliceJackson, Leticia Chase e Rebekah Mikaelson pelos incríveis reviews :D

Graças a vocês dei um chute na preguiça e consegui passar este capítulo para o pc õ/

Boa Leitura!



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James

Todo mundo tem segredos, isto é fato. A única diferença é que cada um tem a carga que merece.

Eu por exemplo, tenho a Ashley para me lembrar quão "bom" já fui. A Clarissa tem o Charlie.

Nós, os malvados, costumamos ter irmãos bonzinhos que desejam mais do que tudo nos ver na merda.

Charlie Wayne é um desses. Só porque a Clary é uma psicopata, ele se acha no direito de ir atrás dela querendo matá-la.

Toco a campainha da casa vitoriana, certo de quem atenderá. Preparo meu sorriso de canto mais sexy, logo que uma atarefada Aurora abre a porta, equilibrando uma pilha de livros em um de seus braços, e o telefone entre o ombro e o ouvido.

Ahan... – Ela fala lentamente para quem quer esteja na linha. Seus olhos fixam-se em mim, e a surpresa é facilmente perceptível. Como se despertasse de um transe, Aurora pisca e volta a falar. – Desculpe, estava pensando no que você disse. – Escancara a porta e retorna para dentro, um sinal para que eu entre também. – Não, tudo bem. É eu entendo – um suspiro pesaroso escapa de seus lábios. Aproximo-me dela e a ajudo com seus livros, recebendo um sorriso em agradecimento. – Claro, mãe. Hoje mesmo vou ligar para a Jules. – Ela bufa, e faz um sinal com a mão livre para que eu espere.

Concordo com um aceno de cabeça, e pego um de seus livros. Lanço-me no sofá e começo a ler “Belo Desastre”.

Alguns minutos depois, Aurora se aproxima.

– O que pensa que está fazendo? – Seu tom repreendedor me obriga a dar de ombros.

– Esperando você sair do telefone – Fecho o livro. – Gostei dessa Abby. Ela parece você. – Entrego-o para Aurora, que balança a cabeça negativamente.

– Você não presta.

– Muito obrigado – digo, entretido com uma peça de arte depositada na mesa ao lado da porta. – Já está pronta? Eu te levo para o colégio.

Aurora pega sua bolsa e juntos seguimos para fora. Ela para em frente ao BMW preto, um sorriso de descrença se formando em seus lábios.

– Desse jeito vou ficar mal-acostumada, sr.Turner.

Sorrio de canto.

– Eu não me importo.

(...)

Por incrível que pareça, durante todo o trajeto fiquei em silêncio. Não paro de pensar no retorno do irmão da Clarissa a Nova York, e no que pode acontecer caso ambos se trombem novamente.

No mínimo, uma grande catástrofe.

E é para isso que Stella e eu servimos; para apagar a faísca antes que se transforme em um incêndio.

– James? – Aurora me chama, e retorno a realidade com um solavanco. – Você está bem?

– Não muito – confesso, virando uma esquina. – Um probleminha para resolver.

– Algo que envolva os outros? – questiona preocupada.

A encaro de soslaio.

– Não se eu conseguir despachar o problema – Estaciono em uma vaga livre dentro de NovaHead, onde vários alunos transitam livremente.

Saio do carro assim que vejo uma aflita Stella parada na escadaria do colégio.

Tomara que não seja o que estou pensando.

Pego minha mochila no banco de trás e sigo com Aurora até a Richard.

– Ele está aqui! – Stella exclama, assim que nos aproximamos o suficiente. – Acabou de entrar!

Aurora alterna o olhar de Stella para mim.

– Ele quem, pelo amor de Deus? – Fica impaciente.

Suspiro, mantendo a voz calma ao responder.

– Nosso problema.

(...)

Assim que entro na escola, vejo Charlie parado em frente a um armário, colocando livros e cadernos dentro. Olho ao redor, satisfeito pelo corredor estar esvaziando.

– O que você vai fazer? – pergunta Aurora, segurando meu braço.

Fito-a com ironia em meu olhar.

– Vou esquarteja-lo e jogar em um rio – Reviro os olhos. – Relaxa, eu não sou a Clarissa. – Volto minha atenção para o Charlie. – É melhor você ir para a aula, agora.

Aurora se coloca a minha frente.

– É melhor você me contar tudo depois – Seu tom ameaçador me obriga a assentir.

Com seu típico jeito autoritário, segue com outros alunos para a aula, desaparecendo de vista.

O sinal soa continuamente, e Charlie faz menção de sair, até que percebe a presença de Stella e eu.

– Olá Charlie – digo, com um falso sorriso.

Ele segura as alças de sua mochila, franzindo o cenho para nós.

– Não esperava encontrar vocês aqui! – caminha em direção a nós, um sorriso amistoso se formando em seus lábios.

– Ah, é claro que esperava! – Meu sorriso desaparece. – Pode parar com esse sorrisinho amigável. Conheço um idiota quando vejo um.

Charlie ri, e para a alguns metros de nós.

– Por que você lidera a gangue de idiotas?

Arqueio as sobrancelhas.

– Talvez.

Stella avança um passo.

– Charlie, o que você está fazendo aqui? Prometeu que não iria atrás da Clary.

Ele sorri ironicamente.

– A menos que ela não matasse mais ninguém.

Reviro os olhos, mal contendo o sarcasmo.

– Peça algo mais fácil! O Papai Noel não é um deus.

– James! – Stella me repreende. – Você não está ajudando.

Dou de ombros, mantendo uma de minhas sobrancelhas erguidas.

– O Charlie sabe como a Clarissa é. Não é, Charlie? – O encaro de modo significativo. – Uma assassina. Destruidora de vidas! Assim como eu! Se esperava por uma irmã angelical – gesticulo com os braços, tranquilo. – É melhor esquecer que tem uma.

A história de Charlie e Clarissa é tão bela quanto “O Massacre da Serra Elétrica”.

Era uma vez, um garoto bem-criado pelo mordomo dos Wayne, Alfred, e que desejava encontrar os pais (por desconfiar que estavam vivos). Ao invés disso, por acaso, encontrou Clarissa Wayne, sua irmã gêmea.

Eu estava com ela em Gothan City, pois a Clary havia descoberto a existência do irmão e queria mandar-lhe um... Recado.

Ambos se encontraram, e Charlie confiou no sorriso gentil da “maninha” e no abraço reconfortante que ela lhe dera, acompanhado de um sussurrado “Tudo ficará bem”.

Nevava na cidade, e os irmãos saíram para um passeio, saboreando chocolate quente e procurando se conhecerem melhor.

Ou era o que parecia.

Clarissa fingiu se emocionar, e Charlie, como bom Wayne, abraçou-a novamente.

Neste momento, uma seringa envenenada perfurou sua nuca, com um golpe certeiro dado pela querida e doce Clary.

E Charlie caiu na neve, enquanto eu saía das sombras e acompanhava minha melhor amiga pelas ruas frias de Gothan.

O que não esperávamos, era que ele sobrevivesse. Deve ser parte da genética dos Wayne, ou uma sorte extrema.

Eu o encontrei novamente no ano anterior, e o fiz jurar que não se meteria com a Clarissa. Stella fora comigo, e me ajudou a lidar com o “Wayne bonzinho”.

Conseguimos desviar a atenção da Clarissa do irmão, e a Iniciativa Destruidores veio bem a calhar. Acho que a Lady Assassina nem se lembra mais do Charlie.

– Não se preocupe – Ele balança a cabeça negativamente. – Vou esquecer a Clarissa – Dá um passo a frente. – Mas só quando eu tiver certeza de que ela está morta.

Uma risada ecoa pelo corredor, tão sarcástica que me surpreendo por eu ser o autor dela. Quando consigo me controlar, digo:

– Não está falando sério, Charlie – encaro Stella, que parece preocupada. – E quem vai acabar com a Wayne? Um merda como você? – Franzo o cenho.

Stella toma a frente da discussão, encarando o Charlie-Burro antes que eu pense em explodir a cabeça dele.

– Por que você está quebrando o trato, Charlie? Não faz sentido você querer matar a Clarissa!

– Vocês dois deveriam parar de defende-la – o Wayne diz com veemência, encarando-nos de um jeito reprovador. – Ela não vale nada...

– Você não me respondeu! – Stella grita, e por um segundo os armários tremem sob seu poder. Fico grato por eu estar mantendo as mentes de todos os alunos e professores do colégio, ocupadas o suficiente para notarem os gritos e barulhos. – Por que, Charlie? Clarissa vai continuar matando pessoas, mas não afetou a sua vida!

– Então tá, eu vou embora – Ironiza ele. – Vou retornar para a mansão Wayne e me esconder novamente, mesmo sabendo que A CLARISSA MATOU O ALFRED!

Ele está tremendo em fúria, e Stella e eu recuamos um passo.

Não pode ser.

– Charlie – Stella respira fundo. – A Clarissa entrou para a S.H.I.E.L.D. Faz três semanas que ela não perde o controle...

– Engraçado, porque eu encontrei o Alfred morto na semana passada com a mesma seringa que foi usada contra mim – E tira do bolso um pacote contendo o objeto de metal. Passo a mão pelos cabelos, contendo um bufo. – Enfiada no pescoço dele. – Torna a guardar a arma. – E pelo que sei, ela não está na cidade agora, não é?

O nosso silêncio já serve como resposta. Charlie mantém os olhos fixos em nós.

– Vou esperar ela voltar. Sou muito paciente, no fim das contas. – Suspira. – Dou duas semanas para que contem a Clarissa, e então vou voltar, e caçá-la. Acho bom não tentarem protegê-la – Se aproxima, os olhos semicerrados. – O Charlie bonzinho está morto.

E passa por nós, em direção à saída do colégio.

Stella e eu nos entreolhamos.

– Bom – digo, encarando as portas de NovaHead. – Acho melhor acionarmos os outros. Agora sim isso pode ser considerado um caso de emergência.


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Notas finais do capítulo

Não sei se vocês vão gostar dos novos personagens, mas o Charlie é gente boa apesar de tudo ;)

Estou organizando a Maratona Destroyers e um bônus (o primeiro! u.u) já está pronto. Portanto, aguardem!

Espero conseguir postar até domingo!

Beijokas e fiquem com Deus *-*



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