Destroyers escrita por Livia Dias


Capítulo 14
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Aqui estou eu de novo õ/ Tudo bem com vocês?

Era para esse capítulo ter saído ontem, mas não consigo passá-lo para o pc a tempo... Por isso, estou postando ele hoje, com a promessa de uma nova atualização até, no máximo, terça-feira ;)

Obrigada a todos que comentaram no capítulo anterior. Já comecei a responder os reviews mandados por vocês :)

Até as Notas Finais. Espero que gostem do cap.

PS: Sem BC ainda galera :( Mas tenham paciência! Estou com esperança que o N!C volte até o fim de semana.

Boa Leitura!



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Clarissa

Eu? Uma heroína? Claro que não!

Se, estou aqui agora quando poderia estar assistindo Duro de Matar 4, certamente não é para salvar os alunos de NovaHead (eu nem gosto dessa escola e dos que estudam aqui).

Só quero acabar com o Coringa e ir embora. Nada de atos heróicos, coisas gentis e essas frescuras que os heróis costumam fazer.

Empino a moto e a guio pelos corredores, em alta velocidade. A propósito, esta belíssima moto é uma herança. Pertencia aqueles que deveriam ser meus pais e blábláblá.

Subo as escadas e ao fim desta as rodas giram novamente. Aumento a velocidade até encontrar os palhaços com metralhadoras expressões divertidas.

Manés.

Não diminuo a velocidade, nem quando os tiros iniciam com fortes estampidos.

Aciono as armas da moto e sem esperar, aperto os controles.

Dois tiros certeiros nos pescoços deles e mortes lindas de se ver. A beleza da morte me deixa tão sentimental... Dá até vontade de cantarolar (obviamente, não vou fazer isso).

Passo pelos cadáveres sem diminuir o ritmo. Nenhum sinal do vilão que busco o que me leva a crer que ele está no telhado.

Por que, os vilões tem fascinação por telhados?

Eu respondo:

Porque você se sente incrível por ter chegado tão alto sem vomitar ou cair. E também a questão da ótima sensação de dominação mundial.

Alunos feridos correm de um lado para outro, como se quisessem me atrapalhar. Limito-me a contar até mil e resistir ao impulso de matar todos eles.

Quando sinto o frio da madrugada e as gotas de chuva em meu uniforme justo, sei que o momento de encontrar o palhaço está cada vez mais próximo.

As rodas da moto giram com um ruído agradável, e param logo que pressiono os freios.

A figura se vira para mim, esfregando as mãos como se estivesse com frio.

– Ora, ora, ora – seu tom de voz serve apenas para gerar mais repulsa em mim. – Lady Assassina. Que surpresa agradável.

A risada do palhaço ecoa diversas vezes, e me contenho para não avançar até ele e arrancar seu coração, na intenção de desfazer esse sorriso patético que percorre seu semblante.

– Sabe que eu sou seu fã? – Coringa gesticula com as mãos enluvadas, enquanto caminha lentamente até mim. – Tem ideia do exemplo que você se tornou para as crianças? Elas querem ser como você!

Desço da moto, com um movimento rápido.

– Fico feliz de ser um exemplo para alguém. – desdenho, tirando um revólver do cinto, lentamente. – Na verdade – Coloco o pente de balas, com um movimento um tanto brusco. – Se você é meu fã, posso levar um autógrafo meu para o seu túmulo.

Coringa leva a mão ao coração, teatralmente.

– Não me diga que você se tornou uma heroína? – A perplexidade ronda seu rosto, e por um instante permito-me sorrir.

– Se eu fosse uma heroína – Giro o revólver entre meus dedos, colocando a fachada de “Garota-Pensativa” em meu lindo rostinho angelical. – Você estaria morto, os alunos de NovaHead estaria são e salvos, e eu receberia uma Medalha de Honra ao Mérito por minha santidade divina. – Dou de ombros, deixando um suspiro teatral sair por entre meus lábios. – Mas as coisas não são bem assim, são?

Coringa ri novamente, dessa vez com mais empolgação do que antes.

– Isso... – Ele leva as mãos à barriga, sem parar de exibir seus dentes amarelados. – Você é demais, Wayne!

O revólver se encaixa perfeitamente em minhas mãos e sem esperar, pressiono o gatilho diversas vezes.

Os tiros incessáveis tem início, com estouros que são como música para meus ouvidos. Coringa se lança no chão, e rasteja como um verme asqueroso, tentando escapar de sua morte iminente.

Não paro de atirar até que toda a munição se esgote. Quando isso ocorre, me vejo livre para atacar sem o auxílio de meu precioso revólver.

Meu inimigo se levanta cambaleante, lento o suficiente para eu acertá-lo com um chute na face. Ele vai ao chão, ainda pior do que antes.

– Você é... Igualzinha ao seu pai. – Sua voz grave e risonha me deixa mais irritada do que antes, a ponto de eu iniciar uma série de golpes perfeitos e bem calculados.

A vontade de matá-lo e de fazer com que sofra é mais forte do que tudo que já senti. A chuva se torna uma tempestade, e aos poucos, vou cessando os socos e chutes, tendo um vislumbre da face ensanguentada do palhaço.

– Até seus socos são iguais aos dele – comenta, sem qualquer emoção.

O encaro de forma totalmente indiferente.

– Você me dá náuseas – digo, puxando duas facas do meu cinto de ferramentas.

O riso louco sai da garganta do Coringa, que provavelmente quer me distrair para que eu não o mate.

– Até seu jeito de falar é como o de seu querido papai morto! – As gargalhadas loucas tentam a todo custo competir com os trovões que se iniciam.

– Eu não tenho pais – encaixo as facas nos suportes que ficam nas bases das mangas de meu uniforme roxo. – Você está enganado.

Com um rápido movimento, salto para cima de meu oponente, fincando as lâminas em seu peito.

As puxo de volta, sorrindo sadicamente por vê-lo sangrar. Coringa ri mais uma vez, o que me obriga a perfurá-lo novamente com as facas, dessa vez em seu pescoço.

Rasgo sua garganta e perfuro sua cabeça. O sorriso se apaga da face do palhaço, transformando-se em uma expressão de pura (louca) fascinação. Essa é a comprovação de que Coringa possuía uma loucura acentuada.

Como Grand Finale, finco as lâminas no centro da face de meu oponente, na região do nariz. Logo, as arrasto até o estômago dele, e realizo uma expressão que muitos sádicos e homicidas costumam dizer; “Vou rasgá-lo do umbigo até o nariz”.

Ergo-me, ouvindo um barulho que se mistura com os ruídos dos trovões.

Apanho o revólver que havia usado anteriormente, recarregando-o com um pente (sim, sim, eu tinha munição, mas prefiro lutas corporais por serem mais... Dolorosas aos meus inimigos).

Olho ao redor, atentamente, buscando algum sinal de aeronave ou coisa do gênero. Nada. O céu está tão ou mais escuro do que antes, e por um instante baixo a guarda.

Grande erro.

Meus tornozelos são presos e puxados com violência, levando-me ao chão. Sou arrastada até a beira do prédio, onde consigo me firmar no parapeito do edifício.

Volto meus olhos para baixo, com uma fúria assassina.

– Você é bem forte para uma garota tão magrela – comenta o herói, estando a minha frente, sem precisar do solo como apoio. Com o auxílio de sua armadura ele voa perfeitamente bem, e graças à mesa, ele tem cordas de aço que prendem com firmeza meus pés.

Cerro os dentes. Mais um herói de merda querendo salvar o mundo.

Tiro uma faca do cinto, mas sou impedida de lançá-la quando o Homem de Ferro puxa com força sua corda.

Minha mão escorrega pela base do prédio e meu corpo cai como um pedregulho. Pego a faca que estava segurando e a coloco entre os dentes, esperando pelo instante que a corda irá chegar ao seu limite. Isso ocorre, porém não tenho tempo para me soltar, pois Stark faz questão de me jogar em uma avenida movimentada pelo trânsito infernal.

Sou obrigada a desviar dos veículos usando apenas as mãos, e tal ação parece divertir o herói.

Movo a cabeça e solto a faca, mirando-a no vingador. Erro por centímetros, e uma espécie de rosnado escapa por meus lábios.

– Ei, fica calma, Lady – Não – Sei – Das - Quantas. – Seu tom de voz irrita-me ainda mais. Ele está realmente zombando de mim?

– Por que estou sendo presa afinal? – grito, logo que pousamos no telhado de NovaHead novamente, depois do “divertido” passeio pelos arredores do colégio. Stark solta à corda e finalmente vejo-me livre para ficar de pé com um simples salto. Avanço alguns passos, furiosa, enquanto o herói revela seu rosto já conhecido por mim. – Eu matei o Coringa!

– Eu sei disso – diz Stark, tranquilo, enquanto verifica algo em seu computador de pulso.

– Então, por que eu estava presa? – me seguro para não avançar até esse babaca e exterminá-lo de uma vez. Tenho de ter minhas respostas e depois penso se acabo com ele ou permito que viva.

– Você deveria se acalmar, pirralha – Stark se mostra impaciente agora, o que me deixa ainda mais furiosa se possível. – O Fury quer colocar um pouco de juízo na sua cabeça, embora eu ache que o problema só é resolvido se você nascer de novo...

– Ah, é a S.H.I.E.L.D – um sorriso debochado percorre meus lábios, e fico satisfeita por saber que são eles, o grupo de agentes (heróis) comandados pelo “poderoso” Nick Fury.

Isso significa que, finalmente, meus crimes chegaram ao extremo da maldade e provavelmente estou sendo caçada por eles.

Devo ser a criminosa mais jovem a ser caçada pela S.H.I.E.L.D... E isso parece extremamente interessante para alguém tão má como eu.

– Bom, diga ao Fury que é uma honra ser inimiga do grupinho dele, e que será excelente ver uma morte de todos vocês quando eu o fizer – mexo em meus cabelos distraidamente, recuando vários passos. – Agora, se me der licença estou saindo, Lata Velha.

Salto para trás com uma agilidade que já vem do meu sangue (pelo menos isso Selina Kyle deixou para mim) e quando estou prestes a reverter minha posição para cair de pé e não danificar nenhum de meus ossos, meus tornozelos são novamente envolvidos pela maldita corda de aço.

Oh. Santa. Merda!

Sou arrastada para cima e caio de bunda no chão, fazendo uma careta de dor.

Lata Velha de Ferro livra-me das cordas novamente, porém, libera outras, que me amarram firmemente dos tornozelos aos ombros.

Ótimo, agora pareço uma lagarta que ainda não se livrou da casca asqueroza.

Que humilhante.

– Em primeiro lugar – Tony Stark surge em meu cenário de visão, sustentando a mesma cara paciente de antes. – Eu sou só o Homem de Ferro, o herói mais genial e fodástico de todos os tempos.

Reviro os olhos para tal idiotice. Francamente, ele só é um gênio bilionário, que paga de herói nas horas vagas e fica se achando.

Nada demais!

Eu sou mil vezes mais interessante e incrível do que esse cara.

– Em segundo – Stark começa a caminhar de um lado para outro, algo que me deixa extremamente impaciente. – Você não está sendo caçada pela S.H.I.E.L.D, já que nem chega a ser uma vilã de verdade.

Começo a me debater, furiosa com seu insulto. Quem ele pensa que é para dizer isso? Eu sou uma vilã sim, e a melhor!

– E terceiro – o Homem de Ferro para a minha frente, libertando-me das cordas. Uma seriedade anormal percorre seu semblante. – Odeio dizer isso, mas a S.H.I.E.L.D precisa de você e dos seus amigos.

Agora sou eu quem digo; em primeiro lugar, Aurora e os panacas que a seguem não são e nem nunca serão meus amigos. Em segundo lugar, eu não tenho amigos. E em terceiro e não menos importante, por que raios e trovões a S.H.I.E.L.D precisa de mim?

Não tenho tempo para colocar meus pensamentos em belas palavras irônicas e sarcásticas, e muito menos consigo tirar as dúvidas que embaralham minha mente. Uma nave surge no céu, sobrevoando NovaHead.

– Foi muito bom te conhecer, Lady-Não-Sei-Das-Quantas. – A máscara de ferro cobre a face do Stark. – Tão bom quanto sofrer uma crise econômica e acabar na falência.

Cerro os dentes, engolindo diversos palavrões.

Agentes da S.H.I.E.L.D descem da nave e me erguem do chão, laçando-me com correntes de ferro (as cordas de aço já não bastam? Que droga!), por fim colocando cabos em argolas aos lados de meus braços, enquanto dois agentes seguram as bases de segurança.

Sinto-me até importante. Toda essa proteção (para eles) só indica que eles morrem de medo de mim.

Sou elevada até a nave, me sentindo como um animal prestes a ter sua liberdade arrancada.

O que quero dizer, é que para mim já era. Se a S.H.I.E.L.D quer minha ajuda, significa apenas uma coisa; eles vão querer me contaminar com o pior vírus que existe.

E não falo de uma morte dolorosa, torturas ou uma cela escura cheia de ratos e lagartixas. Preferia tudo isso a ter de enfrentar algo que só me gera repugnância.

A S.H.I.E.L.D, com toda certeza, querem me transformar em um deles; querem me transformar em uma heroína, ou seja, querem acabar com o meu reinado mal começado, para sempre.

Tenho um último vislumbre da NovaHead caótica, antes de ser lançada contra a escuridão.


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Notas finais do capítulo

Clarissa, tadinha :( Se ferrou mesmo... Fazer o quê...

O próximo capítulo será... Bom, não sei como vocês vão julgá-lo, mas tenho quase cem por cento de certeza que vocês vão gostar ;)

Mais uma vez, o Zack está na área, pessoal. Portanto, preparem-se! Capítulo 14 será bem "uou".

Não deixem de comentar. Quem sabe não posto até domingo?

Novamente, obrigada a todos que estão acompanhando a fic! 29 leitores, 67 comentários, 7 favoritos e 2 recomendações õ/ Vamos que vamos, pessoal!

Hasta la próxima!

Beijokas :3