Destroyers escrita por Livia Dias


Capítulo 105
Capítulo 90


Notas iniciais do capítulo

Heey guys! Tudo bom?

SURPRESA: https://www.youtube.com/watch?v=81TYkv9dWRA

Não sei se vocês vão considerar bem como surpresa, MAS para mim é realmente importante estar fazendo algo do gênero em que eu fale (além de outras coisas) sobre FANFICS e esteja ainda mais próxima de vocês! Então como estou prestes a terminar essa história e o desejo de criar algo do gênero que me deixasse mais próxima dos meus leitores surgiu, resolvi investir no canal que estava (até então) parado. Espero que gostem u.u

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No capítulo anterior vimos a fúria da Shayera. E nesse veremos como a Clary está se comportando diante de tudo isso :S

Boa Leitura!



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Clarissa

 

Três semanas depois...

A decisão nunca dependeu dos meus pais ou até mesmo de Charlie...

Durante as três semanas que se arrastaram ao ataque da Mulher-Gavião tive de aceitar a amargura da sra.Wayne e a decepção de Charlie. No entanto, acima de tudo, tive de aceitar a distância de Bruce, que se manteve isolado na “Batcaverna”.

O recado do Superman foi claro: eu tinha exatamente três semanas para me organizar e aceitar a pena que me cabia, sendo levada para a torre da Liga da Justiça.

Amanhã à tarde agentes virão me buscar e ficarei longe por tempo indeterminado.

Fecho a mochila que contém algumas peças e objetos indispensáveis. O quarto que permaneci por três meses parece algum tipo de lar. Respiro fundo. Nunca me senti dessa maneira ao abandonar algo.

— Você não vai jantar? — Selina questiona cruzando os braços. Sinto seu tom entristecido cada vez mais intenso.

Suspiro.

— Sinto muito por não lutar — digo pela primeira vez desde que aceitei meu destino.

Os olhos da minha mãe pesam sobre mim.

— Você está sendo teimosa — diz Selina meneando a cabeça negativamente. — Mas eu consigo compreender seu lado.

Consigo sorrir minimamente antes de abraçá-la. Estabeleci por anos uma barreira invisível entre meus pais e eu, que me impedia de desenvolver qualquer tipo de vínculo afetivo por eles. Agora, no entanto, é palpável a áurea que se aconchegou entre nós, possibilitando-nos uma ligação.

Vejo Charlie aparecer diante da porta do quarto, seu semblante exibindo tranquilidade perante o que está prestes a acontecer.

Selina se afasta e percebe a presença de seu outro filho. Afaga meu rosto uma última vez antes de deixar o cômodo.

Charlie adentra o quarto com as mãos nos bolsos.

— Nunca pude pensar em algo como isso — Ele comenta observando a mochila arrumada em cima da cama. — Você mudou muito, Clary.

Concordo sem saber ao certo o que dizer. Charlie foi um dos principais alvos do meu ódio e no momento se encontra diante de mim, me aceitando como uma irmã.

Suspiro com a culpa dominando meu interior facilmente.

— Eu nunca pude me desculpar verdadeiramente pelo que fiz com você — falo atraindo completamente sua atenção. — Eu mudei e ainda estou tentando passar pelos meus erros.

— Eu já te perdoei Clary — Charlie sorri, dominado pela emoção repentina. — A partir do momento que você nos salvou. Soube que você tinha se tornado alguém melhor desde então.

Sou surpreendida pelos seus braços me envolvendo rapidamente, em um forte abraço. Respiro fundo a fim de não desmoronar.

— Eu fiz uma escolha difícil — confesso a Charlie, que assente. — Eu sei que vai ser complicado pagar pelos meus crimes. Então preciso que você cuide das coisas enquanto eu estiver longe.

Afasto-me dele, e percebo seus olhos vermelhos. Charlie mexe nos cabelos desviando o olhar.

— Prometo cuidar de tudo até você voltar — Ele hesita por uma fração de segundos. — Vai visitá-los antes de partir?

Coloco as mãos na cintura pensando nos bons momentos que passei ao lado de Aurora, James, Stella, Ashley, Simon, Zack e... Dylan. Eles formaram uma família que me aceitou, com todos os meus defeitos e manias. Convivemos juntos por meses a fio. Passamos por momentos de tristeza, alegria e repentinamente encaramos de frente a morte.

Desenvolvemos um laço forte. Algo que vou ter de me acostumar a viver sem por (talvez) muito tempo.

— Não. — respondo finalmente. — Prefiro me despedir apenas de vocês.

Afinal, não posso levar comigo o sentimento de adeus aos Destruidores.

(...)

A passagem abre-se à minha frente e vejo-me descendo a escadaria íngreme até a caverna, com a escuridão predominante envolvendo-me. Reconheço o sr.Wayne sentando em frente à um painel, completamente desatento da minha presença.

Nos arredores do ambientes, os uniformes do Batman, antigos Robin, Asa Noturna e inclusive o (meu) uniforme de Lady Assassina estão conservados dentro de redomas de vidro.

É então que reconheço a figura empoleirada em um canto, abraçando os próprios joelhos e murmurando palavras sem nexo.

— Lexi? — indago em voz alta.

Ela me encara com olhos amedrontados e o sentimento que por meses refreei retorna com força total: o ódio. Avanço contra Lexi prestes a acabar finalmente com a droga da sua vida...

— Clarissa! — sinto meu pai me deter segurando meu braço com força.

Encaro-o com incredulidade. Ele não estava afetado pela minha decisão durante todo esse tempo. Esteve ocupado com Lexi!

— Você anda mentindo muito ultimamente — digo com os dentes cerrados.

— Clarissa — Bruce alerta respirando fundo, soltando meu braço. — Eu vou explicar.

— Certo — cruzo os braços. — Então explique o que essa... Coisa — faço uma careta de enojamento. — Está fazendo aqui?

Bruce passa a mão pelos cabelos, um gesto que Charlie evidentemente herdou.

— Eu queria ver o estado dela. Acredito que da mesma forma que você teve sua chance de redenção, ela mereça uma. Clary — Ele fala gentilmente, fitando-me com firmeza diante a minha revolta. — Ela é minha filha. Tente entender. Eu tive três filhos tirados de mim. Estou tentando fazer o que é melhor...

Suspiro diante suas palavras, encarando-o com certa piedade. Uma parte do meu íntimo deseja acabar com tudo isso de uma vez por todas, no entanto, a parte racional que parece dominar a maior parte da minha mente, pede que eu o entenda.

— Eu não posso aceitá-la — digo finalmente, com mais calma. — Mas entendo você.

— Talvez você não saiba — Bruce Wayne afaga meu ombro, seus olhos exibindo aquele ar paterno que tenho visto durante as últimas semanas tão frequentemente. — Mas eu amo meus filhos acima de tudo. Você, Charlie... Até mesmo Lexi. Vocês três passaram por muito. E acredito que mereçam uma nova chance para serem felizes.

Meneio a cabeça positivamente, fitando Lexi por cima do ombro. Seu estado deplorável comprova que ela está pagando pelos seus crimes da pior forma possível: sem qualquer resquício da garota saudável de outrora.

(...)
 

Assim que os agentes da Torre da Liga da Justiça vieram ao meu encontro na tarde do dia seguinte, entendi que não seria apenas eu a passar alguns anos distante da Terra: Lexi Riddle seria levada comigo.

Deixei como lembrança aos meus pais e a Charlie um abraço forte, algo carregado de sentimentos revoltos dentro de mim.

Por quanto tempo eu ficaria sem vê-los?

O vento forte soprou contra meu rosto enquanto eu deixava a propriedade Wayne e era firmemente segura por um par de algemas que aprisionaram meus pulsos à frente do meu corpo.

Selina chorava incontrolavelmente, enquanto Bruce segurava o ombro de Charlie, ambos mantendo a mesma expressão de aceitação que eu vira no almoço daquele dia.

E com o uso de teleporte, senti meus pés deixarem o chão, e a sensação de despedida veio junto do aperto em meu estômago e o calafrio que percorreu meu corpo.


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Notas finais do capítulo

TUMBLR DA DESTROYERS: destroyersfanfic.tumblr.com
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Vou me dedicar neste feriadão a responder o máximo de comentários possíveis que vocês deixaram! E DESAFIO VOCÊS a colocarem no TUMBLR ou nos REVIEWS a partir desse capítulo a resposta para a seguinte pergunta: "O que você sentiu durante toda a trajetória da fanfic Destroyers?".

Até o próximo capítulo, que terá uma narração especial u.u

Beijokas!



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