Destroyers escrita por Livia Dias


Capítulo 10
Capítulo 09


Notas iniciais do capítulo

Hello!

Nono capítulo...

Espero que gostem ;)

PS: Stella (Katerina Grahan) e Lexi (Kristen Stewart).

Boa Leitura!



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Stella

Muito prazer sou Stella Richard e tenho super-poderes.

Desde que me conheço por gente, posso controlar o metal e deixá-lo do jeito que eu quiser. Consigo transformá-lo em coisas diversas, desde meros pregos, a uma bazuca ou canhão.

Também posso fazer armas (revólveres, metralhadoras, snipers), algo que me fascina por completo.

Mas não estou aqui para ficar me gabando. Aliás, no momento estou ferrada demais para isso.

Bom, tudo começou com o maldito jogo de NovaHead.

As arquibancadas estavam lotadas e isso me incomodava um pouco. Não que eu seja do tipo anti-social, só que o risco de ter meu lanche roubado é extremamente assustador para mim.

Sentei-me no meu lugar, entre a “Fabulosa” Ashley e a “Devoradora de Livros” Aurora.

– Como você agüenta comer tudo isso? – Ash fez uma careta, e em resposta, mostrei-lhe a língua.

To nem aí para você e sua opinião, Ashley Turner, pensei desdenhosa.

Como se lesse meus pensamentos (o que não duvido que ela tenha feito na hora), revirou os olhos e cruzou as pernas.

Dei de ombros e comecei a devorar meu misto-quente, ignorando por completo as dietas malucas que Ash devia ter na cabeça, logo que me viu comendo tanto.

E o mais engraçado é que eu não engordo, minha gente!

Zack chegou atrasado – como sempre -, e logo começou com suas piadinhas “sem graça” para ver se eu alcançava o auge da minha irritação. Entretanto, sou uma pessoa muito controlada e o que fiz foi... Estapeá-lo.

Ô garoto chato, viu?

Consegui calar a boca dele quando soquei seu nariz, e ele me xingou de “TPMica”, antes de se sentar perto de Aurora e se fazer de inocente.

Além de chato é medroso.

As líderes de torcida de NovaHead começaram com o “showzinho” de apresentação do colégio. Todos devem ter percebido que o time estava desfalcado, pois os saltos e acrobacias saiam de maneira irregular e imperfeita, comparadas às dos jogos anteriores.

– Vagabunda – Ashley não tirava os olhos do campo, onde Lexi sorriu ao bater os pompons. – A Tompson nunca apareceria e ela sabia disso.

Depois das líderes de torcida terem dado um “apoio” aos colégios, o jogo enfim se iniciou.

Dylan Allen, é o capitão do time de futebol americano de NovaHead, e por isso, é sempre aplaudido nos corredores e tem uma turma “super-legal”.

Se soubessem quem ele realmente é...

Simon também estava jogando. Entrou para o time recentemente e era excelente. Embora ele seja um grande nerd, possui uma habilidade excepcional em campo.

Aurora não parecia tão interessada no jogo. Percebi ela encarar o tal irmão da Ashley com certa indignação, já que o mesmo estava cercado de garotas que riam bobamente em sua presença.

Resumindo, o jogo foi uma merda. Não que NovaHead tenha perdido – eles foram excelentes -, mas ficar torcendo para que um bando de gente falsa ganhe, não faz meu estilo.

E nem faz o estilo de Clarissa Wayne.

Ela não apareceu no jogo, um fato que concluí ser típico dela. Clarrisa detesta jogos e festas, ou qualquer coisa que envolva NovaHead.

Poucos sabem (ou ninguém, para ser franca), mas sou eu quem fornece armas e equipamentos para ela.

Sim, eu ajudo a Lady Assassina. E sinceramente, não ligo se posso ser apedrejada caso descubram.

Por que? Porque eu acredito nela, e sei que é mais do que uma garota maluca e ambiciosa.

Afinal, Clarissa é uma Wayne, filha do Batman e da Mulher-Gato (poucos sabem esse importante detalhe, acreditando que esta seja apenas filha de um milionário morto e de uma ladra louca), e por isso tenho fé que ela será diference um dia.

(...)

Com a vitória de NovaHead, a festa pôde acontecer sem problemas. Diferente do jogo a alguns minutos, senti meu tédio se esvair por completo, enquanto bebia vários copos de refrigerante e assistia Zack dançando com várias garotas ao mesmo tempo.

Balancei a cabeça em negativa, considerando a hipótese dele ser um grande mane.

– Ei, Stella Richard! – Lexi Riddle aproximou-se de mim, trajando um belíssimo vestido vermelho e segurando uma taça de ponche. Seu sorriso me deixou enjoada, porque afinal, eu não vou com a cara daquela garota. – A Wayne não veio hoje?

Dei de ombros, fingindo desinteresse.

– Sabe que eu não sei? – digo, terminando meu refrigerante.

Lexi continuou sorrindo. Provavelmente mandaria uma série de indiretas para mim, mas Dylan chegou bem a tempo.

– O pessoal estava procurando por você – disse ele, com seu típico sorriso simpático. – Não sei como Dylan suporta a piranha da Lexi?

Entretanto, o que mais me intrigou, foi seu sorriso. Lexi não parou de rir um segundo sequer.

Foi então que senti um frio no estômago (que não era fome!), como se algo estivesse errado. Meus voltaram para as janelas, como se estas me chamassem de alguma maneira.

E nesse exato momento, houve o impacto com o vidro.

Gritos preencheram o ar, e os mais próximos das janelas se afastaram de imediato.

Figuras mascaradas adentraram o salão, armados até os dentes. As líderes de torcida iniciaram o grupo “corra se puder”, dirigindo-se como foguetes até as saídas de emergência.

Entretanto, ninguém conseguiu sair.

Os homens com máscaras de palhaços debochavam dos inocentes, atirando para o alto e fazendo-os recuar das saídas.

E eu estava completamente perdida em meio ao caos. Não esperava por algo assim. Dylan e Aurora pareciam extremamente perplexos com o ataque repentino, tal como eu.

Lexi estava tendo convulsões de tanto rir, o que chegava a ser cômico, se não estivéssemos prestes a morrer.

Dylan socorria sua namorada, parecendo realmente desesperado. Aurora me encarava, mandando um sinal silencioso para mim.

Pelas portas principais chegaram mais homens armados. Consegui me afastar um pouco de todos, seguindo para o fundo do salão.

Eu era a única ali que poderia colocar meu uniforme sem precisar de um banheiro, o que se tornou uma vantagem naquela ocasião.

O meu ponto era distante da maioria dos convidados, embora eu tivesse uma excelente visão do que acontecia no centro do salão.

E pode acreditar, não era algo legal de se ver.

O homem com maquiagem de palhaço, terno roxo e sapatos lustrosos, se encaminhou pelas portas principais. Possuía feias cicatrizes próximas à boca, cobertas por batom vermelho, sem falar em seus cabelos verdes e ensebados.

Ele era horrível e infelizmente, eu tinha uma boa idéia de quem seria, com todo aquele Humor Negro e atitudes sádicas, que provavelmente se iniciariam a qualquer momento.

– Ué, o gato comeu a língua de vocês? – o palhaço umedece os lábios, voltando seus olhos pelo salão. – Onde está o clima festivo?

Aurora me encara a certa distância, assentindo brevemente. Isso significa que terei de agira de qualquer jeito, interferindo nos planos desse palhaço traiçoeiro.

Sei que estou ferrada, porque todas essas pessoas no salão, podem ser mortas por minha causa se eu der um passo em falso.

– A verdadeira festa começa agora – diz Coringa, tirando uma carta da manga (literalmente) e sem pré-aviso, atirou-a no peito de um dos jogadores do time de NovaHead, que foi ao chão.

E coincidentemente, era o companheiro de Ashley, que estivera dançando com ela instantes atrás.

– DEREK! – grita ela, correndo até o garoto estirado no chão. Lágrimas descem por seu rosto, e então percebo que Ash está diante de um cadáver no momento.

A risada do Coringa soa pelo salão, estridente e maquiavélica em meio ao silêncio que se instalou.

– Meus pêsames. – diz ele, fazendo uma curta reverência à Ashley, que o encara com repugnância.

– Seu monstro! – grita, a plenos pulmões.

Certo, agora é a hora de agir.

Concentro-me, imaginando o metal se fundindo e moldando meu corpo, formando a roupa que pertence a minha segunda vida. Posso sentir o uniforme em mim e ainda de olhos fechados, imagino a máscara prateada combinando perfeitamente com o restante da roupa.

– Vem cá – Coringa puxa Ashley pelos cabelos, obrigando-a a ficar de pé. – Está vendo essas cicatrizes? – Segura o rosto da minha amiga, com firmeza, forçando Ashley a encará-lo. Com uma faca, indica os próprios ferimentos, e Ash faz uma careta com a visão asquerosa. – São feias, não são? – Sorri ele, maldosamente.

Os palhaços já me viram, pois começam a apontar suas armas em minha direção.

Bando de burros.

Antes que as balas me acertem ou machuquem alguém, faço com que voltem para seus devidos donos.

Os homens mal conseguem desviar ao serem atingidos em cheio, em seus órgãos vitais, e caírem no piso do salão.

Coringa volta seus olhos para mim, e sem nenhuma delicadeza, joga Ashley no chão, e a mesma corre dali, em choque.

E pela primeira vez, não a culpo. Embora tenha poderes, ela não nasceu para ser uma heroína.

Os alunos notam minha presença, pois abrem caminho para mim, como se eu fosse uma diva ou algo do gênero. Coringa alisa seus cabelos verdes, como se quisesse me seduzir (eca!).

– Por que está aqui? – Carrego minha voz com toda firmeza que consigo reunir, sem gaguejar ou demonstrar nervosismo.

– Quanta rudeza – debocha Coringa, exibindo seu sorriso sádico em seus lábios horrendos. – Deveria tratar de forma melhor os convidados de honra...

Movo a mão, fazendo com que uma das mesas de metal responda a meu comando e acerte em cheio esse palhaço maluco derrubando-o no chão.

– Por que está aqui? – insisto, com fúria expressa em minhas palavras.

– Certamente não é por você, Metallica – ri alto, alucinadamente.

Percebo a angústia de todos ao meu redor, e sem mover um músculo, as portas do salão se escancaram. Meus colegas entendem o sinal e começam a se dispersar, fugindo daqui.

– Ato inteligente – Coringa se levanta, mas não permito que faça qualquer outra coisa; movo todas as mesas em sua direção, para que o prensem na parede.

Mesmo com a possível dor que está sentindo, Coringa ri cada vez mais alto.

– Do que está rindo? – minha voz soa mais ameaçadora do que eu pretendia, mas não parece assustar meu oponente.

Coringa gargalha por mais alguns minutos, antes de responder.

– Porque vocês já perderam, heróis – E como se estas palavras fizessem parte da piada do século, ele volta a rir, mais alto do que antes.

Concluo que não vou extrair nada desse cara e decido ir atrás de Aurora e Dylan. Entretanto, ao me virar, dou de cara com outra “surpresa”, que não hesita em fincar uma estaca de madeira em meu peito.

Se fosse metal, creio que eu teria alguma sorte.

Fraquejo sobre meus joelhos, antes de atingir o piso, com um baque estranho. A última coisa que ouço, é uma risada estridente e uma série de passos, antes de mergulhar na escuridão que indica o fim de uma heroína.


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Notas finais do capítulo

Como prometido, as tretas começaram nesse capítulo, hahahahahaha.

Vixe, a partir dos próximos muita treta vai rolar :)

Já agradeço a quem comentar e fico feliz por saber que estão gostando da fic! Como voltei pra escola agora, os capítulos não saíram com tanta frequência, mas prometo tentar postar um por semana pelo menos ;)

O Capítulo 10 será dedicado a Aurora Clarkson.

Como podem ver, são 9 heróis que formam os Destroyers, portanto, a partir do próximo, as narrações irão variar bastante de um para outro, e não vão seguir essa mesma ordem ;)

Beijokas *-*