The darkness inside me escrita por marirdgs


Capítulo 8
Capítulo VII


Notas iniciais do capítulo

Oi gente.

O capítulo de hoje é quase o mesmo da semana passada. Eu aproveitei esse período de carnaval para rever algumas coisas na fic. Então, acrescentei algumas coisas no capítulo anterior.

Espero que gostem



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Eles estavam caídos no chão. A briga parecia que tinha sido a milênios atrás. Para Draco nada mais importava naquele momento. Ela é linda, foi o que ele pensou. E sua cabeça, assim como sua visão estava transbordava com a presença dela. Os cabelos negros, a pele corada, o sorriso divertido, os cílios longos que adornavam os atentos olhos negros. Para ele Valerie era o conhecido, o confortável, o lugar a onde ele pertencia. Onde era aceito mesmo com todos os seus defeitos de sonserino. Ele tinha consciência de cada centímetro do corpo dela que o tocava transmitindo ondas de calor reconfortantes.

Valerie, por sua vez, não se importava com a proximidade deles. Foram criados juntos. Quantas vezes não tinham rolado no chão da Mansão Malfoy em suas brincadeiras bobas?

Mas algo no modo Draco parou de rir e ficou olhando para si, fez o coração da menina bater mais rápido. Assim que pensou em levantar, sentiu as mãos do primo em sua cintura. Parou onde estava. Nem respirava direito. Ficou encarando aquele par de olhos cinzas que se aproximavam lentamente.

Draco queria aproveitar cada segundo. Sabia o que ia fazer. Sabia o que tinha que fazer. Sabia que tinha que ser com ela. Não podia haver outra garota ali naquele momento. O primeiro beijo dele tinha que ser com a Valerie. O primeiro beijo deles. Sabia que também era o primeiro beijo dela.

Viu ela fechar os olhos ao se aproximar e, então, lentamente encostou seus lábios nos da prima. Colocou uma das mãos carinhosamente sobre os cabelos negros de Valerie que estava com as duas mãos sobre seu peito. O loiro entreabriu os lábios querendo sentir mais da boca da garota. Quase explodiu de alegria quando ela fez o mesmo, aprofundando o beijo.

Era calmo. Tranquilo e terno como deveria ser. Cada um descobrindo o outro e a si mesmo a cada toque. Mas para Draco acabou rápido demais. Valerie se afastou dele extremamente corada. Era muito difícil vê-la corada e aos olhos dele, ela ficava ainda mais linda assim. Ele sabia que tinha que falar alguma coisa. Sabia que tinha mas não sabia o que falar. Tudo lhe parecia tão idiota. Então, ela falou primeiro:

– Desculpa - disse olhando para o chão. Ele sorriu.

– Valerie, não tem que pelo que pedir desculpas. Você quis. Eu quis. E foi lindo. - tocou o rosto dela, fazendo ela olhar para ele.

– Você é meu primo, Draco - ela parecia verdadeiramente angustiada - Não sei se isso é certo - Valerie se colocou de pé rapidamente interrompendo qualquer resposta que o loiro pretendesse falar - Eu...eu preciso ficar sozinha.

Draco continuou sentado no chão observando a prima se afastar em direção a Floresta Proibida. Não consiga entender o por quê dela se sentir tão angustiada se tudo tinha sido perfeito do ponto de vista dele.

Será que meu beijo é tão ruim assim? Impossível. Eu sou um Malfoy– Foi o que pensou.

POV Valerie

Tinha sido errado. Estava certa disso. Ele é seu primo. Quase irmão. Tinham sido criados juntos desde o tempo das fraldas. Sabiam tudo um sobre o outro. Quase não se separavam. Tinham tido o primeiro beijo juntos. Tinham sido lindo, mágico, perfeito. Mas era errado.

A cabeça da morena estava muito confusa. Tinha grande dificuldade de admitir para si mesma que o carinho que sentia pelo primo era mais do que fraternal. Todos os percebiam que os dois caminhavam para o que acabara de acontecer mas na cabeça dela era errado.

Caminhou tentando colocar os pensamentos em ordem. Agradeceu por Draco não ter insistido e aceitado que ficasse sozinha. Se perguntava se o tinha magoado por sair daquele jeito. Pensava em voltar e falar com ele mas logo desistia. Continuava caminhando, lembrando. Lembrar não ajudava. Só que não conseguia evitar realmente tinha sido bom.

Quando estava perto do Salgueiro Lutador começou a sentir frio. Se abraçou tentando se proteger. No entanto, não era um vento gelado. Era um tipo diferente de frio. Um frio que a esvaziava por dentro, congelando suas veias. Olhou para cima e viu as sombras negras sobrevoando acima de sua cabeça. Dementadores.

Quis gritar. Não conseguiu. Não tinha força. Não tinha nada. Caiu de joelhos no chão. Tentava respirar sem sucesso. Antes de mergulhar de vez na escuridão viu uma luz forte vindo em sua direção.

POV Draco

Fiquei sentado no mesmo lugar por um tempo. Valerie se afastou rapidamente em direção a floresta proibida. Nem me deixou falar nada. E eu queria falar alguma coisa legal depois do nosso beijo. Me explicar talvez. Na verdade, eu não fazia ideia do que falar.

Eu estava confuso e ela também. Nós dois sempre fomos mais do que apenas primos. Até pouco tempo eu pensava que éramos como irmãos, por termos sido criados juntos. Mas isso tinha mudado sem que eu percebesse.

Ela ainda era minha melhor amiga, meu sangue. Só que eu ficava muito irritado quando vi algum outro garoto da escola olhando para ela, elogiando. Além disso, minha pulsação acelera de um modo diferente sempre que ela sorri e me abraça. Não sei explicar o que estou sentido pela Valerie, mas posso dizer que é bom e me faz muito feliz. No meio de tudo que o meu pai prega do que um Malfoy deve ser esse carinho que eu sinto pela baixinha é a única coisa boa que eu tenho.

Me levanto. Eu preciso ir atrás dela. Mesmo que ela não queira falar comigo agora terá que me ouvir. Depois eu prometo que a deixo em paz para pensar. Segui na mesma direção em que a vi ir alguns minutos atrás. Não sei direito para onde ir. Só espero que ela não tenha tido a brilhante ideia de entrar na Floresta Proibida.

Procuro por todo o jardim. O mais estranho é que não tem ninguém por perto para perguntar se tinham visto a Valerie. Por que será que escolheram um dia sem aula para ficar dentro do castelo? Nem está nevando!

Só me resta procurar na Floresta. Ideia que não me agrada, mas é o único lugar em que ela pode estar. O primeiro lugar que penso em ir foi nos arredores do Salgueiro Lutador. Logo que chego que aproximo começo a sentir um frio repentino. Uma nevasca deveria estar se aproximando, penso. Mas ao entrar mais na floresta percebo que não se tratava de nada disso.

Valerie está caída no chão com vários dementadores em torno dela. Automaticamente ergo a minha varinha. Não tinha tempo de correr até o castelo para pedir ajuda. Eles poderiam dar um beijo nela nesse meio tempo. Não sei se eles podem sair beijando e sugando a alma das pessoas. Eu não posso arriscar. Há um feitiço, eu sei. Um feitiço que só a minha mãe conseguia fazer. Ela dizia que era porque me amava demais.

Minha primeira tentativa de fazer o tal feitiço não funciona. Me concentro mais na segunda vez e um dragão irrompeu da ponta da minha varinha. Os dementadores vão embora. Pego Valerie no colo e a levo para o castelo.


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Notas finais do capítulo

E ai? Mereço comentários, elogios, criticas ou azarações?

Beijos e até a próxima