Ah, It's a Wonderful Cat Life escrita por LíihLoves


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Muito bem, essa fanfic é baseada na música "Ah, It's a wonderful cat life" de vocaloids (Que tb não me pertence). Caso queiram ouvi-la vou deixar nas notas finais, para não estragar as surpresas da fanfic caso não ouviram ainda.
Não tem nada relacionado ao mundo de "Fairy Tail", só os personagens (nenhum me pertence -_-).

Espero que gostem, não se esqueçam de comentar ( feel like a mendigo o/)



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Era um dia de outono silencioso e que se passava vagarosamente aos olhos da linda menina gata que repousava preguiçosamente na janela, aproveitando-se dos raios de sol matutino que se infiltravam pelos vidros. Estava repousando de bruços no parapeito de madeira, observando as folhas alaranjadas caindo das árvores do gramado que pertencia a sua dona.

O nome da garota-gata, de cabelos louros, cauda e orelhas da mesma tonalidade, era Lucy. Uma típica gatinha de madame que nunca pensava em desrespeitar as ordens da doce mulher que a acolhera quando ainda filhote.

Lucy tinha tudo que queria quando queria. Um belo quarto sempre bem arrumado, as comidas mais refinadas e roupas delicadas e caras, tudo isso sem precisar mexer um dedo se quer. Quase sempre era vista com vestidinhos brancos, de tecidos caros, cabelo sempre bem arrumado e perfumado. E sempre, SEMPRE, trazia consigo uma coleira rosada, decorada com alguns pequenos enfeites um tanto pontiagudos de fivela metálica, mas o que se destacava era o guizo dourado no centro da coleira que fazia pequenos tilintares a cada movimento dado.

A gatinha não se importava nem um pouco com a coleira, era muito pouco considerando a vida luxuosa que levava. Lucy piscava os olhos lentamente, quase como se fosse dormir a qualquer instante.

*TUM

- Nyaaah! – Assustou-se e logo tombou no chão, com a calda totalmente eriçada. Lucy passou as mãos pelas orelhas felinas que se agitavam para tentar captar outro som. – N-não deve ser nada. – Pensou em voz alta.

Mera inocência da menina felina.

Ao recobrar a compostura ela voltou ao seu cantinho, pensando que ia observar novamente as folhas caindo até finalmente pegar no sono. Porém o que chamou sua atenção não foi meras folhas secas, e sim um intruso no jardim.

Aparentemente ele era como ela. Tinha uma esguia cauda e orelhas felinas, porém cor-de-rosa, o que chamou a atenção da loira, pois realmente tinha certo afeto com essa cor.

Ao olhar mais nitidamente viu que o menino-gato-cor-de-rosa estava com um semblante confuso. Até que seus olhares se cruzaram, ambos ficaram estáticos, como se esperassem quem ia se mover primeiro. Ele estava a menos de sete passos de distância dela.

- Hm... oi? – Lucy quebrou o intenso silêncio. – Você está bem, foi você quem fez esse barulho?

- Oi. – O garoto-neko sorriu abertamente. – Foi sim. – Ele riu, mas não deixou que o sorriso desaparecesse. – Estou bem, não precisa se preocupar, mas quem é você menina-gato?

- V-você também é um ga-gato. – Disse a gata um pouco corada de vergonha. – Meu nome é Lucy, e o seu?

- Gatos de rua não costumam ter nomes, mas eu me autodenomino de Natsu e todos me chamam assim.

- Vo-você disse gato de rua? Não vai me machucar né? – Lucy se encolheu no parapeito da janela, temendo o novo visitante.

- Ei, não precisa ter medo, não vou te machucar, okay? Chamam-me de vira-lata, gato de rua, vagabundo, mas prefiro que me chamem de perambulante. Porque não vem aqui fora para conversarmos? O sol deixa a grama muito aconchegante. – Ele estendeu a mão para ela apoiar-se e descer da janela.

A gatinha se encolheu um pouco mais.

- Desculpa, não posso sair. Minha dona não gosta quando eu saio sem permissão. – Desculpou-se um pouco vermelha.

- Sua dona...? Ah... Gata doméstica. – Disse sem emoção passando os dedos pelos cabelos rosados e bagunçados. – Oh, vamos! Gatos só podem viver uma vez. – Voltou a estender sua mão. – Posso arrancar essa coleira com meus dentes.

- Vo-você sabe quanto essa coleira de marca significa para mim? – Ele negou. – Significa muito!

- Então vamos?

- N-não! – Lucy fechou a janela bruscamente e então foi andar pela enorme casa.

=/=

Passou-se dois meses desde que ambos se conheceram e em muitos dias que Lucy foi pegar um sol na janela o menino-gato, Natsu, lhe visitava. Em uma de suas visitas chegou até mesmo a trazer alguns amigos. Lucy conheceu uma menina-gata chamada Erza, muito durona por sinal (e assustadora, mas optou por não falar), outro gato, amigo de Natsu, que se chamava Gray (que sempre tirava suas roupas e brigava constantemente com Natsu) e conheceu até mesmo uma pequena gatinha chamada Wendy.

Lucy ficou muito amiga deles, mas principalmente do menino-gato-rosado. Agora era noite e não tinha nenhum sol para se aproveitar, porém a gata ainda podia observar as lindas estrelas que sempre lhe chamaram a atenção. Chegou no seu querido quarto e sentou-se em sua preciosa almofada de seda vermelha com fios dourados. Recostou o queixo no parapeito da janela como se acostumada a fazer e olhou para o céu pintado de negro.

Então ela viu. Podia jurar que vira dois pares reluzentes de olhos felinos a brilharem na escuridão da noite.

- Mas que teimoso Sr. Perambulante nós temos aqui! – Riu a loira.

- Pensei em te convidar para uma visita ao prédio mais alto da cidade e ver a linda paisagem das estrelas. Tenho certeza que vai adorar!

- Você sabe como falar com essa boca heim? Mas eu não sou burra. Não vou sair da minha casa sem permissão. Se quiser saber, um gato pode viver apenas uma vez, por isso vivo aqui. – Ele fez uma cara confusa como se na entendesse o que ela falava. - Tenho todos os confortos, como do que quiser, visto as roupas mais confortáveis e mesmo não gostando muito de água eu tomo banho todos os dias. Lembre-se que amanhã você ainda corre o risco de ser atropelado, perseguido por cães ou pego pela carrocinha.

- Então isso é um não?

- É lógico que sim!

- Então quer dizer que você vai? - Ele já estava animado.

- Claro que NÃO! Eu quis dizer apenas que... argh. – Grunhiu a menina. - Não eu não vou.

- Ah... agora que eu comecei a ficar empolgado... – Murmurou o menino-gato.

- Ora, ora... que tal para animar-se entrar aqui e comer comigo? Hoje temos suflê de atum, salada e alguns camarões empanados que minha dona separou para mim e de sobremesa um leite quentinho.

- E comer dessa comida frufrusenta? Bléh. Nunca, eu gostaria, mas prefiro não me arriscar a começar a me acostumar com essas mordomias.

- Pelo menos não como espinha de peixe direto to lixo. Isso sim é nojento.

- Eu queria que você pudesse sair... – Natsu sussurrou, porém Lucy ouviu. Por incrível que pareça não disse nada, apenas ficou calada o olhando com certa melancolia no olhar. Como se quisesse fazer o desejo do amigo, porém, era impedida por algo. – [...] Sabe, algum dia quero viajar para longe, talvez ir para as terras do norte e ver as luzes da aurora... Iria ser mais legal ainda se você estivesse comigo. – Era incrível o tom triste, porém ainda inocente, que ele usava, mas que ainda conseguia quebrar a loira por dentro. – Mas acho que é impossível.

O silêncio voltou e a noite parecia ficar mais gélida, deixando os jovens com mais tensão. As estrelas não eram mais observadas pela jovem gata, a única coisa que ela conseguia contemplar agora era aquele olhar ônix que a fitava desconcertado.

- Desculpe Natsu, meu modo de vida não pode ser alterado tão facilmente, além disso, não posso abandonar a senhora que me adotou e criou-me com tanto amor e carinho. – Ela encostou o queixo na madeira fria do parapeito da janela e continuou a fitar o amigo com o olhar perdido em pensamentos e sentimentos até que a voz de Natsu a traz de volta a realidade.

- Sabe Luce, seu jeito agressivo as vezes é meio... encantador? Acho que estou começando a gostar de você.

A gata ficou assustada com... o que era aquilo? Uma confissão? Ela corou mil tons de vermelho até se dar uma conta de uma coisa...

“Agressivo?”

- QUE BRUSCO! I-isso é jeito de tratar uma dama como eu? – Perguntou com um olhar nada contente. A única coisa que o menino-gato fez foi gargalhar alto. Lucy teve quase certeza que ele iria acordar metade da vizinhança (tudo bem que não era tão tarde, mas qual é? Alguns dormiam cedo).

- Tem que ser você mesmo Luce.

- Quando foi que começou a me chamar assim mesmo? – Ela perguntou com uma das bochechas infladas, infantilmente, porém, ainda toda corada.

- Tem que ser você mesma para gritar comigo no meio de uma confissão. – Ao notar o que ele próprio tinha dito parou de rir e ficou totalmente tenso, como se tivesse falado algo proibido. Lucy não estava muito diferente, estava surpresa e com um olhar atônito.

- Natsu... – Ela agora estava de pé, com as mãos apoiadas no parapeito da janela, Natsu olhou-a sério, se aproximou da garota-neko e também se apoiou na janela, porém do lado de fora.

- Lucy... eu realmente estou gostando muito de você. Sei que nossas vidas são um pouco diferentes... – Ele parou para olha-la e ambos soltaram um riso abafado. – [...] tá, completamente diferentes, mas...

- Natsu.

- Hm?

- More comigo, tenho certeza que minha dona vai te aceitar e...

- Shh... – O rosado pôs um dedo delicadamente a frente dos lábios cálidos da loira, calando-a. – Lucy, eu não posso morar com você, não consigo me ver morando em uma casa, preso. Sou um perambulante, sou livre, mas prometo que sempre vou voltar. Todos os dias.

- Promete?

- Prometo. – Disse Natsu que ,ao terminar, colou seus lábios nos da loira, que não ficou surpreendida, muito pelo contrário, parecia estar esperando por aquilo durante todo o tempo. Embora não fosse nada muito envolvente ou intenso, podia-se sentir que naquele beijo havia sentimentos mútuos, que não precisavam de nenhuma palavra para serem expostos. Ao se separarem não deixaram de quebrar o contato visual. Até que Natsu da as costas e vai em direção ao muro que separa a casa da rua.

- Espere, já vai embora? – Não obteve respostas, então apenas deu seu melhor sorriso. – Não se esqueça da promessa, sinta-se a vontade para vir me visitar, estarei te esperando.


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Notas finais do capítulo

Peguei até legendado PT-PT: http://www.youtube.com/watch?v=mSf4VdnSOLQ

Espero que tenham gostado, é isso, feliz Ano Novo adiantado.

Kissus :3



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